terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Ex-fieis revelam o ‘mundo de delírios’ das Testemunhas de Jeová.

Mais de 600 pessoas juntaram-se para denunciar a sua antiga religião. Oito delas contam como, durante anos, as suas vidas foram dominadas pelo medo de pecar. E pecar podia ser, simplesmente, soprar uma vela

“Lembro-me de ser miúdo, olhar para um estádio de futebol cheio e pensar angustiado que aquelas pessoas iam ser todas destruídas porque se calhar nenhuma era Testemunha de Jeová”, lembra Vítor Máximo.

“As Testemunhas de Jeová acreditam que o mundo de Satanás vai acabar e que só elas sobreviverão ao Armagedon, passando com vida para o Paraíso”, explica M. M., ex-ancião (um dos mais altos cargos na hierarquia da organização), que pede anonimato com receio de represálias para a família, que continua na religião.

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Testemunhas de Jeová vivem sob a angústia de um iminente fim do mundo e a esperança de serem conduzidos ao céu. (Foto: reprodução)
Todos os crentes são habituados a esperar pelo fim do mundo desde crianças. A essa permanente angústia, os miúdos juntaram as várias coisas que estão impedidos de fazer na escola e o pavor de ofender Jeová. Entre as proibições (como aos adultos), estão a celebração de aniversário, Carnaval, Páscoa, Natal, fim de ano e todas as outras datas de origem pagã que a religião despreza porque, conforme explica Pedro Candeias, um dos representantes da organização em Portugal, não são mencionadas nas Escrituras.

P.T. lembra-se de andar na escola primária e fingir que cantava os parabéns aos colegas, mexendo os lábios e esquivando-se a bater palmas. Mesmo assim, só por estar presente, temia “ser destruída”. César Rodrigues fazia o mesmo e, para evitar perguntas sobre a sua festa e presentes, não dizia quando aniversariava.

Ambos contam como agora, respectivamente, celebram todos os aniversários com o maior entusiasmo: “Faço questão de ter sempre um grande bolo. São 30 anos? Sopro 30 velas!”, diz P.T. César festeja com igual euforia, mas ainda hoje não consegue cantar os parabéns. “E como se estivesse a fazer algo de mal. Sei que não estou, mas não consigo evitar este sentimento de culpa. Nunca cantei os parabéns na vida.”

O maior terror das crianças Testemunhas de Jeová é o Natal, antecedido de atividades como pinturas, composições, festas ou teatros. Não podem participar em nada.

“Lembro-me como se fosse hoje dos meninos todos em grupos a fazer enfeites para colar nas janelas da sala de aula e eu sozinha de lado, a fazer outra coisa qualquer”, conta P.T.

Por se considerarem politicamente neutras, as Testemunhas de Jeová não votam em partidos políticos — nos países em que ir às urnas é obrigatório, são incentivados a vota nulo ou em branco. Também não saúdam a bandeira nem canto o hino. “Lembro-me bem: no 3º ano, todos de pé a aprender o hino, e eu supernervosa, só a mexer a boca”, recorda P.T. A organização não encontra motivos para o embarco infantil: “Sendo esses valores baseados na Bíblia, que razões teriam para sentir vergonha?”, questiona Pedro Candeias.

Artes marciais, que se considera ensinarem a violência, são interditas. E, com base numa passagem bíblica interpretada como Deus não gostando que os homens concorram entre si, a prática de desportos de competição também é desencorajada. É das coisas que César Rodrigues mais lamenta: “Era sempre escolhido para a seleção de futebol da escola, mas era impensável treinar num clube”, conta este co-fundador do fórum Testemunhas de Jeová.

Já com mais de 600 usuários, o fórum surgiu para denunciar todas essas situações e apoiar antigos membros. Em Portugal, onde há 52 mil Testemunhas de Jeová, é o primeiro, mas noutros países da Europa, no Brasil e nos Estados Unidos, o fórum existe há vários anos.

Também há livros e documentários reveladores do funcionamento da religião. É o que este grupo que recentemente se organizou pretende em Portugal: “Queremos que as pessoas percebam que as Testemunhas de Jeová não são tão inofensivas como parecem as senhoras que distribuem revistas na rua”, explica um dos fundadores do fórum.

Todos os conteúdos místicos e esotéricos são considerados um perigo para a espiritualidade. Livros como “O Senhor dos Anéis” ou “Harry Potter” não são para abrir.

