domingo, 10 de junho de 2012

Política Elvino Gass: Gilmar Mendes, Veja e o conluio dos desesperados.

publicado em 10 de junho de 2012 às 6:21

por Elvino Bohn Gass, em  Carta Maior, sugestão de MVM.

Aos petistas interessa que os episódios do que se convencionou chamar, retoricamente (conforme o próprio inventor do termo), de mensalão, sejam julgados. A permanência do falatório acerca deste assunto só serve aos adversários do PT que, confrontados com os governos muito bem sucedidos de Lula e Dilma, há anos perderam a linha. E a compostura.

Eles sabem. O que se chamou de mensalão foi uma prática inaugurada por um dos seus (o tucano Azeredo, em Minas). Mas sabem, também, que em caso de condenação de um petista, a foto deste é que estampará a capa da revista Veja. Provavelmente ilustrado com chifres e fumaça nas ventas.

A ideia que preside a tática antipetista é simples: é preciso diminuir a força do PT. Porque o PT tem Dilma e o governo federal mais bem avaliado da história, a maior e uma das mais qualificadas bancadas do Congresso e é o partido preferido dos brasileiros. Como se isso não bastasse, às vésperas de mais uma eleição municipal, investigações da Polícia Federal provam que alguns dos maiores acusadores do PT fazem parte de um esquema criminoso que reúne corrupção, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e outros malfeitos. 

Encurralados, PSDB, DEM, PPS e outros ainda menores, precisam arranjar um jeito de tentar jogar o PT no vento – e o julgamento do dito mensalão parece ser o sopro da hora.

As investigações da PF já prenderam Carlos Cachoeira, o bicheiro a quem o líder do Democratas, senador Demóstenes, servia como um office-boy. Demóstenes era apontado pela revista Veja como um dos ícones éticos do Senado e mais forte acusador do PT. Escutas telefônicas autorizadas pela Justiça também comprometem seriamente o governador tucano Marconi Perillo, com quem Cachoeira negociou uma mansão e cuja Chefia de Gabinete utilizava um telefone “à prova de grampos”, presenteado pelo bicheiro. Demóstenes, Perillo, o desespero só aumenta. Até porque, há uma CPI em andamento no Congresso com potencial para estabelecer a responsabilidades políticas, cassar mandatos e desmontar de um esquema criminoso do, qual se beneficiaram os oposicionistas do PT. E quem conhece, sabe: o PT irá até o fim nesta investigação.

É neste contexto de desespero oposicionista que se insere um episódio tardio, a conversa entre o ex-presidente Lula e o ministro Gilmar Mendes presenciada pelo ex-ministro Nelson Jobim. Dos três personagens do encontro, dois – Lula e Jobim – dizem a mesma coisa: não houve qualquer pressão para que se adiasse o julgamento do mensalão. O terceiro, Mendes, insinua que foi pressionado. Não por acaso, a insinuação vira manchete da revista Veja.

Logo Veja, que centenas de vezes moldou fatos, inventou dossiês, usou fontes suspeitas, sempre contra o PT.

Mas quem é Mendes e qual o papel de Veja em tudo isso? Mendes é o homem para quem um outro ministro do Supremo, Joaquim Barbosa, disse: "-Vossa Excelência não está nas ruas, está na mídia destruindo a Justiça desse país. Me respeite porque o senhor não está falando com seus capangas do Mato Grosso”.

Capangas? Um ministro do Supremo com capangas? Reportagem da revista Carta Capital explica a afirmação do ministro Barbosa: “Nas campanhas de 2000 e 2004, Gilmar (Mendes), primeiro como advogado–geral da União do governo Fernando Henrique Cardoso e depois como juiz da Corte, não poupou esforços para eleger o caçula da família (Chico) prefeito de Diamantino, município a 208 km de Cuiabá/Mato Grosso… circulou pelos bairros da cidade, cercado de seguranças, para intimidar a oposição…”

Para registro: o irmão do ministro é do PPS.
Sobre Mendes, vale lembrar que viajou várias vezes com Demóstenes, de quem era um dos interlocutores prediletos. A relação entre ambos é forte. E vem de longe.

