Juventude como protagonista do novo período histórico
Por Vic Barros - UNE
Alfredo Santos Jr e Léa Marques - CUT
Raul Amorim e Igor Felippe - MST
Carla Bueno- Levante Popular da Juventude
André Tokarski- UJS- União da Juventude Socialista
Daniel Souza- Reju- Rede Ecumênica da Juventude
Estamos vivendo um momento político
muito importante e um novo período histórico, aberto com as mobilizações
realizadas desde junho, que colocaram as lutas sociais no centro de
conjuntura nacional, tendo a juventude como protagonista.
Temos muitos desafios pela frente, que precisamos enfrentar e superar com organização, unidade, trabalho político e mobilização.
Precisamos fazer a análise correta da
atual conjuntura para que nossas ações tenham a capacidade de incidir na
conjuntura, enfrentar os nossos inimigos e fazer pressão pelas reformas
estruturais que defendemos no manifesto da articulação.
Precisamos também fazer um esforço de
apresentar bandeiras à sociedade que possam dialogar com as mobilizações
de juventude que estouraram no último período. Assim, podemos canalizar
essa energia no sentido que queremos.
Dessa forma, a avaliação que fazemos é que as principais bandeiras na atual conjuntura para a nossa articulação devem ser:
1- democratização dos meios de comunicação (tendo como linha o Fora Globo!),
2- fim do genocídio da juventude e da violência policial e
3- ampliação dos investimentos públicos em educação, com foco nos 10% do PIB para educação.
A luta pela reforma política, que também
consideramos central, tem um caráter mais amplo e tem envolvido o
conjunto dos partidos, centrais e movimentos sociais. Com isso,
precisamos nos envolver e fortalecer, mesmo sabendo que não é específica
da juventude.
Avaliamos que é fundamental fazer uma
reunião das organizações da articulação da juventude, com a
representação de todas as forças que se envolveram neste processo e, se
possível, que tenha a participação de dirigentes de todo o Brasil para
que possamos consolidar essas avaliações.
Assim, convocamos todas as organizações
para participar da reunião da articulação da juventude brasileira, no
dia 3 de agosto, em São Paulo. Esse encontro acontecerá durante todo o
dia, tendo um momento de análise de conjuntura e depois de debate para
que possamos construir a linha mais unitária possível e as ações
conjuntas.
Calendário de lutas.
Fizemos uma discussão também sobre o
calendários de lutas da articulação, que se coloca como fundamental no
atual quadro político e pode cumprir o papel da canalizar a disposição
de luta que a juventude demonstrou no último período. Propomos que as
organizações de juventude se reúnam para avaliar, debater e organizar o
seguinte calendário:
28 de agosto - Dia de luta das entidades estudantis que fazem parte da UNE, em defesa dos 10% do PIB para educação, que deve acontecer de forma centralizada em Brasília. Mesmo sabendo das dificuldades de deslocamento, sugerimos que as organizações de juventude vejam a possibilidade de participar.
30 de agosto- Realização de atos na frente das sedes da Rede Globo em todo o país, para fazer agitação do “Fora Globo” como forma de pautar a democratização dos meios de comunicação. Sugerimos que, nas reuniões para a construção dessas manifestações, convidem as entidades do movimento de democratização da comunicação e blogueiros progressistas para construir conjuntamente o ato. No período que antecede essa jornada, realizar aulas públicas sobre o tema, que podem contribuir para acumular forças nesse processo.
7 de setembro- Participar, fortalecer e construir um bloco específico da nossa articulação no Grito dos Excluídos, tradicional data de lutas dos movimentos sociais e das pastorais, que tem como lema “juventude que ousa lutar constrói projeto popular”. A bandeira central nesse dia de luta é o fim do genocídio da juventude negra, contra a violência policial e pela desmilitarização da PM, que dialogam com as pastorais que constroem o Grito.
O fortalecimento do Grito ganha uma dimensão maior na medida em que organizações de direita também convocaram atos para o 7 de setembro, então temos que fazer a disputa e demonstrar força. Já consultamos o Grito Nacional, que apoia a nossa iniciativa. Procurem as pastorais da juventude e a organização do Grito no seu município para apresentar a proposta e fazer parte da construção.
Agenda geralTemos um calendário de reuniões, articulações e mobilizações, que envolvem as centrais sindicais e movimentos populares, que precisamos participar e colocar a perspectiva da juventude:
22 a 26/7- Atividades das organizações da Jornada Mundial da Juventude no Rio;
25/7- Mobilizações dos movimentos do campo em torno do Dia dos Trabalhador@s Rurais;
30 e 31/7- Reunião da Juventude do Foro de São Paulo;
29/7 a 4/8- Reunião do Foro de São Paulo;
5/8- Plenária dos Movimentos Sociais em São Paulo;
6/8- Luta das Centrais Sindicais contra terceirização, com atividades no local de trabalho, paralisações e protestos contra entidades patronais;
30/8- Jornada de Luta das Centrais Sindicais com paralisações, greves e manifestações de rua;
7/9 – Grito dos Excluídos.
A construção dessas lutas demanda que
sejam realizadas reuniões das organizações da articulação da jornada de
juventude para discutir as bandeiras políticas e o calendário. Esperamos
a rearticulação dos comitês locais para que possamos construir a
unidade na prática para enfrentar os desafios colocados pela atual
conjuntura.
Acreditamos que passamos por um bom
momento para ampliar a nossa articulação, convidando para participar
setores que não conseguimos trazer no começo do ano e também
organizações que despontaram nesse processo de lutas.
Sugerimos que
sejam realizadas aulas públicas sobre as bandeiras apresentadas e
construídas Assembleias Populares da Juventude que possam fortalecer a
unidade e ampliar a abrangência da nossa articulação.
Link desta matéria: http://mariafro.com/2013/07/29/calendario-de-luta-da-juventude-da-esquerda/
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