Quando a família de P.T. entrou para a religião, os anciões foram livrar-lhes a casa da presença de Satanás. Entre o vestido da noiva que a mãe usara no casamento católico, todas as fotografias desse dia e qualquer outra em que aparecesse um crucifixo (para os fiéis a Jeová, Cristo morreu numa estaca), nada escapou: foi tudo queimado num bidão de metal, até a sua coleção de livros da Anita. “Daí para a frente, só lia a Bíblia e as revistas da religião.”

As Testemunhas de Jeová acreditam que “A Sentinela”, “Despertai!” e todas as publicações da organização transmitem a palavra de Deus com a mesma validade que a Bíblia. “Quando mais cedo começarem o estudo, melhor para já irem ensinadas para a escola. Há grávidas que leem o “Meu Livro de Históricas Bíblicas” em voz alta para os bebês que têm na barriga”, revela R.M., outra desistente.

Vítor Máximo, crente durante mais de 35 anos, recorda-se das tardes de quarta-feira passadas a ler as revistas; P.T. estudava-as com o pai aos sábados à tarde, depois da pregação.

A pregação porta a porta é uma atividade fundamental e incontornável para qualquer Testemunha de Jeová, pois é a única maneira de levar a “Verdade” a mais pessoas, poupando-as no dia do Juízo Final.

Acreditando nisso, aos 12 anos G.C. desatou a estudar a Bíblia fervorosamente. A mãe convertera-se e ele também. Acatou os fortes incentivos da organização para se distanciar das pessoas do Mundo (as que não são Testemunhas) e afastou-se de todos os amigos. De um momento para o outro, recorda hoje, deixou de brincar na rua e passou a vestir paletó e gravata para ir às reuniões e a andar de pasta na mão para bater às portas.

Em menos de um ano estava a entrar, de fato de ganho e t-shirt branca, na piscina de Algés, em Lisboa. Com uma mão em cima da outra e as duas a tapar o nariz, submergiu totalmente, deitando-se para trás dentro da água. Quando veio acima estava batizado — acabara de se tornar ministro do reino de Jeová. “É uma dedicação incondicional para toda a vida: ser um escravo de Jeová e tudo fazer em favor Dele”, lembra mais de 30 anos depois desse momento.

No verão seguinte, dedicou-se em exclusivo à pregação. “Eu levava as coisas muito a sério porque estávamos perto do fim do mundo. Pensava: ‘É preciso sacrifícios, vamos fazê-los”’, conta G.C., que foi ancião durante quase 20 anos.

Desde que a religião foi fundada, em 1879, as Testemunhas já esperaram que o mundo acabasse em vários anos. Sempre que as datas passaram sem que alguma coisa acontecesse, o Corpo Governante (entidade atualmente composta por oito homens, que é o núcleo administrativo da religião nos Estados Unidos) emitiu um novo “entendimento”, inquestionável. “Estão sempre a repetir que a dúvida é um dos laços do Diabo”, explica R.M. Invariavelmente, mas sempre a posteriori, a cúpula da organização nega ter feito qualquer previsão concreta e, apesar de os textos das revistas oficiais da religião terem sempre mencionado os sucessivos anos em que o mundo acabaria, diz-se que a expectativa decorreu da má interpretação dos fiéis. 

A última data mundialmente difundida para o Armagedon, com muitas famílias a vender tudo que tinha para se dedicarem em exclusivo à pregação e garantirem a passagem para o novo mundo, foi 1975. Depois nunca mais se referiu um ano específico.

Com o mundo a poder acabar a qualquer altura, as Testemunhas de Jeová vivem ao mesmo tempo na expectativa do recomeço de uma nova vida e apavoradas com esse momento. 

Porque, mesmo para o povo eleito, o acontecimento implicará grande sofrimento.

Uma revista “Despertai!”, de 2005, avisa: “O arsenal de Deus inclui neve, saraiva, terremotos, doenças infecciosas, aguaceiro inundante, chuva de fogo e enxofre, confusão mortíferas, relâmpagos e um flagelo que causará o apodrecimento de partes do corpo.”
 
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“Testemunhas de Jeová não são inofensivas como parecem”. Pregação alerta que “arsenal de Deus” inclui chuva de fogo e apodrecimento de partes do corpo.
Além disso, o Paraíso só está ao alcance de quem não tiver “culpa de sangue”, ou seja, quem não estiver a falhar nos preceitos da religião.

“Eu perdi a minha vida! Não fazia nada com medo de ofender Jeová e ser destruída”, afirma P.T.

Vítor Máximo conta que desde criança, e mesmo em adulto, acordou várias vezes a meio da noite “a chorar, com pesadelos com o Armagedão”.

