Um grupo de generais
americanos aposentados e diplomatas, alertaram o presidente Barack Obama de que
uma retirada planejada das tropas dos EUA no Afeganistão ameaça minar as forças
de segurança afegãs e aumentar a força do Talibã.
Os treze homens militares
e diplomatas, que supervisionam os esforços dos EUA no Afeganistão, pediram a
Obama em uma carta aberta para manter os atuais níveis de tropas norte-americanas
naquele país até o final de seu mandato.
Dentre os subscritores
desta carta estão o general reformado do Exército e ex-diretor da CIA, David Petraeus
e quatro outros ex-altos comandantes das forças internacionais lideradas pelos
Estados Unidos no Afeganistão, bem como cinco ex-embaixadores americanos para
aquele país.
"esta ação
provavelmente terá efeitos úteis sobre os fluxos de refugiados, a confiança do Talibã,
o moral dos militares afegãos e sobre o povo afegão, o estado da economia afegã
e talvez mesmo as avaliações estratégicas de alguns inurgentes no
Paquistão", escreveram eles.
"Por outro lado,
estamos convencidos de que uma redução do nosso apoio militar e financeiro ao
longo dos próximos meses afetaria negativamente cada um destes" a carta,
publicada na revista The National Interest, acrescentou.
Os oficiais afirmaram que
uma redução de tropas permitiria a al-Qaeda e ao Daesh (ISIL) estender seu
alcance, "revertendo para o caos dos anos 1990" a situação no Paquistão.
A carta chegou dias antes
do atual comandante militar dos EUA no Afeganistão, general do Exército John
Nicholson, apresentar suas recomendações de tropas para os líderes militares
seniores.
Existem atualmente cerca
de 9.800 militares no Afeganistão. Sob o plano atual de Barack Obama, o nível
de tropas é previsto cair para 5.500 em 2017.
Os EUA e seus aliados
invadiram o Afeganistão em 7 de outubro de 2001 como parte da chamada guerra de
Washington contra o terror. Esta ofensiva removeu o Talibã do poder, mas a
segurança continua a ser o principal desafio deste país devastado pela guerra.
As forças do Talibã recentemente ganharam novos reforços e rejeitam negociações
de paz com o governo afegão.
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