domingo, 20 de abril de 2014

Economia - Brics avançam na criação de FMI próprio.

Via Jacob Blinder.  14/04/2014 Olga Samofálova, Vzgliad Gazeta Russa.

Foto - Reuters.
Os países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) estão fazendo progresso na criação de alternativas ao Fundo Monetário Internacional e ao Banco Mundial, cujo domínio está concentrado em estruturas dos Estados Unidos e da União Europeia. 

Em um futuro próximo, órgão atual não será mais o único capaz de fornecer assistência financeira internacional. Outra promessa dos Brics é a criação de um Banco de Desenvolvimento como alternativa ao Banco Mundial.

Tudo indica que um pool de reservas cambiais, substituto do FMI, e um Banco de Desenvolvimento dos Brics, como alternativa para o Banco Mundial, irão funcionar já em 2015, garantiu o embaixador para missões especiais do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Vadim Lukov, em coletiva de imprensa na semana passada.

“O Brasil já preparou o projeto do estatuto do Banco de Desenvolvimento, enquanto a Rússia está desenvolvendo o acordo intergovernamental sobre a criação do banco”, disse o diplomata.

Os países do Brics já chegaram a um acordo sobre o montante do capital das novas estruturas, que será de US$ 100 bilhões para cada uma. “Estamos atualmente negociando a distribuição do capital inicial de US$ 50 bilhões entre os parceiros e a localização da sede”, continuou o diplomata, acrescentando que todos os membros do grupo manifestaram interesse em sediar as instituições.

Para compor o pool de reservas cambiais, a China entrará com US$ 41 bilhões, o Brasil, a Índia e a Rússia, com 18 bilhões cada, e a África do Sul, com US$ 5 bilhões. O volume das quantias entregues está correlacionado com o volume das economias nacionais.

O montante atual de recursos do FMI, que é determinado por regras especiais de empréstimos (SDR), gira em torno de US$ 369,52 bilhões. No entanto, fazem parte FMI 188 países que, a qualquer momento, podem necessitar de assistência financeira.

Banco políticoOutra promessa dos Brics é a criação de um Banco de Desenvolvimento como alternativa ao Banco Mundial para financiar projetos que não são de interesse dos EUA nem da UE. O objetivo principal da instituição, porém, é fornecer financiamento de projetos externos ao grupo e ajudar países que necessitam de ajuda para desenvolvimento de suas estruturas.

“Imaginemos que seja do interesse do Brics conceder um empréstimo a um país africano para o seu programa de desenvolvimento de energia hidrelétrica, no âmbito do qual os países do grupo poderão fornecer o seu equipamento ou atuarem como executantes dos trabalhos”, explica o especialista do Grupo de Peritos Econômicos, Iliá Prilepski. “Se o empréstimo for concedido pelo FMI, o equipamento será fornecido pelos países ocidentais, que irão também controlar o seu funcionamento.”

A criação do Banco de Desenvolvimento ganha, assim, conotação política, pois permite aos países do Brics avançar com seus interesses no exterior. “Esta é uma jogada de certa forma política, que pode enfatizar o fortalecimento crescente dos países cuja opinião não é muitas vezes levada em conta pelos países desenvolvidos”, ressalta a diretora do departamento de análise do Golden Hill Capital, Natália Samoilov.

BRICS - Proteção entre iguais.  O pool de reservas cambiais dos países do Brics será uma proteção para o caso de surgirem problemas financeiros e déficit orçamentário em algum dos países-membros, como a recente queda brusca do rublo, por exemplo. 

A ajuda poderá ser obtida quando se verificar uma indesejada desvalorização abrupta da moeda nacional ou em caso de grande saída de capital devido ao abrandamento da política monetária da Reserva Federal dos EUA, que leva ao surgimento de problemas internos de crise no sistema bancário.

“A maior parte do FMI vai para o resgate do euro ou das moedas nacionais dos países desenvolvidos. Em caso de necessidade, e levando em conta que a gestão do FMI está nas mãos dos países ocidentais, a esperança de ajuda por parte desta organização é pouca”, destacou o embaixador russo.

O pool de reservas também ajudará os países do Brics a interagir gradualmente sem a mediação do dólar norte-americano, segundo Natália Samoilova, embora tenha sido decidido repor o capital social do Banco de Desenvolvimento e do pool das reservas de divisas dos países do Brics com a moeda americana. 