A grande prioridade das Testemunhas de Jeová é estudar e divulgar os mandamentos de Deus da maneira a salvar o maior número de pessoas possível. Por isso, são altamente desincentivadas a investir em atividades que, para a organização, apenas servem para roubar tempo ao testemunho porta a porta e de nada valem perante o fim de tudo. Quem vai para a faculdade mostra que está fraco na fé e passa a ser olhado com desconfiança.

Quando Vítor Jacinto decidiu licenciar-se em Engenharia Química, passou a receber visitas de anciãos e superintendentes de circuito (que supervisionam várias congregações) quase semanalmente. A sua biblioteca fazia-lhes particular confusão. “Diziam que aqueles livros continham ensinamentos não cristãos e queriam que me desfizesse deles. Foi aí que começou a minha grande guerra contra eles.” Os livros ficaram, o curso foi acabado, deixou de ir à reuniões.

Investir na carreira é encarada como outra afronta a Jeová. “Das coisas que me faziam mais impressão era ver pessoas subir à tribuna e contar, cheias de orgulho, que tinham recusado um promoção para não prejudicar a sua vida espiritual”. Revela R.M.

Outro exemplo de dedicação à religião incutido nas reuniões e nas revistas é o desincentivo que a organização faz a que se tenha filhos: por um lado, são grandes consumidores de tempo, por outro, não é aconselhável pôr crianças num mundo que vai acabar. Para G.C., isso ficou claro no dia do casamento. 

Depois de uma adolescência em que não podia beijar nenhuma rapariga, nem mesmo como cumprimento, no rosto, e de um namoro com alguém da mesma congregação, sempre na presença dos pais e sem um único beijo na boca, casou-se num Salão do Reino. “O ancião que fez o discurso disse que de forma nenhuma deveríamos ter filhos, porque estamos no tempo do fim e era uma atitude pouco sábia, pouco espiritual.”

Só contrariou a instrução mais de 10 anos depois, quando a mulher começou a ficar clinicamente deprimida com receio de já não conseguir engravidar por causa da idade. “Os casais que decidem ter filhos são criticados pelos outros que optam por não ter em virtude das orientações da organização”, revela M.M., outro ex-ancião. “Conheço casais que não têm filho e que agora já não podem e outros que continuam na expectativa de vir o fim para depois poderem ter um filho. É horrível”, afirma G.C.

Este antigo ancião deixou o cargo e as reuniões há cinco anos. Tecnicamente, está inativo, situação de que não entrega há seis meses relatórios com o número de publicações que distribuiu e de horas que pregou. O seu mal-estar com a religião começou quando, numa formação para cerca de 200 anciões, lhes foi ordenado que escrevessem na página do manual sobre o abuso sexual de menores: “Sempre que surja um caso de pedofilia, contatem de imediato a filial [a sede, em Alcabideche, Cascais]. “ Perguntou: “Mas a pedofilia é crime, não deveria denunciar-se à polícia?” Responderam-lhe peremptoriamente: “Nós não denunciamos os nossos irmãos. As ordens são estas, escreva isso aí.”

No manual dos anciões a que a Sábado teve acesso está impresso: “Se o acusador ou o acusado não estiverem dispostos a reunir-se com os anciãos, ou se o acusado continuar a negar a acusação de uma única testemunha e a transgressão não tiver sido comprovada, os anciãos devem deixar o caso nas mãos de Jeová”.

Esta política de não divulgação valeu recentemente às Testemunhas de Jeová a condenação à maior indenização alguma vez já paga nos Estados Unidos a uma vítima de pedofilia: 22 milhões de euros. O tribunal considerou provado que a estrutura da organização tinha sabido e abafado o caso.

Esta é das mais desconfortáveis questões no interior da Religião. Outra é a da desassociação, ou expulsão — o pior que pode acontecer a uma Testemunha e aos seus familiares, O contato com desassociados é simplesmente proibido, mesmo que seja da família.

De possuída pelo demônio, a prostituta, P.T., com cerca de 40 anos, ouviu os piores insultos da boca dos pais quando foi desassociada, em 2006. Proibiram-na de voltar lá a casa. “Fiquei desnorteada, pensava que ser destruída, perdi a minha família e todos os meus amigos, que nem sequer me cumprimentavam. Como todas as pessoas que são desassociadas, fiquei sem ninguém.”

“Jeová nos observará para ver se acatamos, ou não, seu mandamento de não ter contato com nenhum desassociado”, lê-se na revista “A Sentinela”, de abril deste ano.

