Em 2013, primeiro ano de vigência da Lei 12.711, que obriga a criação de cotas nas universidades brasileiras, essas instituições aumentaram em 176% a reserva de vagas para pretos, pardos e indígenas em relação ao ano anterior.; este é o principal dado de um levantamento do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (Gemaa), do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro; em 2012, o segmento contou com 13.392 vagas reservadas, número que saltou para 37.028 no ano seguinte e para 43.613 em 2014
segunda-feira, 21 de abril de 2014
domingo, 20 de abril de 2014
Maconha - Como o 420 se tornou o número símbolo da "erva".
O Colorado já legalizou a maconha nos EUA; discussão ganha força na Europa e nas Américas. |
Às 4h20 da tarde deste domingo, usuários de maconha vão se reunir em várias cidades dos Estados Unidos e da Europa em um ato para discutir uma nova política para a droga. Em São Paulo, a Semana Pela Legalização da Maconha já teve início neste sábado. Mas afinal, por que se reunir a essa hora e por que o número 420 se tornou um símbolo da maconha?
O encontro no 20 de abril (que em inglês é escrito na forma 4/20, em função do mês 4 e do dia 20) ocorre há varios anos. Já a origem do 420 remete ao ano de 1971, quando passou a ser usado como uma senha por estudantes de ensino médio de San Rafael, no estado americano da Califórnia.
No outono daquele ano, cinco adolescentes encontraram um mapa desenhado a mão que supostamente mostrava a localização de uma plantação de maconha em Point Reyes, próximo a San Francisco.
Eles resolveram encontrar o "tesouro" e marcaram de se reunir para a expedição as 4h20 da tarde. Nunca encontraram a plantação, mas a hora do encontro não seria mais esquecida.
"A gente fumava muita maconha naquela época", contou à BBC Dave Reddix, um membro do grupo que tinha até nome, os Waldo. Reddix, que na época tinha o codinome de Waldo Dave, hoje tem 59 anos e trabalha como cineasta.
"Metade de nossa diversão era encontrar a maconha", conta.
'Deadheads'
A confraria passou a usar o número 420 para seus membros da confraria para rodas de maconha. Logo a senha começou a se espalhar entre os amigos, os agregados, os conhecidos, entre eles os integrantes de uma banda de rock californiana, os Grateful Dead.
Rapidamente, o 420 passou a fazer parte do vocabulário dos "deadheads", como eram chamados os fãs do Grateful Dead.
Em 1990, o termo e a explicação foram impressos em um folheto da banda. Foi assim que o código foi descoberto por Steve Bloom, editor da revista Clique High Times, uma das primeiras publicações sobre a maconha nos Estados Unidos.
A equipe da High Times entrou na onda e passou a fazer suas reuniões de pauta às 4h20 da tarde.
Disputa - Anos depois, o termo deu nome a outra publicação especializada em maconha, a 420 Magazine. A disputa sobre como o 420 teve origem começou com uma reportagem da revista, segundo a qual um outro grupo de amigos, rival dos Waldo, tinha inventado a históira.
O 420 teria tido origem em um grupo de adolescentes na Califórnia, nos anos 1970 |
Desde então, defendem com veemência a sua versão.
"Somos os únicos a mostrar provas", diz Steve Capper, também chamado de Waldo Steve.
Legalização - Segundo Bloom, editor da High Times, o termo virou uma um código semiprivado, que os usuários de maconha vão encontrar por todos os lados. O número aparece até no filme Pulp Fiction, de Quentin Tarantino, no relógio de um dos personagens.
Primeiro estado americano a legalizar a maconha, o Colorado também se viu às voltas com o número. Recentemente, uma placa que indicava a extensão de 420 milhas da rodovia interestadual 70 foi furtada. As autoridades resolveram se antecipar ao problema e mudaram a nova placa, que agora indica que a rodovia tem 419,99 milhas.
Em Denver, capital do estado, se espera uma grande festa neste domingo, já que este será o primeiro ato 420 desde que o Colorado legalizou a droga, uma política que ganha força nas Américas e na Europa.
