Assim como Capita, todos os demais acusados podem ser soltos |
A polícia do Maranhão, e o Ministério Público influenciado por ela,
se enredaram em uma teia de equívocos no caso Décio Sá que pode levar à
soltura de todos os acusados de participação na morte do jornalista.
Como o processo é o mesmo, e o capitão Fábio Aurélio Saraiva, o Capita, ganhou Habeas Corpus
na tarde desta segunda-feira (08), todos os demais podem ser
beneficiados com o mesmo dispositivo – afinal, são réus primários, com
endereço conhecido e sem mais possibilidade de influenciar nas
invetigações.
A decisão do desembargador Antonio Froz Sobrinho em favor de Capita
teve como um dos argumentos uma questão já levantada neste blog: a de
que a própria Polícia Militar declarou não possuir em seu arsenal armas
do tipo da usada pelo assassino Jhonatan de Souza.
O leitor pode rever no texto “laudos da arma usada para matar Décio já estão anexados ao processo…”
Assim, a polícia não tinha como afirmar que a arma foi passada pelo oficial. Tanto que Froz Sobrinho cita isso em sua decisão.
Perito mostra detalhes da arma usada por Jhonatan: não é da PM |
Leia também:
Mas a equipe de investigação do secretário Aluísio Mendes já sabia
que não tinha como manter Capita preso por todo este tempo. E a Justiça
só protelava uma decisão de liberdade por que temia repercussão
negativa, caso fosse obrigada a liberar também os demais envolvidos.
Erros da polícia, que, açodada por concluir a investigação, deixou
para trás provas muito mais contundentes e ignorou suspeitos admitidos
pelo próprio secretário em conversas com jornalistas – inclusive o
titular deste blog – mas negados publicamente.
Desde a conclusão do inquérito este blog mostra evidências de que a investigação fora conduzida equivocadamente a um caminho.
E a leitura fria dos autos começa a comprovar esta tese, que apenas Aluísio Mendes e sua equipe insistem em afirmar.
Pior: a morte de Décio pode completar o primeiro ano sem que o julgamento tenha pelo menos começado.
E com acusados – e outros envolvidos – em plena liberdade…
Nenhum comentário:
Postar um comentário