domingo, 22 de novembro de 2015

Três Mortes em tentativa de Assalto. Sargento BM Torres do CBM de São Luís e dois meliantes morreram em confronto numa tentativa de Assalto a ônibus.

Foto - Sgt. BM  Carlos André Torres Pinto
São Luís - MA. O corpo de bombeiros esta de luto, onde o sargento Carlos André Torres Pinto, membro da corporação do CBM, foi morto a tiros em uma tentativa de assalto a um ônibus de excursão na cidade de Anapurus. 
Um assaltante foi baleado no revide e também morreu no local. As primeiras informações dão conta de que um grupo de bandidos teria parado um ônibus que conduzia sacoleiros até Pernambuco para fazerem compras.
Foto - Sgt. BM Carlos André Torres Pinto
Ao entrar no ônibus, os bandidos foram surpreendidos pelo sargento que fazia a segurança e efetuou alguns disparos. Um dos assaltantes foi atingido e morreu na hora. Na troca de tiros com os outros assaltantes, o sargento acabou sendo alvejado e também morreu. 
A ação durou menos de cinco minutos e os bandidos fugiram tomando rumo ignorado. O assaltante morto na troca de tiros ainda não foi identificado. A tentativa de assalto ocorreu no povoado Água Rica, município de Anapurus, por volta das 17h30 deste sábado, (21).











A polícia militar prendeu Leila Jacira Mendes Damasceno, 30 anos, acusada de participar da quadrilha que tentou assaltar o ônibus e terminou matando o sargento.
O corpo do sargento Torres será velado na Igreja Presbiteriana Adonai, na Rua José Heluy, no bairro Santa Efigênia. 

Em grupos do wathsapp circula a seguinte mensagem de amigos do sargento: “Hoje o Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão está de luto. Perdemos mais um irmão de farda que sempre abrilhantou e honrou a nossa amada Corporação. O sargento Carlos André Torres Pinto sempre será lembrado por sua conduta moral, por ser um excelente profissional, um bom esposo e um exemplar pai de família. Rogo a Deus que conforte os familiares, amigos e companheiros de serviço dessa imensa perda. O sargento Torres era um homem honrado que viveu e morreu como herói, defendendo ao máximo o sagrado juramento do Bombeiro. Mesmo com risco da própria vida”, diz a mensagem.

Bandido que matou Sargento do Bombeiro tomba em confronto com PMs do 16º Batalhão. 


Na noite deste sábado (21), por volta das 03:h00,da madrugada, o acusado de ter assassinado o Sargento do corpo de Bombeiro Carlos André Torres Pinto, tombou em confronto com Policiais Militares do 16º Batalhão da PM de Chapadinha. Trata-se do indivíduo Douglas Vandenilson Silva Paixão de 26 anos de idade.




O mesmo alvejou com dois disparos covardemente o Sargento BM Torres, sendo um dos tiros pelas costa, o marginal citado fugiu e escondeu-se em um matagal, Vários Policiais Militares do 16º Batalhão estavam em diligências na tentativa de capturá-lo. 


Quando na madrugada deste domingo (22), o meliante foi localizado resistiu à prisão efetuando vários disparos contra os Policiais, que revidaram e o marginal veio a óbito no local.


Ainda foi presa a comparsa dos meliantes Leila Jaira Mendes, que era esposa de um dos assaltantes, ambos residiam em São Luis-MA.



Link original:

Guerra da Síria. Na luta contra o ISIS, Rússia não carrega prisioneiros – Por Pepe Escobar.

Foto - Força Aeroespacial Russo destruiu 550 Caminhões Tanques do ISIS.