“Um simples ‘oi’ dito a alguém pode ser o primeiro passo para uma conversa ou mesmo para amizade. Queremos dar esse primeiro passo com alguém desassociado?”, questionava a mesma publicação já em 1981 (as Testemunhas de Jeová guardam todas as revistas que consultam). “Toem sua posição contra o Diabo (…). 

Não procure desculpas para se associar com um membro da família desassociada, como, por exemplo, trocando e-mails”, diz “A Sentinela” de janeiro de 2013 já disponível no site da organização.

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A contraditória proibição à transfusão de sangue tem levado muitos a morte. (Foto: reprodução)

O ostracismo a que os desassociados são votados pode originar problemas extremos. Dos oito antigos fiéis que a Sábado entrevistou (dois dos quais ex-anciãos), quatro tiveram de procurar ajuda médica para depressões e estado de ansiedade grave — alguns fizeram terapia, todos foram medicados. Dois pensaram no suicídio.

Vítor Máximo julgou que os pais se reaproximassem quando lhes comunicasse o seu segundo casamento. Afinal, deixaria de ser um “fornicador”, um dos maiores pecados para a religião. Mas, como a mulher era uma mundana e ele um apóstata (abandonou a religião há cinco anos), os pais nem foram à cerimônia.

“Nesse dia, quando cheguei a casa, em vez de estar a relembrar os bons momentos da festa, sentei-me na beira da cama e desatei a chorar”, lembra.

Embora o expulsem, insiste em aparecer de vez em quando na casa deles, nos arredores do Porto, mas na última vez que falou com o pai ele chamou-lhe adorador do Diabo e ameaçou ligar para a polícia caso voltasse. Durante muitos meses, a conversa ao jantar com a mulher terminava invariavelmente em lágrimas. Teve de ir ao psiquiatra e só superou a depressão com a ajuda de medicamentos.

Quem privar com um desassociado arrisca-se a ser expulso. Isso é ficar sem nenhuma rede social (família e amigos), porque as Testemunhas de Jeová não criam laços com pessoas do Mundo. Por medo do que pode acontecer aos familiares, algumas pessoas falaram para este artigo sob anonimato; outras não revelaram a identidade porque estão afastadas, mas não se querem dissociar (voluntariamente) nem ser desassociadas, sabendo que nesse momento terão de cortar relações com os que lhes são mais próximos.

César Rodrigues, 38 anos, foi Testemunha de Jeová desde que nasceu e as suas dúvidas só surgiram há quatro anos, quando fez uma coisa que a organização desaconselha insistentemente: meteu-se num fórum de dissidentes brasileiros na internet. “Para mim, aquilo era tudo mentira. Pensei: ‘Vou mostrar-lhes o que é uma verdadeira Testemunha de Jeová’”. Mas foi ele que acabou convencido. Uma das coisas que mais o chocaram foi perceber as incongruência na proibição de transfusões de sangue, que já provocou a morte a um número incalculável de crentes.

“As Testemunhas acreditam que a transfusão de sangue lhes é proibida por passagens bíblicas como estas: “Somente a carne com a sua alma — seu sangue — não deveis comer”, explica o representante da organização, Pedro Candeias. Plasma, plaquetas, glóbulos brancos e vermelhos também são rejeitados. 

Mas o recurso a fracções desses componentes é permitido. “É extremamente incoerente condenar o uso de determinadas fracções e permitir o de outras e não existe base bíblica nem científica para tal distinção. Por exemplo, se se pode aceitar hemoglobina, que é 97% de um glóbulo vermelho, por que não se pode aceitar glóbulos vermelhos? “É como se eu dissesse que você pode comer uma uva sem pele, mas com pele não pode”, afirma M.M., que foi ancião durante mais de uma década.

Quando César começou a fazer perguntas aos amigos (“Sabias que era assim?”), foi denunciado. Fizeram-lhe quatro comissões judicativas (tribunais eclesiásticos). Já sem acreditar em nada do que tomara por certo durante anos, negou todas as acusações de falta de fé. Recusa-se a ter de deixar de falar com os pais. Quando conheceu uma antiga Testemunha de Jeová, perguntou: “É possível ter amigos do Mundo?” Descobriu que sim. Deixou de aparecer nas reuniões.

R.M. demorou a fazê-lo, mesmo depois de, no ano passado, ter lido o proibidíssimo livro “Crise de Consciência, de um antigo membro do Corpo Governante, e de perceber que “toda a vida tinha vivido enganada”. “Sinto que é mesmo uma lavagem cerebral, da qual é muito difícil libertamo-nos”, explica. Só conseguiu afastar-se quando descobriu o fórum Testemunha de Jeová. Diz que só passar à frente de um Salão do Reino a deixa “agoniada”. Mas não está preparada para deixar de falar com a família.