“Não podemos excluir que em um futuro muito próximo, tendo em conta as ameaças de sanções econômicas contra a Rússia por parte dos EUA e da UE, o dólar possa vir a ser substituído pelo rublo e por outras moedas nacionais dos membros do grupo”, diz a economista.

O G-20, os BRICS e a reforma do FMI - "Em seu comunicado final, ao fim da reunião da semana passada, os ministros das finanças e presidentes dos bancoscentrais da maioria dos países do G-20, mandaram um recado a Washington, declarando-se “profundamente decepcionados” com os Estados Unidos pela demora na ratificação dos acordos de reforma do FMI, aprovados em 2010.
 
Mauro Santayana, Blog: Mauro Santayana  18/04/2014.

A reforma do Fundo Monetário internacional pretende dar maior peso aos países emergentes na instituição, diminuindo a importância, as cotas e o poder de decisão de nações europeias cuja economia perdeu importância relativa nos últimos anos.

A reforma, nos moldes em que está, precisa ser aprovada pelo legislativo dos países membros, e se encontra  travada no Congresso dos Estados Unidos, há quatro anos, embora já tenha recebido o aval de 144 países, ou 76% do total de votos da organização.

Por causa disso, autoridades como o Presidente do G-20 financeiro, o ministro australiano do Tesouro, Joe Hockey, e o próprio ministro brasileiro da Fazenda, Guido Mantega, disseram que, se nos próximos meses, não se superar o impasse, “alternativas” seriam buscadas, juridicamente, para superar o bloqueio do Congresso dos EUA.

Não é apenas a paciência do G-20 que se está esgotando com a posição norte-americana quanto ao FMI, mas, principalmente a do BRICS, cujos países serão beneficiados com um aumento em seu poder de voto equivalente a 6% das cotas da instituição, fazendo com que chegue a 14,1%, se aproximando do peso dos próprios EUA.

Nos dias 15 e 16 de junho, logo após a Copa, os líderes do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, se reunirão, no Brasil, em Fortaleza, no Ceará, para sua cúpula presidencial de 2014.

No encontro devem ser discutidos dois temas: a criação de um Banco de Desenvolvimento para o BRICS, com um capital inicial de 50 bilhões de dólares; e de um fundo de reservas, que, na verdade, funcionaria como um embrião de um futuro FMI comandado pelos países emergentes, com capital também inicial de 100 bilhões de dólares.

Embora o fim dos BRICS esteja sendo cantado, há anos, em verso e prosa, pela imprensa ocidental - e por países que não tem nenhuma condição de  entrar para o grupo, como o México - o fato é que Brasil, Rússia, Índia e África do Sul, crescem na média, mais que os EUA e a Europa; têm, juntos, um PIB de 16,2 trilhões de dólares, superior ao da Zona do Euro; e até 2018, segundo o próprio FMI, a renda per capita de seus 3 bilhões de habitantes deve crescer 37%.    
    
Começando como uma sigla econômica, imaginada por um economista da Goldman Sachs, Jim O´Neill, o BRICS é, hoje, por mais que isso não agrade a alguns, uma aliança estratégica de alcance global, que mudará a história do mundo nos próximos anos."

Fortaleza vai sediar encontro do Brics em 15 e 16 de julho - Encontro terá representantes do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Cúpula será realizada no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza.

Do G1 CE - Os chefes de estado do grupo Brics - potências emergentes da economia global, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - estarão reunidos em Fortaleza em 15 e 16 de julho no Centro de Eventos do Ceará

O encontro, geralmente organizado entre os meses março e abril, será realizado neste ano depois da Copa do Mundo no Brasil. De acordo com o governo do Ceará, a data foi informada pelo Ministério das Relações Exteriores. A cúpula do Brics também vai reunir ministros, secretários e empresários. O evento ocorre dois dias após a final da Copa do Mundo.

Durante esta semana, uma comitiva do Itamaraty esteve na capital cearense para reuniões e visitas ao Centro de Eventos do Ceará. O local do evento foi definido em 2013 pela presidente Dilma Rousseff

A previsão de participação é de 750 pessoas, além das representações das cinco maiores empresas de cada um dos cinco países, bancos de desenvolvimento e cerca de 1.500 jornalistas de todo o mundo. A última cúpula do Brics foi realizada em março de 2013, em Durban, na África do Sul.