Tome-se, por exemplo, o ano de 2008, quando Mendes presidia o Supremo. Naquele ano, a Polícia Federal já estava chegando perto de Cachoeira. De repente, vem a revista Veja (Veja, sempre Veja) e traz uma notícia “bombástica”: o Supremo está sendo espionado. As fontes? Demóstenes e Gilmar Mendes. Nunca houve um áudio sequer que desse crédito ao grampo. Entretanto, Veja fez manchete. Mas justificado pelas suspeitas nunca provadas de que estaria sendo espionado, Mendes contrata para ser seu consultor de contra-espionagem, um ex-agente da ABIN chamado Jairo Martins.

Sabem que é Jairo Martins? Ele mesmo, o homem apontado pela Polícia como um dos principais operadores do esquema de… Cachoeira, o araponga do bicheiro. Não por acaso, em Brasília, já se diz que entre Cachoeira e Mendes há pelo menos um dado comum incontestável: ambos utilizavam o mesmo personal-araponga. Seria risível se não fosse tão revelador. Há mais: Mendes foi o ministro que concedeu o discutível habeas corpus ao banqueiro Daniel Dantas num inesperado final de semana. Dantas… sim, a fonte a quem a revista Veja (olha a Veja aí de novo) deu crédito na história do estapafúrdio dossiê que revelaria contas de figurões da República no exterior, Lula entre eles. Jamais comprovado porque absolutamente forjado, o dossiê desapareceu das páginas da revista.

Pois é, esta é a Veja. Uma publicação que manteve relações tão estreitas com Cachoeira que este determinava até em qual espaço da revista suas “informações” deveriam ser publicadas. É diretor de Veja o jornalista que manteve centenas de telefonemas com Cachoeira e que das informações dele se servia para atacar o governo do PT. Veja é, portanto, o veículo de imprensa que melhor conhecia o modus operandi de Cachoeira. No entanto, jamais o denunciou. Repito: jamais o denunciou! Muito se poderia dizer ainda sobre Veja, mas fique-se com a fala de Ciro Gomes, um aliado de Dilma mas um crítico do PT: “Todo mundo sabe que a revista Veja tem lado. Todo mundo sabe que a revista Veja é a folha da canalhocracia brasileira. É ali que o baronato brasileiro explora o moralismo a serviço da imoralidade”.

Veja, a revista que mais ataca o PT, perdeu sua principal fonte oficial – Demóstenes – e sua principal fonte não-oficial – Cachoeira. Restou-lhe tentar um último golpe: atacar Lula, o maior símbolo petista. E a escolha de Gilmar Mendes para o serviço faz todo o sentido neste verdadeiro conluio de desesperados.

Elvino Bohn Gass éDeputado Federal PT/RS, Secretário Nacional Agrário e vice-líder da bancada do PT na Câmara.

FONTE: http://www.viomundo.com.br/politica/elvino-bohn-gass-gilmar-mendes-veja-e-o-conluio-dos-desesperado.html

Europa em estado de alerta com crise bancária na Espanha.

À crise financeira de 2008 seguiu-se uma crise da dívida e para evitar uma crise bancária, a Europa está em estado de alerta.

Madrid implementou medidas de austeridade para reduzir a dívida pública, mas os bancos afetados pela bolha imobiliária ameaçam fazer explodir as contas públicas do país. 

As condições de financiamento de Madrid deterioraram-se e a zona euro vê-se de novo à beira do abismo, tendo em conta o grande peso económico de Espanha.

Em termos de exposição dos bancos à divida espanhola quem lidera são os alemães com 117 mil milhões de euros. Seguem-se instituições financeiras francesas (92 mil milhões), britânicas (67 mil milhões) e americanas, com 37 mil milhões. Portugal surge em sexta posição, com 18,5 mil milhões de euros. 

