O Sindicato dos Metalúrgicos de São Luís (Sindmetal) está recorrendo ao Ministério Público do Trabalho (MPT) para negociar com o grupo Alcoa/Alumar as 500 demissões anunciadas, em razão de corte na linha de produção.
Já houve duas reuniões mas, segundo a entidade, as propostas apresentadas pela empresa foram irrisórias e não contemplam os direitos dos trabalhadores vítimas da demissão em massa.
O Sindicato também está negociando o reajuste salarial da categoria, cuja data-base venceu dia 1º de março, mas até o momento não teria por parte da empresa indicação de acatar a proposta da entidade, de 15% no piso e 13% de reajuste geral, mais abono de $400,00 para as empresa com até 300 funcionários e de $800,00 para as empresas acima de 300 funcionários.
“A empresa não sinaliza o reajuste e ainda propõe valores insignificantes às indenizações, totalmente desproporcionais aos impactos da demissão em massa anunciada pela Alcoa”, avalia o presidente do Sindmetal, José Maria Araújo.
Araújo ressalta os acordos firmados entre o grupo Alcoa/Alumar o Governo Federal, em troca de benefícios fiscais como redução no custo da energia, que deveria garantir a manutenção da produção e dos empregos, porém a empresa continua obtendo lucros e anunciando ser um dos melhores lugares do mundo para se trabalhar, enquanto 500 pais de família perderão a perspectiva de emprego. “São os mais idosos e os doentes os principais alvos das demissões, que praticamente não têm chance de outra vaga no mercado de trabalho”, avalia.
Para o sindicalista, essa medida representa um crime contra a organização do trabalho que, se concretizada, derrubará todas as certificações, títulos e reconhecimentos de responsabilidade social conquistados pela empresa. “Existem opções à demissão, como realocação para outras áreas ou mesmo para contratadas”, sugere.
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