O Brasil deu um passo importante nesta semana em direção a avanços em pesquisas hidroceanográficas científicas para caracterização física, química, biológica, geológica e ambiental de áreas oceânicas estratégicas do Atlântico Sul.
O Navio de Pesquisa Hidroceanográfico Vital de Oliveira foi entregue à Marinha do Brasil na última quarta-feira (24), em cerimônia de batismo realizada no cais de Keppel Marine, em Cingapura. O evento foi presidido pelo chefe do Estado-Maior da Armada, almirante-de-esquadra Wilson Barbosa Guerra, e contou com a participação de autoridades civis e militares.
Adquirida em 2013 por aproximadamente R$ 162 milhões, a embarcação é fruto do acordo de cooperação firmado entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Ministério da Defesa (MD) e as empresas Petrobras e Vale.
Segundo o coordenador para Mar e Antártica do MCTI, Andrei Polejack, o navio é uma das cinco melhores plataformas de pesquisa hidroceanográfica do mundo. A França, o Japão, a China e a Rússia são alguns dos países que possuem embarcações semelhantes. No Hemisfério Sul, apenas a Austrália tem uma equivalente.
"O Vital de Oliveira está equipado com o que há de mais avançado em termos de tecnologia, permitindo o acesso à parte geológica e biológica para experimentações e retirada de amostras", diz Polejack, ao acrescentar que embarcação permitirá ao País realizar pesquisas em águas brasileiras e internacionais.
Um dos equipamentos já disponíveis é o veículo de operação remota (ROV, na sigla em inglês), que pode atuar a uma profundidade de 4 mil metros. Cinco laboratórios, sendo dois molhados e três secos, também integram a embarcação.
A obtenção do Vital de Oliveira terá reflexo direto na ampliação da geração de conhecimento sobre o ambiente marinho na região do Atlântico Sul, no desenvolvimento de tecnologias e inovação em produtos e serviços, na redução da vulnerabilidade e dos riscos decorrentes de eventos extremos e das mudanças climáticas sobre a zona costeira e na formação de recursos humanos ligados à pesquisa científica marinha.
Testes e viagem
Construído pelo estaleiro Guangzhou Hantong Shipbuilding and Shipping Co. Ltd., na cidade de Xinhui, na Republica Popular da China, a embarcação passou pela fase de testes, adequações técnicas e instalação de equipamentos em Cingapura. A embarcação deve iniciar a viagem rumo ao Brasil em maio, após passar por novos testes na Indonésia. A previsão é chegar ao País em julho deste ano.
O nome do navio foi estabelecido em homenagem ao capitão-de-fragata Manoel Antonio Vital de Oliveira, morto na Guerra do Paraguai em 2 de fevereiro de 1867, no bombardeio a Curupaiti, a bordo do Monitor Encouraçado Silvado, do qual era comandante.
Foto - George dos Santos Diniz, vulgo “Paraibinha” e Bruno Sousa – mais dois bandidos fora de circulação.
O blog do Daby Santos traz a informação de que pelo menos cinco perigosos presos fugiram da carceragem da delegacia de Araioses, entre os fugitivos quatro criminosos já foram identificados, são eles Paraibinha, Guaxelo, Fábio e Bruno.
O Blogueiro Daby Santos realizou vários telefonemas para a delegacia de Araioses, para o celular da Polícia Militar e para os números particulares de alguns polícias para saber mais detalhes da fuga, porém nenhum deles respondeu, em que pese às tentativas.
George dos Santos Diniz, vulgo “Paraibinha” e Bruno Sousa foram presos na última segunda-feira (04) como foi noticiado aqui no blog.
A seguir transcrevemos a matéria com a prisão de Paraibinha e Bruno Souza na ultima quarta-feira. [George dos Santos Diniz, vulgo “Paraibinha” e Bruno Sousa – mais dois bandidos fora de circulação.]
Em operação realizada na tarde de hoje (04) a Polícia Militar Araioses, juntamente com integrantes da Guarda Municipal prenderam os bandidos George dos Santos Diniz, vulgo “Paraibinha” e Bruno Sousa, considerados de alta periculosidade, e que de uns tempos para cá vinham atormentando a população de Araioses e povoados vizinhos.
