segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Sindicato fala em ‘grande adesão’ no primeiro dia de greve da Polícia Civil do Rio Grande do Sul.

Luís Eduardo Gomes
Ainda não há um balanço oficial sobre a adesão do primeiro dia de greve dos policiais civis no Rio Grande do Sul, nem pelo governo, nem pelo sindicato da categoria, mas o presidente da Ugeirm (Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores da Policia Civil do RS ), Isaac Ortiz, fala em grande adesão em todas as regiões do Estado. “As informações que chegam é de grande mobilização”, diz.
Segundo Ortiz, a paralisão está demonstrando força porque trata-se de uma greve construída com toda a categoria e não de uma “invenção do sindicato”. “Esse descaso com a Segurança Pública do governo Sartori também foi construído”, afirma.
Nesse primeiro dia de paralisação, Ortiz afirma que a recomendação para os servidores da Civil é comparecerem às delegacias e acolherem todas as pessoas que procurarem a polícia, informando-os sobre a paralisação e atendendo todos os crimes contra idosos, crianças, mulheres e contra a vida. “O que deixará de ser feito é o serviço cartorial, investigações, operações, prisões e o atendimento a crimes de menor potencial ofensivo”, diz.
Procurados, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) e o Comando da Polícia Civil disseram que não têm levantamentos próprios sobre a adesão à greve. Em nota, a SSP disse esperar que os policiais mantenham os serviços “em pleno funcionamento, de modo a não prejudicar a segurança dos cidadãos do Rio Grande”.
A nota ainda lembra que, em abril deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) manifestou-se no sentido de que os profissionais da área não podem fazer greve em todo o País, o que poderia ser contra-argumentado pelo fato de que os policiais estão sendo aconselhados a comparecer ao trabalho, e que aos servidores da segurança foram os únicos a receberem reajustes salariais no governo de José Ivo Sartori – somam 38% desde 2015, mas trata-se de reajuste concedido por lei aprovada no governo passado e uma medida criticada pela atual gestão em diversas oportunidades, tendo inclusive a possibilidade de não honrar com as parcelas desse aumento sido usada como forte de pressão para desmobilizar protestos das categorias da área.

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