Reunião do Brics - A ideia do Brics foi formulada pelo economista-chefe da Goldman Sachs, Jim O'Neil, em estudo de 2001, intitulado “Building Better Global Economic BRICs”. Fixou-se como categoria da análise nos meios econômico-financeiros, empresariais, acadêmicos e de comunicação. 

Em 2006, o conceito deu origem a um agrupamento, propriamente dito, incorporado à política externa de Brasil, Rússia, Índia e China. Em 2011, a África do Sul passou a fazer parte do agrupamento, que adotou a sigla BRICS.

Entre 2003 e 2007, o crescimento dos quatro países fundadores representou 65% da expansão do PIB mundial. Em 2010, o PIB conjunto dos cinco países (incluindo a África do Sul), totalizou US$ 11 trilhões, ou 18% da economia mundial. Considerando o PIB pela paridade de poder de compra, esse índice é ainda maior: US$ 19 trilhões, ou 25%.

Segundo o assessor especial de Assuntos Internacionais do Governo do Estado, Hélio Leitão, no fim do mês de abril acontecerá um seminário, na Universidade de Fortaleza (Unifor), com os representantes dos países que integram o BRICS, onde serão discutidos os pontos do encontro e as expectativas.


sábado, 19 de abril de 2014

Novo sistema de guerra eletrônico russo causou a inoperância dos sistemas do destróier americano USS Donald Cook.

BOMBA!!! Eu pesquisei, pesquisei, pesquisei... 
E achei o motivo do histerismo americano sobre as passagens de um Su-24 "Fencer" russo sobre o destroier americano USS Donald Cook no Mar Negro. 

Ao contrário do que os americanos falaram, o caça russo estava armado até os dentes e ele contava com um equipamento novíssimo, sem análogos no mundo, um sistema de guerra eletrônica que ativado, causou a inoperância dos sistemas do destróier americano. Quando eu tiver maiores informações, eu posto.

Foto - do blog_o_informante.

Matéria Relacionada: 
21.04.2014 -  Caça SU-24 Russo usando o Khibiny, um sistema de neutralização radioeletrônica, paralisou o destróier Donald Cook Norte-americano, levando 27 tripulantes a pedirem demissão.
http://maranauta.blogspot.com.br/2014/04/como-o-caca-su-24-russo-paralisou.html


Link original: http://www.codinomeinformante.blogspot.com.br/2014/04/novo-sistema-de-guerra-eletronico-russo.html

LUCIANO DO VALLE, CRAQUE DA LOCUÇÃO ESPORTIVA, MORRE AOS 70 ANOS.

Vereador Prisco - Advogados de líder da greve da Polícia Militar baiana entram com pedido de habeas corpus.

Marcelo Brandão – Repórter da Agência Brasil Edição: Juliana Andrade.
Advogados do líder do movimento grevista da Polícia Militar (PM) da Bahia, Marco Prisco, preso na tarde de ontem (18), protocolaram na manhã de hoje (19) um pedido de soltura na Justiça Federal. Prisco é presidente da Associação de Policiais e Bombeiros e seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra) e vereador em Salvador. 
Foto - Vereador Marco Prisco do PSDB.
Ele foi preso na Bahia e, posteriormente, transferido para o Complexo da Papuda, no Distrito Federal.
     Saiba Mais.
O pedido de habeas corpus foi feito ao Tribunal Regional Federal (TRF) e os advogados vão aguardar uma resposta até o fim do dia. “Não tem um porquê essa prisão. No pedido, alegamos a perda do objeto, que seria a garantia da ordem pública. O estado já está pacificado, os policiais estão trabalhando. Não há justificativa para essa medida. Para esse caso, existem outras medidas, como prisão domiciliar, por exemplo”, explicou um dos advogados de Prisco, Dinoermeson Tiago.

Prisco liderou um movimento grevista dos policiais militares da Bahia, que foi encerrado na última quinta-feira (17). A prisão dele, no entanto, foi motivada por outra greve, também encabeçada pelo vereador, em 2012. 

