sábado, 7 de novembro de 2015

Geopolítica. Em direção a uma inversão da situação no Oriente próximo.

Thierry Meyssan - Rede Voltaire. Damasco - Síria, em 2.11.2015.
Os dias da «Primavera árabe» estão quase no fim. A partir de agora, a Casa Branca e o Kremlin estão redesenhando os contornos do «Grande Oriente Médio ». No entanto, o seu acordo, que foi celebrado antes da intervenção militar russa na Síria, ainda pode ser modificado pelas alterações no equilíbrio do poder. Não há nenhuma prova de que Moscou irá aceitar a estabilização da Síria ou ignorar a partição da Turquia e da Arábia Saudita, que estão prestes a começar. Em qualquer caso, a agitação futura irá modificar o status quo que tem estado em vigor nos últimos cinco anos. A maioria dos poderes implicados, portanto, está lutando para mudar de lado antes dos outros jogadores.
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Qualquer que seja seu país de origem, a imprensa está atualmente demasiadamente ocupada com a análise da posição do seu próprio Estado no conflito do Oriente Próximo para tomar qualquer conhecimento das negociações globais em curso entre a Casa Branca e o Kremlin [1]. 
Como resultado, ela está interpretando mal certos eventos secundários. A fim de clarificar a atual agitação diplomática, temos de rever o acordo EUA-Rússia de setembro passado.
A parte pública do presente acordo foi formulada pela Rússia em um documento distribuído em 29 de setembro no Conselho de Segurança das Nações Unidas [2]. 
Ele indica que para restabelecer a paz e estabilidade, no norte da África e no Oriente Médio, é essencial – e suficiente- (1) aplicar as resoluções do Conselho de Segurança – o que implica nomeadamente a retirada de Israel para suas fronteiras de 1967 – e (2) combater a ideologia terrorista – em outras palavras, lutar contra a Irmandade Muçulmana, criada pelo Reino Unido e apoiada pela Turquia, e o Wahabismo propagado pela Arábia Saudita.
Havia sido originalmente planejado que a Rússia iria clamar pela adoção de uma resolução para este fim durante a reunião do Conselho de Segurança de 30 de setembro. No entanto, os Estados Unidos se opuseram a essa iniciativa menos de uma hora antes dessa reunião [3]. 
Sergey Lavrov, portanto, presidiu as conversações sem mencionar seu projeto. Este grande evento apenas pode ser interpretado como um desacordo tático, o qual não deve bloquear o acordo estratégico.
No dia 20 de outubro, no Kremlin, o Presidente Vladimir Putin recebeu seu homólogo sírio, Bachar el-Assad, na presença de seus Ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros, o Secretário-Geral do Conselho Russo de Segurança Nacional e o Chefe dos Serviços Secretos. A reunião centrou-se na aplicação do plano Rússia-EUA, incluindo o acordo do Comunicado de Genebra de 30 de junho de 2012 [4]. 
O Presidente el-Assad apontou que ele estava seguindo as instruções desse Comunicado e, em particular, que ele tinha integrado no seu governo os partidos da oposição que haviam solicitado participação, como exigido no documento do Comunicado por um Corpo Governante de Transição.
Tendo verificado que ambos tinham o mesmo entendimento do Comunicado de Genebra, Rússia e Estados Unidos decidiram trazer os Estados dissidentes em linha, ou seja, França, Turquia e Arábia Saudita. Desde que eles entenderam que a posição francesa não se baseava em quaisquer interesses realistas e só poderia ser explicada por uma fantasia colonial e pela corrupção do governo francês pelo dinheiro da Arábia Saudita e da Turquia [5]. 
A Casa Branca e o Kremlin decidiram agir somente sobre a origem do problema - em outras palavras, Turquia e Arábia Saudita. No dia 23 de outubro, John Kerry e Sergey Lavrov, portanto, receberam suas contrapartes turcas e sauditas em Viena. Nenhum texto final foi publicado. No entanto, parece que a Rússia ameaçou os dois hóspedes sem que os Estados Unidos tivesse vindo à sua defesa.
Assustada com a idéia de um possível acordo entre a Rússia e os Estados Unidos contra a Turquia e a Arábia Saudita, a França convocou um «jantar de trabalho» (em vez de uma «cúpula diplomática») em Paris. Alemanha, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, Itália, Jordão, Qatar, Reino Unido e Turquia «evocaram» (em vez de «decidiram») o destino da Síria. O formato deste encontro correspondeu à assembleia do «grupo» de «Amigos da Síria», com exceção do Egito, que secretamente já se aliou à Síria. O fato de terem sido obrigados a convidar os Estados Unidos poluiu a atmosfera da reunião e, mais uma vez, nenhum texto final foi publicado.
