quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Nota sobre a Mostra Nacional de Cultura e Produção Camponesa.





Da Página do MST.
 
Diante da matéria  “BNDES liberou R$ 350 mil a evento do MST sem licitação” do jornal O Estado de São Paulo do dia 24 de fevereiro de 2014, o MST pontua:
 
1 – O MST realizou o seu VI Congresso Nacional em Brasília durante os dias 10 a 14 de fevereiro, com mais de 15 mil delegados credenciados, 250 convidados internacionais e mais de 300 convidados nacionais. O VI Congresso do MST teve sua preparação iniciada em 2010, com a discussão em toda a sua base para a construção da nossa proposta da Reforma Agrária Popular.
 
2 – Cada delegado presente contribuiu financeiramente com valor de R$20.00, coletados no ato da inscrição e durante o evento. Desde o início dos preparativos do nosso VI Congresso, fazemos campanhas de arrecadação de recursos através da solidariedade de parceiros da reforma agrária nos municípios e estados.
 
3- O MST ainda mantém uma Campanha Nacional de Solidariedade para o pagamento das despesas decorrentes do evento. A campanha pode ser vista em nossa página na internet (http://www.mst.org.br/node/15664) e redes sociais do Movimento.
 
4- No período do Congresso, as cooperativas de reforma agrária realizaram a Mostra Nacional de Cultura e Produção Camponesa. A Mostra foi um espaço de comercialização da produção realizada nos assentamentos de reforma agrária e de apresentações culturais, tais como grupos de violeiros, grupos afros, batucadas, forrós pé de serra, teatro, fotografia, dança. Ou seja, uma grande feira da reforma agrária.
 
5 - A Mostra Nacional de Cultura e Produção Camponesa contou com o funcionamento de 12 pequenas agroindústrias de produção de caldo de cana, farinha de mandioca, erva mate, produção de cachaça artesanal, além da comercialização de mais de 300 toneladas de alimentos saudáveis, produtos da reforma agrária.
 
6 - A Mostra Nacional de Cultura e Produção Camponesa teve ABRAPO como associação organizadora e contou com o apoio do BNDES e Caixa Econômica. Tudo está dentro das normativas legais previstas pela legislação brasileira, tanto por parte da associação organizadora, quanto por parte dos órgãos executores.
 
7- Para o MST, todos os agricultores e agricultoras organizados/as podem e devem ter apoios e patrocínio para suas atividades de produção e comercialização, tal como o agronegócio e empresas privadas também recebem, diuturnamente, em suas atividades e em valores incomparavelmente maiores. Os camponeses e camponesas - e suas cooperativas - podem e devem recorrer a recursos públicos para promover sua agricultura.
 
8 - É necessário que atividades, como a Mostra Nacional de Cultura e Produção Camponesa, que trouxe a cultura camponesa nas suas diversas expressões, sejam realizadas com maior frequência, como parte de políticas públicas para a população camponesa, responsável pela produção de mais de 70% dos alimentos consumidos no Brasil.
 
Direção Nacional do MST.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Cultura: Projeto Vitrines Culturais. Edital promoverá exposição e venda de artesanato na Copa.