Para M.B., o momento está para breve. Aos 18 anos, aproveitou o fato de sair de casa e mudar de cidade para confessar aos anciãos que fumava, o que é proibido. Já sabia o que o esperava: uma semana depois lhe comunicaram a expulsão. De regresso a Lisboa, foi assaltado e ficou sem dinheiro nenhum. Ninguém da família lhe atendeu o telefone nem respondeu às mensagens — nem nessa altura nem em todo o ano que se seguiu. “Sentia-me perdido, culpado, abandonado. Passava noites inteiras sem dormir.”

Desenvolveu um transtorno de ansiedade incapacitante. A família continuava a não lhe atender o telefone. Pensou no suicídio. “Mas depois achei que ninguém iria ao meu funeral”.

Um dia em que insistiu mais uma vez, inesperadamente, a mãe atendeu. Como o motivo era doença, os anciões, aos quais ela pediu autorização, permitiram que o recebesse em casa. Mas agora que está mais estável, M.B. sabe que vai ter de voltar a sair. E que vai ter de se despedir para sempre.

Leia aqui a íntegra da matéria em PDF
Isabel Lacerda para a revista Sábado, de Portugal. Com Paulopes

Fonte: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2012/12/ex-fieis-revelam-mundo-de-delirios-das-testemunhas-de-jeova.html

Policia Federal apreende 58kg de cocaína em Marabá/PA.

10/12/2012. Marabá/PA – A Polícia Federal deflagrou uma ação na cidade de Marabá. 
A fiscalização teve como objetivo o combate ao tráfico internacional de drogas, visto que a cidade de Marabá, no Pará, poderia estar servido como corredor para o transporte dos entorpecentes.
Na ação foram apreendidos 58 kg de Cloridrato de Cocaína,  que estavam  escondidos em partes de um veículo.
A droga tinha como destino a cidade de Fortaleza/CE. Três pessoas foram presas. Elas ficaram caladas durante o interrogatório.
Comunicação Social da Polícia Federal em Marabá/PA
Tel: (94)3322-2310

UFMA – Restaurante Universitário: Pane na Catraca Eletrônica causa transtorno a centenas de Estudantes.




17:30 h. Fila indo da Área de vivência até as Escadarias de acesso ao R. U.
11.Dez. 2012 - Por Chico Barros.

Ontem no final da tarde ocorreu uma pane no sistema de controle eletrônico de acesso ao Restaurante Universitário, com isso formou-se uma fila com centenas de alunos que subiam as escadarias da área de vivência, formando um caracol humano, que se prolongava até à área externa do referido prédio, causando um verdadeiro engarrafamento humano.


Ninguém subia ou descia as referidas escadas; o sistema de controle de acesso ao R. U. esteve lento durante toda a tarde e parou por completo as 18:00 horas, ficando inativo por mais de uma hora, eu por exemplo levei mais de cinquenta minutos para conseguir adentrar ao restaurante isto por volta das 17:30 horas, quando o grosso desta fila ainda não estava formado. 

Fila Imensa de Alunos a espera da liberação do acesso ao R. U.

Com esta fila gigantesca, sem ter mais pra onde acondicionar alunos, os portões do R. U. fechados, seguranças com seus “cassetetes reluzentes” apostos,  somente os integrantes de uma das Chapas que disputam a eleição do DCE no próximo dia 12, vieram solidarizar-se aos alunos prejudicados, foi o pessoal da Chapa 1. 

Após manifestação alguns acadêmicos começam adentrar ao R. U.

Partiu dos integrantes da CHAPA 1, o pedido de sensibilização dos administradores do Restaurante Universitário para que liberasse o acesso dos alunos ao restaurante sem o registro na Catraca, o que foi permitido por alguns minutos, porém novamente interrompido pela segurança do CAMPUS logo depois.


Alunos ficaram mais de uma hora sem perspectiva de quando a situação se normalizaria, aulas foram perdidas, pois não foi servida a janta no devido tempo a quem teria aula no primeiro horário.

Fila no R. U. da UFMA. Onde a noite só funciona uma Catraca de acesso.

Palavras de Ordem ecoaram pelo R. U. Clamando por uma atenção mais humanizada aos usuários do Restaurante, pois só a noite só funciona uma porta de acesso ao Restaurante, sempre com fila quilométrica, poucas pessoas pra atendimento a quem precisa usar o restaurante a noite. 

UFMA - R. U. Alunos esperando uma solução..............