O Uruguai aprovou recentemente a legalização da maconha, que será produzida e vendida pelo próprio governo. A discussão também ganha força no Brasil, tendo como mais célebre defensor o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que defende a descriminalização - já em curso na Argentina e no Uruguai.
Em São Paulo, o tema da semana, que vai culminar com a Marcha da Maconha no sábado, dia 26, é "Cultive a liberdade para não colher a guerra". A campanha ganhou apoio de artistas como o cantor Marcelo D2 e o dramaturgo José Celso Martinez Corrêa, fundador do Teatro Oficina.
Os defensores da legalização argumentam que a chamada "guerra contra as drogas" não conseguiu acabar nem diminuir o consumo da maconha, só fazendo aumentar a violência devido a ação de grupos de narcotraficantes, sobretudo na América Latina, um dos centros produtores. Os defensores também ressaltam os efeitos positivos da droga quando usada para fins medicinais.
A política da "guerra contra as drogas" ganhou força nos anos 1980, durante o governo do presidente americano Ronald Reagan. A cada ano, millhares de pessoas morrem na América Latina vítimas da violência derivada do narcotráfico. Os países da região lideram a lista das nações com mais alto índice de homicídios no mundo, segundo relatório recente divulgado pela ONU.
No BBC Brasil
BRASIL: PROSUB sem cortes orçamentários, avança na Marinha programa de novos submarinos que já consumiu R$ 10,3 bilhões. Portal TERRA.
Cinco novos submarinos, que estão sendo construídos na costa fluminense, deverão ser entregues até 2023, segundo a Marinha brasileira.
Proteger as riquezas nacionais de ameaças navais que emerjam no futuro é a justificativa da Marinha para os R$ 23 bilhões que o Brasil está investindo para construir um submarino com propulsão nuclear e quatro modelos convencionais que substituirão a frota atual.
Com o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), que tem previsão de entrega dos cinco veículos até 2023, o País ingressará em um seleto grupo que dispõe de tecnologia para a construção de submarinos nucleares, hoje formado apenas por Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido e França.
Esta última é a parceira escolhida para a transferência tecnológica que possibilitará a fabricação do veículo naval em território nacional. Lançado em 2008, o Prosub contempla, além dos submarinos, a construção de um estaleiro e de uma base naval.
Embora seu cronograma físico-financeiro se estenda até 2025, a Marinha mantém a previsão de conclusão do submarino nuclear, chamado de Guardião da Amazônia Azul, para 2023. Até o momento, o Prosub não sofreu cortes ou contingenciamentos que prejudicassem o cronograma. “O programa está sendo executado dentro do previsto, com pequenas alterações”, afirma o contra-almirante José Roberto Bueno Junior, diretor do Centro de Comunicação da Marinha.
Encerrada a fase de concepção, o submarino nuclear passa agora pela etapa do projeto básico. As fases seguintes incluem o detalhamento e a construção e testes. Para tanto, o Brasil já investiu R$ 10,3 bilhões no programa - aproximadamente 48% do aporte necessário. Neste ano, a previsão é de injeção de mais R$ 2,261 bilhões. Até a sua conclusão, outros R$ 11 bilhões devem ser aplicados.
Efeito dissuasório - De acordo com Bueno, o submarino nuclear terá um “efeito dissuasório”. Sob esse prisma, aquele que desejar atentar contra o País, independentemente de sua motivação, será compelido a frear seu ímpeto bélico pela presença da embarcação.
O investimento encontra-se em um patamar de elevada importância, conforme o militar, porque mais de 90% do petróleo brasileiro é extraído do mar, que ainda serve como via de transporte para 95% do comércio exterior. O submarino será também, na sua visão, um instrumento de defesa da “Amazônia Azul” - extensa área oceânica, adjacente ao continente, com incalculáveis bens naturais.
O argumento é o mesmo utilizado pelo coordenador do Prosub, o almirante de esquadra Gilberto Max Roffé Hirschfeld, em audiência realizada pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, em fevereiro. Segundo ele, o País é foco de ambições, em virtude de suas riquezas e capacidades, e necessita estar preparado e com uma Força Armada potente. “Não para entrar em guerra. Ao contrário, exatamente para ter o poder de dissuasão”, declarou.
