Municípios das regiões Norte e Nordeste estão entre os que registraram
maior crescimento na renda nos últimos 20 anos, mostram dados do "Atlas
do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013", divulgado nesta
segunda-feira (29) pelo Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (Pnud).
Apesar dos avanços em alguns municípios brasileiros, lamentavelmente, a
cidade de Acopiara, na região centro sul do Ceará está com baixo
desenvolvimento humano.
O atlas mostra o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de
cada cidade do país. Para se calcular o IDHM, são considerados três
indicadores: vida longa e saudável (longevidade), acesso ao conhecimento
(educação) e padrão de vida (renda). No caso da renda, é avaliado o
rendimento per capita (por pessoa) do município.
As informações de 2013 foram obtidas com base no Censo Demográfico do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010. É a
terceira edição do atlas. O primeiro foi divulgado em 1998 com
informações de 1991 e o segundo, em 2003 com dados de 2000.
As publicações de 1998 e 2003 foram desconsideradas em razão da mudança
de critérios, mas o Pnud reatualizou os dados para possibilitar a
comparação sobre a evolução dos municípios.
O IDH dos municípios vai de 0 a 1: quanto mais próximo de zero, pior o
desenvolvimento humano, quanto mais próximo de um, melhor. Além do IDHM
de cada município, há IDHMs específicos de longevidade, educação e
renda. Os três indicadores isoladamente seguem o mesmo critério de
pontuação de 0 a 1.
Consulte o IDHM do seu município aqui.
Link desta matéria:http://www.lindomarrodrigues.com/2013/07/onu-divulgou-indice-de-desenvolvimento.html
...................................
Cidades de Norte e Nordeste têm maior evolução na renda em 20 anos.
Apesar do crescimento, municípios ainda registram baixo desenvolvimento.
Renda é um dos indicadores do IDH Municipal 2013 divulgado pelo Pnud.
Municípios das regiões Norte e Nordeste estão entre os que registraram maior crescimento na renda nos últimos 20 anos, mostram dados do "Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013", divulgado nesta segunda-feira (29) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
O atlas mostra o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de
cada cidade do país. Para se calcular o IDHM, são considerados três
indicadores: vida longa e saudável (longevidade), acesso ao conhecimento
(educação) e padrão de vida (renda). No caso da renda, é avaliado o
rendimento per capita (por pessoa) do município.
As informações de 2013 foram obtidas com base no Censo Demográfico do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010. É a
terceira edição do atlas. O primeiro foi divulgado em 1998 com
informações de 1991 e o segundo, em 2003 com dados de 2000.
As publicações de 1998 e 2003 foram desconsideradas em razão da mudança
de critérios, mas o Pnud reatualizou os dados para possibilitar a
comparação sobre a evolução dos municípios.
O IDH dos municípios vai de 0 a 1: quanto mais próximo de zero, pior o
desenvolvimento humano, quanto mais próximo de um, melhor. Além do IDHM
de cada município, há IDHMs específicos de longevidade, educação e
renda. Os três indicadores isoladamente seguem o mesmo critério de
pontuação de 0 a 1.
Melhor e pior renda
A cidade com melhor IDHM renda é São Caetano, no ABC paulista, que tem índice de 0,891 e também registra o melhor IDHM geral do país. O município fluminense de Niterói ficou em segundo lugar no indicador, com IDHM renda de 0,887.
A cidade com melhor IDHM renda é São Caetano, no ABC paulista, que tem índice de 0,891 e também registra o melhor IDHM geral do país. O município fluminense de Niterói ficou em segundo lugar no indicador, com IDHM renda de 0,887.
Apesar de cidades do Norte e Nordeste registrarem as maiores evoluções
na renda, as duas regiões também têm os municípios com os piores
índices. Marajá do Sena, no Maranhão, tem o pior IDHM renda do Brasil –
0,400, considerado "muito baixo".
Marajá da Sena tem renda per capita de R$ 96,25, a pior entre os 5.565 municípios do Brasil conforme o censo do IBGE de 2010. Pelos critérios do governo brasileiro, são considerados na pobreza extrema as famílias com renda per capita inferior a R$ 70.
A renda per capita em São Caetano (SP), R$ 2.043,74, é 2000% maior do que a menor renda por pessoa do país, em Marajá da Sena.