O Ministério da Cultura e a Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República lançam, nesta sexta-feira (21), edital para seleção de peças artesanais para o projeto Vitrines Culturais.
As Vitrines Culturais promoverão, entre 12 de junho e 13 de julho de 2014, exposições e comercialização de artesanatos de alta qualidade de todos os estados do Brasil.
As exposições acontecerão nas Fifa Fan Fest e espaços culturais das cidades-sede dos jogos, com ênfase em Manaus, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. 
O edital fica aberto até 6 de abril e selecionará aproximadamente 60.000 peças artesanais, de valor simbólico e estético, que expressem valores culturais brasileiros.  
Podem participar artesãos brasileiros de qualquer parte do país, de forma individual ou por meio de grupos produtivos, núcleos, associações ou cooperativas de artesãos.
A exigência é que os candidatos estejam cadastrados no Sistema de Informações Cadastrais do Artesanato Brasileiro (Sicab), coordenado pelo Programa do Artesanato Brasileiro (PAB).
O projeto Vitrines Culturais é coordenado pela Secretaria da Economia Criativa do Ministério da Cultura, em parceria com a Secretaria da Micro e Pequena Empresa, vinculada à Presidência da República, e do Sebrae.
Também participam do projeto o Sebrae, o IPHAN e o Ministério do Desenvolvimento Agrário, por meio do projeto Talentos do Brasil Rural Contemporâneo.
Serviço:
Projeto Vitrines Culturais
Data: 12 de junho a 13 de julho de 2014
Inscrições até 06 de abril pelo sistemas.cultura.gov.br/propostaweb
Informaçõesvitrinesculturais2014@cultura.gov.br
Edital consolidado aqui
Publicação do D.O.U aqui (Pags. 34-36)
Link original desta Matéria:

Dilma: governo destina R$ 21 bilhões para financiar a agricultura familiar.

Ana Cristina Campos - Repórter da Agência Brasil.

 Edição: Talita Cavalcante.

A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (24) que o governo destinou R$ 21 bilhões para financiar a safra de 2013/2014 da agricultura familiar, dos quais R$ 13,7 bilhões já foram contratados pelos pequenos produtores. 

Segundo ela, os agricultores estão aproveitando o crédito barato do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) para expandir a produção e comprar máquinas e equipamentos.

“São mais tratores, mais caminhões, equipamentos de irrigação e resfriadores de leite, aumentando a produtividade nas lavouras e nas criações da agricultura familiar”, disse.

No programa semanal Café com a Presidenta, Dilma informou que o pequeno agricultor também pode se beneficiar das inovações tecnológicas. “No Pronaf Inovação, o crédito é bem barato para incentivar o cultivo protegido de hortifrutigranjeiros, para a automação da avicultura e da suinocultura, e também para atualização tecnológica da bovinocultura de leite.”


A presidenta explicou que o fortalecimento da agricultura familiar também inclui o apoio à comercialização dos produtos por meio da compra de uma parte dos alimentos produzidos nas pequenas propriedades e cooperativas pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). O orçamento do PAA somado ao orçamento do Pnae para 2014 é cerca de R$ 2 bilhões.

“Esses programas, o PAA e o Pnae, são muito importantes, porque, primeiro, garantem renda certa aos produtores; segundo, eles colocam produtos frescos e saudáveis na merenda escolar das crianças, nas creches e nos hospitais. E, finalmente, eles movimentam a economia dos pequenos municípios”, ressaltou.

Segundo Dilma, os pequenos produtores representam 33% do Produto Interno Bruto (PIB) agropecuário do Brasil, 84% dos estabelecimentos rurais e 74% da mão de obra no campo.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