Para Bueno, outro aspecto relevante é a transferência de tecnologia, a qual permitirá a fabricação nacional de equipamentos e sistemas dos submarinos, muitos deles com alto teor tecnológico e passíveis de serem aplicados em outros setores industriais. “Ao término do programa, o Brasil terá aumentado significativamente sua capacidade dissuasória e de gerenciamento de empreendimentos dessa envergadura, além de ser reconhecido pela sua capacidade de projetar, desenvolver e construir submarinos convencionais e com propulsão nuclear”, aposta.
Atualmente, cinco submarinos integram a frota da Marinha do Brasil. O mais antigo, o Tupi (S-30), foi construído na Alemanha e incorporado em 1989. O mais novo, o Tikuna (S-34), foi construído no Rio de Janeiro e incorporado à frota em 2005. Eles serão substituídos pelos novos submarinos convencionais, com custo estimado em 500 milhões de euros por unidade.
Vantagens sobre convencional - Armado com torpedos e mísseis, o Guardião da Amazônia Azul terá 100 metros de comprimento, cerca de 10 metros de diâmetro e 17 metros de altura. Com autonomia ilimitada (alimentada por um reator nuclear), poderá imprimir até 25 nós (45 km/h) a 350 metros de profundidade. Sua tripulação será composta por 100 militares.
Embora a capacidade de ocultação seja comum a embarcações do tipo, o submarino nuclear não precisa se expor na superfície para recarregar as baterias em determinados intervalos - período no qual o modelo convencional torna-se vulnerável, podendo ser detectado por radares de aeronaves ou navios. Assim, afirma Bueno, a embarcação dispõe de maior mobilidade, o que é tido como um fator importante para a defesa.
Com fonte virtualmente inesgotável de energia, ele pode desenvolver altas velocidades por tempo ilimitado, cobrindo rapidamente áreas geográficas consideráveis. “Pode chegar a qualquer lugar em pouco tempo, o que, na equação do oponente, significa poder estar em todos os lugares ao mesmo tempo”, afirma.
Estratégia acertada - Na opinião de Leonam dos Santos Guimarães, doutor em Engenharia Naval e Oceânica, que atuou por 20 anos no Programa Nuclear da Marinha, a estratégia brasileira é acertada e o investimento se justifica não apenas por questões comerciais, como também por aspectos geográficos e demográficos. Ele salienta que o país possui 7.408 quilômetros de extensão de costa oceânica e que mais de 70% da população brasileira reside numa faixa litorânea que se estende por até 100 quilômetros do mar.
“Para preservarmos tantos interesses, é essencial que estejamos preparados para, caso necessário, controlar áreas marítimas estratégicas ou negar o seu controle por potências estrangeiras e impedir a exploração econômica por um outro país sem nossa concordância”, afirma.
Guimarães lembra que a ideia de construção do submarino nuclear passou a ser amadurecida pela Marinha em 1978. Também ressalta as vantagens do projeto na comparação com o modelo convencional, considerando-o muito superior na distância que pode navegar e na velocidade empreendida. Por fim, entende que o Prosub é viável do ponto de vista técnico e econômico, mas acredita que possa haver dificuldades para vencer os prazos estabelecidos. “As disponibilidades financeiras ano a ano podem comprometer a previsão de entrega até 2023”, avalia.
Bahia - STF decidirá Sobre Habeas Corpus de Líder Grevista.
Foto - Bahia 247. |
A decisão sobre dois pedidos de habeas corpus feitos pela defesa do líder do movimento grevista da Polícia Militar (PM) da Bahia, Marco Prisco, que está preso no Complexo da Papuda, no Distrito Federal, será tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF); de acordo com Fábio Brito, advogado e diretor jurídico da Associação de Policiais e Bombeiros e seus Familiares (Aspra), a defesa se equivocou ao apresentar inicialmente o pedido de soltura ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1)
20 DE ABRIL DE 2014.
Agência Brasil - A decisão sobre dois pedidos de habeas corpus feitos pela defesa do líder do movimento grevista da Polícia Militar da Bahia, Marco Prisco (VEREADOR DO PSDB), que está preso no Complexo da Papuda, no Distrito Federal, será tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com Fábio Brito, advogado e diretor jurídico da Associação de Policiais e Bombeiros e seus Familiares (Aspra), a defesa se equivocou ao apresentar inicialmente o pedido de soltura ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1).
