quinta-feira, 11 de abril de 2019

Julian Assange perde asilo político e é preso no Reino Unido (VÍDEO).

O Equador resolveu suspender asilo diplomático do ativista Julian Assange, fundador do WikiLeaks, segundo comunicado do presidente equatoriano Lenín Moreno, divulgado hoje (11).
Na terça-feira passada (2), Moreno disse que Assange violou "várias vezes" o acordo de convivência para garantir permanência dele na embaixada equatoriana. 
"Hoje [11], anuncio que a conduta desrespeitosa e agressiva do senhor Julian Assange, as declarações descorteses e ameaçadoras de sua organização aliada contra o Equador, e, sobretudo, a transgressão dos tratados internacionais têm levado a situação a um ponto em que o asilo do senhor Assange é insustentável e inviável", declarou o presidente equatoriano, Lenín Moreno. 
"O Equador, soberanamente, dá por finalizado o asilo diplomático outorgado ao senhor Assange em 2012", afirmou. 
De acordo com publicação do WikiLeaks no Twitter, Assange não saiu da embaixada do Equador, mas o próprio embaixador convidou a polícia britânica para dentro do prédio, prendendo Assange imediatamente. 
O secretário de Interior britânico, Sajid Javid, assegurou que o jornalista de origem australiana irá enfrentar a justiça no Reino Unido. 
De acordo com o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Jeremy Hunt, agradeceu a Lenín Moreno por suspender o asilo diplomático de Assange. 
"Julian Assange não é um herói, ninguém é acima da lei. Ele está se escondendo da verdade há anos. Obrigado ao Equador e ao presidente Lenín Moreno pela colaboração com o MRE britânico para assegurar que Assange lide com justiça", escreveu Hunt no Twitter.
Nesta quarta-feira (10), o WikiLeaks denunciou que Assange estava sendo espionado pelo governo de Moreno dentro da embaixada para extraditá-lo. 
O fundador do portal WikiLeaks, Julian Assange, ficou famoso por publicar assuntos polêmicos sobre, por exemplo, operações militares dos EUA no Afeganistão e no Iraque, bem como sobre as condições na prisão de Guantánamo. 
Em 2010, o fundador do portal, que é de interesse das autoridades americanas, viajou para a Suécia em busca de proteção, porém, acabou sendo acusado de estuprar duas mulheres, mas acusação veio a ser arquivada pela a Suécia, que revogou mandato de captura. 
Desde 2012, o fundador do WikiLeaks estava vivendo na embaixada do Equador em Londres.

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