Finalmente, no dia 30 de outubro, os Estados Unidos e a Rússia organizaram uma assembleia qualificada mais ampla que incluiu todos os participantes das duas reuniões anteriores, além de Egito, China, Iraque, Irã, Líbano, Omã, União Europeia e Nações Unidas. Enquanto a imprensa revelou a presença do Irã, cuja participação tinha sido rejeitada em qualquer discussão sobre resolução desde o início do conflito, ela nada disse sobre o retorno do Egito de al-Sissi, que originalmente havia sido excluído pela França, mas que agora está entrando no estágio internacional graças à sua recente descoberta de reservas de petróleo. A imprensa também não disse nada sobre a ausência persistente da grande potência regional, Israel. Este último ponto só pode ser explicado no caso que o Estado hebreu ter obtido anteriormente uma garantia de que seria capaz de realizar um dos seus objetivos de guerra, a criação de um Estado colonial no norte da Síria.
Todos os participantes foram obrigados a assinar uma declaração final que apenas Rússia e Irã decidiram publicar [6]. 
Há uma boa razão para esta omissão – ela assinala a derrota dos falcões (do inglês ‘hawks’; ave de rapina) dos EUA. Com efeito, o ponto 8 do texto afirma que o «processo político» (e não a «fase de transição») será liderado pelos sírios, apropriado pelos sírios, e que o povo sírio vai decidir o futuro da Síria [7].
Esta concepção de peso invalida o documento de Feltman que, por mais de três anos, constituiu-se no objetivo dos vários ‘hawks’ dos Estados Unidos, franceses, turcos e sauditas – em outras palavras, sua capitulação total e incondicional da República Árabe Síria [8].
O projeto dos EUA continua, apesar do acordo com a Rússia.
O próximo passo lógico, portanto, deve ser o comandado por Turquia, Arábia Saudita e França, que deve ser viável, enquanto os objetivos originais dos EUA são perseguidos.
Com relação à Turquia, seja qual for o resultado das eleições gerais de 1º de novembro. e especialmente no caso de uma vitória para o AKP – o partido da justiça e desenvolvimento [9], a guerra civil provavelmente continuará e se espalhará [10] até que o país seja dividido em dois, seguido pela fusão do Curdistão turco com o Curdistão iraquiano e um território árabe sírio ocupado pelos curdos sírios e pelos Estados Unidos.
Já, as YPG (Unidades de Proteção do Povo) e os Estados Unidos estão trabalhando juntos para conquistar um território árabe no norte da Síria. Agora, as YPG, que, até o mês passado, estavam recebendo suas armas e sendo pagas por Damasco, virou-se contra a República Árabe da Síria. Sua milícia está invadindo as aldeias conquistadas, expulsando os professores, e reforçando a ’Curdização’ das escolas. A língua falada pelos curdos, o curdo, que tinha anteriormente sido falada e ensinada nas escolas, tornou-se a linguagem única e obrigatória. A milícia da República Árabe Síria, particularmente os assírios, está agora reduzida à defesa de suas escolas contra seus compatriotas curdos [11].
Quanto ao rei Salman da Arábia Saudita, ele terá que engolir sua derrota no Iêmen – um vizinho que, oficialmente, ele tinha invadido para apoiar seu Presidente ausente, mas, na realidade, a fim de explorar, com Israel, a gasolina do «Setor Vazio» [12]. Um após o outro, os Emirados Árabes Unidos e o Egito deixaram a coligação; o primeiro após ter sofrido grandes perdas entre os seus oficiais, e o último, mais discretamente, deixando as operações militares inteiramente nas mãos dos israelenses. 
Os Houthis, empurrados para o norte pelos bombardeamentos, fizeram várias incursões na Arábia Saudita, onde eles destruíram bases aéreas militares e equipamentos. Os soldados sauditas, dos quais quase todos são estrangeiros lutando sob a bandeira da Arábia Saudita, desertaram em massa, obrigando o rei a emitir uma ordem legal contra a deserção. Para evitar um desastre militar, a Arábia Saudita, por conseguinte, solicitou a ajuda de novos aliados. Em troca de dinheiro, o Senegal enviou 6.000 homens, e o Sudão 2.000. a Mauritânia está hesitante quanto a enviar um contingente. 
Há um boato de que o rei também contatou o exército privado Academi (ex-Blackwater/Xe) que está atualmente a recrutar mercenários na Colômbia. Este fiasco é diretamente imputável ao príncipe Mohammed ben Salmane, que clama a iniciativa desta guerra. Desta forma, ele está enfraquecendo a autoridade de seu pai, o rei Salman, e causando descontentamento entre os dois clãs excluídos do poder, aqueles do ex-rei Abdallah e o do príncipe Bandar. Logicamente, o conflito deve levar a uma partilha da herança entre os três clãs e, consequentemente, à separação do Reino em três Estados diferentes.
Será somente depois da solução desses novos conflitos que a paz poderá vir para a região, exceto pela parte árabe que é colonizada pelo novo Curdistão, destinado a se tornar o ponto focal para a expressão do antagonismo regional em lugar da Palestina.
Mas, mesmo que já esteja escrito, o futuro permanece incerto. A inversão do equilíbrio de poder entre Washington e Moscou [13] terá modificado seu acordo.