No ano passado, o Ministério Público Federal na Bahia (MPF/BA) denunciou Prisco e mais seis pessoas por crimes praticados contra a segurança nacional durante essa paralisação.

Policiais militares na Bahia chegaram a considerar um aquartelamento, em repúdio à prisão de Prisco. O comando da Polícia Militar da Bahia e a própria Aspra, no entanto, recomendaram que os policiais trabalhassem normalmente. 

“A Aspra entende que um processo de aquartelamento neste momento poderá trazer mais desconforto e insegurança para todos, policiais e sociedade civil”, disse a associação, em nota.

De acordo com a assessoria da PM, “o policiamento está sendo empregado gradativamente com a normalidade estabelecida”. Além disso, a Força Nacional e as Forças Armadas estão atuando em conjunto com os policiais militares.

Matérias Relacionadas:
1Bahia - Polícia Federal prende líder do movimento grevista da Policia Militar. http://maranauta.blogspot.com.br/2014/04/bahia-policia-federal-prende-lider-do.html.

Alcoa/ALUMAR vai demitir 500 Funcionários, alerta o Sindmetal.




O Sindicato dos Metalúrgicos de São Luís (Sindmetal) está recorrendo ao Ministério Público do Trabalho (MPT) para negociar com o grupo Alcoa/Alumar as 500 demissões anunciadas, em razão de corte na linha de produção. 

Já houve duas reuniões mas, segundo a entidade, as propostas apresentadas pela empresa foram irrisórias e não contemplam os direitos dos trabalhadores vítimas da demissão em massa.

O Sindicato também está negociando o reajuste salarial da categoria, cuja data-base venceu dia 1º de março, mas até o momento não teria por parte da empresa indicação de acatar a proposta da entidade, de 15% no piso e 13% de reajuste geral, mais abono de $400,00 para as empresa com até 300 funcionários e de $800,00 para as empresas acima de 300 funcionários. 
“A empresa não sinaliza o reajuste e ainda propõe valores insignificantes às indenizações, totalmente desproporcionais aos impactos da demissão em massa anunciada pela Alcoa”, avalia o presidente do Sindmetal, José Maria Araújo.
Araújo ressalta os acordos firmados entre o grupo Alcoa/Alumar o Governo Federal, em troca de benefícios fiscais como redução no custo da energia, que deveria garantir a manutenção da produção e dos empregos, porém a empresa continua obtendo lucros e anunciando ser um dos melhores lugares do mundo para se trabalhar, enquanto 500 pais de família perderão a perspectiva de emprego. “São os mais idosos e os doentes os principais alvos das demissões, que praticamente não têm chance de outra vaga no mercado de trabalho”, avalia.
Para o sindicalista, essa medida representa um crime contra a organização do trabalho que, se concretizada, derrubará todas as certificações, títulos e reconhecimentos de responsabilidade social conquistados pela empresa. “Existem opções à demissão, como realocação para outras áreas ou mesmo para contratadas”, sugere.

Maranhão - Um cenário político onde vale tudo.