Precisamos lembrar que a grande maioria dos usuários do R. U. são estudantes, que não tem condições de comprarem refeições a R$ 30,00  o quilo no Restaurante do Kitaro,  tido como alternativo e a ferro e fogo instalado no Campus da UFMA.
  

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Diretor da Antaq é exonerado.

10.Dez.2012 - Vinícius Soares - Repórter da Agência Brasil.
Brasília - O diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Tiago Pereira Lima, teve a exoneração publicada no Diário Oficial da União de hoje (10). 

De acordo com o ato do poder executivo que o afastou do cargo, a demissão foi a pedido do próprio Tiago.

Na última sexta-feira, a Polícia Federal informou que a lista de indiciamentos da Operação Porto Seguro tinha aumentado, com a inclusão de um diretor e uma servidora da Antaq. Apesar de não ter divulgado os nomes dos novos suspeitos, a PF disse por meio de nota que havia chegado a eles por informações adicionais de depoimentos e análises de documentos apreendidos. O inquérito da operação já foi concluído e enviado à Justiça Federal em São Paulo.

A Operação Porto Seguro foi deflagrada em 23 de novembro para prender servidores de órgãos federais e agências reguladoras que fraudavam pareceres técnicos para favorecer interesses privados. Nesse dia, seis pessoas foram presas e 19 mandados de condução coercitiva (quando a pessoa é levada à polícia para ser ouvida e depois liberada) foram cumpridos. Também foram cumpridos 43 mandados de busca e apreensão, tanto em Brasília quanto em São Paulo.

No total, 23 pessoas foram indiciadas e poderão responder por corrupção ativa, corrupção passiva, formação de quadrilha, tráfico de influência, violação de sigilo funcional, falsidade ideológica e falsificação de documento particular. As penas variam entre dois e 12 anos de prisão.

Edição: Denise Griesinger

Maranhão - UNICEF reconhece os avanços na área da infância e adolescência no Estado.

UNICEF  reconhece os avanços na área da infância e adolescência no MA
A iniciativa é do UNICEF (Foto Divulgação)
Na próxima segunda-feira, 10/dez, 38 (Trinta e Oito) municípios maranhenses irão receber o reconhecimento internacional.
 
O Fundo das Nações Unidas para a Infância – UNICEF entregará na próxima segunda-feira, dia 10 de dezembro, o Selo UNICEF Município Aprovado Edição 2009-2012 a 38 municípios maranhenses. 

O evento será realizado às 17h30, no Teatro da Cidade de São Luís, no centro da capital, em parceria com a Comissão Estadual do Pacto Um Mundo para a Criança e o Adolescente no Semiárido e da Agenda Criança Amazônia. 

Uma iniciativa do UNICEF, com patrocínio da Petrobras e Rede Energia, o Selo busca fortalecer as políticas públicas municipais que garantem os direitos da infância e adolescência. Ao todo, 399 municípios do Semiárido (AL, BA, CE, ES, MA, MG, PB, PE, PI, RN e SE) e da Amazônia Legal Brasileira (AC, AM, AP, MA, MT, PA, RO, RR e TO). 

Ao todo, no Semiárido, foram certificados 279 municípios, e 120, na Amazônia. O resultado foi anunciado no último dia 29 de novembro, em cerimônia no Museu Nacional, em Brasília (DF), onde vários prefeitos, secretários e conselheiros de direitos dos municípios maranhenses se fizeram presentes. A Governadora do Maranhão foi representada na ocasião pela Secretaria de Estado de Igualdade Racial, Claudett Ribeiro. 

Na próxima segunda-feira, durante cerimônia estadual, serão entregues os troféus e certificados de reconhecimento aos municípios contemplados, bem como certificados de participação a todos os municípios que cumpriram as etapas fundamentais da metodologia. Estão sendo esperados os prefeitos, articuladores municipais, presidentes de Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente, além de lideranças adolescentes. 

“É o momento de aplaudirmos e valorizarmos as conquistas realizadas pelos munícipios para melhorar a vida dos meninos, meninas e suas famílias”, destaca Eliana Almeida, coordenadora do UNICEF no Maranhão. “Precisamos garantir que as políticas públicas alcancem todas as crianças e adolescentes, e o compromisso dos municípios demonstram que é possível chegarmos a resultados concretos”, completa a coordenadora. 

Lista de municípios reconhecidos no Maranhão pelo Selo UNICEF Município Aprovado Edição 2009-2012.
 
