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As autoridades sul-africanas proclamaram o estado de catástrofe natural em todo o país devido à seca histórica que assola a África do Sul há vários meses na região da Cidade do Cabo, ameaçada de ficar sem água potável.
Segundo a AFP, a decisão foi tomada depois de uma “reavaliação da amplitude e da gravidade da seca atual”, e confia a partir de agora a gestão da crise ao governo.
As autoridades sul-africanas tinham apontado o dia 11 de abril como o Dia Zero, o primeiro dia em que faltaria água nas torneiras, tendo depois adiado a estimativa para dia 16 do mesmo mês.
O adiamento se deve ao declínio no uso de água para fins agrícolas, porque muitas fazendas em algumas províncias, que incluem a própria cidade, escolheram usar as reservas que lhes foram alocadas em vez de usar água corrente.
As autoridades avisaram os habitantes para, ainda assim, continuarem a cumprir as indicações oficiais, que limitam o uso de água a 50 litros por pessoa.
A grave seca que assola a zona é um fenômeno incomum, já que não só deriva da escassez de precipitação que caracterizou a estação de chuvas passada (abril-outubro), mas também deriva de o nível de chuva ter sido particularmente baixo também nos dois anos anteriores.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), só em uma chuveirada de cinco minutos são gastos cerca de 100 litros de água.
Todas as instituições sob alçada do Estado estão, daqui em diante, mandadas para pôr em prática “os planos de emergência, a ajuda imediata e as medidas de construção” necessárias, segundo o decreto assinado pelo chefe do Centro Nacional de Gestão de Situações de Emergência, Mmaphaka Tau.
Cidade do Cabo adia Dia Zero de abril para junho.
A localidade turística da África do Sul conta agora com mais dois meses de margem até que a maioria da população fique sem água, adiando mais uma vez o Dia Zero, apontado para abril, como o primeiro dia em que os sul-africanos não teriam água nas torneiras.
“Celebramos juntos a notícia de que o Dia Zero foi empurrado para 4 de junho de 2018 como resultado do consumo médio mais baixo até o momento, de 529 milhões de litrospor dia durante a semana passada”, anunciou nesta terça-feira (13) Mmusi Maimane, líder do partido da oposição Alianza Democrática, o qual governa a região do Cabo Ocidental.
O líder partidário disse ainda saber que “para muitos residentes em blocos de apartamentos ou áreas elevadas já houve interrupções significativas resultantes do esforço de redução da pressão de água da cidade”.
“Sabemos que é um grande inconveniente e pedimos aos residentes que continuem nos informando das suas queixas para que elas possam ser resolvidas”, acrescentou.
Se o Dia Zero se concretizar, os habitantes da Cidade do Cabo deverão se abastecer nos 200 pontos de recolha de água, onde podem receber, no máximo, 25 litros de água por dia e por pessoa.
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