Jogando em "campo inimigo", o ministro Paulo
Bernardo, das Comunicações, concedeu uma entrevista às páginas amarelas
de Veja que tem potencial para acelerar seu divórcio com diversas forças
do partido; chamado de "bom petista", ele defendeu a condenação dos
réus na Ação Penal 470, criticou a Lei de Meios, como tentativa de
censura à imprensa e ainda garantiu que Lula não voltará em 2014; "A
militância extrapola, e eu posso dizer que está errada, que está falando
besteira", disse Bernardo.
[Como militante do PT, pergunto, como defender e acreditar no Governo da Presidenta DILMA que tem um senhor como Paulo Bernardo, atacando a militância do PARTIDO DOS TRABALHADORES, e ridicularizando a defesa das nossas bandeiras de luta. Como mobilizar agora esta militância e seus aliados históricos para ir as RUAS e tentar salvar, o que ainda resta deste Governo? Lamentável... Fica aqui meu Protesto contra as palavras creditadas ao senhor ministro. F.Barros.]
22 de Junho de 2013 às 08:53.
247 - De
covardia e medo do confronto, Paulo Bernardo, ministro das Comunicações,
não poderá ser acusado. Neste fim de semana, ele é o entrevistado das
páginas amarelas de Veja e sua fala tem tudo para aprofundar um cisma no
partido em relação à sua posição no governo federal.
Classificado por Veja como um
"daqueles raros e bons petistas que abandonaram o radicalismo no
discurso e na prática", Bernardo assume frontalmente sua oposição à uma
Lei de Meios, que é uma das bandeiras do PT para democratizar a
comunicação. "A militância extrapola, e eu posso dizer que está errada,
que está falando besteira. Se ela não gosta da capa da revista, da
manchete de jornal, quer que eu faça a regulação. Não vai ter regulação
para isso", avisa.
Confira, abaixo, alguns trechos da entrevista:
Sobre as eleições de 2014 - Eduardo Campos é um aliado nosso que
visivelmente quer ser candidato. A democracia pressupõe disputa. Não
podemos achar que a Dilma deve ser a única candidata. Embora as
pesquisas mostrem que ela tem todas as condições de ganhar, não vai ser
uma eleição fácil (...) Se entrar mesmo na disputa, Eduardo Campos vai
ser um candidato qualificado. O Aécio vai ser um candidato qualificado,
com uma estrutura partidária maior. E tem a Marina, que é uma incógnita
porque ainda não se sabe se conseguirá se viabilizar com tempo de
televisão.
Volta de Lula - Ele está em ponto de bala. Se fosse
candidato, seria um candidato fantástico, mas eu sei que ele não quer
ser. Acho até que não teria justificativa. Nós temos uma presidente da
República e vamos substituí-la a troco de quê? (...) Lula vai ser
fundamental na campanha da Dilma.
A vaia no Mané Garrincha - Vaia em jogo de futebol não conta.
Nós não temos de nos impressionar com isso. Houve uma diminuição na
aprovação da presidenta e na aprovação do governo, mas eu não me
preocupo.
Sobre os protestos - Nós temos de observar e entender
esses protestos. Não dá para procurar chifre em cabeça de cavalo. No
começo, eram manifestações contra o transporte público, que,
convenhamos, é ruim mesmo.
Sobre a Ação Penal 470 - Isso já foi julgado, já aconteceu e
nós estamos tocando a vida. O governo tem trabalhado normalmente. Não
temos dependência dessa situação. É preciso respeitar o resultado do
julgamento. É democrático que haja debate se o veredicto foi rigoroso ou
não, mas o debate tem de ser respeitado.
Sobre a Lei de Meios - A militância extrapola, e eu posso
dizer que está errada, que está falando besteira. Se ela não gosta da
capa da revista, da manchete de jornal, quer que eu faça a regulação.
Não vai ter regulação para isso (Lamentável senhor ministro).
Link desta matéria:http://www.brasil247.com/pt/247/parana247/106192/Em-Veja-o-bom-petista-Bernardo-critica-o-PT.htm
Nenhum comentário:
Postar um comentário