A atualidade brutal de Hannah Arendt. Por LADISLAU DOWBOR

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Adolf Eichmann, criminoso nazista. Mas, também, um burocrata preocupado apenas em cumprir ordens…
Filme de Margarethe von Trotta sugere que totalitarismo pode assumir faces “normais” e parece indispensável num cenário de democracia esvaziada e guerra iminente
Por Ladislau Dowbor
O filme causa impacto. Trata-se, tema central do pensamento de Hannah Arendt, de refletir sobre a natureza do mal. O pano de fundo é o nazismo, e o julgamento de um dos grandes mal-feitores da época, Adolf Eichmann. Hannah acompanhou o julgamento para o jornal New Yorker, esperando ver o monstro, a besta assassina. 
O que viu, e só ela viu, foi a banalidade do mal. Viu um burocrata preocupado em cumprir as ordens, para quem as ordens substituíam a reflexão, qualquer pensamento que não fosse o de bem cumprir as ordens. Pensamento técnico, descasado da ética, banalidade que tanto facilita a vida, a facilidade de cumprir ordens. A análise do julgamento, publicada pelo New Yorker, causou escândalo, em particular entre a comunidade judaica, como se ela estivesse absolvendo o réu, desculpando a monstruosidade.
A banalidade do mal, no entanto, é central. O meu pai foi torturado durante a II Guerra Mundial, no sul da França. Não era judeu. Aliás, de tanto falar em judeus no Holocausto, tragédia cuja dimensão trágica ninguém vai negar, esquece-se que esta guerra vitimou 60 milhões de pessoas, entre os quais 6 milhões de judeus. A perseguição atingiu as esquerdas em geral, sindicalistas ou ativistas de qualquer nacionalidade, além de ciganos, homossexuais e tudo que cheirasse a algo diferente. 
O fato é que a questão da tortura, da violência extrema contra outro ser humano, me marcou desde a infância, sem saber que eu mesmo a viria a sofrer. Eram monstros os que torturaram o meu pai? Poderia até haver um torturador particularmente pervertido, tirando prazer do sofrimento, mas no geral, eram homens como os outros, colocados em condições de violência generalizada, de banalização do sofrimento, dentro de um processo que abriu espaço para o pior que há em muitos de nós.
Por que é tão importante isto, e por que a mensagem do filme é autêntica e importante? Porque a monstruosidade não está na pessoa, está no sistema. Há sistemas que banalizam o mal. O que implica que as soluções realmente significativas, as que nos protegem do totalitarismo, do direito de um grupo no poder dispor da vida e do sofrimento dos outros, estão na construção de processos legais, de instituições e de uma cultura democrática que nos permita viver em paz. O perigo e o mal maior não estão na existência de doentes mentais que gozam com o sofrimento de outros – por exemplo uns skinheads que queimam um pobre que dorme na rua, gratuitamente, pela diversão – mas na violência sistemática que é exercida por pessoas banais.
Entre os que me interrogaram no DOPS de São Paulo encontrei um delegado que tinha estudado no Colégio Loyola de Belo Horizonte, onde eu tinha estudado nos anos 1950. Colégio de orientação jesuíta, onde se ensinava a nos amar uns aos outros. 
Encontrei um homem normal, que me explicava que arrancando mais informações seria promovido, me explicou os graus de promoções possíveis na época. Aparentemente queria progredir na vida. Outro que conheci, violento ex-jagunço do Nordeste, claramente considerava a tortura como coisa banal, coisa com a qual seguramente conviveu nas fazendas desde a sua infância. Monstros? Praticaram coisas monstruosas, mas o monstruoso mesmo era a naturalidade com a qual a violência se pratica.
Um torturador na OBAN me passou uma grande pasta A-Z onde estavam cópias dos depoimentos dos meus companheiros que tinham sido torturados antes. O pedido foi simples: por não querer se dar a demasiado trabalho, pediu que eu visse os depoimentos dos outros, e fizesse o meu confirmando a verdades, bobagens ou mentiras que estavam lá escritas. 
Explicou que eu escrevendo um depoimento que repetia o que já sabiam, deixaria satisfeitos os coronéis que ficavam lendo depoimentos no andar de cima (os coronéis evitavam sujar as mãos), pois veriam que tudo se confirmava, ainda que fossem histórias absurdas. 