A pesquisadora Maria Luíza Marques, da Fundação João Pinheiro, destacou
a grande desigualdade de renda no país. "É notória nossa desigualdade
na renda. Há municípios com menos de R$ 100 [de renda per capita] e
outros com mais de R$ 2 mil."
Ela destacou que na cidade de Nova Lima, em Minas Gerais, onde o IDHM é
alto, há muita desigualdade. "Se houvesse igualdade de renda entre os
municípios não resolveria nosso problema de desigualdade, porque nosso
problema está entre os moradores dos municípios. Nova Lima tem uma das
melhores rendas, mas tem um dos piores índices de Gini [que medem
desigualdade]. É uma cidade com grandes condomínios."
Maior evolução na renda
Considerando apenas os índices de renda, das 10 cidades que registram maior evolução entre 1991 e 2010, quatro são do Norte e seis do Nordeste – veja na tabela acima.
Considerando apenas os índices de renda, das 10 cidades que registram maior evolução entre 1991 e 2010, quatro são do Norte e seis do Nordeste – veja na tabela acima.
Apesar de aumentos superiores a 80% no índice de renda, todos os
municípios têm IDHM geral classificados como de "baixo desenvolvimento"
(entre 0,500 e 0,599) e de "médio desenvolvimento" (entre 0,600 e
0,699).
O município que registrou o melhor resultado no crescimento da renda
foi Nova Colinas, no Maranhão, cujo IDHM renda passou de 0,229 no atlas
de 1998 (dados de 1991) para 0,502 no atlas de 2003 (dados de 2000) -
aumento de quase 120% na renda. Embora apresente a maior evolução na
renda, Nova Colinas tem renda per capita de R$ 181,59.
A cidade de Poço de José de Moura (PB) teve a segunda melhor evolução
(117%) e Carrasco Bonito (TO) ficou em terceiro, com incremento de 102%.
Estados
Entre as unidades da federação, o maior incremento no IDHM renda ocorreu no Piauí, 30% de aumento – de 0,488 no IDHM renda de 1998 para 0,635 no índice atual. O Maranhão ficou em segundo lugar e, em terceiro, a Paraíba.
Entre as unidades da federação, o maior incremento no IDHM renda ocorreu no Piauí, 30% de aumento – de 0,488 no IDHM renda de 1998 para 0,635 no índice atual. O Maranhão ficou em segundo lugar e, em terceiro, a Paraíba.
Retração na renda
Entre os 5.565 municípios, 11 tiveram redução no IDHM renda em 20 anos: Amajari (RR), Pedra Preta (RN), Prata (PB), Nova Fátima (BA), União do Sul (MT), Chuí (RS), Paulista (PB), Parnamirim (PE), Nova Ubiratã (MT), Juruena (MT) e Tailândia (PA).
Entre os 5.565 municípios, 11 tiveram redução no IDHM renda em 20 anos: Amajari (RR), Pedra Preta (RN), Prata (PB), Nova Fátima (BA), União do Sul (MT), Chuí (RS), Paulista (PB), Parnamirim (PE), Nova Ubiratã (MT), Juruena (MT) e Tailândia (PA).
Desses, só o município gaúcho de Chuí tem índice geral (que engloba
renda, educação e saúde) considerado "alto". Todos os demais estão
classificados como de "muito baixo", "baixo" ou "médio desenvolvimento
humano".
MUNICÍPIOS COM MAIOR CRESCIMENTO DE RENDA |
|||
---|---|---|---|
Cidade |
IDHM Renda de 1998 (dados de 1991) |
IDHM Renda de 2013 (dados de 2010) |
Evolução |
Nova Colinas (MA) |
0,229 |
0,502 |
120% |
Poço de José de Moura (PB) |
0,265 |
0,578 |
117% |
Carrasco Bonito (TO) |
0,268 |
0,543 |
102% |
Pajeú do Piauí (PI) |
0,282 |
0,560 |
99% |
Lagoa Real (BA) |
0,273 |
0,535 |
95% |
Lastro (PB) |
0,273 |
0,532 |
95% |
Santa Filomena (PE) |
0,256 |
0,496 |
93% |
Bernardino Batista (PB) |
0,274 |
0,526 |
92% |
Bela VIsta do Piauí (PI) |
0,271 |
0,520 |
91% |
Isaías Coelho (PI) |
0,328 |
0,628 |
91% |
Fonte: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) |
Nenhum comentário:
Postar um comentário