A essa altura, o chamado Estado Islâmico já deve ter aprendido: meteram-se com os caras errados. Entramos em território de “não se carregam prisioneiros”. Agora, a Rússia tirou a luvas. 
Foto - Bomba do Sinai.
Especialmente depois que Dabiq, revista online de terroristas, publicou uma foto de uma bomba que seria idêntica à que derrubou o Metrojet: aparelho primitivo, numa lata de Schweppes Gold, posto sob o assento de um passageiro. 
Também publicaram fotos supostamente feitas “pelos mujahedeen“, de passaportes de vítimas russas.
O destino coletivo deles foi selado no minuto que o Diretor do Serviço Federal de Segurança Aleksandr Bortnikov disse ao presidente Putin, sobre o desastre do Metrojet, dia 31 de outubro no Egito, que “Podemos afirmar com confiança que foi ato terrorista.”

Os bandidos do ‘califato’ podem mandar nos desertos e para lá dos desertos do “Siriaque” – mas não conseguirão esconder-se. A mensagem da presidência da Rússia foi clara: “Encontraremos e puniremos esses criminosos. Faremos isso, sem prazo para concluir a missão. 
Descobriremos todos os nomes, de todos. Caçaremos cada um e todos onde estejam, não importa onde se escondam. 
Encontraremos todos em qualquer local do planeta e os castigaremos.” A mensagem vem com estímulo extra: recompensa de $50 milhões de dólares oferecida pelo FSB, por qualquer informação que leve aos perpetradores da tragédia do Sinai.
A mensagem de Putin foi imediatamente vertida para heavy metal, na forma de massiva, impressionante barragem de fogo russo sobre 140 alvos no ‘califato’, atacados com 34 mísseis cruzadores lançados do ar e ação furiosa dos bombardeiros estratégicos Tu-160, Tu-22 e do Tu-95MC ‘Urso’. Foi a primeira vez que os bombardeiros russos estratégicos de longo alcance foram empregados desde a jihad afegã dos anos 1980s.
E mais virão – para serem alocados na Síria; deslocamento extra de 25 bombardeiros estratégicos, oito jatos de ataque Su-34‘Fullback’ e quatro Su-27 ‘Flanker’.
Já na reunião do G-20 em Antalya, Putin revelara espetacularmente a lista dos que contribuem para financiar o Daesh – lista completa, com “exemplos baseados em nossos dados sobre o financiamento, por indivíduos privados, de diferentes unidades [do Daesh].”
O detalhe-explosão: o dinheiro do Daesh“como já determinamos, vem de 40 países e há entre eles vários membros do G20” – disse o presidente Putin. Não é preciso ser gênio da Caltech para adivinhar quais são esses membros. Melhor que levem a sério a mensagem de “podem correr, mas não conseguirão se esconder”.
Além disso, Putin desmontou – com provas – à frente de todo o G20, o mito de que alguma Washington estaria seriamente engajada em alguma luta contra o Daesh“Mostrei aos nossos colegas fotos tiradas do espaço e de aviões, que demonstram claramente a escala do contrabando de petróleo.” Falava da frota de caminhões tanques nos quais o Daesh contrabandeia petróleo, mais de mil caminhões.
Na sequência, trabalhando aparentemente a partir da inteligência de satélites russos, o Pentágono, miraculosamente, deu jeito de encontrar uma fila de caminhões tanques que se estendia “além do horizonte”, pela qual os terroristas contrabandeiam petróleo sírio. Então sim, bombardearam devidamente 116 caminhões tanques. Foi a primeira vez. E, isso, em mais de um ano, tempo durante o qual a Coalizão dos Oportunistas Finórios (COF) estaria, teoricamente, combatendo contra o Daesh. Antes, o único bombardeiro contra os caminhões tanques que jamais aconteceu foi obra da Força Aérea Iraquiana.
