Mariana Jungmann - Repórter da Agência Brasil.
Brasília – O Senado aprovou hoje (7), em dois turnos, a Proposta de
Emenda à Constituição 122/2011, que permite aos médicos militares
atenderem pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A votação da PEC foi
acompanhada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha. A iniciativa é
mais uma medida para aumentar a oferta de médicos em localidades onde há
carência desses profissionais.
Pelo texto aprovado, os médicos da Marinha, Aeronáutica e do
Exército poderão atuar nos hospitais da rede pública em horário
alternativo ao da jornada nos estabelecimentos militares, como durante
folgas e fins de semana. Eles poderão acumular função e serem
contratados por prefeituras e pelos governos estaduais.
Segundo o ministro, grande parte dos médicos militares é
especialista, o que coincide com as necessidades dos municípios. Padilha
lembra que a maioria está justamente em regiões de fronteira, na
Amazônia e no interior do país – locais onde há mais dificuldade de
contratar profissionais. A estimativa é que 6 mil médicos militares
poderão ser contratados para trabalhar no SUS.
“Essa é mais uma estratégia para levar mais médicos para as cidades
onde não temos profissionais ou também que têm médicos militares, mas
podem atender mais a população, que mais precisa no fim de semana, em
horários de plantão. Em algumas situações, a carga horária do médico
militar chega a 20 horas.
Então, ele poderia, mesmo durante a semana,
atender no posto de saúde, nas UPAs 24 horas [unidades de
Pronto-Atendimento que não fecham], em outros hospitais por contratos
com a prefeitura ou governo estadual.
Será muito bom para a população
que espera médicos no posto de saúde, no pronto-socorro. Alguns são
especialistas, pode ser uma oferta de especialistas, radiologistas,
gineco-obstetras e tratamento do câncer”, disse Padilha.
Para a votação no Senado, os líderes partidários fizeram acordo para
quebra de interstícios, o que permitiu que a PEC fosse apreciada em
dois turnos em um único dia.
Agora, ela segue para a Câmara, onde também
precisará ser votada em dois turnos. Se houver alterações, a matéria
retorna ao Senado para última análise antes da promulgação.
Edição: Carolina Pimentel
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