Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República acompanha apuração de chacina na capital paraense |
Os corpos de seis vítimas dentre as mais de 35 que morreram durante uma chacina, na madrugada de quarta-feira, em Belém, foram sepultados nesta quinta-feira (06 de novembro), após liberados pelo Instituto Médico Legal com o reconhecimento de familiares. Cinco deles foram reconhecidos pela manhã. O sepultamento ocorreu em meio a muita emoção.
A Secretaria de Direitos
Humanos da Presidência da República incumbiu o ouvidor nacional dos Direitos
Humanos, Bruno Renato Teixeira, de acompanhar as investigações das mortes de
pessoas ocorridas na noite desta terça e na madrugada desta quarta-feira em
Belém.
Em nota, a secretaria
Informou estar em contato com as autoridades do Estado do Pará e do Ministério
da Justiça, para obter informações sobre a apuração do caso. As mortes são
investigadas pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil.
A rotina mudou após a
morte do cabo Antônio Figueiredo, da Polícia Militar (PM), na noite dessa
terça, que não estava em serviço, ele foi morto a tiros no bairro Guamá. Na
madrugada desta quarta-feira, nove pessoas foram assassinadas em bairros
diferentes de Belém, depois de serem abordadas em vias públicas por pessoas em
motos.
A empresária Naishila
Macedo, proprietária de um bar na Cidade Velha, disse que assim que começaram a
circular nas redes sociais informações sobre a morte do PM Antônio Figueiredo,
os clientes foram embora e ela precisou fechar o estabelecimento mais cedo.
A Polícia Militar reforçou
o efetivo. Além de intensificar as rondas nos bairros do Guamá e Terra Firme,
120 policiais a mais trabalharam em cada turno.
- Nos dias normais é bem
movimentado, muito estudante chegando e voltando, mas hoje isso aqui parece
feriado – segundo o cobrador de ônibus Osvaldo Freitas.
Sargento convoca “o máximo de amigos” para vingar o policial |
O promotor da Justiça Militar Armando Brasil pediu que a população de Belém não se deixasse influenciar por informações exageradas compartilhadas em redes sociais. “A população não deve entrar em pânico. Há muitas pessoas se aproveitando da situação e espalhando boatos pela Internet, tentando criar uma situação de caos. São vídeos, áudios e fotos que não têm relação com os fatos ocorridos ontem e que estão sendo forjados para disseminar o pânico”, disse Brasil.
Só após os trabalhos de
investigação e da perícia criminal, a polícia poderá dizer se existe vínculo
entre os homicídios com a morte do policial. A Corregedoria-Geral da PM
investigará o possível envolvimento de policiais nas mortes.
Por Redação, agências - de Belém do Pará.
Leia mais:
http://coletivodar.org/2014/11/policiais-de-belem-executam-pobres-apos-morte-de-um-pm-eles-mesmo-vao-investigar/
http://culturaverde.org/2014/11/05/rotam-promove-chacina-em-belem-para-vingar-morte-de-policial-ligado-a-milicia/
http://www.redeto.com.br/noticia-15030-para-governo-federal-acompanha-apuracao-de-chacina-em-belem.html#.VFydMDTF-uo
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