Os ratos estão deixando o navio.
Enquanto maus perdedores anunciam sem pestanejar que a intervenção militar na Síria não está produzindo os resultados esperados por Moscou, os jihadistas em fuga estão se reunindo no Iraque e na Turquia. O Chefe do Estado Maior dos EUA, General Joseph Dunford, admitiu durante uma audiência no Senado, no dia 27 de outubro, que a guerra estava a evoluir favoravelmente à República Árabe Síria [14]. 
E o Comandante Supremo da OTAN, General de Philip Breedlove, declarou durante uma Conferência de Imprensa no Pentágono, no dia 30 de outubro, que é um eufemismo dizer que a situação está evoluindo a cada dia e agora está ameaçando a segurança da Europa [15].
Somos obrigados a constatar que a aliança entre os partidários do caos e os partidários da recolonização não só perdeu na Síria, mas que a própria Aliança Atlântica já não pode pretender exercer a dominação global. Como resultado, uma tempestade repentina de agitação está soprando pelas chancelarias, muitas das quais agora estão declarando que está na hora de encontrar uma solução pacífica – o que sugere que até agora, pensavam diferente.
As consequências primárias das próximas «inversões de marcha» com relação à Síria serão primeiro a consagração dos papeis internacionais da República Islâmica do Irão e da Federação da Rússia – dois atores que a imprensa ocidental estava apresentando, há quatro meses, como sendo totalmente isolados e em perigo de sofrer terríveis dificuldades econômicas. Esses dois poderes são agora poderosas forças militares - o Irã sendo grande força militar regional e a Rússia global. A segunda consequência será a permanência no poder do Presidente el-Assad - o homem a quem, nos últimos cinco anos, todos diziam que «teria que sair».
Neste contexto, a propaganda de guerra continua livre, com a afirmação de que tanto o bombardeio russo ou o sírio está matando civis. Essas acusações são sustentadas pela organização central dos grupos terroristas, a Irmandade Muçulmana, por meio de seu Observatório Sírio para os Direitos Humanos. Ou então alega-se que a Rússia está ansiosa para negociar rapidamente porque sua intervenção está custando muito dinheiro – como se eles de alguma forma tivessem negligenciado questões orçamentárias durante a longa fase de preparação. Sempre com ideias brilhantes, o diretor da CIA, John Brennan, pretende que a Rússia se prepara para abandonar o Presidente el-Assad, mesmo depois de o Presidente Putin ter ridicularizado essa tentativa de auto-persuasão alguns dias antes, no Clube de Discussão Valdai Internacional.
Na França, a revolta está ganhando a classe política. Os quatro principais líderes da direita, Dominique de Villepin, François Fillon, Alain Juppé e Nicolas Sarkozy, cada um declarou que é um absurdo alienar a Rússia e se recusam a admitir a derrota na Síria. No entanto, Alain Juppé, que teve um papel central no início da guerra, particularmente através da assinatura de um tratado secreto com a Turquia, persiste em conservar o objetivo de derrubar a República Árabe Síria, mais tarde. À esquerda, vários líderes estão planejando viagens para Damasco, para o futuro próximo.
O pânico diante dessas mudanças evidentes é, na verdade, geral. Nicolas Sarkozy apressou-se ao lado do Presidente Putin, como fez o alemão Vice-Chanceler Sigmard Gabriel [16]. Ele declarou ser o caso para fechar o livro sobre as disputas e amarguras do passado e renovar o diálogo com a Rússia. Está mesmo na hora.
Lembre-se:
- A Declaração de Viena e o Programa de Ação de 30 de outubro de 2015 modificam o Comunicado de Genebra de 30 de junho de 2012. Não haverá nenhuma «fase de transição» na Síria porque a República Árabe Síria ganhou a guerra; mas, haverá um «processo político», que será determinado pelo voto do povo.
- A guerra na Síria deve acabar nos próximos meses, exceto no norte, onde os Estados Unidos e Israel estão tentando criar um estado independente colonial, dominado pelos curdos.
- Novas guerras estão em preparação – antes de tudo ao redor de um pseudo-Curdistão imposto sobre populações colonizadas não-curdas, e em seguida na Turquia e Arábia Saudita, a fim de dividir esses grandes Estados em vários Estados menores, em conformidade com o plano de 2001 para a «remodelação do Vasto Oriente Médio». Washington não hesita em destruir seus próprios aliados desobedientes, enquanto Moscou quer terminar com a Irmandade Muçulmana e o Wahabismo.
- A oposição na França e toda a classe dominante na Alemanha tomaram nota da ascensão do poder russo e iraniano e da queda futura da Turquia e da Arábia Saudita. Como resultado, eles estão buscando modificar a sua política.
[1] “Moscovo e Washington entendem refundar as relações internacionais”, Thierry Meyssan, Tradução Alva, Rede Voltaire, 5 de Outubro de 2015.