“estratégia” dos EUA, que Obama pôs em modo turbo recentemente, é bombardear a infraestrutura (envelhecida) do petróleo sírio, atualmente expropriada e explorada pelos terroristas do Daesh. Tecnicamente, é propriedade de Damasco e portanto pertence “ao povo sírio”. 
Mesmo assim Washington sempre pareceu até hoje mais focada, à moda do capitalismo de desastre, em outro “povo”, que teria muito dinheiro a ganhar reconstruindo a infraestrutura devastada da Síria, no caso de o golpe de “Assad tem de sair” funcionar.
Mais uma vez, a Rússia foi direto ao ponto. Bombardear a rede de transporte – os comboios de caminhões carregados de petróleo contrabandeado, não a infraestrutura instalada do petróleo. Assim, com o tempo, os contrabandistas de petróleo terão de cair fora dobusiness.
A razão chave pela qual o governo Obama jamais antes pensara nessa possibilidade é a Turquia. Washington precisa de Ancara, membro da OTAN, para continuar a usar a base aérea de Incirlik. E há a sensibilíssima questão de quem lucra com a operação de contrabando de petróleo do Daesh.
Gursel Tekin, do Partido Socialista Turco já provou que o petróleo contrabandeado pelo Daesh é exportado para a Turquia pela BMZ, empresa de navios controlada por ninguém menos que Bilal Erdogan, filho do “Sultão” Erdogan. No mínimo, é violação da Resolução n. 2.170 do Conselho de Segurança da ONU. À luz da mensagem de Putin – de que irá à caça de qualquer entidade envolvida no processo de facilitar a operação do Daesh, o clã Erdogan bem fará se tratar de providenciar alguma desculpa bem boa.
Aquele campo jihadista de alto treinamento 
A jura de Putin, de que caçará toda e qualquer entidade que facilite/colabore com o Daesh, implica logicamente toda uma viagem no tempo de volta a ‘Shock and Awe 2003’ [Choque e Pavor 2003]: as bombas, a invasão e a ocupação do Iraque, que criaram as condições para o estabelecimento da Al-Qaeda no Iraque, “dirigida” por Abu Musab al-Zarqawi até 2006. 
O passo significativo seguinte foi Camp Bucca, perto de Umm Qasr no sul do Iraque: uma mini-Guantánamo onde pelo menos nove membros do que viria a ser a metástase da al-Qaeda – o Estado Islâmico (EI) – se encontraram.
ISIS/ISIL/Daesh nasceu numa prisão norte-americana. Abu Bakr al-Baghdadi, codinome Califa Ibrahim cumpriu pena lá, assim como o ex-número dois do Daesh, Abu Muslim al-Turkmani e, principalmente, o teórico que concebeu todo o Daesh: Haji Bakr, ex-coronel da Força Aérea de Saddam Hussein.
Jihadistas salafistas de linha-duríssima encontraram-se com ex-notáveis do Partido Ba’ath e descobriram um objetivo comum: uma oferta que o Pentágono não poderia recusar e que o Pentágono, de fato – deliberadamente – deixou prosperar. A Guerra Global ao Terror, afinal, é uma “Guerra Sem Fim” cunhada por Cheney-Rumsfeld.
A obsessão com mudança de regime do governo neoconservador dos EUA acabou por reforçar o alcance do Daesh na Síria.
Todo o processo exibe múltiplas ramificações de loucura imperial, passada e futura, que se podem identificar como fragmentos de uma bomba suicida: dos mujahedeen treinados/armados pela CIA, encharcados de wahhabismo (“combatentes da liberdade de Reagan”) metastaseando-se em ‘Al-CIA-ada’, até Hillary Clinton a admitir que a Arábia Saudita é fonte top do financiamento para os terroristas.
Paris 2015 – assim como Sinai 2015 – é essencialmente efeito colateral de Bagdá 2003. Putin sabe disso. Por enquanto, a tarefa é esmagar toda aquela prole imperial híbrida, de uma vez por todas.*****
Pepe EscobarRT

sábado, 21 de novembro de 2015

Mídia Norte-americana "PBS NewsHour [1]" usa imagens dos bombardeios russos ao anunciar bombardeios “bem sucedidos” dos Estados Unidos.

Força Aeroespacial Russo já destruiu 550 Caminhões Tanques do ISIS.