1. Açailândia
2. Alto Alegre do Maranhão
3. Arari
4. Axixá
5. Bacabal
6. Bacurituba
7. Bom Jardim
8. Buriti Bravo
9. Buritirana
10. Cachoeira Grande
11. Codó
12. Coelho Neto
13. Coroatá
14. Duque Bacelar
15. Godofredo Viana
16. Guimarães
17. Imperatriz
18. Lago da Pedra
19. Lagoa do Mato
20. Matinha
21. Matões do Norte
22. Mirador
23. Pastos Bons
24. Paulo Ramos
25. Pedreiras
26. Pinheiro
27. Porto Franco
28. Presidente Vargas
29. Rosário
30. Santa Luzia do Paruá
31. São Bento
32. São Domingos do Maranhão
33. São João dos Patos
34. São José de Ribamar
35. São Raimundo das Mangabeiras
36. Sítio Novo
37. Vargem Grande
38. Zé Doca
Redação: Immaculada Prieto (UNICEF em São Luís/MA)

Fonte: http://www.meionorte.com/ricardomarques/selo-unicef-municipio-aprovado-reconhece-os-avancos-na-area-da-infancia-e-adolescencia-no-maranhao-233037.html

O arroz parboilizado e seus benefícios

Por Zuraya
 
Do blog Nutrição Sadia

Você sabe o que é Arroz Parboilizado? Quais seus benefícios?

O que diferencia o arroz branco do arroz parboilizado?

O processo de parboilização foi descoberto , por acaso, pelo químico e nutrólogo inglês Eric Huzenlaub, no inicio do século XX. Este, percorrendo as tribos da Índia e África, cuja alimentação básica era o arroz, constatou grande ocorrência da doença beribéri,causada por insuficiência vitamínica nas populações que consumiam o produto sem a parboilização e ,nenhum sintoma de anormalidade, entre aqueles que utilizavam o arroz parboilizado – na época, um processo primitivo, no qual o arroz em casca era mergulhado em potes de barro com água à temperatura ambiente. Em seguida, era secado ao sol ou em chapas aquecidas e, posteriormente , descascado. Na década de 1940, Huzenlaub associou-se ao americano Gordon L. Harwell e fundaram , nos Estados Unidos a Converted Rice, Inc. , a primeira empresa de arroz a utilizar tecnologia na parboilização do arroz. No Brasil, a tecnologia de parboilização foi introduzida na década de 1950. O arroz parboilizado era conhecido como arroz Malekizado e , também, como: amarelão, amarelo e macerado. Denomina-se arroz parboilizado o arroz que sofreu processo de parboilização.
A parboilização é o processo hidrotérmico no qual o arroz em casca é imerso em água potável a uma temperatura acima de58°C, seguidos de gelatinização parcial ou total do amido e secagem.
O que isso significa? Significa que o arroz, durante o processo de parboilização, sofre um pré-cozimento, em que os nutrientes do pericarpo são parcialmente passados para a cariopse do grão. O arroz parboilizado é naturalmente mais nutritivo, pois nenhum composto químico é adicionado ao processo. Seu sabor característico e seu tom amarelado são decorrentes da mudança da estrutura do amido e fixação dos nutrientes, o que indica que o arroz parboilizado tem preservadas suas propriedades nutritivas naturais. A palavra parboilizado tem origem na adaptação do termo inglês parboiled, proveniente da aglutinação de partial + boiled, ou seja, parcialmente fervido.
A parboilização é realizada através de três operações básicas:
1. Encharcamento: o arroz em casca é colocado em tanques com água quente por algumas horas. Neste processo, as vitaminas e sais minerais que se encontram na película e germe, penetram no grão à medida que este absorve a água.
2. Gelatinização: Processo Autoclave – o arroz úmido é submetido a uma
temperatura mais elevada sob pressão de vapor, ocorrendo uma alteração na estrutura do amido. Nesta etapa, o grão fica mais compacto e as vitaminas e sais minerais são fixados em seu interior.
3. Secagem: O arroz é secado para posterior descascamento, polimento e
seleção.
Suas vantagens:
- Rico em vitaminas e sais minerais, devido ao processo de parboilização;
- Quando cozido, fica sempre soltinho;
- Rende mais na panela;
- Requer menos óleo no cozimento;
- Pode ser reaquecido diversas vezes, mantendo suas propriedades;
- Alto grau de higiene no processo de industrialização;
- Conserva-se por mais tempo.

