sábado, 8 de novembro de 2014

Dennis de Oliveira. Saudade da direita letrada…

Foto - Revista Forum.
Quando eu atuava no movimento estudantil, conhecia  vários colegas de uma corrente trotskista chamada “Liberdade e Luta” (Libelu), hoje conhecida como O Trabalho (por conta do nome do jornal desta corrente). Hoje, boa parte desta turma virou conservador, um deles é o conhecido Demétrio Magnoli. Mas tem vários outros espalhados por aí, muitos na direção do jornal Folha de S. Paulo
O que chamava a atenção nesta corrente é que nos idos anos 1980, quem nela ingressava era obrigado a fazer um curso de formação. Os “libelus” que eu conhecia diziam que aquilo era necessário para poder enfrentar a direita com argumentos sólidos. É a tal batalha de idéias.
Lembrei-me deste episódio quando estava lendo o belíssimo texto de Ericka Beckman, na edição deste mês da revista Le Monde Diplomatique quando ela fala como os homens “letrados” no século XIX ocupavam os principais cargos de comando na América Latina e, por meio das letras, expressavam pensamentos conservadores. 
Caso do poeta venezuelano Andrés Bello, também homem de Estado, que faz um ode à agricultura para promover a exportação dos produtos primários latino-americanos, consolidando a velha “divisão internacional do trabalho” na qual nós, aqui abaixo da linha do Equador, ficamos responsáveis pelo fornecimento de matérias primas, e o pessoal lá de cima da linha (de acordo com o mapa que eles desenharam) fica com a produção de alto valor agregado.
Tempos atrás, enfrentávamos uma direita que citava Adam Smith, David Ricardo, Hayek, Durkheim, entre outros, nas suas argumentações. Sem contar com vários conservadores que também conheciam bem Marx, Gramsci, Althusser a ponto de confrontar conosco em nosso próprio campo. O debate era duro. Um pessoal de direita que lia os editoriais do jornal O Estado de S. Paulo e gastava seu dinheiro com compra de livros, ida a museus, cinema, cursos no exterior e por aí afora.
Beckman, no seu artigo, fala que a direita perdeu a sua dimensão poética. Pois, no lugar dos poetas para a defender, entraram os “economistas financistas” e “comentaristas da mídia”. Das argumentações para a ofensa. Semana passada, na sala de espera do consultório médico, uma mulher dizia que não tomava mais iogurte Vigor porque ele pertencia ao Lula (!). Diante da incredulidade da sua interlocutora, ela disse que “é verdade sim porque eu recebi pelo Whatsapp“.
Dois posts antes deste, quando eu comentei que as elites brasileiras são escravocratas, uma pessoa inseriu um comentário me ameaçando “quebrar os dentes”. Uma outra disse que eu chamei todos os eleitores de Aécio de escravocratas quando eu não disse em nenhum momento isto no meu texto. 
Apenas disse que as elites são escravocratas e que houve uma narrativa preconceituosa e xenófoba na campanha do candidato da oposição, expressa, inclusive por uma liderança importante do PSDB, implícita também na mensagem repisada pela mídia querendo fazer uma comparação da votação da presidenta reeleita com o Bolsa Família (por que não fazem, então, um mapa da votação comparando os votos dos candidatos em locais onde a renda está mais concentrada?) e que ficou demonstrado com os atos golpistas e racistas que ocorreram em São Paulo na última semana.
Em suma, é a direita  que gasta dinheiro comprando carrões do último tipo e que se sente informada lendo a revista Veja. Ou que uma informação do Whatsapp é o supra-sumo da argumentação.
Rosseau, quando propôs a ideia do contrato social, pensou em uma sociedade em que haja uma esfera pública em que todos os cidadãos possam livremente expressar racionalmente as suas posições. A razão é a essência do debate democrático. A liberdade é justamente para que esta razão possa se expressar cada vez mais. Esta é a essência da democracia.
Não sou de direita. Mas que, diante de uma direita que tem como argumento quebrar a cara, separar o país e defender a volta da ditadura militar, dá uma saudade desta direita das letras de que fala Beckman. Pelo menos nos estimulava a aprofundar o debate e os argumentos como fazíamos no movimento estudantil.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Brasil só avançará se informação for democratizada.