“[Foi apresentado ao TRF1 porque] seria a segunda instância da 17ª Vara Federal, que determinou a prisão. Mas os advogados se equivocaram, pois [a acusação] é crime político”, disse Fábio Brito. O plantão do STF vai até amanhã (21), mas a defesa espera uma decisão ainda neste domingo (20). “Acreditamos que saia nas próximas horas, por parte da ministra Cármen Lúcia”, declarou.
O Ministério Público Federal divulgou ontem (19) nota afirmando que requereu a prisão de Marco Prisco “para a garantia da ordem pública”. O texto diz que “o denunciado liderou a realização de três greves ilegais de policiais militares no estado da Bahia e de consequências nefastas para os cidadãos baianos”. O órgão alega que todos os elementos para o pedido de prisão preventiva estão cumpridos com relação ao líder do movimento grevista.
Para Fábio Brito, Prisco está preso ilegalmente. O diretor jurídico da Aspra alega que o líder foi anistiado pela Lei Federal 12.848/2013 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12848.htm), que [anistiou] policiais militares envolvidos em movimentos grevistas. Ele disse ainda que o acordo com o governo da Bahia pelo qual a Polícia Militar decidiu encerrar a greve prevê a anistia dos envolvidos.
Segundo Brito, os policiais militares baianos seguem trabalhando. “Continuam a desempenhar suas atividades, até para não tumultuar nossa linha de defesa. Estamos dizendo que não sobrexiste mais a motivação [para a prisão de Marco Prisco], em virtude de que não há mais greve”. Procurada pela Agência Brasil, a assessoria de comunicação da PM da Bahia confirmou que os policiais estão trabalhando normalmente.
De acordo com a assessoria de Prisco, que também é vereador na capital baiana, ele corre risco por encontrar-se preso junto a detentos de alta periculosidade. Segundo nota encaminhada à Imprensa, o corpo jurídico da Aspra obteve, neste domingo (20/04), informações preocupantes sobre a prisão do vereador soldado Prisco, custodiado em Presídio Federal, em Papuda. Conforme dados que obtiveram, o vereador está em prisão comum com outros 16 presos de alta periculosidade que respondem a crimes diversos.
“Ele teve que mentir sobre o motivo da prisão, já que defende direitos dos policiais militares do Estado da Bahia, o que significa risco de morte para o edil. Foi obrigado a contar que estava preso por estelionato”, afirmou o advogado Dinoemerson Tiago.
O coordenador-jurídico da Aspra, Fábio Brito, acrescentou que teme a permanência do soldado Prisco em prisão comum até terça-feira, quando os internos receberão visita e não será mais possível esconder sua identidade. “Ele está desesperado. Temendo pela segurança. É muito arriscado mantê-lo onde está custodiado”, afirmou.
Ainda segundo o corpo jurídico, as informações mais recentes são de que o vereador soldado Prisco não se alimenta já que possui problema crônico de estômago e coração (vinha seguindo dieta prescrita por médico) e não pode ser submetido as refeições do presídio. “Em Papuda, oferecem aos presos água de torneira e ele teme pela saúde. Vamos solicitar análise médica”, avisou o advogado Dinoemerson Tiago.
Equipe jurídica da Aspra, parte em Brasília e parte em Salvador, agora tenta contato com a Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) na esperança de que possam intervir e afastar risco eminente de morte sofrido pelo vereador Prisco.
*Com informações da Agência Brasil e da assessoria de Imprensa do vereador Soldado Prisco.