berenicePor Berenice Gomes da Silva *
Um dia, o tema vai se exaurir pela repetição e cansaço que causa aos leitores. É sempre o discurso anti-Sarney e fora Sarney.  O ex Presidente sairá da cena política, pois chegará aos 84 anos. E o que restará à esquerda do Maranhão? Sintomaticamente, os ataques se acentuaram a partir do instante em que o senador fez a opção em apoiar o presidente Lula, esse operário e líder sindical que ousou chegar à Presidência da República e a Presidente Dilma Rousseff, sua sucessora.
É muito evidente o horror que causa à grande mídia a pessoa da Presidenta Dilma. Até mesmo a Copa, que foi motivo de comemoração o Brasil sediá-la, passou a ser um evento negativo para muita gente. Decidisse o senador José Sarney declarar seu apoio ao presidenciável Aécio Neves e todos os seus pecados estariam perdoados.  Relegar Lula ao ostracismo e tentar impor uma derrota ao PT é o grande objetivo de setores da mídia. Comprovadamente, não basta o famoso atestado de bons antecedentes e vida pregressa aos políticos, de atuação mais duvidosa e até mesmo escabrosa. Rompeu com Sarney, corre o risco de ser canonizado.Até os mais duvidosos ou os que dantes foram alvo de ataques de setores progressistas, agora a onda é ser contra o Sarney para parecer bem na fita.
Análise semelhante se encontra na entrevista do escritor Joaquim Haickel ao traçar características de políticos do Maranhão que apóiam o candidato Flávio Dino e Edson Lobão Filho. Quem são os que mudam de lado? Onde estavam? A que grupo pertenciam?  Qual o seu passado?
Agora, o candidato a governador Flávio Dino vem apenas legitimar uma relação que já vinha sendo construída com os tucanos. Após deixar a Magistratura, Dino buscou conversar com o PT, seu antigo partido. Sua opção pelo PC do B, onde teria um espaço sem ter que enfrentar disputas internas, não o impediu de ser acolhido e muito bem acolhido pelos antigos companheiros do PT. Seu nome para disputar a Prefeitura de São Luís havia deixado seqüelas em alguns petistas, como o ex filiado, Bira do Pindaré.
A indicação de Flávio Dino para a presidência da Embratur não se deu apenas pela sua referência no PC do B ou pela sua competência, mas certamente, deu-se, também, pela boa relação com a cúpula do PT nacional, pela sua atuação como parlamentar e jurista.  Mas os sonhos políticos não medem consequências para voos mais altos. E mais uma vez, o PC do B igorou a dialética como método, fazendo uso da forma pragmática ao considerar o projeto local acima do nacional.
 Pela análise da história, não foi a primeira vez. Em 1995, o PC do B apoiou e compôs o Governo Roseana quando a governadora era do PFL, portanto, da base do governo Fernando Henrique. Quando o grupo Sarney rompe com o PSDB, coincide com o momento em que o PC do B faz a ruptura com o grupo Sarney, tornando-se oposição.
A candidatura do PC do B consolida uma aliança com setores mais conservadores com as chamadas “oligarquias” regionais, herdeiros da política patrimonialista em âmbito regional ou local, muitos dos quais que se utilizam do poder para perseguir lideranças progressistas em seus municípios, com o mesmo método de poder de mando com que criticam o grupo Sarney.
Tentam “justificar” e até comparar a adesão do candidato do PC do B ao PSDB, com a aliança que houve no Acre entre o PT e o PSDB. Só esquecem de citar que, no Acre, foi uma aliança contra o tráfico e o crime organizado e aprovada pela direção dos dois partidos. Na realidade, a aproximação entre os neocomunistas e os tucanos têm raízes locais. Querer culpar o PT talvez seja a “desculpa” que interessa ao candidato do PC do B, pois o mesmo nunca explicitou o desejo de querer aliança com o PT. Aliás, quando o grupo do PT bancou a aliança e apresentou Flávio Dino como candidato à prefeitura de São Luís, em 2008, foi com a intenção conjunta de dar prosseguimento à aliança para 2010. Após as eleições, o candidato, talvez, não tenha aceitado a derrota ou talvez tenha tido receio de “compartilhar” com os companheiros que o apoiaram. Mas os companheiros petistas históricos nunca se pautaram em mandatos e muito menos por cargos.
Ao deixar de lado o projeto nacional do qual fez parte até recentemente, o candidato do PC do B joga em todas as frentes, de Aécio Neves a Eduardo Campos, no afã de eleger-se governador do Maranhão. Mais ainda,  dando sustentação ao projeto político de Partidos contrários aos interesses nacionais, como é o caso do PSDB e dos que se mantiveram aliados dos governos Lula e Dilma,  somente no momento em que interessava aos seus projetos locais ou individuais, como é o caso do PSB, de Eduardo Campos e Bira do Pindaré, além  do Solidariedade, do Paulinho da Força Sindical, onde o Dutra foi buscar guarida.
Pelo visto, pouco se fala de programa ou propostas nestas eleições no Maranhão. No lugar de aliança programática, o ódio e o adesismo a personalidades.
Por outro lado, a aliança com o PMDB tem um custo político muito grande. E ela não se sustenta no romantismo, mas na opção daqueles que não abrem mão do projeto que está em curso no Brasil e que tem mudado a vida de milhões de pessoas. Se o PMDB pode ser aliado no plano federal, o PT pode se manter aliado em nível local. Mas as bases para uma aliança política é o programa, são as ideias e propostas.
É claro que temos várias questões de divergência programática com o PMDB. Defendemos um modelo de desenvolvimento com sustentabilidade econômica e social, distribuição de renda e justiça social. Não abrimos mão da participação e do diálogo com a sociedade civil. Esta foi a marca do PT no governo estadual. Mas é preciso ir além do simbólico e avançar em ações concretas, caso contrário não se justifica a reedição de uma aliança. É inadmissível, por exemplo, que o Maranhão, um estado com forte característica rural e agrícola, não tenha um Plano Estadual de Apoio à Agricultura Familiar que inclua a assistência técnica e Extensão rural, como temos o da Segurança Alimentar e Nutricional, resultante da forte atuação e apoio dado ao CONSEA. O PT propôs a criação da Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar, em 2010, proposta acatada pela Governadora Roseana, tão logo assumiu o governo, em 2009. A SEDAGRO foi criada nos mesmos moldes do MDA, da estrutura do Governo Federal, mas houve uma reforma unilateral, sem que o PT fosse consultado, o que descaracterizou esta área. Isto enfraqueceu a política de desenvolvimento rural e ainda complicou a área de direitos humanos, com a fusão da SEDES, quebrando, inclusive, a lógica do sistema e da política de Assistência Social. Isto afetou diretamente a relação com os movimentos sociais que vinham dialogando com o Governo, por meio da Vice-Governadoria.
O maior desafio para o PT não será nestas eleições, mas após as mesmas. Construir a unidade interna, sabendo que é na hora da guerra que sabemos quem são os aliados e os adversários. Outro desafio é desconstruirmos a imagem de desgaste que tem o PT do Maranhão, superarmos a disputa entre suas ex-lideranças que foram importantes para o PT, mas já deram a sua contribuição. Isto sim é reinventar a política, ao invés de negá-la ou desconstruí-la. Apostar em novas lideranças, na capacidade dos jovens e das mulheres e sonhar que a reforma política possa motivar as pessoas, assim como a arte, a cultura, o esporte e o lazer. Reinventar é, ao mesmo tempo, despertar nas futuras gerações a credibilidade na política e o prazer de estar nas ruas com as bandeiras nas mãos e o coração vermelho.
* Membro do Diretório Nacional do PT; Bibliotecária, mestre em Sociologia pela UnB; professora universitária.

