quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Acusados pela chacina de Unaí passam por segundo dia de julgamento.

Aline Leal - Repórter da Agência Brasil*
Depois de dois dias de sessão, ainda não terminou o julgamento de Noberto Mânica e de José Alberto de Castro, acusados pelo crime que ficou conhecido como Chacina de Unaí. 
Hoje (28) foram ouvidas pelo menos quatro testemunhas de acusação, duas de defesa e duas comuns à acusação e à defesa. 
Testemunhas continuarão sendo ouvidas nesta quinta-feira (29).

Entre os depoentes de hoje esteve Hugo Alves Pimenta, que além de acusado é delator. 
No depoimento de quase três horas, Pimenta disse que Norberto Mânica foi quem ordenou o assassinato do auditor fiscal do Trabalho Nelson Silva. Segundo o delator, quando o mandante soube que a vítima estava acompanhada de mais três pessoas, ordenou que o pistoleiro matasse todos.

Para o advogado de Mânica, Antônio Carlos de Almeida Castro, o depoimento é fantasioso, pois Pimenta tem interesse nos efeitos da delação premiada, que pode conceder diminuição de dois terços da pena.

Norberto, junto ao irmão, Antério Mânica, são acusados de serem mandantes do crime. Antério está com o julgamento marcado para o dia 4 de novembro. Enquanto isso, José Alberto de Castro é acusado de intermediar as negociações entre mandantes e executores. Hugo Alves Pimenta também é acusado de ser intermediário e deverá ser julgado no dia 10 de novembro.

Até agora três pessoas foram julgadas pelo crime. Rogério Alan Rocha Rios, foi condenado a 94 anos de prisão, por quádruplo homicídio triplamente qualificado e formação de quadrilha; Erinaldo de Vasconcelos Silva, a 76 anos de reclusão, também por quádruplo homicídio triplamente qualificado, formação de quadrilha e receptação; e William Gomes de Miranda, a 56 anos de prisão, pelo crime de homicídio.

O crime aconteceu no dia 28 de janeiro de 2004, quando os auditores fiscais do Trabalho Eratóstenes de Almeida Gonsalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva, e o motorista Ailton Pereira de Oliveira, foram executados a tiros, enquanto se preparavam para uma fiscalização de rotina em fazendas de feijão da zona rural do município de Unaí.

*Com informações da TV Brasil 

Edição: Fábio Massalli

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