sábado, 27 de junho de 2015

Presidenta Dilma fez o lançamento dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, no ultimo dia 23 de junho.

Presidenta defendeu respeito à diversidade e à integração entre culturas. Com previsão de 2 mil atletas, jogos ocorrerão, em outubro, em Palmas (TO).
Filipe Matoso, G1 Brasília.

Presidenta Dilma Rousseff posou para fotografia ao lado de índios na cerimônia de lançamento
 dos Jogos Mundiais dos PovosIndígenas (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

A presidente Dilma Rousseff lançou nesta terça-feira (23) a primeira edição dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, que serão realizados, entre 20 de outubro e 1º de novembro, em Palmas (TO). A cerimônia de lançamento ocorreu no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, um dos estádios que sediaram a Copa do Mundo do ano passado.
Ao todo, segundo a assessoria dos jogos indígenas, 24 etnias brasileiras e 22 de outros 22 países participarão do evento esportivo. Entre as modalidades que serão disputadas durante o mundial, estão tiro com arco e flecha, arremesso de lança, cabo de força, corrida de tora, lutas corporais, futebol de campo, atletismo, e xikunahati, uma espécie de futebol no qual só pode ser usada a cabeça.
Em meio ao discurso de lançamento do evento esportivo, a presidente da República defendeu o respeito à diversidade e à integração entre as culturas. Ao longo de pouco mais de 20 minutos de declaração, a petista disse que o Brasil “reforçará” o “apreço” pela pluralidade dos povos e assegurou que o objetivo do governo é “levar a cabo” o “sucesso” do evento esportivo.
“Eu tenho certeza de que nós todos sabemos que o Brasil é admirado por algumas coisas. É admirado por suas belezas naturais, por ter a maior floresta em pé do mundo, é admirado pela hospitalidade e alegria do nosso povo e é admirado pela característica multiétnica. Muitas nações têm essa característica e nós também devemos ser admirados pela capacidade de respeitar a diversidade e integrar culturas, além de respeitar e admirar civilizações”, ressaltou a presidente.
Dilma também disse que tem “imenso orgulho” dos brasileiros em relação à composição da população, em razão de o país ser uma “mistura de várias etnias”. A presidente arrancou sorrisos da plateia, formada, em sua maioria, por índios e políticos, ao dizer que não tem “condições” de participar da corrida de toras, uma das modalidades dos jogos indígenas.
A cerimônia
Durante a solenidade de lançamento do evento mundial, o músico Hamilton de Holanda executou o Hino Nacional com um bandolim. A cantora baiana Margarete Menezes, madrinha dos jogos, também se apresentou e tocou a música “Úm Índio”, de Caetano Veloso.
Dilma acompanhou a cerimônia sentada em uma cadeira na primeira fileira da Tribuna de Honra do estádio Mané Garrincha. Ela se sentou entre o líder indígena Marcos Terena e o ministro do Esporte, George Hilton. Também compareceram ao evento os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário), Henrique Alves (Turismo) e Pepe Vargas (Direitos Humanos).
Em seu discurso, Terena comemorou o fato de os jogos terem sido organizados durante a gestão de um “ministro comunista” – ao se referir ao ex-ministro do Esporte e atual ministro da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo (PC do B) – e executados na gestão de um “ministro evangélico”, ao citar o atual titular do Esporte, George Hilton (PRB). “Então, nós só podemos ficar alegres e contentes”, disse o líder indígena.
Após a fala de Terena, o prefeito de Palmas, Carlos Amashta, foi chamado a discursar e, antes de iniciar seu pronunciamento, disse que não poderia sair do evento sem tirar uma selfie com a presidente. Ela, então, levantou-se e tirou a foto ao lado do governante da capital do Tocantins.
Amashta brincou com o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, ao dizer que, assim como ele, foi batizado por uma comunidade indígena. Segundo o prefeito de Palmas, seu apelido significa “homem forte”, enquanto o de Rollemberg significa “palmito do Buriti”, o que gerou risos na plateia.

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