Deputado Jorge Bittar: é preciso uma ação coordenada entre o Executivo
e a sociedade organizada

Os jornalões aproveitam este momento pós-eleitoral para plantar no noticiário as mais estapafúrdias "teses" para que o segundo governo Dilma seja mais palatável aos seus interesses, principalmente os imediatos, que dizem respeito à sua própria sobrevivência, ameaçada pela incompetência de grupos empresariais que vivem ainda no pré-capitalismo, dependentes de benesses oficiais e facilidades informais.

Não há notícias, porque ainda não há fatos neste momento de transição. Há tão somente fofocas, boatos, balões de ensaio, lobbies descarados em favor de um outro personagem que possam ajudar o oligopólio jornalístico a respirar por mais algum tempo o oxigênio das cápsulas que o mantém vivo.

Uma das questões mais frequentes do "noticiário" é sobre quem será o próximo ministro da Fazenda. A torcida para que a escolha recaia sobre um amigo do mercado financeiro é tremenda. 

Ao mesmo tempo os jornalões intensificam a campanha permanente que vêm fazendo ao longo dos anos contra qualquer tentativa de regulação do setor de comunicações. Como se sabe, a presidenta Dilma colocou a questão como uma das prioridades em seu segundo mandato.

Nesse quesito, os jornalões se superam. Não só desinformam, mas mentem abertamente, confundindo, de propósito, regulação, algo essencial a qualquer segmento econômico, com censura de conteúdo e outras imbecilidades.

O problema, para o governo, é que a mídia oligopolizada conta com a ajuda de grande parte dos parlamentares, que, desobedecendo frontalmente a Constituição, é dona ou integra a diretoria de veículos de comunicação. 

Muito mais importante do que definir quem será o próximo ministro da Fazenda, que, em última análise, vai obedecer a orientação da presidenta da República na definição e aplicação da política econômica, é o governo federal preparar um plano estratégico de comunicação - o ponto mais vulnerável de suas três gestões.

A democracia incipiente que vive o Brasil não prosperará se o oligopólio da informação não acabar.

E é bem possível que o segundo governo Dilma seja abreviado se não atacar de maneira dura, rápida e implacável esse enorme problema. 

O texto abaixo, da Agência PT de Notícias, dá uma ideia das enormes dificuldades de se mexer nesse vespeiro: 

Bancada da mídia afronta Constituição no Congresso

Apesar de proibidos pela Constituição Federal, deputados e senadores mantêm vínculos diretos com veículos de comunicação em todo o País

O Artigo 54 da Constituição Federal não poderia ser mais claro: é proibido a todo e qualquer ocupante de cargo eletivo ser diretor ou proprietário de canais de comunicação, como jornais impressos, rádios e TV. E o Artigo 55 pune com a perda do mandato quem descumprir o artigo anterior. Mas, no Congresso Nacional, existe uma bancada bem estabelecida do baronato da mídia nacional ou, indiretamente, financiada por ela. Ao todo, 271 políticos são sócios ou diretores de 324 veículos de comunicação.

Mas, ao que parece, esses parlamentares têm uma licença especial para afrontar a Lei Magna do País. Segundo o Secretário Executivo do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) Pedro Rafael Vilela, até 2012, havia 260 concessionários de rádio e TV nas mãos de políticos em cargos eletivos.

Segundo Vilela, desde 2013 o FNDC trabalha para coletar 1,3 milhão de assinaturas para um projeto de lei de iniciativa popular para impedir, de fato, a propriedade de veículos de comunicação a parlamentares.