[4] « Communiqué final du Groupe d’action pour la Syrie », Réseau Voltaire, 30 juin 2012.

[5] “Porque quer a França derrubar a República Árabe da Síria?”, Thierry Meyssan, Tradução Alva, Rede Voltaire, 19 de Outubro de 2015.

[6] “Joint Statement on the outcome of the multilateral talks on Syria”,Voltaire Network, 30 October 2015.

[7] “This political process will be Syrian led and Syrian owned, and the Syrian people will decide the future of Syria”.

[8] “Duas espinhas no pé de Obama”, Thierry Meyssan, Tradução Alva,Rede Voltaire, 31 de Agosto de 2015.

[9] “Em direção ao fim do sistema Erdoğan”, Thierry Meyssan, Tradução Alva, Rede Voltaire, 17 de Junho de 2015.

[10] “A Turquia em perigo”, Thierry Meyssan, Tradução Alva, Rede Voltaire, 28 de Julho de 2015.


[12] “Os projectos secretos de Israel e da Arábia Saudita”, Thierry Meyssan, Tradução Alva, Rede Voltaire, 22 de Junho de 2015. “Why is the West So Silent About The Yemeni War?”, by Martha Mundy,Counterpunch, Voltaire Network, 4 October 2015.

[13] “O Exército russo afirma a sua superioridade em guerra convencional”, Thierry Meyssan, Tradução Alva, Rede Voltaire, 19 de Outubro de 2015.

[14] “Dunford Tells Senate Now is Time to Reinforce Iraqi Success Against ISIL”, Jim Garamone, DoD News, October 27, 2015.


[16] “A Alemanha tenta safar-se do conflito sírio”, Thierry Meyssan, Tradução Alva, Al-Watan (Síria), Rede Voltaire, 29 de Outubro de 2015.

Link original desta matéria: http://www.voltairenet.org/article189163.html

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Presidente da Comissão do Orçamento: Foi política a decisão do TCU sobre contas de Dilma.

Arnaldo Risemberg

Em entrevista exclusiva à Sputnik Brasil, a presidente da Comissão Mista do Orçamento, Senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), explica a opinião que emitiu sobre o relatório do Tribunal de Contas da União que rejeitou as contas da Presidenta Dilma Rousseff referentes ao ano de 2014.


Segundo a parlamentar, o TCU agiu de forma corporativa, já que seus membros decidiram se solidarizar ao relator, Ministro Augusto Nardes, cujo afastamento do processo era defendido por integrantes do Governo Federal. Nardes foi acusado de antecipar, pela imprensa, o seu voto contrário às contas.
Para a Senadora Rose de Freitas, o que deve ser criticado neste relatório é o fato de ele ter sido analisado em bloco, quando, em sua opinião, deveria ter sido examinado item por item.
A seguir, a entrevista com a senadora presidente da Comissão Mista do Orçamento.
Sputnik: Qual sua opinião sobre o parecer encaminhado pelo Tribunal de Contas da União ao Poder Legislativo?

Rose de Freitas: Eu não me debrucei sobre todos os 15 itens do relatório – são 1.054 folhas – que acabei de receber na Comissão e já entreguei ao relator. Eu não sou técnica no assunto mas sou uma parlamentar no oitavo mandato e entendo como se faz essa análise. É apreciação prévia, para oferecer ao Legislativo, das contas presidenciais, é essa a tarefa que tem o Tribunal também, mas eu entendo que, ao proferir um parecer unânime sem que cada relator, cada ministro do Tribunal de Contas, cada conselheiro que ali estava detalhasse seu voto, eles tomaram uma posição técnica e com teor político, o que não cabe naquela Casa. Porque, se fosse eu que estivesse sentada ali, eu iria apreciar cada item e dizer por que estava votando daquela maneira, o que não aconteceu. Vamos chamá-los a explicar por que não foi detalhado voto a voto de cada conselheiro, por que todos apenas se pronunciaram em alguns segundos: “voto com o relator”; “voto com o relator”; “voto com o relator”, sem nenhuma apreciação. Em nenhuma das votações anteriores aconteceu isso. Apenas a instituição, depois de provocada politicamente, de uma maneira muito inábil, pelo Governo Federal, pela Presidência da República, se limitou a votar com o relator. Isso é um erro que se comete, e eu rechaço sem absolutamente desconsiderar o relatório de Augusto Nardes [o relator], que foi meu colega no Congresso Nacional. Eu não faço isso, até porque os técnicos que elaboraram este parecer junto com o relator se debruçaram intensamente sobre aquele parecer, mas quanto aos outros talvez não tivessem feito da mesma maneira, dedicadamente, como a que fez Augusto Nardes.
S: O jornal “O Estado de São Paulo” atribuiu à senhora a declaração de que foi uma atitude corporativa por parte do Tribunal de Contas da União. A senhora confirma esta avaliação?
RF: Confirmo porque, conheço todos os relatores, com alguns eu já havia trocado ideias. Não trocado pareceres, pois eu não me debrucei sobre a matéria. Conheço e sei o que são as pedaladas, o que não deveria ter acontecido no Brasil, absolutamente. Essa maneira de administrar não é correta, e não sendo correta cabem os pareceres contrários e a punição. Mas alguns, em algumas questões, eu divirjo do outro, eu não estou a favor disso ou daquilo. Eu vi isso várias vezes. Quando naquele momento a atitude do Governo foi coesionar as forças internas em cima de um parecer, que eu não digo se está errado ou não, é um parecer bem-acabado porque se trata de um colegiado altamente qualificado. Mas naquele momento, se tivesse alguém contrário ou que quisesse oferecer ressalvas, ou fazer alguma observação sobre o voto, isso ficou colocado de maneira secundária porque naquela hora eles acharam que era mais importante lutar para preservar o conceito da instituição que não estaria subjugada a qualquer pressão, instrumento de força ou influenciada por qualquer outro poder, no caso o Poder Executivo. Naquela hora eles se preocuparam mais em defender a corporação do que propriamente explanar, colocar a público detalhadamente aquele relatório que rejeitava as contas da Presidente Dilma. Se era para rejeitar com todos os votos unânimes, deveriam todos explicar por que votavam assim.