Foto - Blog do Daby Santos
A ação dos policias ocorreu por volta das 13:00h, logo após os dois terem praticado um assalto a um posto de combustíveis no povoado Canabrava, município de Água Doce do Maranhão.
Pelas informações colhidas pela polícia, depois do assalto eles se deslocaram para a cidade de Araioses, onde pretendiam agir, porém a PM foi avisada da ação dos assaltantes e deu início a uma rápida investigação monitorando as estradas de acesso à cidade.
Foto - Blog do Daby Santos
Enquanto isso ocorria, várias ligações telefônicas de populares foram feitas para a PM que os interceptou no Posto Silvestre, já na entrada de Araioses, onde foram abordados. Com eles foi encontrado um revólver calibre 38 com seis munições intactas e uma pistola 380 com 30 munições intactas em 2 carregadores. Ainda na posse dos bandidos havia a quantia de R$ 143,00, provavelmente oriunda do assalto ao posto, uma moto Honda 250 Tornado e um celular.
Segundo a PM os dois assaltantes ao se deslocarem para a cidade de Araioses tinham em mente assaltar algumas repartições como os Correios e estabelecimentos comercias. Há fortes suspeitas de que os dois já praticaram vários assaltos na região.
A ação enérgica e pronta da PM e Guarda Municipal de Araioses impediu que isso ocorresse. São mais dois bandidos tirados de circulação que serão entregues agora a justiça, que determinará o destino de cada um deles.
Por uma UFMA democrática, ajude-nos, MUDe Você também.
O professor do departamento de Comunicação Social e atual secretário de Direitos Humanos e Participação Popular, Francisco Gonçalves, declarou voto nas candidaturas do Movimento UFMA Democrática (MUDe): Antônio Gonçalves reitor e Marise Marçalina vice-reitora.
Em carta, professor Francisco Gonçalves declara apoio ao MUDe
A posição de Chico Gonçalves é coerente com sua trajetória política de alinhamento ao campo democrático-popular, representado na UFMA pelo MUDe, que conseguiu agregar um expressivo apoio entre professores, servidores administrativos e estudantes.
Doutor em Comunicação (UFRJ) e ex-candidato a reitor (2007) em oposição a Natalino Salgado, Francisco Gonçalves é uma das principais lideranças da UFMA.
Em uma carta (veja abaixo) distribuída nas redes sociais, intitulada “Se é para mudar o reitor, vamos mudar a UFMA”, Francisco Gonçalves argumenta que a instituição precisa romper o continuísmo, elegendo “um reitor que consiga articular a expansão física e institucional da universidade com o fortalecimento qualitativo do ensino, da pesquisa e da extensão”, justificou.
A eleição na UFMA está polarizada entre as candidaturas do MUDe (Antônio Gonçalves/Marise Marçalina) e do reitor Natalino Salgado Filho: Nair Portela reitora e Fernando Carvalho vice.
Fernando Carvalho tentou ser candidato a reitor, mas Salgado preferiu Portela.
Os outros dois candidatos – Antônio Oliveira, atual vice-reitor, e Sofiani Labidi – racharam a base do reitor Natalino Salgado e vão disputar votos no mesmo reduto da candidata oficial.
LIBERDADE DE PENSAMENTO
O posicionamento do professor Francisco Gonçalves, um dos principais secretários do governo Flávio Dino (PCdoB), destoa da orientação do Palácio dos Leões, que prefere a eleição de Nair Portela.
O PCdoB está engajado na campanha de Nair, através do SintUFMA, controlado pelos comunistas, e de uma parte do DCE, sob a proteção do reitor.
Nair é irmã do secretário de Segurança Jeferson Portela, filiado ao PCdoB.
Candidato do MUDe, Antônio Gonçalves é o presidente (licenciado) do PSOL no Maranhão e também da Apruma (Associação dos Professores da UFMA), seção sindical do Andes-SN.
A opção de Francisco Gonçalves pela candidatura da oposição na UFMA é uma demonstração de autonomia e liberdade de pensamento.
Revela também que não há imposição no governo. O fato de ser secretário de Direitos Humanos e Participação Popular não obriga Francisco Gonçalves a votar na candidata do Palácio dos Leões.
Veja a carta:
SE É PRA MUDAR O REITOR, VAMOS MUDAR A UFMA!
Na próxima eleição pra reitor, votarei no Prof. Antonio Gonçalves para reitor e na professora Marise Marçalina para vice-reitora.
