domingo, 5 de fevereiro de 2012

PETROBRAS EM PORTUGAL

PORTUGAL: PETROBRAS APRESENTA PRINCIPAIS PROJETOS NO PAÍS EUROPEU

“O gerente de Exploração da
Petrobras Portugal, Rudy Ferreira, apresentou, na quinta-feira (02/02), os principais projetos da empresa no país durante a Conferência “Potencial Petrolífero em Portugal, Atividades e Perspectivas”, em Lisboa.

Rudy Ferreira falou sobre a exploração das
bacias de Peniche e Alentejo e sobre investimentos em educação e formação de quadro técnico por meio de importantes parcerias com várias universidades do país.
bacias de Peniche e Alentejo

Alentejo

Ferreira destacou a importância da experiência de empresa como a Petrobras no desenvolvimento de projetos que estão sendo atualmente implementados em Portugal. “A Petrobras é reconhecida como Companhia de excelência na exploração e produção em águas profundas e utiliza isso como fator diferencial nos países em que atua”, disse.

Rudy Ferreira enfatizou que a aposta da Companhia no país não é de agora. “
O interesse da Petrobras de participar da exploração de petróleo em Portugal já vem de longa data, mesmo antes da assinatura dos contratos de exploração na bacia de Peniche, em 2007”. Além de Peniche, a Petrobras também explora a bacia do Alentejo, mais a sul do país, num consórcio com a “Galp Energia”.

O gerente destacou, ainda, o envolvimento da Petrobras em projetos de formação de recursos humanos e investigação com universidades portuguesas: “
Em 2007, foi assinado convênio com a Universidade de Coimbra e de Lisboa, o ‘Projeto Atlantis’, que deu muitos frutos e rendeu entendimento muito melhor do que é a bacia lusitana.”

Rudy Ferreira terminou o discurso com mensagem otimista. “
Esperamos, em 2013, realizar a primeira operação de perfuração nas águas ultraprofundas de Portugal”.

A Conferência “
Potencial Petrolífero em Portugal: Atividades e Perspetivas”, foi promovida pela Direção Geral de Energia e Geologia, um departamento do Ministério da Economia e do Emprego de Portugal.

O seminário contou, também, com a presença de vários responsáveis de empresas petrolíferas que atualmente detêm concessões de exploração em Portugal, algumas das quais em regime de consórcio com a própria Petrobras, incluindo a Partex, a Galp, a Repsol e a Mohave. Também, estava presente o Secretário de Estado da Energia do Governo Português.”


FONTE:
blog “Fatos e Dados”, da Petrobras  (http://fatosedados.blogspetrobras.com.br/2012/02/03/portugal-companhia-apresenta-principais-projetos-no-pais-europeu/#more-50071) [mapas do Google adicionados por este blog ‘democracia&política’] e
 
http://democraciapolitica.blogspot.com/2012/02/petrobras-em-portugal.html

Petrobras: nova presidente era favelada e catou papel para estudar.

A nova presidenta da Petrobrás, Maria da Graça Foster, nasceu em uma favela. Sua infância foi vivida no Morro do Adeus, no Rio de Janeiro, que hoje integra o Complexo do Alemão. 

Até os 12 anos, ela catou papel e lata na rua para custear os estudos, como narrou recentemente em entrevista ao jornal "Valor". Há mais de três décadas na Petrobras, Graça sucedeu José Sérgio Gabrielli, que dirigiu a estatal no ciclo mais importante desde sua criação, nos anos 50.

Foto: Valor Liderança
. .
A mulher que assume esse patrimônio histórico sabe onde o Brasil grita e precisa ser ouvido. O Brasil pobre hoje grita em ‘Pinheirinho’, por exemplo, a ocupação de quase seis mil pessoas, violentamente despejada no domingo (22) em São José dos Campos (SP).

No momento em que a truculência do dinheiro e o menosprezo conservador pelos excluídos produz uma tríplice aliança entre o poder judicial paulista, o governo do Estado e a administração tucana de São José dos Campos, é valioso saber que dentro do governo existem olhos e ouvidos que sabem onde o Brasil grita.

Reverter o arrasa-terra em ‘Pinheirinho’ seria a melhor forma de o governo Dilma transformar a nomeação de Graça Foster mais do que numa boa notícia: um símbolo de seu mandato, em defesa das meninas pobres que ainda catam papel e lata nas ruas do país.

Indicada para a presidência da Petrobras pelo ministro Guido Mantega, presidente do conselho de administração da companhia, Maria das Graças Foster foi eleita uma das 15 executivas em destaque pela "Valor Liderança - Executivas". Na época da premiação, em dezembro passado, a revista publicou um perfil da executiva. Confira abaixo.