Segundo ele, se houvesse discrepâncias, teriam de chamar os presos que já estavam no Tiradentes, voltar a interrogá-los, até que tudo batesse. Queria economizar trabalho. Não era alemão. Burocracia do sistema. Nos campos de concentração, era a IBM que fazia a gestão da triagem e classificação dos presos, na época com máquinas de cartões perfurados. No documentário A Corporação, a IBM esclarece que apenas prestava assistência técnica.
O mal não está nos torturadores, e sim nos homens de mãos limpas que geram um sistema que permite que homens banais façam coisas como a tortura, numa pirâmide que vai desde o homem que suja as mãos com sangue até um Rumsfeld que dirige uma nota aos exército americano no Iraque, exigindo que os interrogatórios sejam harsher, ou seja, mais violentos. Hannah Arendt não estava desculpando torturadores, estava apontando a dimensão real do problema, muito mais grave.
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Adolf Eichmann em seu julgamento em Jerusalém, (Julho 17, 1961), por Ronald Searle
Adolf Eichmann em seu julgamento em Jerusalém, (Julho 17, 1961), por Ronald Searle
A compreensão da dimensão sistêmica das deformações não tem nada a ver com passar a mão na cabeça dos criminosos que aceitaram fazer ou ordenar monstruosidades. Hannah Arendt aprovou plenamente e declaradamente o posterior enforcamento de Eichmann. Eu estou convencido de que os que ordenaram, organizaram, administraram e praticaram a tortura devem ser julgados e condenados.
O segundo argumento poderoso que surge no filme, vem das reações histéricas de judeus pelo fato de ela não considerar Eichmann um monstro. Aqui, a coisa é tão grave quanto a primeira. Ela estava privando as massas do imenso prazer compensador do ódio acumulado, da imensa catarse de ver o culpado enforcado. 
As pessoas tinham, e têm hoje, direito a este ódio. Não se trata aqui de deslegitimar a reação ao sofrimento imposto. Mas o fato é que ao tirar do algoz a característica de monstro, Hannah estava-se tirando o gosto do ódio, perturbando a dimensão de equilíbrio e de contrapeso que o ódio representa para quem sofreu. O sentimento é compreensível, mas perigoso. Inclusive, amplamente utilizado na política, com os piores resultados. O ódio, conforme os objetivos, pode representar um campo fértil para quem quer manipulá-lo.
Quando exilado na Argélia, durante a ditadura militar, conheci Ali Zamoum, um dos importantes combatentes pela independência do país. Torturado, condenado à morte pelos franceses, foi salvo pela independência. Amigos da segurança do novo regime localizaram um torturador seu, numa fazendo do interior. Levaram Ali até a fazenda, onde encontrou um idiota banal, apavorado num canto. Que iria ele fazer? Torturar um torturador? Largou ele ali para ser trancado e julgado. Decepção geral. Perguntei um dia ao Ali como enfrentavam os distúrbios mentais das vítimas de tortura. Na opinião dele, os que se equilibravam melhor, eram os que, depois da independência, continuaram a luta, já não contra os franceses mas pela reconstrução do país, pois a continuidade da luta não apagava, mas dava sentido e razão ao que tinham sofrido.
No 1984 do Orwell, os funcionários eram regularmente reunidos para uma sessão de ódio coletivo. Aparecia na tela a figura do homem a odiar, e todos se sentiam fisicamente transportados e transtornados pela figura do Goldstein. Catarse geral. E odiar coletivamente pega. Seremos cegos se não vermos o uso hoje dos mesmos procedimentos, em espetáculos midiáticos.
Hannah Arendt,  filósofa política alemã de origem judaica (1906-1975)
Hannah Arendt, filósofa política alemã de origem judaica (1906-1975)
O texto de Hannah, apontando um mal pior, que são os sistemas que geram atividades monstruosas a partir de homens banais, simplesmente não foi entendido. 
Que homens cultos e inteligentes não consigam entender o argumento é em si muito significativo, e socialmente poderoso. Como diz Jonathan Haidt, para justificar atitudes irracionais, inventam-se argumentos racionais, ou racionalizadores.1 
