terça-feira, 15 de julho de 2014

Nicaragua - Começa a materializar-se o Canal Interoceânico. A expectativa é por se conhecer o traçado do canal.

Dick e Mirian Emanuelsson - 15.Jul.14 - Outros autores.

O projecto de construção de um novo canal interoceânico na América Central deve ser acompanhado com toda atenção. Em pleno “pátio das traseiras” dos EUA, a China e a Rússia participam na construção da enorme infra-estrutura. 

Se se recordar a história dos EUA em relação ao canal do Panamá, sem dúvida que se abre uma interessante expectativa.





Os anúncios sobre o traçado escolhido para a construção de um Canal Interoceânico em Nicarágua e os seus estudos de viabilidade estão na mira de diversos meios de comunicação internacionais especializados em infra-estrutura marítima. Iniciaram a contagem regressiva.


Desde há alguns meses, a Nicarágua está imersa na planificação de um canal que permitirá a PASSAGEM do mar Caribe ao oceano Pacífico. A entrada da Rússia no projecto, para disponibilizar apoio organizativo e de segurança, desperta maior atenção de analistas estrangeiros bem como o interesse geopolítico da China Continental.


Uma vez apresentado o traçado, deverá ficar claro se o projecto está em condições de arrancar em Dezembro deste ano, tal como foi anunciado. Cinco séculos de espera poderiam chegar ao fim a partir deste ano, se os estudos de viabilidade económica e de impacto ambiental determinarem que é possível, por parte da empresa chinesa concessionária, Nicaragua Canal Development Investment Co. Limited (HKND Group), construir o canal.

O Coordenador da fracção parlamentar da FSLN na Assembleia Nacional, deputado Edwin Castro, defendeu o projecto do grande canal, sustentando que será benéfico para o desenvolvimento económico do país.

Castro disse que enquanto um navio mercante demora 7 dias para fazer a travessia no Panamá, com o canal na Nicaragua necessitará apenas de 30 horas, e para além disso poderão fazer aí a travessia navios de carga muito maiores.

Interrogado acerca do traçado definido, Castro limitou-se a dizer que não será através do Rio San Juan nem pela RESERVA Indio Maíz mais “mais para cima” na costa caribenha de Nicarágua. Assegurou que umas 400 pessoas trabalham no estudo de impacto ambiental e que são contempladas medidas compensatórias para todos os recursos hídricos que possam ser utilizados.

O legislador disse que o projecto contará com dois portos, um canal húmido, zonas francas, um oleoduto, grandes investimentos e que juntamente com ele haverá uma via-férrea. Este será um dos passos no seguimento da Lei de Construção do Canal Interoceânico que foi aprovada pela Assembleia Nacional, na qual foi estabelecida uma concessão por 50 anos em que o Estado deterá 51% das acções e os restantes 49% serão detidos por investidores, que poderão ser países, organismos internacionais ou pessoas individuais ou jurídicas.

A HKND projecta construir uma via de pelo menos 190 quilómetros em terra e 80 quilómetros através do lago Cocibolca, com uma largura de não menos de 150 metros para barcos de grande calado.

Estimativas iniciais indicam que o canal terá capacidade para captar o tráfego de 450 a 500 milhões de toneladas métricas anuais e receber embarcações de até 250.000 toneladas, com mais de 400 metros de comprimento, 59 de largura e 22 de calado.

Tais números em termos de capacidade - não oficiais - superam o canal de Panamá, que actualmente pode receber barcos de 64.000 toneladas e que, quando estiverem concluídas as suas obras de expansão, poderá acolher navios de até 140.000 toneladas.

A Câmara Nicaraguense da Construção previu esta segunda-feira que o inicio da construção pela Nicarágua de um canal interoceânico, prevista para começar em Dezembro próximo, gerará pelo menos um milhão de empregos.

“Embora sejam incalculáveis (as fontes de emprego), considero que vão ser criados entre 500.000 e um milhão de empregos”, disse o presidente dessa Câmara, Benjamín Lanzas, ao Canal 12 da televisão local.