Para salvar a quarta maior economia da zona euro, há cada vez mais países favoráveis à alteração das regras para o acesso ao dinheiro dos mecanismos europeus de resgate. 

Espanha ainda espera os resultados das auditorias pedidas, mas alguns economistas estimam que o setor bancário vai precisar até cem mil milhões de euros de recapitalização.



FONTE: http://pt.euronews.com/2012/06/08/europa-em-estado-de-alerta-com-crise-bancaria-em-espanha/

Antropologia. Tese sobre quilombolas é eleita a melhor do país.

Estudo desenvolvido pelo professor Carlos Alexandre dos Santos mostra como aspirações camponesas ainda organizam as comunidades quilombolas do Mato Grosso do Sul

Luciana Barreto
Da Secretaria de Comunicação da UnB.
A melhor tese de doutorado do país em Antropologia foi produzida na Universidade de Brasília. A história dos quilombolas no Mato Grosso do Sul, sob a perspectiva do campesinato e da memória de seus idosos, além da luta política pelo direito à terra dessas comunidades, resultou em mérito e reconhecimento à pesquisa desenvolvida pelo professor-substituto do Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília, Carlos Alexandre Plínio dos Santos. O estudo foi selecionado pelo Prêmio Capes de Tese Edição 2011, divulgado nesta semana. Foram eleitas as 45 melhores teses de doutorado, defendidas em 2010, em diferentes áreas do conhecimento.

Sob a orientação da professora Ellen Fensterseifer Woortmann, Carlos Alexandre demonstrou em sua tese que as aspirações camponesas que orientaram a formação dos primeiros quilombolas são as mesmas que até hoje mantêm as 17 comunidades rurais negras que investigou, no Mato Grosso do Sul. São ideais como acesso à terra, formação de famílias e controle do processo de trabalho.

Para o pesquisador, as interações ocorridas entre ex-escravos da região pesquisada e das fazendas escravocratas do Triângulo Mineiro e do sul de Goiás ocasionaram o que ele chamou de “irmandade”, ou seja, “uma união que tem como principal objetivo a preservação de um projeto camponês”. A partir desse processo, novos núcleos se fortalecem e se organizam, “interligando, até mesmo, territorialidades espacialmente descontínuas”.

O professor explica que “a terra, como núcleo organizador, continua a orientar as comunidades negras rurais, embora, agora, essa luta esteja ressignificada, já que antes era baseada no parentesco e no compadrio, e atualmente está conformada a um campo político representado pelo Movimento Quilombola e pelo Movimento Negro”.

Para o professor, a premiação é mais que um reconhecimento pessoal, mas também das comunidades investigadas em seu estudo. “Esse prêmio é interessante por dar visibilidade a uma luta histórica legítima, especialmente agora, em um momento político conflituoso, onde de um lado estão comunidades negras rurais quilombolas e os movimentos de resistência e de outro, governos estaduais, prefeituras e entidades de interesses agropecuaristas”. O pesquisador cita o julgamento da constitucionalidade do Decreto 4.887/2003, o qual confere direito aos quilombolas quanto à titularidade das terras ocupadas, a partir de ação impetrada pelo Partido Democratas.

IDOSOS - Entre 2006 e 2010, Carlos Alexandre dedicou ao todo doze meses a um trabalho de campo etnográfico e documental. Foram quase cem entrevistas, principalmente com pessoas idosas e nas comunidades quilombolas Dezidério Felippe de Oliveira e Tia Eva. “Como percebi no trabalho de campo, houve uma grande preocupação dos idosos no sentido de que suas memórias não se perdessem, por isso a pesquisa sobre o passado deles e dos seus ascendentes foi central para minha pesquisa”, relata. “Somada à luta pela terra, resgatar essa memória significa recompor uma história que a História Oficial se negou a contar”.

