sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Chacina em Belém do Pará, ocorrida na noite da ultima quarta-feira, termina com mais trinta e cinco mortes, suspeita-se de vinculo destes homicídios com a morte de um policial militar.

Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República acompanha apuração de chacina na capital paraense
Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República acompanha apuração de chacina na capital paraense

Os corpos de seis vítimas dentre as mais de 35 que morreram durante uma chacina, na madrugada de quarta-feira, em Belém, foram sepultados nesta quinta-feira (06 de novembro), após liberados pelo Instituto Médico Legal com o reconhecimento de familiares. Cinco deles foram reconhecidos pela manhã. O sepultamento ocorreu em meio a muita emoção.

A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República incumbiu o ouvidor nacional dos Direitos Humanos, Bruno Renato Teixeira, de acompanhar as investigações das mortes de pessoas ocorridas na noite desta terça e na madrugada desta quarta-feira em Belém.

Em nota, a secretaria Informou estar em contato com as autoridades do Estado do Pará e do Ministério da Justiça, para obter informações sobre a apuração do caso. As mortes são investigadas pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil.

A rotina mudou após a morte do cabo Antônio Figueiredo, da Polícia Militar (PM), na noite dessa terça, que não estava em serviço, ele foi morto a tiros no bairro Guamá. Na madrugada desta quarta-feira, nove pessoas foram assassinadas em bairros diferentes de Belém, depois de serem abordadas em vias públicas por pessoas em motos.

A empresária Naishila Macedo, proprietária de um bar na Cidade Velha, disse que assim que começaram a circular nas redes sociais informações sobre a morte do PM Antônio Figueiredo, os clientes foram embora e ela precisou fechar o estabelecimento mais cedo.

A Polícia Militar reforçou o efetivo. Além de intensificar as rondas nos bairros do Guamá e Terra Firme, 120 policiais a mais trabalharam em cada turno.

- Nos dias normais é bem movimentado, muito estudante chegando e voltando, mas hoje isso aqui parece feriado – segundo o cobrador de ônibus Osvaldo Freitas.

Sargento convoca “o máximo de amigos” para vingar o policial

O promotor da Justiça Militar Armando Brasil pediu que a população de Belém não se deixasse influenciar por informações exageradas compartilhadas em redes sociais. “A população não deve entrar em pânico. Há muitas pessoas se aproveitando da situação e espalhando boatos pela Internet, tentando criar uma situação de caos. São vídeos, áudios e fotos que não têm relação com os fatos ocorridos ontem e que estão sendo forjados para disseminar o pânico”, disse Brasil.

Só após os trabalhos de investigação e da perícia criminal, a polícia poderá dizer se existe vínculo entre os homicídios com a morte do policial. A Corregedoria-Geral da PM investigará o possível envolvimento de policiais nas mortes.

Por Redação, agências - de Belém do Pará.

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