Matérias Relacionadas:
1 - PM da Bahia decide encerrar a greve e voltar ao trabalho. http://maranauta.blogspot.com.br/2014/04/pm-da-bahia-decide-encerrar-greve-e.html
2 - Marco Prisco (Vereador do PSDB), Líder das recentes greves da Polícia Militar nos Estados do Maranhão e da Bahia, é preso pela Polícia Federal. http://maranauta.blogspot.com.br/2014/04/politico-do-psdb-marco-prisco-lider-das.html
3 - Bahia - Polícia Federal prende líder do movimento grevista da Policia Militar. http://maranauta.blogspot.com.br/2014/04/bahia-policia-federal-prende-lider-do.html
4 - Vereador Prisco - Advogados de líder da greve da Polícia Militar baiana entram com pedido de habeas corpus. http://maranauta.blogspot.com.br/2014/04/vereador-prisco-advogados-de-lider-da.html
Link orginal desta matéria:
http://www.brasil247.com/pt/247/bahia247/137332/STF-decidir%C3%A1-sobre-habeas-corpus-de-l%C3%ADder-grevista.htm
http://www.brasil247.com/pt/247/bahia247/137332/STF-decidir%C3%A1-sobre-habeas-corpus-de-l%C3%ADder-grevista.htm
Economia - Brics avançam na criação de FMI próprio.
Foto - Reuters. |
Os países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) estão
fazendo progresso na criação de alternativas ao Fundo Monetário Internacional e
ao Banco Mundial, cujo domínio está concentrado em estruturas dos Estados
Unidos e da União Europeia.
Em um futuro próximo, órgão atual não será mais o
único capaz de fornecer assistência financeira internacional. Outra promessa dos Brics é a criação de um Banco de Desenvolvimento como
alternativa ao Banco Mundial.
Tudo indica que um pool de reservas cambiais, substituto do FMI, e um
Banco de Desenvolvimento dos Brics, como alternativa para o Banco Mundial, irão
funcionar já em 2015, garantiu o embaixador para missões especiais do
Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Vadim Lukov, em coletiva de
imprensa na semana passada.
“O Brasil já preparou o projeto do estatuto do Banco de Desenvolvimento,
enquanto a Rússia está desenvolvendo o acordo intergovernamental sobre a
criação do banco”, disse o diplomata.
Os países do Brics já chegaram a um acordo sobre o montante do capital
das novas estruturas, que será de US$ 100 bilhões para cada uma. “Estamos
atualmente negociando a distribuição do capital inicial de US$ 50 bilhões entre
os parceiros e a localização da sede”, continuou o diplomata, acrescentando que
todos os membros do grupo manifestaram interesse em sediar as instituições.
Para compor o pool de reservas cambiais, a China entrará com US$ 41
bilhões, o Brasil, a Índia e a Rússia, com 18 bilhões cada, e a África do Sul,
com US$ 5 bilhões. O volume das quantias entregues está correlacionado com o
volume das economias nacionais.
O montante atual de recursos do FMI, que é determinado por regras
especiais de empréstimos (SDR), gira em torno de US$ 369,52 bilhões. No
entanto, fazem parte FMI 188 países que, a qualquer momento, podem necessitar
de assistência financeira.
Banco político - Outra promessa dos Brics é a criação de um Banco de Desenvolvimento como
alternativa ao Banco Mundial para financiar projetos que não são de interesse
dos EUA nem da UE. O objetivo principal da instituição, porém, é fornecer
financiamento de projetos externos ao grupo e ajudar países que necessitam de
ajuda para desenvolvimento de suas estruturas.
“Imaginemos que seja do interesse do Brics conceder um empréstimo a um
país africano para o seu programa de desenvolvimento de energia hidrelétrica,
no âmbito do qual os países do grupo poderão fornecer o seu equipamento ou
atuarem como executantes dos trabalhos”, explica o especialista do Grupo de
Peritos Econômicos, Iliá Prilepski. “Se o empréstimo for concedido pelo FMI, o
equipamento será fornecido pelos países ocidentais, que irão também controlar o
seu funcionamento.”
