sábado, 19 de março de 2016

Djibouti, a primeira base naval do exército chinês no exterior.

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A construção de uma base naval chinesa, civil-militar, em Obock (Djibuti) foi anunciada há mais de um ano. Os trabalhos acabam de arrancar, disse o porta-voz do Ministério da Defesa, o coronel Wu Qia, a 25 de Fevereiro de 2016.
A 25 de Fevereiro de 2014, os ministros da Defesa da China e do Djibuti, o general Chang Wanquan e Darar Houffaneh, assinavam um acordo de parceria estratégica autorizando a Marinha chinesa a utilizar um porto já existente.

Em maio de 2015, o Presidente Ismail Omar Guelleh anunciava que estavam a decorrer negociações para construir uma base naval chinesa no seu país. 
A 21 de Janeiro de 2016, o porta-voz do Ministério Chinês dos Negócios Estrangeiros, Hong Lei, confirmava que as discussões haviam sido concluídas pelo Presidente Xi aquando da sua viagem a Joanesburgo, para a cimeira do Fórum de Cooperação sino-africano.

No contexto da instalação chinesa em Djibuti e da instalação de 10.000 homens na África, a República Popular da China irá construir uma estrada de ferro ligando Djibuti a Addis-Abeba no montante de US$ 3 bilhões de dólares.
Obock será a primeira base naval chinesa de dupla utilização, civil e militar, no estrangeiro desde a odisseia do almirante Zheng He, o «grande-eunuco das três jóias», que no século XV tentou restaurar a «rota da seda» por via marítima, precisamente com o Djibuti.

Oficialmente esta «instalação» naval será utilizada na luta contra os piratas somalis. No entanto, ela terá, sobretudo, por função garantir a segurança da nova «rota da seda» marítima.
A Marinha chinesa tinha já evacuado, em Março e Abril de 2015, os seus expatriados do Iémen. Tratou-se de uma primeira operação deste tipo fora da esfera de influência tradicional de Pequim.
A Índia observa com inquietação a implantação militar chinesa à sua volta e entorno.
Tradução  Alva

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