Um
confronto entre policiais da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Rocinha e
traficantes terminou com dois PMs feridos na madrugada desta terça-feira (04).
Segundo a assessoria de imprensa da UPP, durante
uma patrulha na estrada da Gávea, por volta das 4h, uma equipe de policiais se
deparou com homens armados. Houve troca de tiros e um policial foi atingido no
abdômen e outro, de raspão no braço.
O policial atingido no abdômen foi socorrido no Hospital
Municipal Miguel Couto, na Gávea, e transferido, no final da manhã desta
terça-feira, para o Hospital Central da Polícia Militar (HCPM).
Ele
passa bem e seu estado de saúde é estável. O outro foi socorrido e liberado em
seguida.
Durante a troca de tiros, um transformador de energia foi atingido,
deixando parte da favela sem luz.
Houve
protestos de moradores na parte baixa da favela e estabelecimentos comerciais
foram depredados. A
Autoestrada Lagoa-Barra, que passa em frente à comunidade chegou a ser fechada.
O Batalhão de Choque e o Bope foram deslocados para a
comunidade no final da madrugada. Ninguém foi preso.
Aliar-se com os neonazistas na Ucrânia: de todos os planos idiotas que Washington elaborou nos últimos dois anos, este é o mais idiota de todos.
Mike Whitney - CounterPunch
“Washington e Bruxelas apoiaram um golpe nazista, realizado por insurgentes, terroristas e políticos da ultradireita europeia para atender aos interesses geopolíticos do Ocidente"
Natalia Vitrenko , do Partido Socialista Progressista da Ucrânia
Como você provavelmente já sabe, Obama e companhia ajudaram a depor o presidente democraticamente eleito da Ucrânia, Viktor Yanukovych, com a ajuda de ultra-direita, paramilitares, gangues neonazistas que invadiram e queimaram escritórios do governo, mataram soldados da tropa de choque, e espalharam o caos e terror em todo o país. Estes são os novos aliados dos Estados Unidos no grande jogo para estabelecer uma cabeça de ponte na Ásia, empurrando os russos mais para o leste, derrubando governos eleitos, garantindo corredores de oleodutos e gasodutos vitais, acessando escassas reservas de petróleo e gás natural e trabalhando pela desmontagem da Federação Russa, segundo a estratégia geopolítica proposta por Zbigniew Brzezinski.
A grande obra de Brzezinski, “The Grand Chessboard: American Primacy and it’s Geostrategic Imperatives”(O Grande Tabuleiro de Xadrez: a Primazia Americana e seus Imperativos Geoestratégicos), tornou-se o Mein Kampf de aspirantes imperialistas ocidentais. O livro fornece a estrutura básica para o estabelecimento da hegemonia militar, política e econômica dos EUA na região mais promissora e próspera do século, na Ásia. Em um artigo publicado na Foreign Affairs, Brzezinski apresentou suas idéias sobre como neutralizar a Rússia, dividindo o país em partes menores e permitindo, assim, que os EUA mantenham seu papel dominante na região, sem ameaças, desafios ou interferências. Aqui está um trecho do artigo:
"Dado o tamanho (da Rússia) e sua diversidade, um sistema político descentralizado e uma economia de livre mercado seriam a mais provável via para desencadear o potencial criativo do povo russo e (explorar) os vastos recursos naturais da Rússia. Uma Rússia vagamente confederada - composta por uma Rússia européia, uma república da Sibéria, e uma república do Extremo Oriente - também tornaria mais fácil cultivar relações econômicas mais estreitas com seus vizinhos. Cada um dessas regiões confederadas seria capaz de explorar o seu potencial criativo local, sufocado por séculos de controle da mão burocrática pesada de Moscou. Além disso, a Rússia descentralizada seria menos suscetível a uma mobilização de tipo imperial”. (Zbigniew Brzezinski , "A Geoestratégia para a Eurasia ")
Moscou, é claro, está ciente dessa estratégia de dividir e conquistar de Washington, mas minimizou a questão, a fim de evitar um confronto. O golpe de Estado apoiado pelos EUA na Ucrânia significa que essa opção não é mais viável. A Rússia terá de responder a uma provocação que ameaça tanto a sua segurança como seus interesses vitais na região. Os primeiros informes indicam que Putin já mobilizou tropas para a região e, segundo a Reuters, colocou caças ao longo de suas fronteiras ocidentais em alerta de combate:
"Os Estados Unidos dizem que qualquer ação militar russa seria um erro grave. Mas o Ministério de Relações Exteriores da Rússia disse em um comunicado que Moscou defenderá os direitos de seus compatriotas e reagirá a qualquer violação desses direitos."(Reuters)
Não vai ser um confronto, é só uma questão de saber se a luta terá uma escalada ou não.