Primeiro, porque a UFMA precisa mudar os rumos de sua história, marcada fortemente pelo continuísmo;
Segundo, porque a UFMA precisa de um reitor que veja no contraditório a possibilidade do diálogo e a base da liberdade de pensamento;
Terceiro, porque a UFMA precisa de um reitor que consiga articular a expansão física e institucional da universidade com o fortalecimento qualitativo do ensino, da pesquisa e da extensão;
Quarto, para que a universidade interaja audaciosamente com a realidade do
Maranhão e com a superação das desigualdades.
Pois, se esta eleição é pra mudar o reitor, vamos aproveitar e mudar a universidade, em quantidade e qualidade!
Francisco Gonçalves da Conceição, professor do Departamento de Comunicação Social e doutor em Comunicação e Cultura pela UFRJ.
Foto - Prof. Ed. Wilson
O que faz este blogueiro acreditar que o Professor Ed Wilson apoia a chapa do MUDe. É que seu blog noticiou em primeira mão a tomada de posição do Chico Gonçalves, o Professor Ed. Wilson é filiado ao PT e segue a mesma corrente política do Professor Chico Gonçalves.
Um avião de transporte militar Airbus A400M, que tinha sido encomendado pela Turquia, caiu hoje (9) perto do aeroporto de Sevilha, informou a Airbus Defence and Space. O acidente vitimou até 10 pessoas.
“Confirmamos que houve um acidente com um A400M em Sevilha”, disse a Airbus em comunicado. “Neste momento, podemos confirmar que a aeronave tinha a matrícula MSN23, uma aeronave prevista para o cliente turco”.
Foto - Avião A400M.
A Turquia assinou em 2003 um acordo para a compra de dez A400M, sendo que a última das unidades que deverá ser entregues em 2018. A Turquia já havia se queixado de um atraso na entrega das aeronaves.
Foto - Airbus.
Bélgica, França, Alemanha, Luxemburgo, Malásia, Espanha e Grã-Bretanha também encomendaram o A400M. As encomendas totalizam 174 das unidades, sendo 12 entregues e em operação, informou o site da Airbus. A empresa apelidou o avião do Grizzly.
Está acontecendo um fenômeno novo e desconcertante na política. É a possibilidade de a Espanha despejar na Europa, com Pablo Iglesias, um líder quase imberbe de 36 anos, a fornada de governos progressistas iniciada na América Latina, em 1999, com Hugo Chávez. Burguesia brasileira, tremei, porque isso não é lorota, é verdade cristalina!
Com efeito, o ciclo bolivariano, que já eliminou ou reduziu ao mínimo o analfabetismo, possibilitou o desenvolvimento com inclusão e a ampliação do emprego nos países que escolheram essa via (além da Venezuela, Nicarágua, Bolívia, Equador, Argentina, Brasil e Uruguai), já começou em chão europeu, com a recente eleição de Aléxis Tsípras, de 41 anos e integrante do movimento Syriza, na Grécia: sua primeira medida foi adotar o modelo argentino-kichnerista para tratar a dívida externa.
Mas é na Espanha, pelo peso de sua importância estratégica, que o movimento de inspiração progressista poderá se afirmar por lá e deitar raízes por outros vizinhos de origem latina, como Itália, Portugal e, quem sabe, França. Tais países vivem seus piores momentos de degradação social e moral. É entre os vaidosos espanhóis que desponta o movimento popular Podemos, partido de Iglesias, integrado na maior parte por cientistas políticos, estudantes e de cidadãos que perderam suas casas, empregos, e benefícios sociais.
Neste país milenar, berço de quase todas as jovens nações americanas, e que, até recentemente, batia a França na recepção de turistas, 800 mil apartamentos, tomados pelos bancos dos que se endividaram por causa da crise econômica, encontram-se vazios, e parte da população passou a viver nas casas dos parentes ou no meio da rua. Seus salários e pensões foram achatados e diminuídos e o desemprego entre a população de 20 a 30 anos oscila entre 55% e 60%, um despautério para qualquer nação que se preze.