Dedicação quase absoluta

Integrante da curta lista de pessoas que gozam da total confiança da presidente Dilma Rousseff, Maria das Graças Silva Foster, ou Graça Foster, como prefere ser chamada, tem um currículo poderoso. É diretora da área de gás e energia da Petrobras e seu nome é cotado para presidir a empresa quando José Sergio Gabrielli deixar o posto. Em outubro, ela participou como executiva da Petrobras da comitiva presidencial à Bulgária, Bélgica e Turquia.

Engenheira química, com mestrado em engenharia de fluidos, pós-graduação em engenharia nuclear e MBA em economia, Graça Foster nasceu em uma favela do Rio de Janeiro nos anos 1950, o Morro do Adeus, que hoje integra o Complexo do Alemão, ocupado pela polícia neste ano. Foi lá que ela viveu até os 12 anos, quando a família se mudou para a Ilha do Governador. No morro, começou a trabalhar, aos 8 anos, como catadora de papel, garrafas e latas de alumínio que vendia para comprar material escolar e presentinhos para sua “florzinha”, como chama a mãe, Terezinha Pena Silva, que continua sendo alvo de sua dedicação.

“Minha mãe é a coisa mais linda, a coisa mais bonitinha que tem, é pequenininha, é a minha flor”, desmancha-se a filha durona no trabalho, de 1,78 metro de altura, negociadora implacável, temida e, por que não dizer, criticada por parte dos executivos que convivem com ela. É a mãe a única capaz de competir com sua outra paixão: a Petrobras, empresa onde trabalha desde 1981, depois de quase dois anos na Nuclebrás, seu primeiro emprego com carteira assinada.

Prioridade de vida

“A Petrobras é uma prioridade na minha vida. Raramente acontece uma inversão, mas só minha mãe está na frente. Graças a Deus o resto da família não precisa. A Petrobras sempre foi importante para mim. O normal é estar disponível para a empresa. Tudo na vida é paixão. E como posso não estar apaixonada e ficar aqui de dez horas a 12 horas todos os dias, torcendo para tudo dar certo?”

O início da vida acadêmica tampouco foi fácil. Aos 22 anos e ainda na faculdade, Graça teve a filha Flávia, que é mãe de sua neta Priscila, hoje com 16 anos. As três são do signo de Virgem e muito próximas. Mais tarde veio Colin, filho do seu terceiro casamento, “um garotão que tem 2,05 metros e estuda jornalismo”.

A área comandada por Graça Foster na estatal acumulou lucro de R$ 2,6 bilhões até setembro de 2011, o segundo melhor resultado da empresa, só atrás da exploração e produção. Quando ela assumiu, em setembro de 2007, o prejuízo era de R$ 895 milhões.

Trabalhadora compulsiva

A executiva comanda a diretoria de gás e energia com mão de ferro. Trabalhadora compulsiva – conta que nunca teve remorso de deixar os filhos em casa antes de viajar a trabalho por um ou dois meses –, e chefe exigente com prazos e metas estabelecidos e cobrados com rigor, Graça tem um calendário de “marcos” atrás da mesa, que detalha datas das diferentes fases das obras de sua área.

Raramente, ela sai antes das 21 horas e sempre carrega uma pasta enorme e grossa onde está escrito “Trabalho de Casa” à mão. Ali ela tem acesso a relatórios, notas técnicas e à agenda de reuniões do dia seguinte. “Mesmo que tenha reunião com minha equipe, eu me preparo, para a reunião andar rápido.” Em casa, além de olhar a “pastinha”, ela costuma tomar meia garrafa de vinho antes de dormir. Magra, elegante, ela diz que prioriza o vinho a qualquer outra iguaria.

Texto de Cláudia Schüffner

fone: http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=174494&id_secao=1

Bahia, O ex-soldado Prisco, líder da greve parcial da PM é TUCANO. No banco de dados da Justiça Eleitoral consta como ele é filiado ao PSDB, diz O GLOBO.

Do QG do movimento, comandante da greve ainda faz ameaças. Chico Otavio.

SALVADOR. Para chegar ao líder da greve dos policiais militares baianos, é preciso erguer os braços e passar por uma minuciosa revista. Protegido por uma roda de amigos e por um colete à prova de balas que não combina com a camisa de malha e o bermudão que veste, Marco Prisco Caldas Machado, de 42 anos, é o centro das atenções no corredor do segundo andar da Assembleia Legislativa da Bahia, local que foi transformado no Estado-maior do movimento grevista.


Prisco está tenso. Alguém acaba de contar que ele pode ser preso a qualquer momento e levado para um presídio de segurança máxima fora do estado. Outros dizem que há um plano para matá-lo.


O ex-bombeiro Marco Prisco, demitido na greve de 2001, é o presidente da Associação de Policiais, Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra). Embora a entidade, fundada há três anos, represente apenas 17% dos policiais e bombeiros baianos, ele é o nome por trás da paralisação que já dura cinco dias. 