A fim de derrubar Yanukovych, os EUA apoiaram tacitamente grupos fanáticos de bandidos neonazistas e antissemitas. E, apesar do presidente interino ucraniano, Oleksander Tuchynov, ter se comprometido a “fazer tudo ao seu alcance” para proteger a comunidade judaica do país, os informes não são animadores. Aqui está um trecho de uma declaração de Natalia Vitrenko, do Partido Socialista Progressista da Ucrânia que sugere que a situação é muito pior do que a que está sendo relatada na mídia:
"Por todo o país, pessoas estão sendo espancadas e apedrejadas, enquanto os membros “indesejáveis” do Parlamento da Ucrânia estão sofrendo intimidação em massa. As autoridades locais vêem suas famílias e crianças sendo alvo de ameaças de morte caso não apoiem a instalação deste novo poder político. As novas autoridades ucranianas estão maciçamente queimando os escritórios de partidos políticos adversários, e anunciaram publicamente a ameaça de processo criminal e proibição de partidos políticos e organizações públicas que não compartilham a ideologia e os objetivos do novo regime." (“EUA e UE estão erguendo um regime nazista em território ucraniano" , Natalia Vitrenko )
Na semana passada, o jornal israelense Haaretz relatou que uma sinagoga ucraniana havia sido atacada com coquetéis molotov que “atingiram paredes de pedra exteriores da sinagoga e causaram poucos danos".
Outro artigo no Haaretz referiu-se ao que chamou de “novo dilema para os judeus na Ucrânia" . Aqui está um trecho do artigo :
"A maior preocupação agora não é o aumento nos incidentes antissemitas, mas a grande presença de movimentos ultra-nacionalistas, especialmente a proeminência de membros do partido Svoboda e do Pravy Sektor entre os manifestantes . Muitos deles estão chamando seus adversários políticos de "zhids" (termo racista para designar os judeus) e portam bandeiras com símbolos neonazistas. Há também relatos, a partir de fontes confiáveis, de que esses movimentos estão distribuindo edições recém- traduzidas de “Mein Kampf” e dos “Protocolos dos Sábios de Sião”, na Praça da Independência. " ("Antissemitismo, embora uma ameaça real, está sendo usado pelo Kremlin como um jogo político", Haaretz)
Outro relato, feito pelo Dr. Inna Rogatchi em Arutz Sheva:
"Não há nenhum segredo sobre a agenda política real e os programas dos partidos ultra- nacionalistas na Ucrânia. Não há nada perto de valores e objetivos europeus lá. Basta ler os documentos existentes e ouvir o que os representantes desses partidos proclamam diariamente. Eles são fortemente anti-europeu e altamente racistas. Eles não têm nada a ver com os valores e práticas do mundo civilizado”.