Alguma semelhança com o Caracaço que produziu o coronel paraquedista Hugo Chávez ou a Argentina do colapso de 2001 que abriu espaço para Néstor e Cristina Kirchner? É a população do sul da Europa que, como seus filhotes das Américas, se articula para vencer seus impasses diante da truculência das elites tradicionais. Estas se tornaram reféns do capitalismo mais predador de que o mundo tem notícia e, tuteladas pela chamada troika – Banco Europeu, FMI e União Europeia -, impõem políticas recessivas, derrubam e levantam governos, via golpe parlamentar – casos específicos da Itália, Portugal e Grécia – fazendo hoje da veneranda Europa um continente de terra arrasada, enquanto multiplicam suas barras de ouro nos bancos da Suíça e nos paraísos fiscais. E não se pense que as opulentas anglo-saxãs Inglaterra e Alemanha estejam livre do naufrágio porque carregam as economias estagnadas há mais de dez anos.
Como surgiu Pablo Iglesias e sua turma de jovens magros e imberbes que pontuavam na Universidade Complutense, de que são masters e doutores em ciências políticas, e tiveram seu batismo de fogo no assessoramento a Chávez, Rafael Correa, Evo Morales etc. Eles ainda vivem viajando pela América Latina na busca de inspiração e bússola para seu projeto espanhol. Por terem mais visibilidade com os programas de entrevistas que instalaram na TV e na internet, eles, conseguiram sobrepor-se às outras correntes dos indignados, os quais, desde a eclosão da crise econômica em 2008, inundaram as ruas de Madri e outras grandes cidades em protesto contra os despejos e o desemprego.
Formaram então o Podemos, partido já registrado e que elegeu cinco eurodeputados na eleição de 2014, projetando-se desde já, com menos de um ano de formalização, como uma força política capaz de superar os carcomidos PP, da direita, e PSOE, antiga sigla de esquerda mas hoje totalmente submetida ao neoliberalismo. O nome Podemos quer significar que suas propostas são possíveis e viáveis, numa derivação do “Yes, we can” , inaugurado pelo ex-esperançoso Barak Obama, nos Estados Unidos, também em 2008. Além do slogan, nada em comum com o Obama belicista e hoje perseguidor da Venezuela. Granjeou a simpatia nacional e o respeito internacional por suas propostas ousadas para enfrentar a crise e uma forma de democracia direta (plataforma, direção e lista de candidatos são todas votadas on line por qualquer cidadão, independente de filiação partidária).
Desde o início do ano passado, Iglesias e seu fiel escudeiro, Iñigo Errejón, ainda mais magro e com apenas 31 anos, mas já secretário de estratégia política do partido, vem dando lições à velharia política, inclusive os carcomidos do PSOE (um de seus barões, Felipe González, é companheiro de jornadas do brasileiro FHC na sabotagem de nossos governos progressistas).
Sua movimentação frenética já lhes rendeu, além das cadeiras no Parlamento Europeu, a catapultação aos primeiros lugares nas pesquisas para as eleições de 20 de dezembro, que vão escolher o novo parlamento e o novo chefe do governo. Ainda é cedo para prognosticar se o flamante partido terá estrutura para sustentar-se até lá, mas indica que terá musculatura para influir nos destinos do país, qualquer que seja o resultado eleitoral. Sobretudo porque o Podemos atraiu a ira da virulenta mídia espanhola, dominada pelos saudosistas do franquismo e da velha oligarquia europeia.
Por isso, estão debaixo de tonitruante campanha midiática visando intimidá-lo ou cooptá-lo. Iglesias e Errejón, são acusados da piores coisas, inclusive de receberem dinheiro da Venezuela e do Equador para implantar o chavismo em terras hispánicas ou americalatinizar a península Ibérica. Eles não se amofinam e, como Aléxis Tsypras, o fêz na Grécia, continuam a pregar contra o neoliberalismo e a viajar pela América Latina, onde dizem buscar inspiração e ensinamentos.
Não é só ganhar – Convenhamos que o programa do Podemos é ousado e prega a convocação de uma Constituinte, a exemplo do que fizeram Chávez, Rafael e Evo Morales; a renegociação soberana da dívida e a devolução das casas e apartamentos afanados e um programa de inclusão decididamente bolivariano, ainda que não use este nome, por razões óbvias. Em recente viagem ao Equador de Rafael Correa, Pablo Iglesias, acompanhado de Iñigo, explicou que seu movimento não está interessado só em ganhar eleições. Disse ele ao programa El Ciudadano, de uma TV de Quito: “Não basta ter muitos votos, não basta ganhar as eleições. Temos de alcançar os apoios sociais suficientes para disciplinar e ensinar os que não aceitarem os resultados eleitorais, que devem aceitá-los”.