Segundo Lanzas, à medida que se vão ampliando as zonas de construção no canal, irão surgindo mais oportunidades de trabalho em diversos sectores. Nestes termos, o líder empresarial qualificou esse projecto como “uma transformação para a Nicarágua”, devido a que no sector operário o emprego quintuplicará, e que será necessária mais maquinaria e a utilização das novas tecnologias…

Alvaro Baltodano, delegado presidencial no forum empresarial em Washington, DC: “O grande Canal de Nicarágua converter-nos-á na logística e centro de distribuição para o mundo, dá-nos a infra-estrutura de que necessitamos para nos desenvolver e ter um impacto no comércio mundial”.

O Ministro das Relações Exteriores da Bielorrússia, Vladimir Mackay, apresentou esta segunda-feira um relatório sobre o seu périplo pela América Latina que incluiu uma viagem a Nicarágua.

“Em Nicarágua, começou um projecto ambicioso, a ideia muito interessante de construir um canal interoceânico entre os oceanos Pacífico e Atlântico. Para nós, este projecto representa um interesse real e concreto no contexto do fornecimento de equipamento pesado para ali, como os camiões” BelAZ MAZ e a técnica de pavimentação de estradas”, disse Mackay.

Ver vídeo sobre el canal interoceânico. Entrevista com Paul Quist, chefe do projecto do governo sandinista.


Por Dick y Mirian Emanuelsson: https://vimeo.com/74719333

segunda-feira, 14 de julho de 2014

COPA 2014 - Recordações...


Durante passagem dos torcedores holandeses por Porto Alegre tivemos este maravilhoso encontro ao som de Aquarela do Brasil.

“Prisões preventivas” da Copa, armação no Rio para evitar protestos.