Seu discurso oscila. Primeiro diz que os grevistas são ordeiros e que querem negociar. Nega responsabilidade sobre a onda de saques, violência e sabotagem que assolou a capital baiana nas últimas horas. Mas, em seguida, alerta que sua prisão pode desencadear uma desordem fora de controle.

A poucos metros de onde ele fala, 16 viaturas policiais — com pneus furados e levadas à revelia dos quartéis — formam uma barreira de proteção.


No banco de dados da Justiça Eleitoral, Prisco é tucano. Reconhece que assinou uma ficha de filiação ao PSDB, mas afirma que está de saída do partido.


Na política baiana, dividida entre carlistas (herdeiros de Antônio Carlos Magalhães) e petistas, ele conseguiu o improvável: ser demitido pelo governo carlista de Cesar Borges, em 2002, depois da greve do ano anterior, e ter a reintegração negada pelo atual governo petista de Jacques Wagner. Com a paralisação iniciada na quarta-feira, é acusado agora de servir aos interesses da oposição e ao projeto de se lançar candidato à Câmara Municipal.


Para explicar as razões do movimento, Prisco capricha no verbo. Garante que a pretensão não é salarial, mas a desmilitarização das polícias militares.


Diz que o Código Penal Militar é o último resíduo do Ato Institucional número 5 (AI-5) e que a população só respeita a PM por ter medo dele.


Prisco também se esforça para mostrar que a Bahia não está sozinha. Lembra que é o 11, estado brasileiro a enfrentar uma greve de policiais no último ano.


— A militarização é perversa para a categoria. No Rio, mandaram o Bope (Batalhão de Operações Especiais) reprimir a mobilização dos bombeiros. Era irmão atirando em irmão. Eu estava lá e vi tudo. Muito triste, mas ordem dada é ordem cumprida — lamenta.


Nas palavras de Prisco: "quem está fazendo a revolução social no Brasil é o militar".
O dirigente, que usa o prestígio adquirido nos piquetes de 2001 para correr os estados, envolveu-se recentemente numa confusão, em Rondônia, onde se apresentou aos movimentos sociais como se fosse um deputado. Prisco, de fato, tentou uma vaga a deputado estadual pelo Partido Trabalhista Cristão (PTC) em 2010, mas recebeu uma votação pífia. A visita a Rondônia acabou rendendo-lhe uma acusação de falsidade ideológica.


Nascido em Catu, a 40 quilômetros de Salvador, ele entrou para o Corpo de Bombeiros em 1999.


Disse que, desde jovem, sonhava com a profissão.


Quando fala dela, lembra, emocionado, de um salvamento que fez no tempo em que servia no quartel do Iguatemi. Uma médica — ele conta — bateu com o carro pouco depois de seu plantão no hospital.


Ficou presa nas ferragens e, como era cirurgiã ortopédica e estava consciente, recusou terminantemente a ajuda de qualquer PM. Exigia a presença dos bombeiros, pois temia uma lesão grave na coluna. Foi Prisco que a resgatou.


Pai de um casal e desempregado desde 2002, Prisco afirma que sobrevive graças à ajuda financeira da mulher, que é mestre em linguagem dos sinais. O sindicalista diz que chegou a fazer três semestres de Direito, mas ressalta que teve de abandonar o curso por não ter dinheiro suficiente para pagá-lo. Ele garante que sua demissão foi ilegal e que há duas ordens judiciais, além de uma anistia concedida pelo governo Lula, determinando que o governo baiano providencie sua imediata reintegração.


Sendo assim, enquanto comanda a nova greve, Prisco enfrenta a seguinte contradição: reivindica para si direitos garantidos pela mesma Justiça que manda os policiais que ele lidera voltarem ao trabalho.

 Fonte: http://www.exercito.gov.br/web/imprensa/resenha;jsessionid=

A carta das mídias livres 2012.

Leia o documento final do III Fórum de Mídia Livre, realizado durante o Fórum Social Temático, em Porto Alegre

Após dois dias de debates, o III Fórum de Mídia Livre aprovou a carta de Porto Alegre, que defende, entre outras propostas, a liberdade na internet, um marco regulatório da comunicação e o marco civil da internet. Em junho, antes da Conferência das Nações Unidas Rio+20, será realizado o II Fórum Mundial de Mídia Livre, no Rio de Janeiro. Os participantes do fórum de Porto Alegre aprovaram grupos de trabalho abertos à participação para dar continuidade ao movimento e construir o evento mundial. Um grupo de enlace fará a articulação dos GTs. A seguir, o documento na íntegra.   
 