"Information Clearing House" - "Moon Of Alabama" – A mídia dos Estados Unidos não consegue se acertar consigo mesma se a Rússia está dando uma força aérea para o Estado Islâmico ou se a Rússia está castigando o Estado Islâmico com a maior campanha de bombardeios que se viu em uma década Esse tipo de confusão acontece quando a realidade observável entra em confronto com as fantasias da propaganda enganosa.

Fazer uma confusão desse tamanho exige uma manipulação enorme.

Então, quando os Estados Unidos afirmam que estão agindo contra as finanças do Estado Islâmico para justificar o pouco que fazem, o Serviço Público de Radiodifusão dos Estados Unidos vai usando os vídeos e fotos dos ataques russos contra o Estado Islâmico ao mesmo tempo em que “relata” os sucessos dos bombardeios dos Estados Unidos.

O exército dos Estados Unidos recentemente afirmou ter atingido caminhões tanque para transporte de petróleo na Síria. Mas só depois que Putin envergonhou Obama na reunião de cúpula do G-20, exibindo fotos de satélites de comboios desses caminhões, ridiculamente longos, esperando por dias e semanas para carregar petróleo para o Estado Islâmico sem qualquer interferência dos EUA.

Os Estados Unidos afirmaram então ter destruído 116 desses caminhões enquanto a força aérea russa contabilizou 500. Mas há uma importante diferença entre essas afirmações. Os russos providenciaram vídeos mostrando seus próprios bombardeios atingindo pelo menos duas reuniões de caminhões tanques com centenas de caminhões nos locais. Também providenciaram um vídeo de vários ataquessobre depósitos de petróleo e infraestrutura de refinarias.

Não encontrei qualquer vídeo de ataques dos Estados Unidos contra as reuniões de caminhões tanques do Estado Islâmico.

A PBS NewsHour também não.



No entanto, em sua reportagem de TV de ontem (19) sobre as fontes de financiamento do Estado Islâmico e afirmando que os Estados Unidos atingiram com bombardeios os caminhões tanques foram usados vídeos providenciados pelos russos sem a revelação da fonte. Você pode ver os vídeos russos rodando durante uma entrevista com o porta voz do exército (norte)americano aos 2:22 min do vídeo.

O porta voz do exército dos Estados Unidos fala à câmera sobre os ataques da força aérea dos EUA contra o Estado Islâmico. O vídeo corta para imagens tomadas por aviões russos atingindo tanques de petróleo e caminhões tanques. A voz ao fundo afirma: “pela primeira vez os Estados Unidos está atacando a entrega de petróleo para caminhões tanques”, só que o que está sendo exibido é o vídeo russo com seus aviões atingindo os caminhões. A reportagem então corta novamente para o porta voz do exército dos EUA.

Em nenhum momento da reportagem se menciona a campanha russa de bombardeios ou a fonte do vídeo exibido.

Qualquer espectador médio entenderá que o vídeo das explosões em preto e branco que está vendo, contra os tanques e caminhões tanques são de bombardeios dos Estados Unidos filmados por sua força aérea.

O próprio exército dos Estados Unidos já admitiu que seus ataques contra a infraestrutura de petróleo do Estado Islâmico teve efetividade “mínima”.  Poder-se-ia perguntar então o quanto foi realmente efetivo o anunciado ataque contra 116 caminhões tanques. Mas a menos que um vídeo desses ataques, feito pelos Estados Unidos e não uma cópia fraudulentamente exibida dos ataques dos russos como se fossem dos EUA seja mostrado, não dá para saber sequer se esse ataque realmente ocorreu.

Também há uma colisão violenta entre a verdade e a propaganda em relação às políticas dos Estados Unidos para a Síria. O presidente Obama vive a dizer que “a grande maioria das pessoas na Síria” querem que o presidente Assad deixe o poder. Mas pesquisas independentes na Síria descobriram que uma forte maioria de sírios ainda prefere o presidente Assad que qualquer das outras alternativas à vista.