Sobre suas inclinações políticas, Pablo afirma: “Quando me perguntam por referências do passado, sempre digo Salvador Allende (Chile) (e) Juan Negrín (presidente da breve II República Espanhola de 1937). Quanto ao presente, sempre digo Rafael Correa (Equador), ainda que não estejamos de acordo em algumas coisas. Rafael tem um espírito pragmático, diferentemente de alguns esquerdistas que são muito bravos na hora de criticar, mas que não assumem as contradições e as dificuldades de exercer a prática de governo”.
Iglesias referia-se aí à tentativa de golpe militar contra Correa, em 2010 e suas dificuldades em administrar um país desgovernado por uma sucessão interminável de golpes de Estado. Daí a importância do quadro equatoriano que pressupunha no início: “gerir um país diante da possibilidade de um golpe de Estado ou diante das dificuldades econômicas, fazer funcionarem, de maneira simultânea, interesses diferentes, de administrar com habilidade as relações internacionais, os processos de aplicação de políticas públicas, cujos resultados não se produzem imediatamente; conseguir um grau de consenso suficiente para realizar transformações que nem sempre seguem os passos que alguém gostaria que seguissem”.
Por sua vez Iñigo Errejón, esteve na semana passada, em Buenos Aires, animando o seminário Emancipação e Igualdade, que reuniu, durante três dias pensadores como Noah Chomsky, Álvaro García Linera, Leonardo Boff, Emir Sader, Camila Vallejo, Axel Kicillof, Ricardo Forster, Gabriela Rivadeneira, promovido pelo governo Kirchner. Em sua intervenção, ele não se abespinhou em declarar seu apoio à política de Cristina: “Obrigado à Argentina por dizer que não negocia sua soberania nem sua emancipação. Obrigado à Argentina porque, quando teve de escolher entre servir a seu povo ou pôr-se de joelhos junto aos fundos abutres, escolheu ficar com seu povo”.
Errejón, que considerou o seminário uma “verdadeira nova internacional”, tal foi o volume de participação, sobretudo juvenil no belo Teatro Cervantes, ainda disse que “o exemplo argentino impregna hoje as melhores energias na recuperação da democracia e da soberania popular da Europa, do novo governo da Grécia e de milhares e milahres europeus do sul”. E quando esse exemplo vai nos impregnar aqui pelo Brasil, ameaçado por velhos e bolorentos golpistas que insistem em envenenar as mentes contra as conquistas dos últimos doze anos?
Secretário de Segurança do Paraná, Fernando Francischini, deixou o cargo nove dias depois da ação violenta da Polícia Militar contra professores da rede estadual do Paraná; ele pediu demissão em carta ao governador Beto Richa (PSDB).
Foto - Brasil 247.
De acordo com o Palácio Iguaçu, o delegado da Polícia Federal Wagner Mesquita de Oliveira responderá interinamente pelo comando da pasta; massacre que deixou mais de 200 manifestantes feridos no Centro Cívico de Curitiba já provocou a queda do secretário de Educação, Fernando Xavier Ferreira, e do Comandante da PM, César Vinícius Kogut; Francischini chegou a criticar o cerco policial, mas segundo Kogut, ele "participou de tudo" e "a responsabilidade pelos atos" deve ser de sua pasta.
8 DE MAIO DE 2015 ÀS 11:32.
Paraná 247 – O massacre da Polícia Militar contra professores do Paraná, que completou nove dias na ultima sexta-feira 8, acaba de provocar a terceira queda no governo de Beto Richa (PSDB). O ex-Secretário de Segurança, Fernando Francischini, responsável pelo comando da ação, pediu demissão ontem em carta a Richa. O Palácio Iguaçu informou que o delegado da Polícia Federal Wagner Mesquita de Oliveira, que comandava o setor de inteligência da Secretaria, responderá interinamente pelo comando da pasta.
Foto - polícia Militar.
Por conta da ação da PM que deixou mais de 200 manifestantes feridos no Centro Cívico de Curitiba, também já caíram o secretário de Educação, Fernando Xavier Ferreira, e o Comandante da PM, coronel César Vinícius Kogut.