“O judaísmo ucraniano está enfrentando uma ameaça real e séria. Fortalecer os movimentos abertamente neonazistas na Europa e ignorar a ameaça que eles representam é um negócio totalmente arriscado. As pessoas poderão ter que pagar um preço terrível - mais uma vez – por causa da fraqueza e da indiferença de seus líderes. A Ucrânia, hoje, tornou-se um case trágico para toda a Europa no que diz respeito à reprodução e autorização para o discurso do ódio tornar-se uma força violenta e incontrolável. É imperativo lidar com a situação no país, de acordo com a lei e as normas da civilização internacional existente." ("Chá com neonazistas: O nacionalismo violento na Ucrânia" , Arutz Sheva)
Aqui está um pouco mais sobre o tema, um texto do analista Stephen Lendmen, publicado dia 25 de fevereiro ("New York Times: apoiando a ilegalidade imperial dos EUA"):
"Washington apoia abertamente o líder fascista do partido Svoboda, Oleh Tyahnybok. Em 2004, Tyahnybok foi expulso da facção parlamentar do ex-presidente Viktor Yushchenko. Ele foi condenado por conclamar os ucranianos a lutar contra o que chamou de máfia moscovita-judaica."
“Em 2005, ele denunciou "atividades criminosas " do "judaísmo organizado”. Ele alegou escandalosamente que os judeus eles planejavam um "genocídio" contra os ucranianos" (...)
“O extremismo de Tyahnybok não impediu a secretária de Estado adjunta para Assuntos Europeus e da Eurásia, Victoria Nuland, a se reunir abertamente com ele e com outros líderes anti-governamentais no dia 6 de fevereiro”.(...)
“No início de janeiro, cerca de 15 mil ultranacionalistas realizaram uma marcha com tochas em Kiev. Eles fizeram isso para homenagear Stepan Bandera, assassino e colaborador da era nazista. Alguns usavam uniformes de uma divisão da Wehrmacht ucraniana usados na Segunda Guerra Mundial. Outros gritavam " Ucrânia acima de tudo" e " Bandera, venha e traga a ordem. " (blog de Steve Lendman)
A mídia dos EUA minimizou os elementos fascistas, neonazistas e de "pureza étnica" do golpe de Estado ucraniano , a fim de se concentrar no que eles pensam - são "temas mais positivos", como a derrubada das estátuas de Lenin ou a proibição de membros do Partido Comunista de participar no Parlamento . Na avaliação da mídia, estes são todos sinais de progresso.
A Ucrânia está sucumbindo gradualmente para o abraço amoroso da Nova Ordem Mundial, onde vai servir como mais uma fonte de lucro na roda de Wall Street. Essa é a tese, pelo menos. Não ocorreu aos editorialistas do New York Times ou do Washington Post que a Ucrânia está despencando rapidamente para uma situação do tipo “Mad Max” (o filme), uma anarquia que poderia transbordar suas fronteiras para os países vizinhos, provocando incêndios violentos, agitação social, instabilidade regional ou - deus nos livre- uma terceira guerra mundial. Eles só parecem ver movimentos dourados, como se tudo estivesse indo conforme o planejado. Todos, da Eurásia ao Oriente Médio, estão sendo pacificados e integrados em um governo mundial supervisionado pelo Executivo unitário, onde as empresas e instituições financeiras controlam as alavancas do poder por trás das telas divisórias imperiais. O que poderia dar errado?
Naturalmente, a Rússia está preocupada com a evolução da situação na Ucrânia, mas não tem certeza de como reagir. Veja o que disse o primeiro ministro Dmitry Medvedev dias atrás:
"Nós não entendemos o que está acontecendo lá. A ameaça real para os nossos interesses (existe) e tambén para a vida e a saúde dos nossos cidadãos. Estritamente falando, hoje não há ninguém lá para se conversar. Se você acha que as pessoas usando máscaras pretas e agitando Kalashnikovs representam um governo, então será difícil para nós trabalhar com esse governo."
Claramente, o governo de Moscou está preocupado. Ninguém espera que a única superpotência do mundo se comporte dessa forma irracional em todo o planeta, alimentando a criação de um Estado falido após o outro, fomentando revoltas, criando ódio e espalhando miséria por onde passa. No momento, a equipe de Obama está trabalhando a todo vapor tentando derrubar regimes na Síria, Venezuela, Ucrânia e deus sabe onde mais. Ao mesmo tempo, as operações no Afeganistão falharam, Iraque e Líbia estão sendo governados por senhores da guerra regionais e milícias armadas. Medvedev tem todo o direito de estar preocupado.
