terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Guerra da Síria. Estados Unidos relança tropas do Daesh contra a cidade de Palmira.



Tropas do  Emirado Islâmico (Daesh) reocupam a cidade de Palmira em um ataque surpresa realizado de 9 a 12 Dezembro de 2016.

Do exterior, o "Alto Representante" da "oposição síria" Riad Hijab, denunciou as forças do "regime sírio", afirmando que lançar-se contra "civis desarmados" em Aleppo, mas que "fogem como ratos ante os jihadistas do Estado islâmico em Palmira ".

A realidade é muito diferente.

Uma força de 5.000 jihadistas chegou de forma coordenada, simultaneamente de Raqqa (Síria) e Mosul (Iraque), em um movimento de pinça sobre os mil soldados sírios que defendiam Palmira. O Exército Árabe Sírio só teve tempo para evacuar urgentemente os civis e destruir seu próprio arsenal antes de recuar buscando reagrupar-se numa força numericamente superior.

Em junho de 2014, os Estados Unidos pressionaram o Emirado Islâmico (Daesh) para invadir a parte sunita do Iraque, para cortar rotas terrestres entre Teerã e Damasco, a última etapa da "Rota da Seda". Tendo ocupado Mosul, o Emirado Islâmico avançou para Palmyra (Síria) em maio de 2015. Naquela época, os jihadistas cruzaram a fronteira sob o olhar complacente das forças dos EUA que não conseguiu intervir e nem mesmo lançaram um alerta. Mas o Exército Árabe da Síria reagiu em Palmira a partir de março de 2016.

Para o Emirado Islâmico ter conseguido ocupar Palmira de novo, houve a conivência das forças dos EUA, que deveriam ter fortificado Mosul, e não o fizeram, alias a sua esquerda abriram um caminho para o deserto da Síria e pararam o bombardeio da aviação da coligação internacional baseados na província síria de Raqqa.

Estando o Exército Árabe da Síria focado na libertação de Aleppo, não teve tempo de enviar reforços para Palmira, cuja guarnição foi forçada a recuar antes do ataque de uma força jihadista 5 vezes maior em número de homens.

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