terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Após 35 assassinatos onda de execuções em Belém do Pará leva governador a pedir ajuda federal para investigar série de assassinatos.



Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil.

O governo do Pará decidiu pedir a ajuda da Força Nacional de Segurança Pública para esclarecer uma série de homicídios registrados após o assassinato de um policial militar, na manhã da última sexta-feira (20), em Belém (PA).
Segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social, pelo menos 35 pessoas foram mortas entre o começo da noite de sexta-feira e a manhã de hoje (23). Além do número de ocorrências estar bem acima da média, 25 das recentes vítimas parecem ter sido executadas. Os crimes ocorreram em 16 bairros da Região Metropolitana de Belém.
De acordo com a secretaria estadual, o pedido de auxílio não envolve agentes para reforçar o policiamento ostensivo, mas apenas equipes de inteligência que apoiem as forças locais a esclarecer se os crimes têm ligações entre si e para identificar os envolvidos.
A expectativa do governo paraense é enviar o pedido oficial ao Ministério da Justiça até terça-feira (24) e obter uma resposta o mais rápido possível a fim de apressar as investigações. O governador Simão Jatene conversou com o ministro da Justiça, Alexande de Moraes, durante o final de semana. E, hoje, o secretário estadual de Segurança Pública e Defesa Social, Jeannot Jansen, falou com o secretário Nacional de Segurança Pública, Celso Perioli, para acertar os detalhes sobre a cooperação nas investigações antes do governo estadual formalizar o pedido.
O soldado da Ronda Tática Metropolitana (Rotam) Rafael da Silva Costa foi baleado na cabeça ao trocar tiros com suspeitos de cometer um assalto, na manhã de sexta-feira. Costa chegou a ser levado para o Hospital Metropolitano, mas não resistiu aos ferimentos, falecendo horas depois. Após a confirmação da morte do policial, surgiram as primeiras vítimas fatais do que as próprias autoridades de segurança pública encaram como uma onda de crimes que pode ter sido motivada por vingança à morte de Costa.
Na tarde de sexta-feira, as secretarias estaduais de Segurança Pública e Defesa Social instalaram um gabinete de gerenciamento de crise, responsável por acompanhar e monitorar os acontecimentos.
A seccional da Ordem dos Advogados cobrou empenho e agilidade nas investigações das mortes. “Reiteramos a necessidade de investigação célere dos casos, bem como uma postura do Estado em dirimir conflitos e as violações ocorridas nesta tragédia.”
Edição: Valéria Aguiar.

Link: http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-01/para-pede-ajuda-federal-para-investigar-serie-de-assassinatos

FALTA DE SEGURANÇA AUMENTA A CRIMINALIDADE EM BELÉM.

"Não podemos ser cúmplices desta tragédia que banaliza a vida humana".

A morte, nas últimas horas, de dezenas de pessoas, após o assassinato de um policial da Rotam, é chocante e revoltante. Repete-se a mesma tragédia do final de 2014, quando também várias pessoas foram executadas por supostos “justiceiros”. A repetição desses acontecimentos revela a incapacidade do Estado em apurar e punir os mandantes e executores de crimes que têm ceifado a vida de jovens que vivem na periferia da Região Metropolitana de Belém.

A maioria das vítimas é pobre e negra, o que revela uma preocupação seletiva dos executores e mandantes de tais crimes. Não podemos ser cúmplices dessa tragédia e dessa concepção que banaliza a vida humana. Exigimos que todos os crimes contra os policiais, guardas municipais e qualquer agente público sejam apurados e punidos da mesma forma como daqueles que não fazem parte de nenhum tipo de corporação.

As rebeliões e disputas entre facções do crime organizado, dentro das penitenciárias, também são chocantes e revelam a falência do sistema carcerário em todo o Brasil. É obrigação dos governos federal e estaduais encontrar soluções para conter esse estado de barbárie que coloca o nosso País na contramão da marcha civilizatória.

A vida é um dom de Deus e só ele pode tirá-la. Nossa solidariedade e condolências a todos os familiares e amigos das vítimas da violência. E que possamos cerrar fileiras em defesa do Estado de Direito, que foi constituído para mediar os conflitos e não para ser cúmplice ou omisso em relação à violência que está destruindo vidas e a fé nas instituições públicas.

Senador Paulo Rocha – PT-PA.


ANTONIO JACINTO INDIO - Assessoria de Comunicação - Senador Paulo Rocha (PT-PA). Senado Federal - Anexo II, Ala Teotonio Vilela, Gab. 08 - 70165-900 Brasília - DF - Telefone: + 55 (61) 3303- 3876 / 98150-9670 /(91) 99178- 1813

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