quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

10 de dezembro: Dia Internacional dos Direitos Humanos


No dia em que se celebra os 63 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, se recorda os fundamentos de liberdade e justiça que dão sentido a aspiração pela paz mundial, ideal comum a todos os povos e nações. 

Assinada em Paris, em 1948, pela Assembléia Geral das Nações Unidas, o documento, considerado a mais alta inspiração do homem, oficializa o desejo de que todos sejam livres e iguais em dignidade e direitos. 

Com base na Declaração, cada país se organiza para atender a sua população, adaptando medidas e ações no sentido de beneficiar a todos. No Brasil, por uma questão histórica, a maioria da população ainda enfrenta dificuldades das mais diversas no que diz respeito ao acesso aos direitos constitucionais. A maior vítima das desigualdades é a população negra, composta por 51% dos habitantes do país. 

Por muitos séculos, os afrodescendentes brasileiros enfrentaram inúmeras lutas para garantir o acesso à participação política e aos direitos. De acordo com Eloi Ferreira de Araujo, presidente da Fundação Cultural Palmares, esta inacessibilidade se explica muitas vezes pelo racismo institucionalizado, onde não são levadas em consideração as especificidades desse público. Por exemplo, a saúde da população negra requer cuidado especial devido às suas patologias específicas, mas só passou a ganhar essa atenção recentemente, há cerca de uma década. 

Para mudar esta realidade, foi sancionado há um ano, o Estatuto da Igualdade Racial - lei que estabelece diretrizes para a garantia de oportunidades à população negra brasileira. Considerado importante ferramenta na construção de condições para a promoção da igualdade racial, o Estatuto é também uma ação que visa o alcance de políticas dentro do contexto da Declaração Universal dos Direitos Humanos. 

Em entrevista à Assessoria de Comunicação da Fundação Cultural Palmares, em 20 de outubro de 2011, Eloi Ferreira de Araujo, ministro da Secretaria de Políticas para Promoção da Igualdade Racial quando sancionado o Estatuto, em 2010, falou dos avanços que a lei traz para a democracia nacional. Reveja sua avaliação quanto ao documento que considera a maior conquista dos negros brasileiros desde a oficialização do fim da escravidão com a assinatura da Lei Áurea, em 1888. 

Ascom/FCP – O que significa o Estatuto da Igualdade Racial?

Eloi Ferreira- É a forma mais democrática e legal para que sejam asseguradas as possibilidades de acesso aos bens econômicos e culturais a toda a nação de maneira igualitária. O primeiro diploma legal incluído no arcabouço jurídico brasileiro, desde 1888, tendo em vista a construção de ambiente de igualdade de oportunidade entre negros e não-negros. 

Ascom/FCP – Com o Estatuto os direitos da população negra estão de fato assegurados?

Eloi Ferreira- Eles estão colocados de forma que a população negra os acesse. A construção da igualdade de oportunidades a todas as raças será resultado de uma grande comunhão e o Estatuto é apenas um dos primeiros passos de uma longa caminhada, que a nação tem que percorrer, para estabelecer a democracia. 

Ascom/FCP – Qual o papel da Fundação Cultural Palmares no sentido de promover a igualdade segundo o que determina o Estatuto?

Eloi Ferreira – A contribuição do negro na construção do nosso país é imensurável, por isso, somente por meio de políticas públicas que valorizem a cultura afro-brasileira e dêem mais visibilidade à população negra na sociedade estaremos promovendo de fato uma maior equidade. Para isto, a Fundação Cultural Palmares tem entre as suas competências a promoção de ações afirmativas, o reconhecimento das comunidades remanescentes de quilombos e a valorização da cultura. 
A Fundação Cultura Palmares deve dar ênfase ao que dispõe a regulamentação do Artigo 17 do Estatuto da Igualdade Racial que garante o reconhecimento das sociedades negras, clubes e outras formas de manifestação coletiva da população negra. 
Com base nisto, a FCP pretende levar ações para todos os segmentos da cultura afro-brasileira: gastronomia, música, dança, literatura, capoeira e tradições como jongo, maculelê, tambor de crioula e congada, além de colaborar substantivamente, para as áreas de comunicação, educação quilombola e defesa das religiões de matriz africana. 

Ascom/FCP – Com a Lei, qual a perspectiva para os próximos anos?

Eloi Ferreira – A perspectiva é termos uma projeção da cultura afro-brasileira nos teatros, nos cinemas, televisão, casas de espetáculos com protagonistas negros e negras. A nação tem 51,2% de pretos e pardos e é preciso que sejam representados em todo o ambiente nacional. Estamos avançando para que a nação seja mais igual, mais justa e mais fraterna.

Matéria copiada. em quinta-feira, by admin - Daiane Souza .
http://www.palmares.gov.br/?p=16579

Alemanha - Presidente do Deustche Bank recebeu carta-bomba


Presidente do Deustche Bank recebeu carta-bomba
       por LusaHoje- Fotografia © Fabian Bimmer/Reuters.

Uma carta endereçada ao presidente executivo do Deutsche Bank, Josef Ackermann, que foi interceptada na empresa, depois de ter sido radiografada por o seu conteúdo despertar suspeitas, tinha de facto uma bomba, revelou hoje a polícia alemã. 

As autoridades recusaram-se, no entanto, a divulgar a composição dos explosivos que estavam dentro do envelope, para não prejudicar as investigações em curso, segundo um porta-voz da polícia judiciária de Hessen.

A carta chegou na quarta à sede o Deutsche Bank, em Frankfurt, endereçada a Ackermann, e com o remetente do Banco Central Europeu, mas quando foi radiografada no posto de correios da instituição - um procedimento de segurança normal, despertou suspeitas. 

Os funcionários do posto chamaram a polícia, que desativou a carta armadilhada, com a ajuda de especialistas. Uma fonte policial ainda tinha dito na quinta-feira de manhã, no entanto, que a carta não continha explosivos. O Deutsche Bank reforçou entretanto as medidas de segurança, e avisou também as suas filiais no estrangeiro para fazerem o mesmo. 

Ackermann é uma das personalidades mais conhecidas e também mais controversas, da vida pública alemã. O gestor helvético geriu com sucesso o Deutsche Bank nos últimos anos, mas publicamente foi alvo de duras críticas, e até de ameaças de morte. Ackermann tenciona abandonar a presidência executiva do maior banco privado alemão em maio, e ao contrário do que foi inicialmente anunciado, não assumirá a presidência do conselho de administração.

O movimento de protesto Occupy, que desde 15 de outubro montou acampamento junto à sede do Banco Central Europeu, e recentemente tentou perturbar uma conferência, onde Ackermann discursou, em Hamburgo, já se distanciou da tentativa de atentado. "Condenamos todas as ações violentas, temos outras hipóteses de protestar", disse em Frankfurt um portas voz deste movimento à cadeia de televisão n-tv.