III Fórum de Mídia Livre - Fórum Social Temático. Porto Alegre - 27 e 28/01/2012

Nós, participantes do III Fórum de Mídia Livre, realizado no âmbito do Fórum Social Temático, em Porto Alegre entre os dias 27 e 28 de janeiro de 2012, vimos reafirmar o reconhecimento da comunicação como um direito humano e social e um bem comum, cuja defesa deve ser objeto da luta das mídias livres, do conjunto dos movimentos sociais e alcançar a sociedade como um todo.


Num momento em que a comunicação assume papel central nas lutas ao redor do mundo, como se tem visto na Primavera Árabe, no movimento dos indignados e de ocupações públicas e que, ao mesmo tempo, surgem ameaças de cerceamento à liberdade de expressão com medidas de controle da internet, a exemplo dos projetos SOPA e PIPA em discussão nos Estados Unidos, e da Lei Azeredo, o “AI-5 Digital” no Brasil; violações de direitos na mídia e criminalização das rádios comunitárias e dos movimentos sociais, como no caso da desocupação violenta da área do Pinheirinho, na cidade de São José dos Campos; conclamamos todos a se unirem em torno da luta pela democratização da comunicação.


Nessa ação estratégica e unitária, ainda que levada a efeito dentro da diversidade de cada organização e iniciativa, através de suas redes de diálogos, é preciso reconhecer a comunicação não como mera ferramenta, mas compreender a sua potência mobilizadora, essencial à organização política. Objetivo central desse esforço é estabelecer de fato um contraponto à mídia comercial e hegemônica, não só no que diz respeito ao que é veiculado, mas sobretudo quanto à apropriação pela sociedade dos meios de acesso, produção, difusão e distribuição de informação e cultura.


Isso inclui estabelecer no Brasil um novo marco regulatório das comunicações que faça cumprir os preceitos da Constituição Federal relativos ao setor; o fortalecimento das mídias livres (comunitárias, alternativas e populares); a universalização do acesso à internet de qualidade; a neutralidade da rede e o respeito à privacidade dos usuários como direitos garantidos por um marco civil da internet e a reforma da Lei de Direitos Autorais; e fomentar o desenvolvimento, a formação e o uso de tecnologias que tenham como base o princípio da colaboração, compartilhamento e hackeamento.


Para que tal meta se cumpra, é preciso que haja efetiva participação social na construção, implementação e monitoramento das políticas públicas, fortalecendo espaços de discussão como as conferências de comunicação, fóruns e observatórios das entidades do setor.


É ainda imperativo intensificar a mobilização social, que deve extrapolar os espaços de debate tradicionais e ganhar as ruas, para que nossas reivindicações repercutam no conjunto da sociedade. Comprometemo-nos assim com ações de massa, articuladas ao ativismo nas redes sociais.


Nesse sentido, nos somaremos às organizações que estarão na Cúpula dos Povos em junho próximo, no Rio de Janeiro, para as ações de comunicação que farão parte dessa luta global por um mundo em que os direitos humanos, sociais, ambientais, econômicos, políticos e culturais sejam assegurados a todos os cidadãos e cidadãs do Planeta. No bojo dessa mobilização e conjuntamente, será realizado o II Fórum Mundial de Mídia Livre, para o qual fazemos um apelo de participação a todas as organizações e ativistas comprometidos com essa agenda transformadora.


Assim, em 2012, defendemos a tomada de ações que contemplem os encaminhamentos debatidos e acordados durante o III FML, visando concretizar os objetivos acima, entre as quais destacam-se:


● Articulação global com os movimentos midialivristas;