Carlos Alexandre destaca que sua preocupação foi a de não deixar cair no esquecimento os parentes já falecidos, a luta de homens, mulheres e famílias que atravessou gerações por um pedaço de terra, os parentes assassinados, suas tradições e memórias pessoais. “Reconstituir essa outra história é reafirmar a identidade dessas comunidades, de nossos negros, de nosso Brasil”, comentou. “Não fosse o apoio do Departamento de Antropologia da UnB, fórum de excelência da universidade, essa pesquisa não teria alcançado tamanho êxito e alcance”, elogiou. O curso de Antropologia da UnB é avaliado pela Capes com nota máxima: 7. As avaliações são feitas a cada três anos. A última foi em 2010.

A cerimônia de entrega dos prêmios aos autores e da distinção aos respectivos orientadores e programas de pós-graduação ocorrerá no edifício-sede da Capes, em Brasília, no dia 11 de julho.

FONTE:http://www.unbciencia.unb.br/index.php?option=com_content&view=article&id=474%3Atese-sobre-quilombolas-e-eleita-a-melhor-do-pais&catid=25%3Aantropologia

sábado, 9 de junho de 2012

Africa. Filme "Paradies: Liebe" retrata solidão do turismo sexual.

Quem explora e quem é explorado na indústria do turismo sexual é a questão que aparece no filme "Paradies: Liebe" (Paraíso: Amor, na tradução), do diretor Ulrich Seidl, um retrato forte e inquietante sobre a solidão feminina e o desequilíbrio econômico na África. 

O longa falado em alemão está em competição no Festival de Cannes 2012 e teve sua estreia mundial na semana passada.

O diretor austríaco escolheu como tema mulheres brancas europeias na faixa dos 50 anos que passam férias no Quênia, onde conhecem os chamados "Beach Boys", homens jovens que viram seus amantes.
Foto: Divulgação "Paradies: Liebe": turismo sexual na África

 
Decepcionadas por relacionamentos antigos em seu país e longe de seu auge físico, as mulheres buscam satisfação sexual e a sensação de serem amadas.

Os homens, com poucas perspectivas de trabalho além da opção de vender bugigangas na praia, esperam em troca dinheiro, presentes ou até mesmo a promessa de uma vida melhor na Europa.

As mulheres sonham em encontrar alguém que as aceitem como são e seus amantes sonham em progredir. O conflito de intenções permite que o filme trace uma imagem desoladora sobre a capacidade das pessoas de se comunicar.

"Hakuna matata" ou "sem problema" pode ser a frase que os "beach boys" gostam de repetir, mas a relação de senhor e escravo cria uma atmosfera tensa na praia paradisíaca. Uma forma de colonialismo está viva ali, à medida que os jovens homens negros tentam agradar e serem pagos.

Uma imagem marcante é a de um grupo de jovens rodeando uma fileira de cadeiras de praia nas quais as mulheres tomam sol. Os homens observam atentamente a alguns metros de distância, esperando ser notados, mas eles estão separados por uma barreira de corda.

"Paradies: Liebe" é o primeiro filme de uma trilogia que Seidl demorou quatro anos para filmar. Os três longas contam histórias diferentes sobre três mulheres da mesma família.

Seidl filmou o longa sem um roteiro, confiando na capacidade de os atores improvisarem as cenas definidas de antemão.

Ele ficou um ano e meio na sala de edição antes de perceber que as três linhas do enredo não se manteriam juntas, o que o levou a optar por uma trilogia.

FONTEhttp://ultimosegundo.ig.com.br/cannes/2012-05-23/paradies-liebe-retrata-solidao-do-turismo-sexual.html

Entre as velhas e as novas “caras” na política local: mudança ou permanência na próxima eleição?