debate criminalização 1
NOTA DE REPÚDIO ÀS PRISÕES ARBITRÁRIAS
via Lúcia Rodrigues, no Facebook
Na véspera da final da Copa do Mundo, o principal debate não é sobre quem será o possível campeão, mas sim sobre se temos ou não democracia em nosso país. A Justiça expediu 26 mandados de prisão contra professores, jornalistas, radialistas, midiativistas e outros cidadãos, além de mandados de apreensão de dois adolescentes, por conta da participação destes em manifestações e da articulação de novos protestos para os próximos dias. O ato repete prisões que ocorreram também na abertura da Copa.
Tal atitude nos afasta cada vez mais de um Estado Democrático onde o direito à liberdade de expressão e manifestação deve ser garantido amplamente. Por conta disso, as entidades e militantes abaixo assinados repudiam a ação policial e fazem questão de frisar algumas questões relevantes:
1 — O advogado criminalista Lucas Sada, do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, cuida do caso da radialista Joseane de Freitas, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), presa neste sábado (12/07) sob a alegação de formação de quadrilha armada, assim como todos os outros presos. O advogado relatou que Joseane apenas participou de duas manifestações, a mais recente realizada em Copacabana por ocasião da abertura da Copa do Mundo. Ela e os outros presos no Rio serão encaminhados ao Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu. Este fato reforça características típicas de Estado de exceção que estamos enfrentando nos últimos dias.
2 — A Polícia permitiu acesso exclusivo para os jornalistas a serviço da mídia corporativa empresarial, impedindo jornalistas e comunicadores independentes de fazerem a cobertura da ação. Esse fato revela uma atitude antidemocrática e fere a liberdade de expressão e de imprensa, caracterizando uma violação aos direitos humanos.
3 — Outra violação de Direitos quase se concretizou com a autorização para que os jornalistas que tiveram acesso às dependências da Cidade da Polícia filmassem e fotografassem os presos políticos, mesmo sem haver nenhuma condenação aos suspeitos. Sem maiores explicações, a polícia desistiu de apresentar os detidos. Repudiamos a imposição desse tipo de tarefa pelas empresas aos jornalistas, que viola o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros. Tal repúdio se dá porque a atitude da polícia e também das empresas que em outros casos já publicaram imagens se impõe como uma violação aos Direitos Humanos dos presos políticos, e um ataque à Cláusula de Consciência do mesmo Código, que garante o direito de os profissionais se negarem a tarefas antiéticas.
4 — Ao chegar à Cidade da Polícia para verificar denuncia de cerceamento ao trabalho dos jornalistas, a diretora do sindicato Gizele Martins foi impedida de ter acesso às dependências da delegacia. Do lado de fora, ela comprovou que jornalistas independentes e comunicadores foram de fato proibidos de entrar na unidade.
Diante desse cenário, é necessário restabelecermos o Estado Democrático de Direito com garantia da liberdade de expressão, manifestação e imprensa. Não podemos admitir, a pretexto da garantia da ordem, o cerceamento de direitos e a prisão daqueles que participam de protestos e lutam por suas causas, ideais e sonhos de uma sociedade mais justa, livre e democrática.
Assinam:
Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro
Sindicato dos Radialistas do Estado do Rio de Janeiro
Associação Mundial de Rádios Comunitárias
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Enquanto os brasileiros sofrem com a derrota da seleção, um resultado muito mais grave está sendo engendrado: a derrota da democracia e da Constituição.
No Rio de Janeiro, por razões políticas, 17 pessoas foram presas, com base em mandados de prisão temporária, e dois menores foram apreendidos.
Um representante do poder judiciário viabilizou a ação policial, evidenciando mobilização orquestrada com participação governamental. A operação foi justificada para prevenir ações que pudessem perturbar a ordem pública no dia da decisão da COPA DO MUNDO. Por esse motivo os advogados têm tido dificuldade em conhecer a substância de cada acusação: tudo foi feito para impedir que os presos se beneficiassem de Habeas Corpus antes de domingo.
O chefe da polícia civil tem deixado claro, em seus pronunciamentos, que as prisões visam prevenir possíveis ações. Estamos diante de uma arbitrariedade inaceitável, que agride o Estado democrático de direito.
As prisões constituem ato eminentemente político e criam perigoso precedente: a privação da liberdade individual passa a ser objeto de decisão fundada em PREVISÕES e no cálculo relativo ao interesse dos poderes do Estado.
Foram golpeados direitos elementares individuais e de livre manifestação. Conclamamos todos os cidadãos comprometidos com os princípios democráticos, independentemente de ideologias ou filiações partidárias, a unirem-se contra o arbítrio e a violência do Estado, perpetrada, ironicamente, sob a falsa justificativa de evitar a violência.
Marcelo Freixo, Jean Wyllys, Lindberg Farias, Tarcísio Motta, Chico Alencar, Luiz Eduardo Soares

sexta-feira, 11 de julho de 2014

COPA 2014 - IMPORTANTE MATÉRIA SOBRE COPA, FIFA E OUTROS ASSUNTOS DE INTERESSE NACIONAL!

Por Dom Orvandil: bispo cabano, farrapo e republicano.


Deixei passar alguns dias de nossa derrocada futebolística para elaborar minha modesta reflexão sobre o que move nossa Seleção, nosso elenco dirigente da CBF e o atual cenário nacional brasileiro. Li muitos artigos e análises para me orientar nesse debate necessário, pois o Brasil é Pátria, é País, é Nação e é nosso Povo, tudo muito mais do que a Seleção Canarinha. Mas esta deve nos refletir, o que não aconteceu em nenhum de seus jogos nessa nossa maravilhosa Copa.

Primeiro, contexto a linguagem emotiva e “borrasquenta” usada contra os jogadores, contra Felipão e contra a nossa Seleção. Penso que não cabe na mente e na boca de pessoas do povo e lideres militantes termos como velho, no pior sentido possível do direito à velhice, quando sugerindo pejorativamente que ele errou em virtude da idade. 