Enquanto as notícias e análises revelam uma cooperação extensa entre membros da OTAN e seus aliados Estados Unidos, Turquia e Estado Islâmico, os EUA estãosolicitando uma ainda mais forte cooperação da Turquia para abastecer o conflito na Síria com ainda mais armas, e assim, inevitavelmente, abastecer também o Estado Islâmico. Alguns dos aliados dos Estados Unidos estão muito provavelmente profundamente envolvidos no trabalho de equipar e financiar o Estado Islâmico.

O Kuwait acabou de prender uma gangue que estava contrabandeando armas originárias do novo estado vassalo dos Estados Unidos, a Ucrânia, para o Estado Islâmico. O exército iraquiano e a milícia xiita encontraram grandes quantidades dedinheiro (vid) que teriam sido contrabandeados a partir do Estado Islâmico. Como é que pode o serviço de inteligência dos Estados Unidos, que tudo pode e tudo vê (incluindo os seus e-mails, caro leitor) ser incapaz de descobrir de onde vem o financiamento e para onde vai o contrabando do Estado Islâmico, enquanto outros países muito menores, com escassos recursos, podem e fazem?

Tudo isso faz pensar que os Estados Unidos estão realmente em campanha na Síria contra o Estado Islâmico? Ou toda esta “campanha” é tão falsa quanto o vídeo do PBS e tão fraudulenta quanto as declarações de Obama? Por que será que os Estados Unidos estão tão profundamente envolvidos com o “Lado Sombrio” na Síria?


Moon of Alabama - Resultado de imagem para Moon of Alabama

[1] – O PBS NewsHour é um programa noturno de notícias radiofônicas e televisivas dos Estados Unidos que é transmitido pelo Serviço Público de Radiodifusão (PBS na sigla em inglês – NT), e acontece sete noites por semana através de uma rede de mais de 300 emissoras membros. É conhecido nos EUA pela profundidade na cobertura das questões da atualidade.

Russia comprova que os Estados Unidos não ataca a infraestrutura do Estado lslâmico.

Foto - http://www.voltairenet.org/article189321.html
















Governo da Rússia comprova por meio de fotografias e vídeos que os Estados Unidos da América praticamente não combateu o “Emirado Islâmico” durante o ano, especialmente na eliminação de suas fontes de financiamento.

A publicação de uma série de fotografias que mostram o volume significativo de petróleo que vende o Emirado Islâmico, Vladimir Putin demonstrou que o governo dos Estados Unidos não age seriamente sobre a luta contra o terrorismo, diz o escritor e jornalista Pepe Escobar.



Na cimeira do G20, que teve lugar na Turquia, o presidente russo, Vladimir Putin emitiu uma série de fotografias que mostram o volume de petróleo vendido pelo Emirado Islâmico. "Eu mostrei aos nossos colegas várias imagens de satélite e feitas por aeronaves, que mostram claramente o volume do comércio ilegal de petróleo e derivados. Colunas de petroleiros carregados que se estendem por dezenas de quilômetros, de modo que para 4000 ou 5000 metros de distância no horizonte. Parece que um sistema de oleoduto", disse Putin, ressaltando a necessidade de acabar as receitas ilegais de venda de petróleo que financiam os terroristas.

Pepe Escobar diz que com esta ação, Vladimir Putin "demonstrou fotograficamente a todos os participantes do G-20, o mito de que Washington está seriamente empenhada na luta contra o Emirado Islâmico."

Pepe Escobar aponta que, imediatamente após a revelação do presidente russo, os Estados Unidos bombardearam -para o primeiro tempo- os petroleiros do Emirado Islâmico que trocaram de óleoduto. O único bombardeio de colunas de veículos fabricados antes era o trabalho da força aérea iraquiana, precisa Escobar.

Surgem perguntas óbvias: por que o Pentágono, que dirige as operações na Síria por um ano, não poderia detectar as rotas dos terroristas antes? Será que os Estados Unidos não tem satélites?