Segue um texto meu publicado no jornal "Espírito Santo Notícias" (nº17, 2ª quinzena. 06/06/2012)

Entre as velhas e as novas “caras” na política local: mudança ou permanência na próxima eleição?
Política parece ser um tema que, cotidianamente, não chama muito a atenção da população em geral, mas em véspera de eleição desperta-se o interesse pelo tema de tal forma que parte significativa do eleitorado se manifesta com veemência em favor de um ou de outro grupo político, semelhante as práticas das torcidas de futebol... 
 
Aproveitando essa atmosfera que começa a ser formada, trago uma reflexão que julgo importante. Trata-se da questão que envolve a escolha dos mesmos políticos ou de novos nomes que surgem, o que convencionalmente chamamos de “novas e velhas caras”.
 
Comumente afirma-se que é saudável à democracia uma alternância no poder (da administração ou da legislatura). As vezes tal afirmação vem carregada de um desejo de mudanças estruturais na política local, o que não garantirá melhorias. Grosso modo, existe uma interpretação de que um “nova cara” estaria ligada a uma nova forma de governar ou legislar e, “velhas caras” sendo entendidas como sinônimo de continuidade das antigas práticas.
 
Certamente esta interpretação é ingênua. As “velhas” ou as “novas” caras não estão correlacionadas ao modelo de gestão e legislatura, não podendo ser associada à mudanças ou  à permanências. “Novas caras” não garante que novas práticas serão postas em práticas, uma vez que, estas “novas caras” podem está inseridas em um grupo realizador de velhas práticas; assim como, “velhas caras” podem se abrir para novas práticas. Certamente este último é menos recorrente. 
 
Outro problema que merece atenção é que a suposta “nova cara” pode não ser fruto de um novo grupo. A suposta “nova cara” pode ser apenas o “testa de ferro” do grupo tradicional. Uma verdadeira “nova cara” não significa necessariamente um candidato desconhecido do meio social, mas um indivíduo nunca inserido no poder e representante de um grupo, outrora não representado. De outra forma, “velha cara” pode se desvincular do grupo que tradicionalmente detém o poder e passar a representar novos interesses e caminhar rumo à mudanças significativas.
 
Posto isto, quero chamar a atenção para o fato de que a alternância no poder e a possível mudança na gestão ou na legislatura não está necessariamente ligada ao candidato, mas ao grupo que este está vinculado. Em outras palavras, se o eleitor deseja mudanças deverá escolher um candidato que está vinculado com grupos comprometidos com transformações “desejáveis”. É importante estar atento que mudanças não são sinônimas de melhorias. 
 
Quanto a alternância no poder, não existe necessariamente relação causal com a saúde da democracia ou ao maior desempenho dos que estariam alternando-se no poder. A saúde da democracia depende mais da disputa do que da alternância. Ou seja, o grupo que detém o poder político deve se sentir ameaçado por outros grupos. A ameaça de perda do poder funciona como estímulo à melhoria de seus trabalhos de gestão, administração, fiscalização e de legislatura. O importante é existir oposições (no plural) que tenham reais chances de conquistarem o poder político. 
 
Como exemplo, notamos o fato noticiado por alguns meios de comunicação referente a constante ausência de muitos dos vereadores de Piúma nas sessões da Câmara. Essa prática aponta para duas possibilidades:
 
1. estariam esses vereadores tão confiantes na reeleição que desprezam a necessidade de desempenhar sua função real e; 
 
2. não estão desejosos de continuar na legislatura. Acredito que a primeira possibilidade parece se enquadrar melhor à realidade piumense. Mas, por que tamanha confiança e, consequentemente, relaxamento? Essa situação está ligada a falta de uma ameaça concreta, contundente e presente da oposição e da certeza (pelo menos assim indicam suas atitudes) de que a população não quer mudanças de “caras”, ou pelo menos, não age para efetiva-la.
 
Para aqueles que acreditam que mudanças são necessárias, afirmo que precisamos de “verdadeiras caras novas” (“novas caras” desvinculadas aos “velhos grupos”), mesmo que suas propostas não sejam contundentes, ainda que não representem efetivamente os grupos de outrora não representados, mas, na pior das hipóteses, terão mais opções de voto e as “velhas caras” se sentirão ameaçadas. 
 