Ora, isso é preconceito contra todos os nossos cidadãos brasileiros que envelhecem. Filipão não errou por ser idoso, com mais de 60 anos. Também pega mal para nossa gente chamá-lo de burro, idiota, imbecil etc. Não é aceitável grosseria por parte de nossos melhores quadros sociais, intelectuais orgânicos na definição de Antonio Gramsci. O respeito, a inteligência e a razão são nossos principais dons, mesmo que nossos corações sangrem e sejam subjacentes de nossos pensamentos e análises.

Tais ofensas, desgraçadamente, é trato dado pela direita, que a ninguém respeita, cujo setor é composto dos que se acham donos da verdade, de autoritários, de exploradores que gritam e ofendem quem trabalha para eles, muitas vezes aviltados em seus direitos mínimos, principalmente o da consciência de cidadania. A eles, os direitistas, cabe esse papel, até porque desprezam os estudos, a cultura e os textos.

Segundo, penso que a derrota da Seleção Brasileira, de forma extremamente clara, não seu deu no campo do nosso maravilhoso Mineirão.
O que aconteceu na terça-feira, no inesquecível dia 08 de julho de 2014, é causa de forças até agora ocultas, mas que são resultantes diabólicos de projetos de anos passados.

A causa de nossas lágrimas e dor nacionais com a derrota de nossa Seleção chama-se neoliberalismo, ainda forte em todos os setores de nosso País. É o que essa corrente política, ideológica, econômica e cultural mais sabe causar: dor, derrota, lágrimas e luto.

O neoliberalismo foi desencadeado no mundo pelos fatídicos monstros Ronald Reagam, bandido que presidiu os Estados Unidos, e sua consorcia capacho Margaret Thatcher, primeira ministra da Inglaterra. Ambos promoveram desmontes das soberanias nacionais pelo mundo afora, desalojando o povo e a classe trabalhadora dos países periféricos dos seus direitos sociais, marginalizando milhões no desemprego, na pobreza e na miséria. Aqui no Brasil quem mais aplicou o receituário da tragédia foi Fernando Henrique Cardoso quando, embolado no mais alto clima de corrupção do País, jogou-nos todos sob a tutela infernal do mercado desumano e adorador do deus lucro.

O neoliberalismo faz negócios de todos os bens da vida, notadamente com interesse nos lucros de uma minoria dominante e manipuladora, de extrema perversidade para com a existência humana e o ambiente ecológico. Aqui transformou igrejas em balcões de negócios ao vender orações e curas, que o digam os balconistas Edir Macedo, Silas Malafaia, RR Soares, Valdomiro Santiago, a renovação carismática romana, as igrejas mediáticas e outros de menor expressão. Seus cultos e missas são mercados de venda de tudo. 

Graças a isso os donos de suas superestruturas são verdadeiros mercenários da fé, de vida fácil e luxuosa. A desgraça que causam redunda na prostituição do maior bem do cristianismo, a profunda solidariedade comunitária, que impressionou Tertuliano e muitos historiadores e teólogos que estudaram a comovente experiência do cristianismo primitivo que, ao enfrentar as perseguições impostas pelo poderoso e violento império romano, ensinou a partilhar o pão e o vinho como realização prática do amor de Deus ao próximo, sem que ninguém restasse com necessidades.

No campo econômico o neoliberalismo impõe o modelo do lucro poderoso, privilegiando os ricos, gerando o empobrecimento dos lucros sociais e coletivos da maioria produtiva do povo. Assim como nas igrejas quem manda no Banco Central, que deveria alinhar a política econômica nacional, são os bancos, os senhores que manipulam os interesses estatais da economia. 

De posse do poder econômico gestam a política dos lucros das grandes empresas nacionais e internacionais em desprestígio das necessidades e direitos da maioria de nosso povo. A quantidade de dinheiro concentrada em poucas mãos, graças ao suborno da riqueza nacional empreendida pelo neoliberalismo, é coisa escandalosa. Os bancos são as maiores provas dessa devassidão.