No caso, Hannah seria contra os judeus, teria traído o seu povo, tinha namorado um professor que se tornou nazista. Os argumentos não faltaram, conquanto o ódio fosse preservado, e com o ódio o sentimento agradável da sua legitimidade.
Este ponto precisa ser reforçado. Em vez de detestar e combater o sistema, o que exige uma compreensão racional, é emocionalmente muito mais satisfatório equilibrar a fragilização emocional que resulta do sofrimento, concentrando toda a carga emocional no ódio personalizado. 
E nas reações histéricas e na deformação flagrante, por parte de gente inteligente, do que Hannah escreveu, encontramos a busca do equilíbrio emocional. Não mexam no nosso ódio. Os grandes grupos econômicos que abriram caminho para Hitler, como a Krupp, ou empresas que fizeram a automação da gestão dos campos de concentração, como a IBM, agradecem.
O filme é um espelho que nos obriga a ver o presente pelo prisma do passado. Os americanos se sentem plenamente justificados em manter um amplo sistema de tortura – sempre fora do território americano pois geraria certos incômodos jurídicos -, Israel criou através do Mossad o centro mais sofisticado de tortura da atualidade, estão sendo pesquisados instrumentos eletrônicos de tortura que superam em dor infligida tudo o que se inventou até agora, o NSA criou um sistema de penetração em todos os computadores, mensagens pessoais e conteúdo de comunicações telefônicas do planeta. 
Jovens americanos no Iraque filmaram a tortura que praticavam nos seus celulares em Abu Ghraib, são jovens, moças e rapazes, saudáveis, bem formados nas escolas, que até acham divertido o que fazem. Nas entrevistas posteriores, a bem da verdade, numerosos foram os jovens que denunciaram a barbárie, ou até que se recusaram a praticá-la. Mas foram minoria.2
O terceiro argumento do filme, e central na visão de Hannah, é a desumanização do objeto de violência. Torturar um semelhante choca os valores herdados, ou aprendidos. Portanto, é essencial que não se trate mais de um semelhante, pessoa que pensa, chora, ama, sofre. 
É um judeu, um comunista, ou ainda, no jargão moderno da polícia, um “elemento”. Na visão da KuKluxKlan, um negro. No plano internacional de hoje, o terrorista. Nos programas de televisão, um marginal. Até nos divertimos, vendo as perseguições. São seres humanos? O essencial, é que deixe de ser um ser humano, um indivíduo, uma pessoa, e se torne uma categoria. Sufocaram 111 presos nas celas? Ora, era preciso restabelecer a ordem.
Um belíssimo documentário, aliás, Repare Bem, que ganhou o prêmio internacional no festival de Gramado, e relata o que viveu Denise Crispim na ditadura, traz com toda força o paralelo entre o passado relatado no Hannah Arendt e o nosso cenário brasileiro. Outras escalas, outras realidades, mas a mesma persistente tragédia da violência e da covardia legalizadas e banalizadas.
Sebastian Haffner, estudante de direito na Alemanha em 1930, escreveu na época um livro – Defying Hitler: a memoir – manuscrito abandonado, resgatado recentemente por seu filho que o publicou com este título.3 O livro mostra como um estudante de família simples vai aderindo ao partido nazista, simplesmente por influência dos amigos, da mídia, do contexto, repetindo com as massas as mensagens. 
Na resenha do livro que fiz em 2002, escrevi que o que deve assustar no totalitarismo, no fanatismo ideológico, não é o torturador doentio, é como pessoas normais são puxadas para dentro de uma dinâmica social patológica, vendo-a como um caminho normal. Na Alemanha da época, 50% dos médicos aderiram ao partido nazista.
O próximo fanatismo político não usará bigode nem bota, nem gritará Heil como os idiotas dos “skinheads”. Usará terno, gravata e multimídia. E seguramente procurará impor o totalitarismo, mas em nome da democracia, ou até dos direitos humanos.
2 Melhor do que qualquer comentário, é ver o filme O Fantasma de Abu Ghraib, disponível no Youtube em http://www.youtube.com/watch?v=_TpWQj0MjvI&feature=youtube_gdata_player ; ver também a pesquisa da BBChttp://guardian.co.uk/world/2013/mar/06/pentagon-iraq-torure-centres-link ; sobre Guantanamo, ver o artigo do New York Times de 15/04/2013