Câmara de São Luís se congratula com os feirantes pela passagem do seu dia

Pelo transcurso do “Dia Municipal do Feirante”, instituído pela Lei 3.430, de 01 de julho de 1994, sancionada pela prefeita Conceição Andrade, que o seu Art. 1º - determina: “Fica instituído o último domingo do mês de outubro como o Dia Municipal do Feirante de São Luís, Capital do Estado Maranhão”, a Câmara Municipal de São Luís se congratula com toda a categoria, reconhecendo o seu labor em prol do desenvolvimento do município.
Câmara de São Luís se congratula com os feirantes pela passagem do seu dia
Para comemoração da data a ASFETCOPAG (Associação dos Feirantes e Trabalhadores no Comércio da Praia Grande) está realizando neste dia 8 de novembro uma grande festa, fazendo louvação ao santo protetor dos feirantes, São José das Laranjeiras), na Feira da Praia Grande, tendo início logo cedo com uma salva de foguetes e romaria até a cidade de São José de Ribamar, se estendendo com festejo durante todo o dia.
“Nesta data comemorativa ao Dia Municipal do feirante, a Câmara dos Vereadores de São Luís se congratula com toda a categoria, reconhecendo a labuta desses trabalhadores e trabalhadoras, que constituem uma das classes produtivas de nossa cidade, no sentido de colaborar com a promoção de emprego e renda, bem como do bem estar da população, através da comercialização de seus produtos”. 
Esta é a mensagem que o Legislativo Ludovicense dirige aos feirantes, ao tempo que deseja êxito no festejo em comemoração ao seu dia, fazendo uma homenagem ao santo padroeiro São José das Laranjeiras”.

Texto: Alteré Bernardino
Em: 03/11/2015

China. Empresa de desenvolvimento de infra-estrutura da China HKND Group, pretende iniciar a construção do canal da Nicarágua no final de 2016.

A criança brinca na costa, na aldeia Rama indiano, Bangkukuk, em 18 de março de 2015. Se o canal Nicarágua é construído, projetos de construção indicar um porto de contentores enorme será construído direito sobre esta terra. [Foto / IC]

Por Lyu Chang (chinadaily.com.cn)

A Empresa de desenvolvimento de infra-estrutura da China HKND Group, através de seu representante, disse na ultima quinta-feira que pretende iniciar a construção do Canal da Nicarágua, um projeto inter-oceânico estimado em US $ 50 bilhões, até o final do próximo ano, depois de receber a licença ambiental do governo Nicaraguense.

"Este é um marco para o desenvolvimento deste projeto, e estamos satisfeitos que o Canal da Nicarágua possa avançar com a velocidade máxima e com o apoio de muitos setores do país", disse Bill selvagem, o conselheiro-chefe do projeto da empresa chinesa.

A avaliação de impacto ambiental e social do projeto, realizada por uma consultoria britânica ERM consumiu dois anos de grandes esforços, reconhecemos que o projeto tem impactos, ambiental e socialmente, mas os benefícios positivos que o projeto trará irá exceder os impactos negativos.

A empresa sediada em Hong Kong, pretende iniciar o trabalho preliminar no distrito de Brito Porto na cidade costeira do sudoeste de Brito, no final deste ano.

A rota traçada do canal se estende desde a cidade costeira do sudeste de Brito até a foz do rio Punta Gorda, no Caribe, passando por mais de 105 quilômetros do Lago Nicarágua.