● Construção de um anteprojeto do Marco Regulatório para as Comunicações no Brasil;
● Criar pontos de acesso, de formação e mobilização midialivrista;
● Utilizar linguagem que não reproduza a mídia comercial hegemônica;
● Criação e fomento de redes sociais livres, federadas e autônomas para compartilhamento da produção de conteúdo;
● Investir na formação na produção de conteúdo, como oficinas, observatórios, formações livres e colaborativas;
● Aproximar as iniciativas de mídia livre dos movimentos sociais e da população em geral;
● Mapear o espaço que as mulheres ocupam na mídia alternativa para um debate mais amplo;
● Ampliar o uso da webTV e outras ferramentas de audiovisual na internet como ferramenta estratégica para o debate da mídia livre, priorizando o uso de ferramentas livres;
● Construir um programa que discuta o tema da mídia livre na PosTV com as diversas organizações que atuam nesta pauta;
● Difundir o uso de ferramentas de proteção de dados e Ips;
● Potencializar as rádios comunitárias, de forma que a informação tenha mais alcance;
● Trabalhar pela construção de um grande encontro da sociedade civil, em torno da comunicação, que reúna os diferentes setores que atuam nesta pauta, para o fortalecimento de agendas comuns;
● Valorizar o papel e a participação das mídias não digitais, alternativas e populares, como as rádios livres e comunitárias, nos processos de construção das agendas das mídias livres;
● Defender a adoção de tecnologias livres pelo Estado brasileiro;
● Criação de GT para dar continuidade ao diálogo dos protocolos livres, entendendo esses como a pactuação política e tecnológica de ações, métodos,
semântica e tecnologia entre os movimentos da sociedade civil. A organização do GT será feita a partir de agora no pad http://pontaopad.me/protocoloslivres ;
● Garantir a universalidade da banda larga, com políticas públicas de acesso livre e pontos populares de formação, além de provedores comunitários;
● Combate ao AI-5 digital e a todas as iniciativas de cerceamento da liberdade na internet;
● Cobrar do governo que retome os Pontos de Mídia Livre, ampliando essa política pública para estados e prefeituras;
● Lutar por uma política pública de distribuição da verba governamental de publicidade, que promova a diversidade e a pluralidade e garanta o exercício da comunicação por todos e todas. Esta política deve considerar sobretudo as especificidades das mídias livres em termos de sustentabilidade econômica;
● Mapear iniciativas de políticas públicas de comunicação nos estados;
● Incidir sobre outras políticas que dialogam com a questão do marco regulatório e estão sendo aprovadas de forma independente, como a regulamentação da lei 12.485 e continuidade da classificação indicativa, em debate no Supremo Tribunal Federal;
● Reivindicar faixa de espectro para o rádio e a TV digital e políticas públicas de financiamento de transmissores de rádio e TV digital para pontos de mídia livre;
● Compartilhamento de informações e orientações de apoio jurídico para as mídias livres;
● Articular internacionalmente as lutas por políticas públicas e regulação que garantam liberdade e o combate a leis e políticas que restrinjam a liberdade;
● Lutar por políticas de abertura de espectro livre e white spaces para apropriação pelas mídias livres;
● Debater e tomar posição sobre o padrão de rádio digital a ser implementado pelo Brasil;
● Articular os espaços de mobilização on e offline, nas redes e nas ruas
● Denunciar e combater a apropriação privada de dados pessoais por terceiros
● Promover/participar do II FMML no Rio de Janeiro, entre os dias 16 e 18 de junho, concretizando o chamado da Carta de Dakar;
● Integrar o II FMML, evento inserido no processo dos Fóruns Sociais Mundiais, com o processo da Cúpula dos Povos da Rio+20, respeitando seus princípios e atuando desde já em seus grupos de diálogo e de trabalho, para construção da agenda da comunicação;
● Mapear as atuais experiências de desenvolvimento e uso de redes de compartilhamento de recursos pelos ativismos globais para contribuir no diálogo
dos protocolos livres propostos para o II FFML;
● Promover uma ação de comunicação que seja definida de maneira conjunta e que produza impacto para além dos setores que acompanham o processo da Conferência da ONU;
● Traduzir os conceitos em debate na Conferência da ONU e na Cúpula dos Povos e das agendas dos movimentos, de forma a qualificar a compreensão do que está em jogo nos eventos da Rio+20;
● Dialogar com as organizações e movimentos da sociedade civil para que sua comunicação se integre ao processo de construção do II FMML;
● Criar um grupo local de organização e logística para, em diálogo internacional, realizar o II FMML. Este grupo estará aberto à participação de organizações de fora do Brasil;
● Promover no II FMML o diálogo internacional entre desenvolvedores e gestores de redes e recursos de comunicação voltados aos ativismos de internet para a construção de protocolos internacionais;
● Organizar previamente ações de comunicação compartilhada e definir como coordenar as ações de forma autogestionada;
● Ampliar a participação das organizações brasileiras no debate internacional da construção do II FMML;
● Avaliar a possibilidade de extensão (participação à distância) do II FMML, com a organização de atividades e debates fora do Rio de Janeiro durante os dias do evento em junho.
● Participar e estimular a participação das mídias livres na Comissão de Comunicação do Fórum Social Mundial.

Todas as contribuições estão disponíveis no site: http://forumdemidialivre.org



ORGANIZAÇÃO


A plenária do III Fórum de Mídia Livre optou por uma organização em Grupos de Trabalhos integrado por um Grupo de Enlace. São GT abertos à participação


GT - Comunicação

Revista Fórum, Coletivo Fora do Eixo, Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Comunicadores, Alquimidia.org e Ciranda.

GT - Formação

Rádio Muda, Radio UFSCar, PET-ECO/UFRJ, Coletivo Fora do Eixo, Soylocoporti, COMULHER.