Quem não estaria? Os EUA têm saído dos trilhos, de um modo completamente louco. A arquitetura para a segurança mundial entrou em colapso, enquanto os princípios básicos do direito internacional foram alijados. O rolo compressor furioso dos EUA dá guinadas de um confronto violento para o outro, de um modo irracional, destruindo tudo em seu caminho, forçando milhões de pessoas a fugir de seus próprios países, e empurrando o mundo para mais perto do abismo. Isso não é motivo suficiente para se preocupar?
Agora Obama está se aliando com os nazistas. É apenas a cereja no topo do bolo.
Confira esta sinopse do mais recente texto de Max Blumenthal, intitulado "Os EUA estão trazendo os neonazistas na Ucrânia?":
"O Setor Direito (Right Sector) é um sindicato sombrio de auto-denominados nacionalistas autônomos, identificados pelo seu estilo skinhead de vestir, com um estilo de vida ascético, e fascínio pela violência nas ruas. Armados com escudos, os membros desse grupo têm ocupado as linhas de frente das batalhas, enchendo o ar com seu slogan favorito: "Ucrânia acima de tudo!" Em um recente vídeo de propaganda, o grupo prometeu lutar "contra a degeneração e o liberalismo totalitário , pela moralidade e pelos valores familiares tradicionais nacionais “.
Com o partido Svoboda ligado a uma constelação de partidos neofascistas internacionais através da Aliança dos Movimentos Nacionais Europeus, o Setor Direito promete levar seu exército de jovens desiludidos sem rumo para "uma grande Reconquista Europeia. ("Is the U.S. Backing Neo-Nazis in Ukraine? Exposing troubling ties in the U.S. to overt Nazi and fascist protesters in Ukraine”, Max Blumenthal, AlterNet).
Veja abaixo um vídeo de propaganda do Setor Direito:
"Valores familiares"? Onde já ouvimos isso antes?
É claro que Obama e seus assessores acham que têm controle sobre tudo isso e podem domar este covil de víboras para seguir as diretrizes de Washington, mas na minha opinião isso soa como uma má aposta. Estamos falando de neonazistas hard-core aqui.
Eles não serão comprados, cooptados ou intimidados. Eles têm uma agenda e pretendem executá-la até o seu último suspiro.
De todos os planos idiotas que Washington elaborou nos últimos dois anos, este é o mais idiota de todos.
Saiu neste sábado (1) na coluna de fofocas de Felipe Patury, da revista Época: “No próximo dia 22, em São Paulo, sai da Praça da República rumo à Catedral da Sé a segunda edição da Marcha da Família com Deus pela Liberdade. A original fez, em 1964, percurso semelhante dias antes de o ex-presidente João Goulart ser derrubado.
Há 50 anos, a organização coube a então primeira-dama do estado, Leonor de Barros, e a mulheres de empresários. A atual foi convocada pelas redes sociais, recebeu apoio de lideranças evangélicas e, pelo Facebook, da apresentadora Rachel Sheherazade, do SBT.
O grupo diz contar com a simpatia do filósofo Olavo de Carvalho e até de Denise Abreu, a petista que mandou na aviação civil no governo Lula e ficou famosa por sua predileção por charutos”.
De imediato, dei risada! Pensei que era piada carnavalesca. Mas não é. A patética marcha, que relembra a ação dos golpistas em 1964, está marcada para 22 de março e a âncora do SBT, que explora uma concessão pública de tevê, realmente está metida na sua convocação.
Em sua página no Facebook, a nova musa de direita conclama seus seguidores: “Gente boa, sempre vou defender a família. Participe da marcha, divulgue, mostre sua defesa em favor dessa instituição criada por Deus”.
E Rachel Sheherazade não é ingênua. Ela sabe que a tal marcha nada tem a ver com Deus ou a família, termos usados para enganar os mais ingênuos e tapados. Num dos sítios que convoca a manifestação ficam explícitos os seus objetivos golpistas e fascistóides.