Pang Kwok Wai, vice-presidente executivo de HKND Group, disse que o custo total do projeto é provável que fique inferior ao projetado inicialmente em US$ 50.000.000.000,00 devido ao fato de que o preço do petróleo caiu para cerca de US$ 30 a 40 o barril este ano.

"Quando estávamos fazendo a avaliação para o custo do projeto no ano passado, o preço do petróleo era de US$ 70 a 80 acima, mas como o preço bruto se manteve caindo, ele vai reduzir bastante o nosso custo", disse ele.

"Se você olhar para a quantidade de combustível que usaremos, você vai saber que este é o melhor momento para tal investimento."



MinC. Ordem do Mérito Cultural 2015 homenageia Augusto de Campos. Sônia Guajajara é a representante do Maranhão entre os 29 agraciados.

"O poeta concreto vê a palavra em si mesma - campo magnético de possibilidades - como um objeto dinâmico, uma célula viva, um organismo completo, com propriedades psicofisicoquímicas, tacto, antenas, circulação, coração: viva". Desta forma, o ensaísta, poeta, e tradutor brasileiro Augusto de Campos conceituou a si mesmo e a seus amigos, o irmão Haroldo de Campos e Décio Pignatari, criadores na década de 1950 do movimento nacional de poesia concreta. 
Nesse estilo de escrever, "contra a introspecção autodebilitante e contra o realismo simplista e simplório", a poesia concreta situa-se "de frente para as coisas, aberta, em posição de realismo absoluto". 
Para viabilizar tal composição, os poetas exploram a palavra, enquanto signo oral e escrito, as cores, formas e o próprio espaço entre os elementos, muitas vezes em perspectiva, passando a ilusão da tridimensionalidade, constituindo, desta forma, o conceito de verbivocovisualidade, uma combinação de texto, voz e imagem.
Aos 84 anos, o paulista Augusto de Campos é o homenageado da edição 2015 da Ordem do Mérito Cultural (OMC), condecoração que premia personalidades, órgãos e entidades públicas e privadas nacionais e estrangeiras com reconhecida contribuição à cultura brasileira.
Além da homenagem, Campos será condecorado na classe grã-cruz - a mais alta das três classes. As outras são comendador e cavaleiro. 
A edição deste ano da OMC premiará 29 personalidades e cinco entidades culturais. A cerimônia será realizada na próxima segunda-feira (9), às 20h, em Brasília, no Palácio do Planalto. 
Acompanhe nos canais de comunicação do Ministério da Cultura a cobertura completa da cerimônia.


Unica escolhida representando o Maranhão. 

Sônia Guajajara
Uma das principais lideranças indígenas do Brasil, nasceu na aldeia do povo Guajajara, no Maranhão. 
A indígena milita pelo respeito à diversidade apresentada pelos povos indígenas em palestras e seminários no Brasil e no exterior. 
Coordenadora executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Sônia também é formada em Letras e em Enfermagem, tendo trabalhado nas duas áreas. 
Camila Campanerut - Assessoria de Comunicação - Ministério da Cultura.

A guerra diária do Brasil contra os jovens.

22/10/2015 (Notícia de Ontem) Fonte: CartaCapital/ Deutsche Welle Por Renata Malkes (Deutsche Welle).

O Brasil teve 46.881 casos de assassinato em 2014. 
Com 4.610 homicídios – 28 para cada 1.000 habitantes – o estado do Rio de Janeiro fica atrás apenas da Bahia (5.450). 
Os dados foram revelados em um balanço publicado pelo Ministério da Justiça na última semana. 
O quadro geral é alarmante se comparado, por exemplo, à taxa de homicídios da República Democrática do Congo, país africano assolado por uma guerra civil: 30,8 para cada 1.000 habitantes.

No Brasil, negros e pardos representaram 72% das vítimas. Emerge, assim, o fantasma do racismo num país que se debate para deixar para trás seu passado colonial. Na capital fluminense, muita gente deu de ombros às estatísticas divulgadas num ano em que todos os olhos estão voltados para a sede dos Jogos Olímpicos. 

Afinal, para moradores de comunidades carentes, esse retrato da violência representa uma rotina conhecida. Os números são apenas mais uma pesquisa incapaz de produzir mudanças. E uma constatação renovada da indiferença de parte da sociedade, sobretudo, quando os alvos da matança são jovens, negros e pobres.

"Vivemos na insegurança. Normalmente, a polícia já entra atirando, sempre por volta das 6h, 7h da manhã, quando os trabalhadores estão saindo de casa e as crianças indo para escola… Várias vezes acordei com policiais apontando um fuzil para o meu rosto, quando ainda estava na cama. Bateram na janela da minha casa e nem esperaram que eu levantasse. Invadiram para fazer uma busca. Vou fazer o quê? Reclamar com quem?", conta a carioca Jehnifer Raul, de 22 anos, ativista social e representante da Favela de Acari no Fórum das Juventudes do Rio de Janeiro.