E assim é com todas as coisas. A tudo o neoliberalismo faz mercadoria como fonte de lucro de poucos. Por isso a privatização da educação, da saúde, da habitação, da segurança, dos transportes, tudo vira mercado comandado por poderosas máfias, que substituem o povo nas pressões que fazem sobre o Estado, sempre levando vantagens. O povo? Ora o povo, esse não interessa, a menos que sirva como mercadoria.

É isso que acontece no futebol. Somente uma grande tragédia possibilitará a análise crítica honesta e racional. De tragédia o neoliberalismo entende, pois é somente isso que ele significa para a sociedade. A ele não emocionam as lágrimas de milhões de crianças, de pais, de mães e da torcida ao se derreter de dor no Mineirão e pelo Brasil adentro. A menos que essas lágrimas de derrota dessem lucro para poucos perversos.

A situação dos clubes de futebol sob a égide do mercado se agravou a partir de Fernando Henrique Cardoso e seu ministro dos esportes, o anti povo Edson Arantes do Nascimento, o bajulador dos poderosos, ao estilo de Joaquim Barbosa, o “rei” Pelé. A partir do massacre promovido por FHC os clubes de futebol perderam as características populares e culturais da grande diversão do povo, para, dominado por cartolas mafiosos, ser fonte de negócios e enriquecimento de alguns, que passaram a mandar neste esporte em todo o País. 

Como só acontecer sob o neoliberalismo os jogadores, principalmente os melhores, todos provindos dentre os pobres, das vilas e favelas, se tornaram mercadoria de vendas e compras por vultosas transações espúrias e nada transparentes. Os próprios familiares desses jogadores viraram empresários desavergonhados e participantes de negócios tipicamente escravos, vendendo seus filhos e parentes para empresas europeias.

É nesse contexto que se situa a malfadada CBF. Ela é uma empresa privada que gestiona o esporte nacional, a Seleção Brasileira, fazendo de seus jogadores e equipe de treinadores atores despreparados e garotos de propagandas de grandes empresas multinacionais e monopólios bancários, de bebidas e de automóveis.

Aí reside o problema. Tudo o que o mercado administra e faz mercadoria assassina ou, no mínimo, fere pondo a vida na UTI. Desde há tempos os clubes de futebol deixaram de ser clubes populares para virarem personalidade jurídicas de empresas privadas, por tanto, mercado. Graças a isso os jogadores são objetos de compra e venda com amparo “legal” das leis feitas pelo mercado. As violências nos estádios são produto do futebol feito mercadoria, onde o povo reduzido a categoria excluída de torcedores não tem participação. Os valores dos ingressos são taxados a altos custos para sustentar os cartolas e a mídia dominante e ditadora de quem transmite os jogos e excluidora de quem ela acha que não cumpre com os requisitos do mercado perverso.

Já fui torcedor fanático. Mas deixei de sê-lo quando me dei conta de que não existem mais times nem clubes de futebol, mas empresas comandadas por mafiosos, filhos do neoliberalismo e do Pelé.

A derrota da Seleção da CBF gerará o renascimento da Seleção Brasileira. Esta precisa ser estatal, administrada pelo governo federal, sem interferência do apodrecido e apodrecedor mercado. A Seleção Nacional Brasileira deverá se encarregar de ser grande universidade de jogadores e de jogadoras cidadãs patriotas, que ao treinarem e ao jogarem o farão para defender nossa Pátria e não os negócios empresariais nem os bancos nem revendedoras de automóveis, de bebidas e de telefones, rebaixando jogadores a papeis que não são os seus, de atores de quinta e propagandistas do mercado que a todos nos desgraça.

Não basta fazer nossos jogadores, pessoas que nascem do povo, em tietes para shows por onde passam, treinados para fornecer autógrafos artísticos. O que se espera deles é que sejam competentes em campo e exemplos da cidadania. Evidentemente que o mercado não tem como fazer isso.

A Seleção Brasileira deve ser órgão de Estado. Deve ser orientada por políticas públicas e sua prática deve ser política em favor do povo e da Nação. Basta de cartolas e mercenários do mercado.

Abraços críticos e fraternos na luta pela justiça e pela paz.