A marcha tem como principal intento exigir “intervenção militar constitucional já”. Entre outras bandeiras, ela prega:
“1 — destituir a presidente Dilma Rousseff e o vice-presidente Michel Temer;
2 — dissolver o Congresso Nacional;
3 — prisão de todos os conspiradores por servirem aos interesses estrangeiros através do Foro São Paulo, uma invasão sigilosa do território nacional executada pelo regime de Cuba através de agentes infiltrados;
4 — dissolução de todos os partidos e investigação com punição das organizações integrantes do Foro São Paulo;
5 — Intervenção em todos os governos estaduais e municipais e nos seus respectivos legislativos;
6 — combate à corrupção e à subversão;
7 — intervenção no STF, cuja presença de ministros simpáticos aos conspiradores é clara e evidente”.
Já um folheto distribuído pelas ruas da capital paulista afirma que “há 50 anos, no dia 19 de março de 1964, nossos pais e avós foram às ruas e conseguiram a redenção do povo brasileiro. Eles tiveram coragem. Agora é a nossa vez”.
O panfleto prega “intervenção militar constitucional” e rosna: “Fora o comunismo, o marxismo e as doutrinas vermelhas”; “Não seremos uma nova Cuba nem uma nova Venezuela”.
Outro texto critica “a contratação de médicos cubanos e os gastos para a realização de grandes eventos esportivos no Brasil” e conclama: “Todos juntos nas ruas dizendo um não à tirania do PT, em apoio aos irmãos venezuelanos e contra a ditadura esquerdista… Todos em defesa da nossa pátria. Nossa bandeira é verde e amarelo e não foice e martelo”.
A apresentadora do SBT se soma a estas mensagens – um misto de fanatismo direitista e maluquice fascista.
Em sua página no Facebook, os fiéis seguidores elogiam sua “coragem” e chegam a lançá-la para disputar cargos eletivos.
Amilton Augusto, por exemplo, defende “Joaquim Barbosa (presidente) e Rachel Sheherazade (vice-presidente)”.
Elias Machado comenta: “Não sei se ela tem vocação política, mas seria uma ótima opção para presidente”.
Já Arthur Roque declara: “Eu apoio a intervenção militar. Somente isto para acabar com esta corja de comunistas. Está na hora do pau! Avante general Heleno, avante Jair Bolsonaro”.
Só falta a emissora de Silvio Santos estampar uma convocatória para a “Marcha da Família”!
"Da Ucrânia à Venezuela, de África e Oriente Médio aos mares da China, multiplicam-se os sinais de que a tendência predominante nas potências imperialistas é para a guerra generalizada, o autoritarismo mais violento e o fascismo.
Por Jorge Cadima, no "Avante!" (Portugal)
Seja pela via da agressão aberta e direta, seja através de grupos mercenários a soldo, os imperialismos em crise sistêmica estão em guerra aberta contra os povos e em guerra surda entre si, como ainda recentemente comprovou o telefonema da “diplomata” dos EUA Victoria Nuland ao seu embaixador em Kiev.
No combate contra governos que se atrevem a dar mostras de soberania, lançam mão de paleo-fascistas, cuja ligação direta às hordas nazis na II Guerra Mundial ninguém pode contestar. Tal como o fundamentalismo religioso mais retrógrado e reacionário "ékosher" na Líbia ou na Síria, também o antissemitismo dos fascistas ucranianos torna-se “europeu” e “democrático”.
A Sra. Nuland confessou numa Conferência Internacional de Negócios patrocinada pela petrolífera Chevron (13.12.13) que, nos últimos 20 anos, os EUA gastaram mais de cinco bilhões de dólares a subsidiar a subversão na Ucrânia. Entretanto, são retiradas as ajudas alimentares aos norte-americanos com fome porque “não há dinheiro”.
Quem ache que isso é exagero faria bem em dar ouvidos a alguém que vem do coração do sistema e lhe conhece as entranhas, embora seja hoje dissidente. Paul Craig Roberts (PCR) pertenceu a governos de Ronald Reagan e foi vice editor do "Wall Street Journal". Hoje, escreve que “a União Soviética servia de entrave ao poder dos EUA”.