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Maranhão recebe nos dias 20 e 21 de fevereiro, o segundo seminário do Projeto Brasil Afroempreendedor.




Nesta quinta, 20, e sexta, 21 de fevereiro, o Maranhão recebe o segundo seminário estadual do projeto Brasil Afroempreendedor
Outros 10 seminários, em 10 estados, acontecerão até maio deste ano. A atividade acontecerá na capital, São Luís, na Fundação da Memória Republicana do Brasil (ver endereço na programação). 
A cada edição, a intenção é que pelo menos 100 afroempreendedores participem dos seminários. A meta é que ao final do projeto 500 dos 1200 participantes dos 12 seminários estaduais constituam experiências-modelo para o afroempreendedorismo.
As inscrições são encerradas após o preenchimento das vagas. Os 100 primeiros inscritos serão selecionados, observada a seguinte proporcionalidade: 70 vagas para empresas ou empresários estabelecidos na capital do Estado em questão; 25 vagas destinadas a empresas ou empreendimentos estabelecidos no interior do Estado; 5 vagas direcionadas a membros de Comunidades Tradicionais Quilombolas. 
Além disso, será respeitado o critério de gênero e 30% das vagas terão que obrigatoriamente ser destinadas a mulheres negras.

Seminário de São Paulo

O primeiro seminário do projeto Brasil Afroempreendedor foi realizado em São Paulo, na semana passada, considerado uma grande atividade formativa pelos participantes. 
Nos debates, ficou evidente a diversidade das experiências e os desafios para o projeto Brasil Afroempreendedor, a partir da compreensão do fato de que os empreendedores que representavam os vários setores produtivos, cadeias e segmentos onde atuam precisam ser bem compreendidos parceiros do projeto.
Durante os relatos dos afroempreendedores, foi constatado que a maioria dos presentes obteve suas fontes de financiamento a partir de rescisões contratuais, adesão a planos de demissões incentivadas no serviço público, principalmente, ou privado, com algumas situações de planejamento financeiro pessoal para adquirir o negócio e uma situação de financiamento via fomento (FAPESP/CNPQ) para uma empresa de inovação tecnológica. 
Os principais setores onde os afroempreendedores de São Paulo estão inseridos são os da moda (costura, desfiles, etc.), artesanato, artes, customização, serviços de vendas, pesquisas de mercados e cenários políticos-eleitorais, cosméticos (com destaque para os cabelos crespos), projetos culturais (na área da economia criativa), comunicação (sites, blogs, etc.) e turismo.
No encerramento do seminário, definiram-se os seguintes encaminhamentos: o envio da “Carta-compromisso” a ser assinada por todos(as) para a continuidade no projeto; acompanhamento permanente do consultor estadual e dos parceiros dos empreendedores inscritos; envio de informações para fortalecer a Rede Estadual e Nacional dos Afroempreendedores; criação de espaços nas redes sociais para divulgar a ações do projeto e iniciativas dos empreendedores nos estados.
Cronograma dos Seminários Estaduais
  •   São Paulo: 13 e 14 de fevereiro de 2014
  •   Maranhão: 20 e 21 de fevereiro de 2014
  •   Santa Catarina: 13 e 14 de março de 2014
  •   Rio Grande do Sul: 20 e 21 de março de 2014
  •   Rio de Janeiro: 27 e 28 de março de 2014
  •   Minas Gerais: 3 e 4 de abril de 2014
  •   Bahia: 10 e 11 de abril de 2014
  •   Pernambuco: 15 e 16 de abril de 2014
  •   Paraíba: 24 e 25 de abril de 2014
  •   Paraná: 8 e 9 de maio de 2014
  •   Amapá: 15 e 16 de maio de 2014
Link original desta matéria: http://www.institutoiab.org.br/seminario-estadual-do-projeto-brasil-afroempreendedor-maranhao/

PT - Comitê se reúne para programar eventos do Ano Internacional da Agricultura Familiar.

Visando a construção de uma programação que impulsione a agricultura familiar, o Comitê Brasileiro do Ano Internacional da Agricultura Familiar teve sua primeira reunião nesta terça-feira (18).


O evento foi promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), em Brasília, e contou com a presença das 49 entidades que compõem o comitê – sendo 31 grupos da sociedade civil e 18 representantes do Governo Federal.