A preocupação do FNDC é, também, o processo de democratização da produção e consumo do conteúdo veiculado. “Das seis maiores redes de comunicação do País, cinco estão em São Paulo e uma no Rio de janeiro”, explica Vilela. Segundo ele, o que está em jogo é a representação da pluralidade cultural brasileira, que não se enxerga na produção da mídia hegemônica.

Titular da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, o deputado Emiliano José (PT-BA) garante que a comissão nunca tratou do assunto sobre parlamentares proprietários de veículos de comunicação. Segundo ele, candidatos assim levam vantagem por poder controlar o conteúdo do noticiário. “Isso é antidemocrático, empobrece o debate e exclui a sociedade do acesso ao direito à comunicação”, diz o deputado. Para Emiliano, o caminho para se chegar à regulação da mídia passa pela reforma política do sistema eleitoral.

Para um outro integrante da mesma Comissão, o deputado Jorge Bittar (PT-RJ), nem o cumprimento do Artigo 54 e nem a regulação da mídia vão acontecer “porque isso deriva do fato de muitos parlamentares serem donos de veículos de comunicação”.

Bittar acredita que o rompimento da limitação dos avanços rumo a uma regulação democrática da mídia imposta por parlamentares proprietários de veículos de comunicação virá por meio de uma ação coordenada entre o Executivo e a sociedade organizada. “Dilma deve promover um amplo e aprofundado debate sobre importância para a democratização e para vedar, terminantemente, a propriedade de veículos de comunicação por políticos”, afirma.

O deputado viveu as dificuldades de democratizar a comunicação no Brasil quando, em 2007, foi relator da reforma da tevê por assinatura. Ele apresentou uma proposta para destinar 30% dos recursos do Fundo Setorial do Audiovisual Brasileiro para produções independentes das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. “Isso paralisou a reforma e as discussões duraram até 2011, quanto a reforma foi aprovada”, conta Bittar.

Ainda assim, a sociedade tem se organizado e avançado nas discussões. Entre os dias 13 e 24 de outubro ocorreu a Semana Nacional pela Democratização da Comunicação, organizada pelo FNDC e por mais de 300 entidades filiadas.

(Guilherme Ferreira, da Agência PT de Notícias).

Reforma Ministerial - Ministro Edson Lobão vai entregar a Pasta de Minas e Energia.

Foto - Brasil 247.
Recluso desde que foi citado no processo da Operação Lava Jato, o ministro Edison Lobão indica que não permanecerá no segundo mandato de Dilma Rousseff; o PMDB defende a entrada do líder do governo, Eduardo Braga, ou do senador Vital do Rêgo; já o Planalto sinaliza que o mais indicado seria o ex-chefe de gabinete de Dilma Giles Azevedo; Aloizio Mercadante, da Casa Civil, tem sugerido aos ministros que apresentem uma carta de demissão a partir do dia 18 para deixar a presidente à vontade em suas escolhas da reforma ministerial
7 DE NOVEMBRO DE 2014.
247 – Citado no processo da Operação Lava Jato, o ministro Edison Lobão, que já está afastado da há um mês e meio, deve entregar seu cargo a presidente Dilma Rousseff antes da reforma ministerial prevista para sua segunda gestão.
O PMDB quer se manter na vaga. Entre os nomes sondados para substituí-lo estariam o do líder do governo, Eduardo Braga, e o senador Vital do Rêgo. Já o governo sinaliza que o mais indicado seria o ex-chefe de gabinete de Dilma Giles Azevedo.
O anuncio do novo governo só deve sair após o encontro do G20, mas o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, tem sugerido aos ministros que apresentem uma carta de demissão a partir do dia 18, para deixar a presidente à vontade em suas escolhas.
Leia aqui reportagem de Rodrigo Fariello sobre o assunto. 

Chacina em Belém do Pará, ocorrida na noite da ultima quarta-feira, termina com mais trinta e cinco mortes, suspeita-se de vinculo destes homicídios com a morte de um policial militar.

Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República acompanha apuração de chacina na capital paraense
Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República acompanha apuração de chacina na capital paraense

Os corpos de seis vítimas dentre as mais de 35 que morreram durante uma chacina, na madrugada de quarta-feira, em Belém, foram sepultados nesta quinta-feira (06 de novembro), após liberados pelo Instituto Médico Legal com o reconhecimento de familiares. Cinco deles foram reconhecidos pela manhã. O sepultamento ocorreu em meio a muita emoção.

A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República incumbiu o ouvidor nacional dos Direitos Humanos, Bruno Renato Teixeira, de acompanhar as investigações das mortes de pessoas ocorridas na noite desta terça e na madrugada desta quarta-feira em Belém.

Em nota, a secretaria Informou estar em contato com as autoridades do Estado do Pará e do Ministério da Justiça, para obter informações sobre a apuração do caso. As mortes são investigadas pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil.

A rotina mudou após a morte do cabo Antônio Figueiredo, da Polícia Militar (PM), na noite dessa terça, que não estava em serviço, ele foi morto a tiros no bairro Guamá. Na madrugada desta quarta-feira, nove pessoas foram assassinadas em bairros diferentes de Belém, depois de serem abordadas em vias públicas por pessoas em motos.

A empresária Naishila Macedo, proprietária de um bar na Cidade Velha, disse que assim que começaram a circular nas redes sociais informações sobre a morte do PM Antônio Figueiredo, os clientes foram embora e ela precisou fechar o estabelecimento mais cedo.

A Polícia Militar reforçou o efetivo. Além de intensificar as rondas nos bairros do Guamá e Terra Firme, 120 policiais a mais trabalharam em cada turno.

- Nos dias normais é bem movimentado, muito estudante chegando e voltando, mas hoje isso aqui parece feriado – segundo o cobrador de ônibus Osvaldo Freitas.

Sargento convoca “o máximo de amigos” para vingar o policial

O promotor da Justiça Militar Armando Brasil pediu que a população de Belém não se deixasse influenciar por informações exageradas compartilhadas em redes sociais. “A população não deve entrar em pânico. Há muitas pessoas se aproveitando da situação e espalhando boatos pela Internet, tentando criar uma situação de caos. São vídeos, áudios e fotos que não têm relação com os fatos ocorridos ontem e que estão sendo forjados para disseminar o pânico”, disse Brasil.

Só após os trabalhos de investigação e da perícia criminal, a polícia poderá dizer se existe vínculo entre os homicídios com a morte do policial. A Corregedoria-Geral da PM investigará o possível envolvimento de policiais nas mortes.

Por Redação, agências - de Belém do Pará.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Reforma Ministerial - Marta é a Primeira a Sair e deixa o Ministério da Cultura.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Minas Gerais - Delator do mensalão tucano Nílton Monteiro e o jornalista Marco Aurélio Carone foram soltos em Belo Horizonte.


O jornalista Marco Aurélio Carone e Nílton Monteiro
Por volta das 11h desta terça-feira 4, foram postos em liberdade, em Belo Horizonte (MG), Nilton Monteiro e o jornalista Marco Aurélio Carone.

Segundo a versão oficial, os dois foram acusados de formar quadrilha para disseminar documentos falsos, inclusive por meio de um endereço na internet, com o objetivo de extorquir acusados.

Mas há outra explicação, que remete a um fato político: Nílton Monteiro e Marco Aurélio Carone se tornaram uma pedra no sapato dos tucanos em geral e do senador Aécio Neves em particular, que, à época da prisão dos dois, pretendia ser candidato à Presidência da República.

Carone mantinha o site Novo Jornal, onde publicava denúncias contra os tucanos mineiros, especialmente Aécio Neves, que governou Minas de 2003 a 2010.

A sua prisão ocorreu em 20 de janeiro deste ano. Na época, o bloco parlamentar Minas Sem Censura (MSC) denunciou: a prisão preventiva do jornalista era uma armação e tinha a ver com o chamado “mensalão tucano” e a Lista de Furnas no contexto das eleições de 2014.