O colapso soviético possibilitou a ofensiva neoconservadora pela hegemonia mundial dos EUA. A Rússia, sob Putin, a China e o Irã são os únicos entraves à agenda neoconservadora. Os mísseis nucleares russos e a sua tecnologia militar tornam a Rússia o mais forte obstáculo militar à hegemonia dos EUA.
Para neutralizar a Rússia, os EUA romperam acordos, [...] expandiram a NATO para antigas partes constitutivas do império soviético, […] e Washington alterou a sua doutrina de guerra nuclear para permitir um ataque nuclear inicial.
[…] O desenlace provável da ameaça estratégica audaciosa com que Washington está a confrontar a Rússia será a guerra nuclear (14.2.14). Sob o título “Washington empurra o Mundo para a guerra”, PCR escreve (14.12.13): “a guerra fatal para a humanidade é a guerra com a Rússia e a China para a qual Washington está a empurrar os EUA e os estados fantoches de Washington na NATO e na Ásia. […].
A única razão por que Washington quer estabelecer bases militares e mísseis nas fronteiras da Rússia são para negar à Rússia a possibilidade de resistir à hegemonia de Washington. A Rússia não ameaçou os seus vizinhos e […] tem sido extremamente passiva face às provocações dos EUA.
Isto está a mudar […] tornou-se claro para o governo russo que Washington prepara um ataque inicial decapitador contra a Rússia. […] A postura militar agressiva de Washington face à Rússia e a China indica uma autoconfiança extrema que costuma conduzir à guerra”.
Sobre a Ucrânia, escrevia PCR há mais de um mês (4.12.13): “A UE quer que a Ucrânia concorde para que a Ucrânia possa ser pilhada, tal como o foram a Letônia, Grécia, Espanha, Itália, Irlanda e Portugal. […] Os EUA querem a adesão da Ucrânia para poderem aí posicionar bases missilísticas contra a Rússia”.
O ex-governante de Reagan não reconhece que o entrave decisivo ao belicismo imperialista é a luta dos povos. Mas é mais lúcido do que muitos que se afirmam “de esquerda” quando adverte a China e a Rússia contra as ilusões e concessões. “É pouco provável que a China se deixe intimidar, mas poderá minar-se caso a sua reforma econômica abra a economia chinesa à manipulação ocidental” diz PCR (4.12.13), que também alerta contra a “quinta coluna” de “licenciados programados pelos EUA que regressam à China”.
E é cáustico para com a tolerância da Rússia e da Ucrânia “que de forma tola permitiram que grande número de ONG financiadas pelos EUA agissem como agentes de Washington sob a capa de “organizações dos direitos do homem”, “construtores de democracia” etc.” (14.2.13).
As ilusões sobre a natureza do imperialismo e sobre a traição dos aspirantes a serventuários ricos pagam-se caro. Os povos do mundo já pagaram um preço demasiado elevado."
FONTE: escrito por Jorge Cadima, no "Avante!", de Portugal. Transcrito no portal "Vermelho" (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=236867&id_secao=9).
A 204ª brigada de caças da Força Aérea da Ucrânia, que conta com as aeronaves MiG-29 e L-39, passou para o lado das autoridades regionais, informou o governo da Crimeia.
Cerca de 800 soldados da base se juntaram ao "povo da Crimeia". No total, no aeroporto de Belbek, encontram-se 45 caças e quatro aviões de treinamento, mas apenas quatro MiG-29 e um L-39 podem ser reparados.
Anteriormente, as autoridades da Crimeia notificaram que, sob sua liderança, estão mais de 5 mil soldados das tropas internas, do Serviço Nacional de Fronteiras e das Forças Armadas da Ucrânia.