O Brasil detém a tecnologia de parboilização mais avançada do mundo! Originário da Ásia, o arroz foi atravessando fronteiras e acabou se transformando em um dos principais alimentos da cozinha brasileira. Da raiz nascem os caules.Cada caule termina em um fluorescência, chamada espiga, que tem setenta a trezentos grãos. Quando não é polido, o aspecto e composição do grão natural não são modificados: ele é apenas descascado, ficando com a fina película mais escura que o recobre. Este é o arroz integral.
Destaque Nutricional:
O arroz é um alimento essencialmente energético, mas pobre em substâncias nutritivas, pois perde maior parte delas ao ser polido. Já o arroz integral, que conserva o germe e a parte externa do grão, é muito rico em nutrientes contendo proteínas e sais minerais (fósforo, ferro e cálcio) e vitaminas do complexo B.
Tipos de arroz:
Arroz Selvagem ou preto: arroz de grão longo e fino, coloração negra por fora e branca por dentro; trata-se de um tipo de grama que cresce principalmente em pântanos e perto de lagos. Este tipo contém mais proteínas e fibras que o arroz comum, sendo ótima opção para aumentar o conteúdo protéico de uma dieta vegetariana, por exemplo. Para pessoas que sofrem de obstipação (intestino peso), auxilia no aumento do bolo fecal, com consumo freqüente de água, melhorando o trânsito intestinal.
Arroz sanishiki ou Japonês: Arroz utilizado na culinária japonesa, e por característica, apresenta-se com grãos unidos. Quanto às propriedades nutricionais, possui maior quantidade de carboiratos que todos, por possuir maior quantidade de amido em sua parte externa, o que dá a massa que une os grãos.
Integral: este tipo de arroz, produzido há muitos anos na Índia, Birmânia e Paquistão, de maneira primitiva, consistia em fervê-lo com casca, por uma hora, em tanques ligeiramente abertos, espalhados no chão para secar e, em seguida, beneficiado.
Recentemente esse método foi aperfeiçoado, sendo executado, normalmente, nos quatro estágios seguintes: maceração, tratamento com vapor, secagem e beneficiamento.
Durante esse tratamento, a tiamina (vitamina B1) e outros componentes solúveis em água, que estavam no gérmen e nas camadas mais externas, difundem-se através do grão.
Então, durante o processo de beneficiamento, haverá menor perda desses elementos do que o beneficiamento do arroz comum, ou seja, sem qualquer tratamento.
Não descascado nem polido, contém fibras e vitaminas em porções maiores que o polido. Este tipo de arroz é praticamente a base da alimentação macrobiótica. É o arroz com maior quantidade de gordura, cerca de 6.6%, sendo esta, benéfica à saúde. Possui também uma boa quantidade de vitaminas e minerais.
Polido: Base da alimentação do brasileiro é um alimento rico em carboidratos e pouca proteína. Em combinação com o feijão, como hábito de nossa culinária, forma um composto de aminoácidos (constituintes das proteínas) mais completo.
Parboilizado: o grão inteiro é submetido ao processo de parboilização (deixado em água fervente por um período de 8 horas), método tradicional há dois mil anos na Índia e Paquistão. Este processo deixa a casca solta, facilitando a moagem dos grãos. Este tipo de arroz tem um valor nutricional maior que o arroz comum, pois as vitaminas são permeadas para o interior do grão, não se perdendo durante a moagem.
Malequizado: é um arroz semi-integral, passa por um processo de malequização, ou seja, o arroz com casca é macerado em água fria por três dias e depois submetido a altas temperaturas (até 700ºC), sendo por fim desidratado e descascado. Também tem um valor nutricional melhor que o arroz comum pelo mesmo motivo do parboilizado.
Jasmim ou aromático: arroz aromático de origem tailandesa; de textura macia e úmida, os grãos ficam bem ligados. O mais conhecido é o Jasmim, utilizado na culinária Tailandesa. Está em segundo lugar na classificação do arroz em relação ao conteúdo de proteína.
Arroz Arbório: é uma variante italiana de grão médio, de coloração levemente amarelada e com textura cremosa; é o mais indicado para fazer risoto, pois contém grande quantidade de amido e, em decorrência disso, permanece com a parte central firme, mesmo depois de um longo cozimento.
Basmati: nativo do Paquistão e da Índia, também cultivado em outros países; após o processo de cozimento, seus grãos ficam secos e soltos.
Basmati integral ou vermelho: arroz não descascado nem polido de coloração avermelhada. Não encontrada a composição nutricional, porém, por não ser descascado, possui uma quantidade maior de micronutrientes contidos na casca, bem como fibras e proteína.
Referências:
RGNutri - www.rgnutri.com.br
Abiap - http://www.abiap.com.br/

Fonte:http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-arroz-parboilizado-e-seus-beneficios