GT - Protocolos

Alquimidia.org, Fora do Eixo, Soylocoporti, Ciranda

GT - Políticas Públicas

Coletivo Gaúcho pela Democratização da Comunicação e da Cultura, Intervozes, Abraço, Altercom/Aliança Internacional de Jornalistas, Barão de
Itararé, Soylocoporti, Fora do Eixo, Amarc.

GT - Organização local do II FMML

Revista Fórum (Renato Rovai), Pontão da ECO (Ivana Bentes), FDE (Carol e Dríade), Amarc (Arthur William), Abraço (José Soter), Ciranda (Rita Freire), Intervozes (Bia Barbosa), Caritas (Pierre George), WSFTV (Antonio Pacor), E-joussour (Mohamed Leghtas)

GT de Enlace

Revista Fórum, Radio Muda, Alquimidia.org, Amarc, Pontão da ECO, Ciranda

O contato de cada GT está disponível no site: http://forumdemidialivre .org



CALENDÁRIO INICIAL


A plenária do III Fórum de Mídia Livre elencou os seguintes eventos estratégicos para uma mobilização conjunta do Movimento Midialivrista:


9 a 11 de Fevereiro – Encontro Nacional pelo Direito à Comunicação (Recife)

8 de Março – Dia Internacional de Luta das Mulheres
11 de Março – Encontro do I Fórum de Mídia Livre dos países da região do Magreb Machrek
Maio – Elencar um dia de ação de rua, ainda no mes de Maio, em torno das lutas da comunicação. Divulgar esse dia de ação durante as atividades do Primeiro de Maio.
Junho - Ação de rua durante a Rio+20
16 a 18 de Junho - II Fórum Mundial de Mídia Livre
14 a 22 de Junho - Atividades diversas da Cúpula dos Povos para a Rio+20
25 de agosto – Dia Nacional de Luta das Rádios Comunitárias
18 de outubro – Dia Nacional pela Democratização da Comunicação
20 de novembro – Dia da Consciência Negra.

Por Redação [01.02.2012 16h21].
 
Fonte: http://www.revistaforum.com.br/conteudo/detalhe_noticia.php?codNoticia=9693/a-carta-das-midias-livres-2012

sábado, 4 de fevereiro de 2012

2012 é ano de eleições. E aí, como é que fica? Como a esquerda irá agir?

Por Izaías Almada

Acabo de escrever a coluna agora, ainda no dia dois de fevereiro.

Dia dois de fevereiro, dia de festa no mar; eu quero ser o primeiro a saldar Iemanjá…

Apesar do carnaval que se aproxima, aquela data em que o Brasil já se acostumou a dizer que é partir dela, ou melhor, depois dela que o ano começa, nunca é demais lembrar que estamos em ano eleitoral. E política é coisa de gente grande. Política é guerra, embora os cínicos queiram provar o contrário. Sim, porque é comum se ouvir que a política deve ser feita com ética e civilidade, mas os exemplos do cotidiano nos remetem exatamente ao oposto disso.

Mas deixemos de lado essas reflexões que não levam a lugar nenhum e passemos aos fatos concretos. Fatos que, em princípio, estão na ordem do dia de um ano particularmente crítico. Tanto nacional como internacionalmente.

Dizem alguns estudiosos, supersticiosos ou não, que a civilização maia definiu em seu calendário o ano de 2012 como sendo um ano de grandes transformações. 

Ao colocar a corda no pescoço da política, o capital financeiro internacional no seu estágio mais avançado em que buscou a desregulamentação da economia e, em particular, ao enfraquecimento do estado como agente conciliador entre os vários segmentos econômicos e sociais, provocou não só uma crise econômica em escala mundial, mas também uma crise política de proporções ainda não de todo avaliada.

Países como Estados Unidos e França enfrentarão eleições majoritárias em meio a uma turbulência social. Espanha, Portugal, Itália e Grécia, solapados pelas tão decantadas benesses do neoliberalismo, voltaram-se (não sei se exatamente por vontade da maioria dos seus cidadãos, mesmo considerando as recentes eleições espanholas) para a direita ou para a extrema direita, fazendo pressupor dias sombrios em algumas regiões européias.

Os nossos vizinhos do norte, sempre que se encontram em situações internas delicadas, costumam ter uma bala na agulha. Gostam de uma violenciazinha e o Irã continua como alvo. 
O motivo não importa: basta plantar a notícia através de suas agências noticiosas e milhares de jornais, revistas e televisões ao redor do mundo repetirão como papagaios mais uma mentira que justifique a invasão.

Na America do Sul, dois países terão eleições importantes: na Venezuela eleições presidenciais e no Brasil as eleições para prefeitos e vereadores. Em ambas estarão em jogo duas visões distintas para enfrentar não só a presente crise econômica, mas para definições de uma política que encontre alternativas humanistas para a mesma desfaçatez capitalista. Nos dois países o filme irá se repetir e as oposições mais uma vez botarão as suas garras de fora, cada vez mais afiadas nos velhos e bons ensinamentos dos vovôs Adolfo e Benito.