A criação do Banco de Desenvolvimento ganha, assim, conotação política,
pois permite aos países do Brics avançar com seus interesses no exterior. “Esta
é uma jogada de certa forma política, que pode enfatizar o fortalecimento
crescente dos países cuja opinião não é muitas vezes levada em conta pelos
países desenvolvidos”, ressalta a diretora do departamento de análise do Golden
Hill Capital, Natália Samoilov.
BRICS - Proteção entre iguais. O pool de reservas cambiais dos países do Brics será uma proteção para o
caso de surgirem problemas financeiros e déficit orçamentário em algum dos
países-membros, como a recente queda brusca do rublo, por exemplo.
A ajuda
poderá ser obtida quando se verificar uma indesejada desvalorização abrupta da
moeda nacional ou em caso de grande saída de capital devido ao abrandamento da
política monetária da Reserva Federal dos EUA, que leva ao surgimento de
problemas internos de crise no sistema bancário.
“A maior parte do FMI vai para o resgate do euro ou das moedas nacionais
dos países desenvolvidos. Em caso de necessidade, e levando em conta que a
gestão do FMI está nas mãos dos países ocidentais, a esperança de ajuda por
parte desta organização é pouca”, destacou o embaixador russo.
O pool de reservas também ajudará os países do Brics a interagir
gradualmente sem a mediação do dólar norte-americano, segundo Natália
Samoilova, embora tenha sido decidido repor o capital social do Banco de
Desenvolvimento e do pool das reservas de divisas dos países do Brics com a
moeda americana.
“Não podemos excluir que em um futuro muito próximo, tendo em
conta as ameaças de sanções econômicas contra a Rússia por parte dos EUA e da
UE, o dólar possa vir a ser substituído pelo rublo e por outras moedas
nacionais dos membros do grupo”, diz a economista.
O G-20, os BRICS e a reforma do FMI - "Em seu comunicado final, ao fim da reunião da semana passada, os
ministros das finanças e presidentes dos bancoscentrais da maioria
dos países do G-20, mandaram um recado a Washington, declarando-se
“profundamente decepcionados” com os Estados Unidos pela demora na ratificação
dos acordos de reforma do FMI, aprovados em 2010.
Mauro Santayana, Blog: Mauro Santayana 18/04/2014.
A reforma do Fundo Monetário internacional pretende dar maior peso aos
países emergentes na instituição, diminuindo a importância, as cotas e o poder
de decisão de nações europeias cuja economia perdeu importância relativa nos
últimos anos.
A reforma, nos moldes em que está, precisa ser aprovada pelo legislativo
dos países membros, e se encontra travada no Congresso dos Estados
Unidos, há quatro anos, embora já tenha recebido o aval de 144 países, ou 76%
do total de votos da organização.
Por causa disso, autoridades como o Presidente do G-20 financeiro, o ministro
australiano do Tesouro, Joe Hockey, e o próprio ministro brasileiro da Fazenda,
Guido Mantega, disseram que, se nos próximos meses, não se superar o impasse,
“alternativas” seriam buscadas, juridicamente, para superar o bloqueio do
Congresso dos EUA.
Não é apenas a paciência do G-20 que se está esgotando com a posição
norte-americana quanto ao FMI, mas, principalmente a do BRICS, cujos países
serão beneficiados com um aumento em seu poder de voto equivalente a 6% das
cotas da instituição, fazendo com que chegue a 14,1%, se aproximando do peso
dos próprios EUA.
Nos dias 15 e 16 de junho, logo após a Copa, os líderes do Brasil,
Rússia, Índia, China e África do Sul, se reunirão, no Brasil, em Fortaleza, no
Ceará, para sua cúpula presidencial de 2014.
No encontro devem ser discutidos dois temas: a criação de um Banco de
Desenvolvimento para o BRICS, com um capital inicial de 50 bilhões de dólares;
e de um fundo de reservas, que, na verdade, funcionaria como um embrião de um
futuro FMI comandado pelos países emergentes, com capital também inicial de 100
bilhões de dólares.
