quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Com participação recorde de mulheres, Congresso dos EUA terá indígenas e muçulmanas.

© AP Photo / Stephen Groves
Os democratas retomaram o controle da Câmara dos Representantes com uma onda de novos candidatos após as eleições legislativas. É a primeira vez em 8 anos que o partido terá maioria na Casa – o que deve dificultar a vida do presidente Donald Trump.
O Partido Democrata conseguiu duas dúzias de distritos controlados pelo Partido Republicano nos subúrbios em todo o país, e atingiu os 218 assentos necessários para a maioria.
Na contagem parcial, os democratas venceram 219 corridas e os republicanos 193, com vencedores indeterminados em 23 corridas. Os democratas lideram em nove deles, os republicanos em 14. A contagem final provavelmente deixará os democratas com uma maioria estreita que pode ser difícil de administrar e preservar.
O pleito também foi marcado pela eleição recorde de mulheres para a Câmara — serão ao menos 95 representantes. Pela primeira vez, foram eleitas mulheres indígenas (Sharice Davids e Deb Haaland) e muçulmanas (Ilhan Omar e Rashid Tlaib). Além disso, foi eleita a mulher mais jovem da história da Câmara dos EUA. Alexandria Ocasio-Cortez tem 29 anos e é abertamente socialista.
Outro fator de destaque é a eleição de Jared Polis como governador do Colorado. Será o primeiro governador assumidamente gay na história do país. A líder democrata Nancy Pelosi, que está tentando recuperar o posto de presidente da Câmara, chamou o momento de um “novo dia na América”.
Ela saudou “aqueles candidatos dinâmicos, diversos e incríveis que levaram de volta a Casa para o povo americano”.
Com os republicanos mantendo o controle do Senado, o resultado na Câmara poderia significar um impasse para a agenda de Trump no Capitólio — ou, inversamente, poderá abrir uma nova era de acordos.
Como partido majoritário, os democratas terão controle de comissões importantes e terão amplos poderes para investigar o presidente, seus negócios e o funcionamento interno de sua administração, inclusive se alguém da campanha de Trump conspirou com os russos para influenciar a eleição presidencial de 2016.
Eles terão autoridade para solicitar as declarações de impostos do presidente e poderão intimar Trump para obter documentos, e-mails e depoimentos.
No entanto, qualquer tentativa de impugnar Trump deverá enfrentar resistência no Senado dominado pelos republicanos.

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