domingo, 1 de novembro de 2015

A Crise Econômica chega ao Maranhão. Previsão de queda de 2% do PIB estadual em 2015 e sua confirmação no Projeto de lei orçamentária de 2016.

Na 6ª feira passada, fizemos análise de conjuntura na SMDH, onde focamos, dentre outras coisas, na crise econômica nacional e a profundidade de seus efeitos no Maranhão, apresentando ainda uma avaliação preliminar do primeiro orçamento apresentado pelo atual condomínio no poder.

Vejamos alguns pontos e respectivos dados:

1) o IMESC, instituto oficial do governo estadual, reviu os cálculos e está prevendo uma queda de 2% do PIB maranhense em 2015.

Aliás, vale a pena a leitura da análise técnica do IMESC, no último boletim de conjuntura econômica do Maranhão: http://www.imesc.ma.gov.br/components/ combooklibrary/ebooks/BOLETIM%20DE%20CONJUNTURA%203%20tri%20-%20FINAL.pdf

2) A crise econômica nacional se expressa aqui como uma profunda crise do emprego com saldo negativo de 2.632 demissões em 2015.

3) Os efeitos negativos do emprego afetaram muito especialmente as duas principais cidades, São Luís e Imperatriz, com mais de 5.400 demissões no ano.

4) Apesar de medidas anticíclicas adotadas pelo governo estadual, o ano de 2015 deve fechar com saldo negativo ou zero.

5) Com o Maranhão tendo uma taxa de desocupação de 8,8% na população total e de 21,6% entre os jovens de 18-24 anos.

6) Por fim, analisamos também a proposta de Lei Orçamentária para 2016, avaliando sua matriz política e econômica.

7) E os efeitos da dependência ao sistema financeiro: em 2016, o MA vai pagar mais de R$ 1 bilhão de dívida pública. Dívida que nunca foi transparente e envolvida em casos nebulosos de corrupção ao longo de sucessivos governos.

8) A dívida pública do MA vai representar 6,2% do orçamento de 2016. Onde esse R$ 1 bilhão poderia ser aproveitado?

9) Por seu turno, no orçamento também foram feitas escolhas políticas de aumentar ou cortar verbas em diversas áreas, se comparadas com 2015 (ainda um orçamento do desgoverno Roseana Sarney).

Fizemos um comparativo com a dotação inicial e atualizada de 2015, segundo o último relatório de execução orçamentária disponível.

10) Algumas áreas foram contempladas com aumento de verbas, como segurança, educação, saneamento, comércio e serviços.

11) Enquanto outras áreas foram afetadas por pequenos cortes (saúde, urbanismo) ou profundos cortes (cultura e habitação).

12) Apesar da sólida aliança da Fetaema com o condomínio FD, chama atenção o corte de 71% na organização agrária.

13) O orçamento da agricultura familiar para 2016 representa apenas 0,34% do total, inferior aos de Roseana Sarney.

14) A cultura, sempre alardeada como base da identidade, turismo e blá blá blá, teve corte de 41% no orçamento 2016.

Estes são apenas alguns aspectos preliminares para entender a proposta de orçamento MA 2016, um total de R$ 16,68 bilhões de reais.

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