Alex Rodrigues - Repórter Agência BrasilEdição: Talita Cavalcante
Ao menos sete presos foram mortos no sistema carcerário maranhense este ano. Segundo a Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap), além dos seis detentos assassinados entre o dia 2 de janeiro e o último sábado (1º) identificados em matéria publicada ontem (2) pela Agência Brasil, entrou na contagem um sétimo óbito ocorrido no dia 28 de janeiro.
Valdiano Fernandes da Silva, 27 anos, cumpria pena na Unidade Prisional de Ressocialização (UPR) de Balsas, no interior do estado, e foi espancado por outros quatro presos. Socorrido por agentes penitenciários, foi levado a um hospital de Imperatriz, a cerca de 400 quilômetros de São Luís. O detento não resistiu aos ferimentos e morreu já no hospital.
Conforme a Agência Brasil já havia informado, quatro das sete mortes ocorreram no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, maior estabelecimento prisional do estado, com 2.196 presos cumprindo pena em um espaço projetado para abrigar até 1.770 pessoas, de acordo com as informações fornecidas pela assessoria da Sejap, em janeiro. As três mortes de presos sob a responsabilidade do Estado ocorreram em outras unidades prisionais estaduais.
A última morte divulgada foi a de Pedro Elias Martins Viegas, 31 anos, cujo corpo foi encontrado nesse sábado (1º). Ele cumpria pena por tráfico de drogas no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pedrinhas. A Sejap antecipou que Viegas foi estrangulado dentro de uma cela, destacando, contudo, que a Polícia Civil está investigando o caso e que é necessário aguardar a conclusão dos peritos do Instituto de Criminalística.
Desde meados de dezembro de 2013, quando uma rebelião deixou nove mortos e ao menos 20 feridos, policiais militares reforçam a segurança do complexo penitenciário.
A pedido do governo estadual, policiais da Força Nacional de Segurança Pública também auxiliam na segurança dos estabelecimentos prisionais da região metropolitana de São Luís, entre eles, Pedrinhas. A presença do efetivo policial, no entanto, não tem sido o bastante para impedir as mortes e motins como o registrado no último dia 6.
Inquérito aponta indícios da participação de Manoel Dias em esquema para que funcionários do PDT recebessem, sem trabalhar, salários de uma entidade que mantinha convênios com a pasta, em contrato de R$ 11 milhões; ele e o ex-ministro Carlos Lupi também foram acusados pela empresária Ana Cristina Aquino de participação em esquema de pagamento de propina para criação de sindicatos, setor que movimenta R$ 2 bilhões por ano
3 DE MARÇO DE 2014.
247 - A Polícia Federal pediu a abertura de investigação do ministro do Trabalho, Manoel Dias. Com foro privilegiado, caberá à Justiça Federal em Santa Catarina decidir se envia ou não o caso ao Supremo Tribunal Federal.
Um inquérito da PF aponta indícios da participação de Dias em um esquema para incluir militantes do PDT na folha de pagamento de entidade que prestava serviços ao ministério, em contrato de R$ 11 milhões.
A investigação foi aberta após denúncia do ex-presidente da Juventude do partido em Santa Catarina, John Sievers. Segundo ele, Dias montou um esquema para que funcionários do partido recebessem, sem trabalhar, salários de uma entidade que mantinha convênios com a pasta. Em 2008, ele diz que recebia pagamentos mensais da Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Rio Tijucas e Itajaí Mirim (ADRVale), com sede em Brusque (SC) e comandada por pedetistas. No entanto, atuava na Universidade Leonel Brizola.
Manoel Dias também foi acusado pela empresária Ana Cristina Aquino, em entrevista à revista Istoé, de participação em esquema de pagamento de propina para criação de sindicatos, setor que movimenta R$ 2 bilhões por ano (leia mais).
Ana Cristina é dona de duas transportadoras, a AG Log e a AGX Log Transportes, e durante três anos fez parte da máfia que agora denúncia. A Polícia Federal em Minas Gerais já tem indícios de que suas empresas serviam como passagem para o dinheiro usado no pagamento das propinas para a criação de sindicatos.
Leia aqui reportagem do Estado de S. Paulo sobre o assunto.