Anotem aí: e a esquerda democrática brasileira, dentro dessa complexidade, como se comportará? Seus candidatos e alianças surgirão naturalmente. Como se comportarão diante de problemas como a Comissão da Verdade? Da limpeza étnica em São Paulo e não só? Dos vários Pinheirinhos espalhados pelo país? Da CPI da privataria? Da moralização do Judiciário? Da exigência de nova regulamentação da mídia? Silêncio? Blá, blá eleitoral?

Mas esses são problemas nacionais e não municipais, dirão alguns. Mas o país não é também o conjunto dos seus municípios? Isolar os problemas e torná-los estanques é a velha técnica da direita, o velho individualismo superando a solidariedade. E aí, como é que fica?

Izaías Almada é escritor, dramaturgo e roteirista cinematográfico, É autor, entre outros, dos livros TEATRO DE ARENA, UMA ESTÉTICA DE RESISTÊNCIA, da Boitempo Editorial e VENEZUELA POVO E FORÇAS ARMADAS, Editora Caros Amigos. 

E aí, como é que fica?

Leia outros textos de Izaías Almada



Greve leva caos à Bahia


 Fev 2012


PMs grevistas ocupam até Assembleia, há arrastões e saques; shows são cancelados

Biaggio Talento*, Mariana Mendes*, Carol Aquino* e Jailton de Carvalho


SALVADOR E BRASÍLIA. Lojas saqueadas, ônibus bloqueando avenidas, agências bancárias atingidas por tiros, arrastões em vários pontos de Salvador, comércio fechando mais cedo. O clima de medo vem aumentando a cada dia na capital baiana e em várias cidades do interior, desde que parte da tropa da Polícia Militar decretou greve por tempo indeterminado, na última terça-feira, reivindicando aumento salarial de 50% e melhores condições de trabalho.

Um soldado ganha líquido cerca de R$ 1,5 mil. As lideranças querem ainda a implantação da gratificação conhecida como "GAP 5", o que aumentaria os vencimentos para cerca de R$ 3 mil.

Para ajudar o governo baiano a restabelecer o clima de segurança, o Ministério das Defesa determinou o envio de 3.200 homens para reforçar o policiamento de Salvador, Feira de Santana e Ilhéus. São 2.800 homens de Exército, Marinha e Aeronáutica e 400 da Força Nacional de Segurança, vinculada ao Ministério da Justiça. 

É o maior contingente de tropas militares deslocadas para uma operação de emergência de segurança pública. Preocupado com a situação na Bahia, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e a secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, chegam hoje a Salvador. 

Parte do contingente federal, cerca de 2.350 homens, já patrulha as cidades baianas. Cerca de 600 homens desembarcam hoje. Ontem à noite, a Justiça emitiu ordem de prisão contra doze líderes grevistas, e a Polícia Federal começou a procurá-los.

Em quatro dias, 44 assassinatos. Nos dois últimos dias, foram registrados pelo menos 17 assassinatos em Salvador. Até ontem à noite, o balanço oficial era de 44 homicídios em quatro dias, desde o início da greve.

Entre os mortos, está Denilton Souza Cerqueira, percussionista do Olodum, baleado numa tentativa de assalto ontem de madrugada, no bairro Mata Escura. Seis dos dez líderes grevistas estão refugiados no prédio da Assembleia Legislativa. Do lado de fora, cerca de 300 PMs em greve estão acampados.

Um dos efeitos da greve foi o cancelamento de shows marcados para este fim de semana em Salvador.

O bloco afro Ilê Aiyê, por exemplo, divulgou nota ontem comunicando a suspensão do ensaio de hoje, "em vista dos acontecimentos que deixaram a população de Salvador em clima de insegurança total". Até a cantora Ivete Sangalo, que faria hoje o show do bloco Cerveja & Cia Folia, na Praia do Forte, cancelou o evento.

A situação até o momento é um pouco menos grave que a paralisação de13 dias deflagrada pela tropa em 2001, quando César Borges, ex-PFL (atual DEM), governava a Bahia. Naquela paralisação, deputados do PT e do PCdoB, além da Central Única os Trabalhadores (CUT), deram apoio político e logístico aos grevistas. Agora, condenam a greve feita contra o petista Jaques Wagner.

O PCdoB emitiu nota contra o movimento: "O PCdoB condena veementemente todos esses atos de vandalismo registrados na capital e em algumas cidades do interior. 

Reafirmamos nossa solidariedade, apoio e compromisso com o governador Jaques Wagner e todo o seu governo com as ações tomadas para a manutenção da ordem e garantia da tranquilidade e dos direitos dos cidadãos baianos", diz a nota assinada pelo presidente estadual do PCdoB, o deputado federal Daniel Almeida.