Dom Orvandil: bispo cabano, farrapo e republicano.

http://www.domomb.blogspot.com.br/2014/07/o-brasil-e-mais-do-que-selecao-e-esta-e.html

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Arte Surreal nos Prédios de Teerã.

Publicada em 08 de Julho de 2014.

Chá de Lima da PérsiaPor Janaina Elias.

Arte urbana do artista Mehdi Ghadyanloo em Teerã
Uma das características marcantes da cidade de Teerã, capital do Irã, é ser uma verdadeira galeria de arte a céu aberto. 
Arte urbana do artista Mehdi Ghadyanloo em Teerã
Em todos os recantos da cidade, das estações de metrô, passando pelas vielas, edifícios e praças públicas, obras de artistas que desafiam a imaginação proliferam.

Arte urbana do artista Mehdi Ghadyanloo em Teerã
E um desses artistas é Mehdi Ghadyanloo, que é famoso por ter criado mais de 100 trabalhos de arte urbana que transformam os austeros edifícios de Teerã em paisagens oníricas.

Arte urbana do artista Mehdi Ghadyanloo em Teerã
Ghadyanloo começou seu trabalho de decorar edifícios comerciais e residencias há 8 anos atrás revestindo a estética minimalista dos prédios com imagens de inspiração surrealista.  
Arte urbana do artista Mehdi Ghadyanloo em Teerã

As imagens retratam figuras que desafiam a gravidade e se transportam para outras dimensões, onde as vezes temos a impressão de que o edifício desaparece diante de nós e se confunde com um céu sempre límpido e azul. 

Arte urbana do artista Mehdi Ghadyanloo em Teerã
Ironicamente este prolífico artista trouxe uma nova perpectiva para a arte urbana em seu país, uma vez que a arte do graffitti (assim como em muitos outros países) é considerada ilegal no Irã.


terça-feira, 8 de julho de 2014

Morreu Plínio de Arruda Sampaio.

PLÍNIO, PRESENTE!

A vida de Plínio foi plena. Nosso Plínio de Arruda Sampaio partiu no exato momento em que havia um Brasil inteiro reunido em torno de uma mesma expectativa. 
Ele queria ainda mais: um povo que pudesse transitar de seus desejos individuais, pequenos, para um sonho coletivo, de justiça e igualdade, realmente duradouro. 
Temos o dever de continuá-lo.
Plínio e a luta por um Brasil solidário e fraterno vivem!

Governo de Pernambuco sanciona nova Lei do Audiovisual.Legislação estabelece princípios para o fomento ao setor e cria um conselho consultivo.

O Governo de Pernambuco publicou na quinta-feira (05/06) no Diário Oficial a Lei Nº 15.307, de 04 de junho de 2014, que disciplina a promoção, o fomento e o incentivo ao audiovisual no âmbito do Estado de Pernambuco e cria o Conselho Consultivo do Audiovisual de Pernambuco. 

A legislação representa mais um avanço na política do audiovisual implantada pelo Governo de Pernambuco desde 2007 a partir do diálogo com a sociedade civil.  A lei foi aprovada pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e sancionada pelo governador João Lyra Neto.

“A lei é uma grande conquista do setor do audiovisual de Pernambuco, que mostra como a sociedade pode estar junto com o governo, propondo políticas públicas. Representa também o reconhecimento do governo deste grande potencial que há anos vem sendo desenvolvido no estado. Será um instrumento que irá fortalecer ainda mais a política para o setor nos próximos anos”, diz o secretário de Cultura Marcelo Canuto.

A nova lei foi fruto da reivindicação da classe, que reconheceu os benefícios do edital do Funcultura específico para o setor audiovisual e se preocupou em consolidar o fomento como uma política de estado, que ultrapasse gestões. “Este é um grande passo, porque a lei sedimenta uma política que vem sendo desenvolvida há sete anos, e agora não ficará à mercê de vontades políticas, além de estabelecer princípios para a gestão do setor”, afirma a coordenadora de audiovisual da Secretaria de Cultura, Carla Francine.