Essa marginalização traz à tona outros dados chocantes. Por exemplo, na contramão de todos avanços sociais conquistados na última década, o Brasil ainda ocupa o terceiro lugar em homicídios de adolescentes entre 85 países, de acordo com o Mapa da Violência, estudo encomendado pelo governo federal e divulgado este ano, com dados relativos a 2013. São 54,9 homicídios para cada 100 mil jovens de 15 a 19 anos, atrás apenas de México e El Salvador. Para efeito de comparação, a taxa brasileira é 275 vezes maior do que a de países como Áustria ou Japão, que apresentam índices de 0,2 homicídios por 100 mil.

A cada dia 10,3 adolescentes são assassinados

Se considerada a faixa etária entre 16 e 17 anos, os homicídios representam quase metade das causas de morte no Brasil – 8.153 jovens nessa faixa etária morreram em 2013, dos quais 3.749 (43%) foram assassinados. Ou seja, mais de 10 adolescentes foram assassinados por dia no país. A projeção é de que 3.816 serão mortos até o final de 2015, pelas mãos da polícia ou de bandidos. As maioria esmagadora das vítimas (93%) são adolescentes do sexo masculino, negros e com baixa escolaridade.

Autor do Mapa da Violência, o sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz diz que os assassinatos de jovens brasileiros seguem em curva ascendente por diversos motivos. Da tolerância da sociedade à falta de investimento em educação, passando pela ausência de reformas do Código Penal e pelo despreparo de uma polícia cuja atuação ele classifica como "criminosa".

"Cada país tem o número de crimes que sua política decide ter. E esse limite de tolerância no Brasil é muito alto, o brasileiro aceita. Aqui prende-se sem saber se o jovem é culpado, mata-se um jovem suspeito sem se importar, encarcera-se como em nenhum outro lugar do planeta sem que sejam dadas as mínimas condições de recuperação aos menores."

Ele também identifica um problema concreto nas políticas de educação: "o país assistiu à erradicação da pobreza extrema e universalizou o sistema de ensino fundamental de 6 a 14 anos, mas deixou à deriva os jovens a partir daí. A adesão ao ensino médio e sua qualidade caíram muito", avalia Waiselfisz.

Homicídios no Rio caem, mas não para todos

Curiosamente, os números apontam contradições no Rio de Janeiro, num momento em que todas as atenções se voltam à segurança pública às vésperas dos Jogos Olímpicos de 2016. Apesar de um aumento na taxa geral de homicídios no estado, entre os jovens, o número de assassinatos vem caindo: houve uma redução de 73% entre 2000 e 2013, aponta o Mapa da Violência.

A estatística parece positiva, mas não é suficiente, alegam ativistas. E isso porque há gargalos na segurança pública do estado. Um jovem negro tem três vezes mais chances de ser assassinado que um branco, confirma o Índice de Homicídios da Adolescência (IHA), elaborado em parceria pelo Laboratório de Análise de Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), o Unicef, a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República e a ONG Observatório das Favelas. Ou seja, a redução da violência não é proporcional.

RJ: parentes de vítimas e moradores de Manguinhos fazem manifestação contra a violência provocada pelo estado. Créditos: Tânia Rêgo/ Agência Brasil

"Temos na história brasileira 400 anos de escravidão e pouco mais de 100 anos de liberdade dos negros e, tradicionalmente, o crime não é o que define a violência, mas quem comete o crime. Desde sempre foi assim. Se um escravo e um senhor do engenho cometessem um determinado crime, o do escrevo seria considerado muito mais bárbaro. A dinâmica da violência letal é explicada através da sociedade de consumo. Como a vida é medida a partir do consumo de bens, a vida de quem tem menos, vale bem menos", pontua o geográfo Jailson Silva, presidente do Observatório das Favelas.

Pehkx Jones da Silveira, subsecretário de Educação, Valorização e Prevenção da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio, admite as dificuldades de reduzir a violência diante do constante cenário de guerra entre traficantes de drogas. Mas, apesar das críticas constantes à truculência e ao desempenho das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) nas favelas cariocas, ele ressalta os avanços e defende a reciclagem constante dos policiais.

"A redução nos homicídios de jovens mostram que o policiamento de proximidade não falhou. Mas esse modelo não é permanente, ele se adequa à realidade e às circunstâncias de cada território, às informações de inteligência e patrulhamento. Estamos em processo permanente de revisão. Não podemos esquecer que mais de 40% dos policiais vieram dessas comunidades carentes e conhecem a realidade. Eles têm seus traumas por violência com armas de fogo, brigas domésticas e confrontos. Precisamos desconstruir esses traumas para formar bons profissionais", diz o subsecretário.