Os comandos da Secretaria de Segurança Pública e da Polícia Militar estão negociando com três associações de militares que não aderiram à greve, deixando de fora as lideranças de duas outras, a Associação dos Policiais, Bombeiros e seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra-BA), que iniciou a paralisação, e a Associação dos Policiais da Bahia (Aspol), que apoia o movimento.

O secretário de Segurança Maurício Barbosa, e o comandante da PM, Alfredo Castro, têm tratado os grevistas de "vândalos, terroristas e baderneiros". A greve foi considerada ilegal pela Justiça.

As críticas se devem a uma série de atentados supostamente cometidos pelos grevistas, como o que ocorreu anteontem, na Avenida Paralela, via expressa que liga o aeroporto ao Centro de Salvador.

Comandos ligados ao movimento entraram em dois ônibus, mandaram os motoristas e passageiros saírem e atravessaram os veículos na pista, causando grande engarrafamento.

Dezenas de radiopatrulhas também tiveram os pneus furados, e quatro agências bancárias foram atacadas com tiros que estilhaçaram suas vidraças.

A falta de policiamento nas ruas também contribuiu para o saque de cinco lojas da Cesta do Povo, rede de supermercado controlada pelo governo estadual, nos últimos dois dias, em Salvador.

Os crimes aconteceram nos bairros da Liberdade, Caixa D"Água, Ogunjá, Mata Escura e Pirajá. Nesses dois últimos bairros, os bandidos levaram todos os produtos e equipamentos da Cesta do Povo. Por causa disso, a insegurança tomou conta de vários pontos da cidade, como em Mata Escura, onde o comércio não abriu na manhã de ontem.

Delinquentes estão jogando pedras nos veículos que circulam na região, na tentativa de roubar os motoristas. Desde a quarta-feira, a associação de lojistas de Salvador orienta seus associados a fechar as portas às 16h e mandar os funcionários para casa.

Setor turístico já conta prejuízo l Os empresários do setor de turismo estão preocupados. O presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagem/Seção Bahia, Pedro Galvão, estima que esta semana tenha havido, pelo menos, 10% de cancelamentos de reservas de viagens e hotéis.

— Acredito que, se a greve parar agora, os cancelamentos de viagens sejam de pelo menos 10% para todo o verão — disse.

A expectativa da Secretaria Estadual de Turismo é atrair cerca de 6,5 milhões de visitantes para este verão, número que deve cair.

— O turismo é um segmento muito sensível. Não há só o prejuízo iminente, mas fica na cabeça das pessoas a ideia de insegurança. Compreendemos o direito de reivindicação de uma classe mal remunerada, mas lamentamos o fato de isso estar acontecendo às vésperas do carnaval e em um verão que estava sendo muito bom — afirmou Galvão.

Anonymous Brasil. Assume autoria de ataque a site do Banco Central

Kelly Oliveira - Repórter da Agência Brasil.

Brasília – O grupo de hackers Anonymous Brasil, que prometeu causar problemas em um site de banco por dia ao longo desta semana, anunciou pelo Twitter que um dos alvos de hoje é o Banco Central (BC).

O site do BC apresenta instabilidade, desde as 10h20, e há registros de que tenha ficado fora do ar por alguns minutos.

O BC ainda não se pronunciou sobre o assunto.

Na rede social, o grupo de hackers assume a autoria dos problemas no site: “Escolhemos um alvo de testes antes, só para calibrar nossas armas: http://www.bcb.gov.br - Apenas um teste rápido...”

A estratégia é fazer com que a página receba grande número de acessos ao mesmo tempo, fique sobrecarregada e, com isso, instável e até indisponível.

O HSBC foi o alvo de ontem (2) do grupo. O banco informou, em nota, que houve um “volume de acessos acima do esperado” no site.

Na quarta-feira (1º), foi a vez de o site do Banco do Brasil registrar picos de acesso. 

Segundo o BB, houve lentidão no sistema em algumas regiões do país, mas não houve risco para a segurança dos dados dos clientes.

Há registros de que a página do BB tenha saído do ar, mas o banco nega.

Os hackers também dizem ter provocado problemas no site do Bradesco, na última terça-feira (31), e na página do Itaú, no dia 30 de janeiro. 

Em nota, o Bradesco disse que o site apresentou “momentos de intermitência com volume de acessos acima da média”, mas não chegou a ficar fora do ar.

O Itaú Unibanco, também por meio de nota, disse que houve “indisponibilidade” em seu site, mas a normalidade foi retomada em seguida.
 
Edição: Lílian Beraldo

Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-02-03/grupo-de-hackers-assume-autoria-de-ataque-site-do-banco-central