Os advogados de Carone tinham impetrado vários habeas corpus em favor do seu cliente no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Só que nenhum foi julgado ainda.

A decisão de libertá-lo partiu do juiz Dr. Haroldo Andre Toscano de Oliveira, titular da 2ª Vara Criminal de Belo Horizonte.

Devido a problemas de saúde, Carone estava preso na enfermaria do complexo penitenciário de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem, região metropolitana de BH.

Porém, de acordo com a sua irmã, quando iniciou o segundo turno da eleição presidencial, Carone foi transferido da enfermaria para isolamento, para que não tivesse contato com ninguém.

Passado o segundo turno, voltou para a enfermaria.

Nílton Monteiro é principal testemunha contra a cúpula do PSDB em Minas Gerais. Em 2005, revelou a trama urdida pelos tucanos para desviar dinheiro público para o financiamento das campanhas de Eduardo Azeredo à reeleição ao governo do Estado e de parlamentares de vários partidos, em 1998. O caso ficou conhecido como o mensalão tucano, ou mineiro.

Nílton também foi testemunha do caso da Lista de Furnas, que envolvia esquema de financiamento de campanha de tucanos mineiros e aliados na eleição de 2002.

Ele estava preso, desde maio de 2013, também no complexo penitenciário Nelson Hungria, em Contagem.


Nilton se declarou inocente e jurou ser vítima de uma armação de políticos denunciados no esquema do mensalão tucano, que queriam mantê-lo na cadeia afastado dos holofotes.

“Por detrás da minha prisão está o Aécio Neves… Eu fui operador do esquema junto com o Marcos Valério”, frisou na entrevista ao Viomundo.

Coincidência ou não, Nilton Monteiro e Marco Aurélio Carone só foram após o término das eleições de 2014.

Será que se Aécio Neves tivesse vencido, eles já estariam em casa hoje?

Conceição Lemes
No Viomundo

Link: http://www.contextolivre.com.br/2014/11/delator-do-mensalao-tucano-e-jornalista.html

Policia Federal combate organização criminosa por tráfico de drogas no Brasil e em países vizinhos.

04.11.2014.
PF combate organização por tráfico de drogas no Brasil e em países vizinhos
Foto - Polícia Federal

Sinop/MT - A Polícia Federal deflagrou hoje (04) a operação Veraneio* com o objetivo de desarticular organização criminosa sediada em Sinop/MT, voltada para a prática dos crimes de tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro no Brasil, Venezuela e Honduras.
Ao todo, estão sendo cumpridos 48 mandados judiciais, sendo 7 prisões temporárias, 17 conduções coercitivas e 24 buscas e apreensões em 4 estados (Mato Grosso, São Paulo, Minas Gerais e Amazonas).
A investigação se desenvolveu entre 2011 e 2014, estima-se que eram transportadas cerca de uma tonelada de cocaína por mês entre a região de Apure na Venezuela, fronteira com a Colômbia e dominada pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), tendo como destino Honduras, visando abastecer cartéis sediados no México.
A quadrilha baseada em Sinop/MT é a responsável pela aquisição de aeronaves no Brasil, adaptando-as ao transporte de cargas, adulteração do prefixo identificador e por todo o transporte entre a Venezuela e Honduras, onde abandonam a aeronave e retornam ao país em voo comercial.
A operação contou com o apoio da Polícia de Honduras, da Força Aérea Colombiana e da Agência Antidrogas dos EUA (DEA), responsáveis pela captura de aeronaves e apreensão de drogas em solo hondurenho, além da Força Aérea Brasileira.
Os presos responderão por crime de tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico internacional, lavagem de dinheiro transnacional e organização criminosa transnacional.
*O nome da operação refere-se à coleção de veículos mantida pelo líder da organização criminosa.
Comunicação Social da Polícia Federal no Mato Grosso- (65) 3927-9235.