A situação de Francischini foi agravada depois que se tornou pública uma carta de Kogut ao governador. Ele respondia críticas do secretário ao cerco policial, assegurando que Francischini "foi alertado inúmeras vezes" sobre os possíveis desdobramentos da ação. Em entrevista ontem, ele reafirmou que o secretário "conhecia" a ação e "participou de tudo". Para o coronel, "a responsabilidade pelos atos" deve ser de sua pasta (leia mais).
Foto - Brasil 247.
Críticas feitas ao grupo político de Richa por Flávia Francischini, mulher do secretário, pelo Facebook, jogaram ainda mais lenha na crise (leia mais). "Um bom político trabalha e age por si só, não depende de homens sujos, covardes, que não honram as calças que vestem e precisam agir sempre em grupo, ou melhor quadrilha", escreveu.
Em meio a negociações com os professores, que estão em greve há duas semanas, o governo Richa tenta tirar o peso do desgaste à sua gestão provocado pela ação policial na semana passada, que acabou sendo criticada até por tucanos. O governador passou a ser pressionado pelo PSDB local para demitir Francischini.
Determinado a aprovar sua proposta que altera a previdência do funcionalismo estadual, Richa ordenou que policiais impedissem os servidores de entrar na Assembleia Legislativa para protestar, o que deu início à verdadeira batalha campal.
Alex Rodrigues - Repórter da Agência BrasilEdição: José Romildo
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Instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central a atuar no mercado de capitais são o alvo final da Operação Warari Koxi, deflagrada ontem dia (7), pela Polícia Federal (PF), para desarticular esquema criminoso de extração ilegal de ouro e pedras preciosas em reservas indígenas. O principal alvo da atividade ilícita é a Terra Indígena Yanomami, em Roraima.
Segundo a delegada federal Denisse Dias Rosas Ribeiro, responsável pelo inquérito policial, o principal objetivo da investigação iniciada em novembro de 2014 é mapear toda a cadeia da extração ilegal de ouro, diamantes e tantalita para identificar e punir quem financia a ação ilegal dos garimpeiros.
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Tantalita é um minério bastante valorizado no mercado: por oferecer resistência ao calor é aplicado na indústria eletrônica. “Tivemos que atuar em três frentes: executores, pessoas que retiram o ouro [e outros minérios valiosos] das áreas indígenas; intermediários, lojistas que captam os produtos e fornecem insumos [recursos] para os executores atuarem; e financiadores, que estão nos grandes centros”, disse Denisse.
Segundo ela, em Roraima, há pessoas de baixa renda usadas pelo esquema. No topo da cadeia, como beneficiárias financeiras, há distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários (DTVMs). Ela acrescentou que lojistas e garimpeiros já autuados são explorados e "que a maior parte do dinheiro movimentado vai para os grandes centros urbanos, para as mãos de poucos".
"Já sabemos o destino final desse ouro: estamos atuando na base para demonstrar a materialidade desse crime e [identificar] toda a cadeia para, quando formos atuar em relação aos financiadores, não restar dúvidas sobre como isso é feito", disse Denisse.
Supervisionadas pelo Banco Central, as DTVMs, entre outras ações, intermedeiam a oferta pública e distribuição de títulos e valores mobiliários no mercado. Operam também no mercado acionário, comprando, vendendo e distribuindo títulos e valores mobiliários, inclusive ouro.
De acordo com o chefe da Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado em Roraima, Alan Robson Alexandrino, as DTVMs investigadas – cujos nomes não foram revelados – faziam operações para aparência legal a todo o montante movimentado ilicitamente. Durante as investigações, a PF identificou movimentação suspeita de cerca de R$ 1 bilhão.
A PF estima que só o não pagamento de tributos tenha causado aos cofres públicos prejuízo mensal de cerca de R$ 17 milhões mensais. Denisse Ribeiro lembrou que a atividade garimpeira exige altas somas de dinheiro, o que reforça a necessidade de combater toda a cadeia.
Cerca de 150 policiais federais participam da operação. Trezentos e treze mandados judiciais estão sendo cumpridos em Roraima, no Amazonas, Pará, em Rondônia e São Paulo. Cinco servidores públicos foram conduzidos para prestar depoimento e liberados em seguida. O dono de uma draga foi preso. Documentos e computadores foram apreendidos.