Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil.
Foto PF - Carro apreendido na Operação Esopo. |
Com o processo 031.247/2011-3, de Tomada de Contas Especial, os
responsáveis pela organização da sociedade civil de interesse público
(Oscip) foram intimados a se defender sobre os “indícios de fraudes” que
o TCU identificou ao analisar “documentos que respaldaram a
movimentação dos recursos públicos” destinados à implementação do
ProJovem no estado.
Caso o TCU considere insatisfatórias as justificativas apresentadas,
a Oscip terá que devolver ao Erário, em valores corrigidos, os R$
25,915 milhões gastos sem a devida comprovação.
A equipe técnica responsável pelo processo chegou a sugerir que,
cautelarmente, os bens dos responsáveis fossem declarados indisponíveis
por um ano. A medida serviria para, se necessário, garantir o
ressarcimento do dinheiro desviado. O relator do processo, ministro
Marcos Bemquerer Costa não acatou a sugestão por considerar que, antes, é
preciso analisar a defesa dos responsáveis pelo instituto.
“Deixo de adotar, neste momento a medida cautelar”, informa o
ministro em seu voto. “No entanto, considerando a expressiva soma dos
valores envolvidos, cabe determinar à unidade técnica que, cumpridos os
prazos regimentais para citação na tomada de contas especial oriunda da
conversão dos autos, dê prioridade na respectiva instrução processual”.
No processo 027.360/2012-1, também convertido em Tomada de Contas
Especial, mas ainda sem acórdão, o tribunal também analisa supostos
problemas na aplicação de recursos transferidos pelo Ministério do
Trabalho ao estado de Minas Gerais e nos procedimentos adotados pela
pasta para liberar recursos para o Programa ProJovem.
Embora os dois processos ainda não estejam concluídos, o TCU
explicou que, constatadas irregularidades que mereçam ser investigadas
no âmbito penal ou que indiquem a existência de improbidade
administrativa, repassa as conclusões à PF ou ao Ministério Público,
conforme o caso.
A Agência Brasil entrou em contato com o Instituto Mundial de Desenvolvimento e Cidadania, mas ninguém atendeu.
Edição: Fábio Massalli
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