Durante a abertura do encontro, o secretário-executivo do MDA, Laudemir Müller, lembrou que a conquista do Ano Internacional da Agricultura Familiar (AIAF) 2014, declarado pela Organização das Nações Unidas (ONU), foi uma conquista batalhada desde 2008, pleiteada principalmente por movimentos sociais e o governo brasileiro.

“O AIAF é muito importante não só para a agricultura familiar, mas, sim, para todos, que vão passar a conhecer ainda mais qual é o segmento que leva a maior parte de alimentos para a mesa da população mundial”, afirmou Laudemir.

O secretário-executivo ressaltou a evolução do debate em torno da agricultura familiar em nível mundial. “Há uns dez anos, discutíamos apenas a comercialização e o livre comércio entre os países, mas isso mudou, e mudou para melhor. 

Hoje, discutimos a agricultura familiar como projeto de desenvolvimento, como protagonista da segurança alimentar e da alimentação saudável no mundo”, avaliou Müller.

Para a representante do Movimento das Mulheres Trabalhadoras Rurais do Nordeste (MMTR-NE), Elizete Silva, o espaço é fundamental para uma maior valorização dos produtores. “Estamos aqui debatendo o desenvolvimento do campo, a importância do rural brasileiro e como a agricultura familiar pode auxiliar a melhoria da alimentação, coisa que antes não tínhamos. Queremos continuar tendo esses espaços com o Governo Federal”, garantiu.

Comitê Brasileiro - Instituído durante as comemorações do Dia Mundial da Alimentação, celebrado em 16 de outubro, o Comitê Brasileiro do Ano Internacional da Agricultura Familiar foi criado no âmbito do MDA para planejar, propor, organizar e participar de atividades relacionadas ao ano comemorativo, festejado em 2014.

Segundo o chefe da Assessoria Internacional do MDA, Caio França, no Brasil, o Governo Federal realizará um conjunto de atividades previstas para celebrar o AIAF, além de ampliar a visibilidade da agricultura familiar e mostrar sua contribuição para o desenvolvimento econômico do País. “É uma oportunidade para ampliar esse reconhecimento da contribuição da agricultura familiar e é assim que ela está sendo percebida. No caso brasileiro, é o momento de expor a importância que o segmento tem para a alimentação saudável”, observou Caio.

Ele, porém, explicou como deve ser a atuação do grupo. “O comitê tem que ser um fomentador. Precisa estimular as entidades a realizarem seus próprios eventos e buscar dar visibilidade a essas ações. A energia do comitê está individualizada especialmente na capacidade de potencializar e subsidiar a realização de iniciativas autônomas”, detalhou Caio França.

(Ministério do Desenvolvimento Agrário)

Economia Solidária - Inscrições prorrogadas para adesão ao Projeto Rede COMSOL.

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A União Brasileira de Educação e Ensino – Instituto Marista de Solidariedade (UBEE/IMS), a Secretaria Nacional de Economia Solidária (SENAES/MTE) em parceria com o Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES) convidam Pontos Fixos de Comercialização Solidária para se candidatarem a integrar a Rede Brasileira de Comercialização Solidária (Rede COMSOL), de acordo com o Termo de Referência de Pontos Fixos de Comercialização Solidária (Anexo a este edital).
Prazo para candidatura prorrogado até 5/3.
A realização desta ação do Projeto Rede Nacional de Comercialização Solidária se enquadra na meta de Apoio e fortalecimento às redes de cooperação constituídas por Empreendimentos Econômicos Solidários em cadeias produtivas e arranjos econômicos territoriais e setoriais de produção, comercialização e consumo sustentáveis e solidários (Plano Plurianual 2012 – 2015), sob a responsabilidade da SENAES/MTE. O referido projeto é executado pela União Brasileira de Educação e Ensino – Instituto Marista de Solidariedade – UBEE/IMS.
Confira, clicando aqui, o edital na íntegra.
Acesse a ficha de inscrição clicando aqui.