sábado, 27 de janeiro de 2018

Em encontro com o Papa Francisco, indígenas do Acre e Rondônia querem alertar sobre aumento de suicídios em aldeias.

Líder da Igreja Católica vai ter encontro com indígenas acreanos e rondonienses (Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre).
Reportagem de Marcelo Pereira, publicada por G1, 17-01-2018.
Cerca de 100 pessoas de comunidades indígenas dos dois estados almoçaram com pontífice na ultima sexta-feira (19) em Puerto Maldonado.
A visita do papa Francisco ao Peru, que fez fronteira com o Acre, era aguardada por muitos fiéis acreanos. Ele passou pelo país vizinho entre os dias 15 e 21 deste mês.
Na cidade de Puerto Maldonado, a visita ocorreu na sexta-feira (19) e foi uma oportunidade única. Indígenas do Acre e Rondônia se encontraram com o religioso representando o Brasil.
Ao todo, mais de 100 pessoas das comunidades indígenas dos dois estados representaram o país no encontro com o líder da Igreja Católica. O Papa chegou à cidade peruana, que faz fronteira com Assis Brasil, por volta das 10h.
Primeiro ele se encontrou com padres e visitou à casa de crianças carentes. Depois, ele participou de um almoço com os índios acreanos e rondonienses.
Dom Joaquim Pertinez, bispo da Diocese de Rio Branco, falou que a visita do papa ao país vizinho é organizada pela igreja peruana e que a brasileira não está ligada a organização. De acordo com o bispo, Francisco escolheu visitar Puerto Maldonado para ter esse encontro com os povos indígenas da região amazônica, que o chama atenção e o preocupa.
Puerto Maldonado não é uma das capitais importantes do Peru. Mas ele [o Papa] escolheu fazer essa visita ao local por justamente querer um encontro com os povos indígenas da região amazônica. [Apesar do encontro com os indígenas do Acre], nós como igreja brasileira não temos participação direta nesses eventos que o Papa teve no Peru”, reforça Pertinez.
Rosenilda Nunes, da equipe da Diocese de Rio Branco, falou que os indígenas estão preparando um documento para entregar ao pontífice. A intenção é alertar o líder católico para o aumento no número de suicídio entre alguns povos indígenas da região.
“Eles estão na expectativa de entregar esse documento que relata o sofrimento deles, principalmente sobre a demarcação dos territórios”, explica.
Apesar de ser um assunto específico e uma curta passagem por Puerto Maldonado, autoridades brasileiras já montaram o esquema de segurança no Acre.
“A aduana vai funcionar 24 horas, assim como Polícia Federal na imigração também. A Polícia Rodoviária Federal vai atuar, principalmente, no trevo de XapuriBrasileia e Assis Brasil“, explica Cezar Henrique, superintendente da PRF-AC.

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