Embora o fim dos BRICS esteja sendo cantado, há anos, em verso e prosa,
pela imprensa ocidental - e por países que não tem nenhuma condição de
entrar para o grupo, como o México - o fato é que Brasil, Rússia, Índia e África
do Sul, crescem na média, mais que os EUA e a Europa; têm, juntos, um PIB de
16,2 trilhões de dólares, superior ao da Zona do Euro; e até 2018, segundo o
próprio FMI, a renda per capita de seus 3 bilhões de habitantes deve crescer
37%.
Começando como uma sigla econômica, imaginada por um economista da
Goldman Sachs, Jim O´Neill, o BRICS é, hoje, por mais que isso não agrade a
alguns, uma aliança estratégica de alcance global, que mudará a história do
mundo nos próximos anos."
Fortaleza vai sediar encontro do Brics em 15 e 16
de julho - Encontro terá representantes do Brasil, Rússia,
Índia, China e África do Sul. Cúpula será realizada no Centro de Eventos do
Ceará, em Fortaleza.
Do G1 CE - Os chefes de estado do grupo Brics - potências
emergentes da economia global, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul -
estarão reunidos em Fortaleza em 15 e 16 de julho no Centro de Eventos do Ceará.
O encontro, geralmente organizado
entre os meses março e abril, será realizado neste ano depois da Copa do Mundo
no Brasil. De acordo com o governo do Ceará, a data foi
informada pelo Ministério das Relações Exteriores. A cúpula do Brics também vai
reunir ministros, secretários e empresários. O evento ocorre dois dias após a
final da Copa do Mundo.
Durante esta semana, uma comitiva do Itamaraty
esteve na capital cearense para reuniões e visitas ao Centro de Eventos do
Ceará. O local do evento foi definido em 2013 pela presidente Dilma Rousseff.
A previsão de
participação é de 750 pessoas, além das representações das cinco maiores
empresas de cada um dos cinco países, bancos de desenvolvimento e cerca de
1.500 jornalistas de todo o mundo. A última cúpula do Brics foi realizada em
março de 2013, em Durban, na África do Sul.
Reunião do Brics - A ideia do Brics foi formulada pelo
economista-chefe da Goldman Sachs, Jim O'Neil, em estudo de 2001, intitulado
“Building Better Global Economic BRICs”. Fixou-se como categoria da análise nos
meios econômico-financeiros, empresariais, acadêmicos e de comunicação.
Em
2006, o conceito deu origem a um agrupamento, propriamente dito, incorporado à
política externa de Brasil, Rússia, Índia e China. Em 2011, a África do Sul passou a fazer parte do
agrupamento, que adotou a sigla BRICS.
Entre 2003 e 2007, o crescimento dos quatro países
fundadores representou 65% da expansão do PIB mundial. Em 2010, o PIB conjunto
dos cinco países (incluindo a África do Sul), totalizou US$ 11 trilhões, ou 18% da economia
mundial. Considerando o PIB pela paridade de poder de compra, esse índice é
ainda maior: US$ 19 trilhões, ou 25%.
Segundo
o assessor especial de Assuntos Internacionais do Governo do Estado, Hélio
Leitão, no fim do mês de abril acontecerá um seminário, na Universidade de
Fortaleza (Unifor), com os representantes dos países que integram o BRICS, onde
serão discutidos os pontos do encontro e as expectativas.
sábado, 19 de abril de 2014
Novo sistema de guerra eletrônico russo causou a inoperância dos sistemas do destróier americano USS Donald Cook.
BOMBA!!! Eu pesquisei, pesquisei, pesquisei...
E achei o motivo do histerismo americano sobre as passagens de um Su-24 "Fencer" russo sobre o destroier americano USS Donald Cook no Mar Negro.
Ao contrário do que os americanos falaram, o caça russo estava armado até os dentes e ele contava com um equipamento novíssimo, sem análogos no mundo, um sistema de guerra eletrônica que ativado, causou a inoperância dos sistemas do destróier americano. Quando eu tiver maiores informações, eu posto.
Foto - do blog_o_informante.