A legislação foi construída e proposta por diversos cineastas, cineclubistas e técnicos do audiovisual, com representação de entidades como a Associação Brasileira de Documentaristas e Associação de Produtores e Cineastas de Pernambuco (ABD/APECI), Federação Pernambucana de Cineclubes (Fepec), Associação de Produtores e Cineastas do Norte e Nordeste (APCNN) e as seções de Pernambuco do Sindicato Interestadual dos Trabalhadores na Indústria Cinematográfica e do Audiovisual (STIC – PE) e da Associação Brasileira de Cinema de Animação (ABCA -PE).  

A partir do anseio da sociedade civil, a Secretaria da Casa Civil, a Secretaria de Cultura e a Fundarpe e a abriram um processo de diálogo, possibilitando a formulação do projeto de lei, enviado pelo poder executivo à Assembléia Legislativa de Pernambuco (Alepe), onde obteve aprovação, e sem seguida foi sancionada pelo governador João Lyra Neto.

Uma das novidades da lei é a criação do Conselho Consultivo do Audiovisual de Pernambuco, que deverá ser instalado em até 60 dias, com 18 membros efetivos e formato paritário, sendo 9 membros escolhidos pela sociedade civil e 9 designados por ato do Governador do Estado. 

Já o regimento interno do Conselho deverá ser objeto de decreto em até 180 dias. “Este conselho aumenta a participação da sociedade civil na formulação de políticas públicas para o setor, seja no incentivo por meio de editais ou na difusão feita nos festivais, nas TVs públicas e nos cinemas. A organização da classe audiovisual deve ser um exemplo para outros segmentos artísticos”, avalia o diretor de gestão do Funcultura, Thiago Rocha Leandro.

A coordenadora de audiovisual, Carla Francine, destaca ainda que o conselho agregará outras Secretarias importantes, e lembra um exemplo bem sucedido de parceria que a Secretaria de Cultura fez ano passado com o Delta Zero e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico para a realização do 1º Market.Mov, um encontro entre os produtores de conteúdo audiovisual locais com canais, programadoras e representantes de empresas do setor de transmissão ou distribuição desses conteúdos no país. 

De acordo com Carla, agora quando o 7º Edital do Audiovisual está em fase final de julgamento, dos 25 produtores que fizeram a defesa oral na categoria Produtos para Televisão, pelo menos vinte citaram o encontro como fundamental nas suas articulações para exibições nacionais e internacionais. “Isso mostra como essas parcerias com outras Secretarias são importantes para o desenvolvimento do setor no estado e a propagação da produção”, conclui.

FUNCULTURA – Em dezembro de 2013, o Governo de Pernambuco garantiu um piso mínimo de R$ 33,5 milhões para destinação ao Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura PE), sendo R$ 11,5 milhões para o setor audiovisual, por meio de Emenda Modificativa ao Projeto de Lei nº 1750/2013.

O Funcultura beneficia toda a cadeia produtiva do audiovisual incentivando projetos de diretores consagrados e iniciantes. Além da produção de filmes e produtos para TV, o edital público incentiva a difusão, pesquisa e a formação. 

Está em curso a seleção do 7º Edital do Programa de Fomento à Produção Audiovisual de Pernambuco – Funcultura Independente 2013/2014. 

Do total de 370 propostas inscritas, 148 projetos foram selecionados para a última fase da seleção, que corresponde à defesa oral: 6 projetos de Pesquisa, 20 de Formação, 22 de Difusão, 38 de Curta-metragem (sendo 8 na categoria Ary Severo), 25 Produtos para televisão e 37 de Longa-metragem. 

As propostas das categorias Desenvolvimento de Cineclubismo e Revelando os Pernambucos não são submetidas à fase de defesa oral.

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Assessoria de Comunicação
Secretaria de Cultura de Pernambuco
Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco - Fundarpe
(81) 3184.3009 / 3118 / 3116

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Roberto Azoubel,
Assessor / Ministério da Cultura
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