Paraquedista desertor ucraniano conta o que o fez mudar de lado.

http://codinomeinformante.blogspot.com.br/2014/04/paraquedista-desertor-ucraniano-conta-o.html#more

Até pouco tempo ele servia na 25ª Brigada Paraquedista do Exército Ucraniano, também conhecida como 25ª Brigada Separada Paraquedista “Dnipropetrovsk” (25 okrema Dnipropetrovs’ka povitryano-desantna bryhada Sukhoputnykh viys’k Zbroynykh Syl Ukrayiny, em ucraniano transliterado) e cumpria as ordens expressas do comandante-em-chefe (o presidente) das Forças Armadas Ucranianas com a maior satisfação. 

No entanto, muita coisa mudou em um curto espaço de tempo. Hoje, ele e vários de seus companheiros renegam às Forças Armadas Ucranianas pois não querem conviver com os extremistas do Setor Direito e com mercenários estrangeiros.


No vídeo que segue, o ex-paraquedista conta que a população das regiões do Leste da Ucrânia não são hostis com os soldados ucranianos e compreendem que eles estão ali como uma espécie de bode-expiatório do governo golpistas. Ele chega a confessar que a população do Leste do país alimenta os soldados e da de beber, isso quando não dão dinheiro.

Agora em Kramatorsk, ele diz: “Eu mudei minha posição depois que percebi que as pessoas na Ucrânia têm medo de seu próprio exército”.

“Em Carcóvia, pessoas armadas do Setor Direito dispararam contra civis. Eu mesmo não estava com eles, mas amigos de outras unidades aerotransportadas presenciaram isso. Eu não quero estar com eles. Eu não quero que a UNA-UNSO decida por mim que língua eu devo falar.”

Ele também aproveita a entrevista e diz que os militar não permanecerão fieis aos golpistas por muito tempo.

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