Matéria Relacionada:
21.04.2014 - Caça SU-24 Russo usando o Khibiny, um sistema de neutralização radioeletrônica, paralisou o destróier Donald Cook Norte-americano, levando 27 tripulantes a pedirem demissão. http://maranauta.blogspot.com.br/2014/04/como-o-caca-su-24-russo-paralisou.html Link original: http://www.codinomeinformante.blogspot.com.br/2014/04/novo-sistema-de-guerra-eletronico-russo.html |
LUCIANO DO VALLE, CRAQUE DA LOCUÇÃO ESPORTIVA, MORRE AOS 70 ANOS.
Narrador passou mal em viagem de avião para Uberlândia; ia narrar o jogo Atlético-MG X Corinthians; causas da morte ainda são desconhecidas; profissional atuava na televisão brasileira desde a década de 1970; divulgador do esporte olímpico, Luciano do Valle introduziu as transmissões de Fórmula Indy no Brasil e criou a categoria masters no futebol; deixa amigos entre esportistas e colegas do meio
19 DE ABRIL DE 2014 ÀS 18:12
247 - Narrador esportivo conhecido do público brasileiro desde os anos 1970, Luciano do Valle morreu neste sábado 19 de causas ainda desconhecidas. Ele viajava de avião para Uberlândia, onde iria transmitir amanhã, pela Rede Bandeirantes, o jogo Atlético-MG X Corinthians, pelo Campeonato Brasileiro.
Além de ter sido locutor esportivo da Rede Globo e, nos últimos 30 anos, da Bandeirantes, do Valle introduziu no Brasil as transmissões de corridas de Fórmula Indy e criou a categoria de masters no futebol.
Divulgador do esporte olímpico, também narrou boxe, onde lançou pugilista Maguila. Também foi ícone da geração de prata do vôlei masculino na década de 80. Sua importância foi tão grande que ganhou o apelido de Luciano do Vôlei. No basquete, deu apelido de Magic Paula e Rainha Hortência, quando o time feminino conquistou o Mundial no início dos anos 90.
Leia, abaixo, reportagem da Agência Brasil:
O narrador esportivo Luciano do Valle, de 70 anos, morreu na tarde deste sábado (19). Ele passou mal durante uma viagem de avião para Uberlândia (MG), onde narraria Atlético-MG e Corinthians pela primeira rodada do Brasileirão. Ele chegou a ser levado a um hospital, mas não resistiu. As causas da morte ainda são desconhecidas.
Segundo a TV Bandeirantes, emissora onde trabalhava, o narrador foi atendido por um médico ainda no avião e sofreu uma morte súbita. “As hipóteses vão de interdição de aorta, a um infarto, e isso só será definido após necropsia. Ele não sofreu e teve o atendimento que precisava”, disse o médico ao site da emissora.
Luciano do Valle completou, em 2013, 50 anos de carreira. Ele era o principal narrador esportivo da TV Bandeirantes, onde teve duas passagens, de 1983 a 2003 e depois de 2006 até os dias de hoje. Ele iniciou a carreira na Rádio Brasil, de Campinas, e seguiu para a Rádio Gazeta, de São Paulo. Além da TV Bandeirantes, o narrador passou por SBT, TV Globo e Record.
Além de narrador de futebol, Luciano do Valle foi divulgador dos esportes olímpicos. Narrou boxe e lançou o boxeador Adilson Rodrigues “Maguila”. Também foi ícone da geração de prata do vôlei masculino na década de 80. No basquete, deu apelido das jogadoras de basquete feminino Magic Paula e Rainha Hortência para a armadora Maria Paula Gonçalves da Silva e para a ala Hortência Maria de Fátima Marcari, respectivamente, quando o time feminino conquistou o Mundial em 1994.
Luciano também apresentou ao Brasil a Fórmula Indy, a liga norte-americana de basquete, a NBA (sigla em inglês), e a liga de futebol americano, a NFL (sigla em inglês). Segundo a Bandeirantes, Luciano não pensava em aposentadoria. Em 2012, chegou a se afastar das suas funções devido a um problema de saúde, mas se dizia entusiasmado com os próximos eventos esportivos do Brasil.
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