domingo, 18 de agosto de 2013

Metade das Capitais não faz licitacao das Linhas de Ônibus.

 
O transporte urbano em metade das capitais do país não é licitado. Levantamento feito pelo GLOBO em órgãos de Transportes nas 26 capitais e no Distrito Federal aponta que o setor que foi o pivô das manifestações de junho - iniciadas justamente pelo aumento da passagem de ônibus - continua, em metade das principais cidades, sendo operado por empresas que ganharam permissões e autorizações décadas atrás, mas que nunca passaram por uma licitação para regular o sistema. 

Mesmo em muitas capitais que fizeram licitação - que permite que o poder público regule melhor o serviço e garanta seleção dos melhores preços -, o processo é recente. No Rio, a primeira licitação foi feita em 2010. 

Além da falta de licitação, o transporte urbano no país enfrenta, ainda, o fato de que muitas empresas continuam a contratar com o poder público apesar de terem dívidas milionárias. 

Dever quase R$ 3 bilhões não impede que empresas continuem a vencer licitações no Rio, em São Paulo e em Belo Horizonte: O GLOBO levantou, na lista de inscritos na dívida ativa da União, utilizando CNPJs de empresas e CPFs de empresários de transporte urbano, que 49 empresas e 17 empresários do ramo devem R$ 2,8 bilhões. 

A título de comparação, isso equivale a 342 vezes o valor pago para investimento, no primeiro semestre deste ano, dentro do orçamento de 2013 do Ministério dos Transportes. 

As regiões Sul e Nordeste (São Luís sem licitação, incluída), têm, cada uma, apenas uma capital com esse serviço licitado: Curitiba e João Pessoa.

No Centro-Oeste, todas as capitais têm licitação. E, no Norte, há três com licitação. No Sudeste, todas as capitais têm licitação, exceto Vitória. No município do Rio, com quatro consórcios, a licitação chegou a ser alvo do Tribunal de Contas do Município (TCM), que abriu investigação sobre suposta formação de cartel. 

À época, foi divulgado que Jacob Barata Filho aparecia como sócio de sete empresas, e que, ao todo, 12 empresários tinham participação em mais de uma empresa. Mas o TCM arquivou o processo e, agora, uma CPI foi aberta na Câmara Municipal.

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