Quem sabe estes não resolvem realizar de forma efetiva seu papel real, ou ainda, quem sabe a população não os aposentam, já que “envelheceram”... Isto é apenas uma questão de escolha e o período mais propício para isso se aproxima.
Cristiano das Neves Bodart, mestre em Planejamento Regional e Gestão de Cidades/UCAM e doutorando em Sociologia na Universidade de São Paulo/USP.

Visite também os blogs 
 
FONTE:http://www.cafecomsociologia.com/2012/06/entre-as-velhas-e-as-novas-caras-na.html #more

Nota de Falecimento: Antônio Flávio de Oliveira Pierucci, era Professor Titular do Departamento de Sociologia da USP.



É com muito pesar que informamos o falecimento do Professor Antônio Flávio de Oliveira Pierucci (1945-2012).

Pierucci era Professor Titular do Departamento de Sociologia da USP.

Depois de se especializar em Teologia, pela Pontifícia Universidade Gregoriana (1970), graduou-se em Filosofia (1973) e obteve os títulos de Mestre em Ciências Sociais (1977, com Igreja Católica e reprodução humana no Brasil), pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo; Doutor em Sociologia (1985, com Democracia, Igreja e Voto: o envolvimento do clero católico nas eleições de 1982) e Livre-docente (2001, com Desencantamento do mundo: os passos do conceito em Max Weber) pela Universidade de São Paulo, onde foi professor titular e chefe do departamento de Sociologia até o seu falecimento (Fonte: pt.wikipedia.org.)

Certamente, um grande intelectual e o seu falecimento representa uma grande perda para as Ciências Sociais, especialmente para a Universidade de São Paulo/USP.


Um de seus livros podem ser encontrado AQUI.
 
FONTE:http://www.cafecomsociologia.com/

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Vaticano: "Banqueiro de Deus" revela trama diabólica.

Polícia encontra na casa de Ettore Gotti Tedeschi, ex-presidente do Banco do Vaticano, um dossiê que dizia: “Se me assassinarem, esta é a razão da minha morte”; escândalo mancha o pontificado de Bento XVI
Um documento obtido pela polícia italiana na casa de Ettore Gotti Tedeschi, ex-presidente do Banco do Vaticano, amplia um dos maiores escândalos de todos os tempos na Igreja Católica. Era um pequeno pacote, com vários documentos, onde se lia: “Se me assassinarem, esta é a razão da minha morte”. Ou seja: o “banqueiro de Deus” temia ser assassinado por homens da própria igreja.
Tedeschi comandou o Instituto para as Obras da Religião (IOR), mais conhecido como Banco do Vaticano, entre setembro de 2009 e maio deste ano. Saiu em meio a um escândalo de vazamentos da Santa Sé, que já vem sendo chamado de “Vatileaks”, numa referência ao site Wikileaks.
Agora, sabe-se que Tedeschi tentou se proteger contra um possível assassinato. Seus dossiês citam o cardeal Tarcísio Bertone, sempre cogitado como possível papa, e o secretário particular de Bento XVI, George Ganswein, como personagens envolvidos em operações financeiras irregulares.
De acordo com as investigações, o Banco do Vaticano é acusado de funcionar como uma grande lavanderia, incrustada na capital romana, que se presta à lavagem de recursos da máfia e também de donos de grandes fortunas, que mantêm recursos na Suíça.
Um dos responsáveis pelas denúncias é o jornalista Gianpaolo Nuzzi, que escreveu dois livros sobre o caso. O primeiro se chama Vaticano S/A e já foi publicado no Brasil. O segundo, intitulado Sua Santidade, continua inédito.
Fonte: http://brasil247.com/pt/247/mundo/63727/Banqueiro-de-Deus-revela-trama-diabolica.htm