Pressão da ONU

O debate chegou ao Comitê para os Direitos das Crianças das Nações Unidas, em Genebra. Num duro relatório, a ONU mostrou grave preocupação com o elevado número de execuções extrajudiciais, chamadas de "autos de resistência", prisões aleatórias, impunidade generalizada e a vulnerabilidade dos jovens - tanto diante dos traficantes de drogas como da própria polícia. No início de outubro, num processo que se repete a cada cinco anos, uma delegação do governo brasileiro foi sabatinada durante seis horas sobre questões que incluíram, ainda, o aumento do turismo sexual e a redução da maioridade penal, classificada como um retrocesso por fazer dos jovens um bode expiatório da violência ao invés de protegê-los.

"Estamos muito preocupados porque, em grande parte, a violência vem de agentes do próprio Estado. Sempre houve práticas de limpeza social no Brasil, apesar de avanços em áreas como saúde e educação. Nossas recomendações são mais ações de prevenção para reduzir a vulnerabilidade, com políticas públicas voltadas à educação e ao engajamento das famílias dos jovens. O Brasil tem uma situação muito ruim, muito estrutural, que não se resolve em 10, 15 anos. O trabalho a ser feito é de longo prazo", afirmou à DW Brasil a equatoriana Sara Oviedo Fierro, uma das peritas da ONU envolvidas no relatório.

Russia - Putin (no Clube Valdai) mandou um recado para a elite ocidental: as brincadeiras terminaram.

O blogger russo chipstone resumiu os principais pontos do discurso de Putin (no Clube Valdai - NT) assim:

O chipstone blogger russo resumiu os pontos mais salientes do discurso Putin como segue:

1. A Rússia não vai mais jogar jogos e se engajar em negociações de bastidores sobre ninharias. Mas a Rússia está preparada para conversas sérias e acordos, se estes são propícias para a segurança colectiva, são baseados em equidade e ter em conta os interesses de cada lado.

2. Todos os sistemas de segurança coletiva mundial encontram-se agora em ruínas. Já não há quaisquer garantias de segurança internacionais em tudo. E a entidade que os destruiu tem um nome: Os Estados Unidos da América.

3. Os construtores da Nova Ordem Mundial falharam, tendo construído um castelo de areia. Seja ou não uma nova ordem mundial de qualquer tipo está a ser construída não é apenas a decisão da Rússia, mas é uma decisão que não será feita sem a Rússia.

4. Rússia favorece uma abordagem conservadora para a introdução de inovações para a ordem social, mas não se opõe a investigar e discutir tais inovações, para ver se a introdução de qualquer um deles pode ser justificado.

5. A Rússia não tem intenção de ir à pesca nas águas turvas criadas pelos Estados Unidos da América e sua ordem em constante expansão, "O Império do Caos". A Russia não tem interesse em construir um novo império de sua própria influencia (isto é desnecessário; os desafios da Rússia está no desenvolvimento de seu já vasto território). A Rússia não está mais disposta a agir como a salvadora do mundo, como ela teve no passado.

6. A Rússia não vai tentar reformatar o mundo em sua própria imagem, mas nem ela permitirá que qualquer outra pessoa tente reformatar o planeta em sua imagem. A Rússia não vai fechar-se fora do mundo, mas qualquer um que tentar fechá-la fora do mundo vai ter a certeza de colher um turbilhão de problemas.

7. A Rússia não deseja espalhar o caos, não quer a guerra, e não tem nenhuma intenção de começar uma. No entanto, hoje a Rússia vê a eclosão da guerra global como quase inevitável, está preparando-se para isso, e continua a se preparar para ela. "A Rússia não iniciará a guerra, mas não a teme".

8. A Rússia não tem intenção de assumir um papel ativo em frustrar aqueles que ainda estão tentando construir a sua Nova Ordem Mundial até que os seus esforços comecem a chocar-se com os interesses fundamentais da Rússia. A Rússia preferiria estar perto e vê-los dar-se o maior número de nódulos quanto as suas cabeças pobres podem tomar. Mas aqueles que conseguem arrastar a Rússia para este processo, pelo descaso, para saciar seus interesses, será ministrado o verdadeiro significado da dor.

9. Em seu exterior, e, mais ainda, na política interna, o poder da Rússia não vai contar com as elites e sua negociação nos bastidores, mas na vontade do povo.

Para estes nove pontos que eu gostaria de adicionar um décimo:

10. Há ainda uma chance de construir uma nova ordem mundial que vai evitar uma guerra mundial. Essa nova ordem mundial deve necessariamente incluir os Estados Unidos "mas só pode fazê-lo nas mesmas condições que todos os outros: sujeito ao direito internacional e os acordos internacionais; abstendo-se de qualquer ação unilateral; no pleno respeito da soberania de outras nações".

Para resumir tudo: O tempo de jogo acabou. Crianças, arrumem os seus brinquedos. Agora é a hora para os adultos tomarem as decisões. A Rússia está pronta para isso; é o restante do mundo?