"A principal razão pela qual a administração Obama não tinha pensado nisso antes [de bombas serem jogadas nas rotas do petróleo] é a Turquia", diz Pepe Escobar. O jornalista disse que Washington precisa manter um relacionamento bilateral com os aliados de Ancara, que se beneficiam do contrabando de petróleo, para usarem a base aérea de Incirlik.

Gursel Tekin, um membro do Partido Socialista da Turquia, revelou que o petróleo vendido pela Emirado Islâmico atinge a Turquia através da BMZ, empresa de transporte controlado por ninguém menos que Bilal Erdogan, filho do presidente Recep Tayyip Erdogan, esclarece Escobar.


No vídeo, o avião russo mostra  os tanques petroleiros destruídos e os poços de petróleo utilizados pelo Emirado Islâmico na Síria como a sua principal fonte de financiamento.

Link original desta matéria: http://www.voltairenet.org/article189321.html

Reflexão: Os movimentos sociais e a violência do Estado. Este artigo é de 2014.

Autor: Antonio Paulo Benatte (Professor da Universidade Estadual de Ponta Grossa/UEPG).

É difícil entender o que se passa no Brasil desde junho de 2013. Os acontecimentos políticos, grandes e miúdos, multiplicaram-se desde então; protestos e movimentos sociais de diversos tipos pipocam em todos os lugares, das classes médias urbanas aos segmentos mais pobres, excluídos ou minoritários da sociedade. 

A tensão social no ar é temperada com gás lacrimogêneo, spray de pimenta e coquetéis molotov.

A resposta do Estado tem sido uma repressão brutal e crescente, cerceando o direito democrático de livre associação, expressão e manifestação. 

Lembremos. No dia da comemoração dos 25 anos da “constituição cidadã” de 1988, cidadãos e professores em greve apanharam publicamente na cidade do Rio de Janeiro; logo a seguir, o leilão do petróleo do campo de Libra mobilizou contingentes do exército, da marinha, da Força Nacional e da Polícia Militar, evidenciando que a política de repressão aos protestos de rua partia não apenas de governos municipais e estaduais, como também do governo federal. Desde então, a maré de movimentos e a sua repressão tem sido constante e permanente, com fluxos e refluxos.

Quando começaram os cassetetes, as balas de borracha, o spray de pimenta e o gás lacrimogênio, foi como se ocorresse um curto circuito no tempo. Como se uma máquina do tempo nos levasse aos anos 1980, ou mesmo aos anos da ditadura midiática-civil-militar de 64, à ditadura varguista do Estado Novo, ou ainda aos começos da república, com seu positivismo da “Ordem e progresso” a qualquer custo, da governabilidade truculenta, tempo da Revolta da Vacina, do massacre de Canudos, Contestado, etc. A história se repete, a diferença é apenas de grau.

Greves e ocupações são reprimidas com violência em muitas partes. Ativistas e militantes são vigiados e perseguidos, enquadrados por atos de vandalismo e formação de quadrilha. Os casos de prisão, tortura e morte desenham a face mais hedionda de uma série de acontecimentos que desmascaram a falácia institucional do “Estado democrático de direito”. 

violência, evidentemente, é mais crua sobre os anônimos das periferias. Quantos Amarildos são presos, torturados e assassinados nas periferias das cidades? No campo, líderes e sem terras são assassinados por lutarem pela reforma agrária, prevista na constituição. Comunidades indígenas veem-se ameaçadas em seus direitos de demarcação de terras, também um direito constitucional.

Enquanto isso, um novo tipo de espionagem estatal, sob os auspícios da ABIN (Agência Brasileira de Informação), instaura veladamente uma vigilância sob as redes sociais. Sob a alegação de espionagem internacional, o governo brasileiro deixará de utilizar softwares cujos fabricantes não permitam monitorar os acessos à rede mundial de computadores. E logo teremos um marco regulatório da internet, tão importante na maré das manifestações de junho.

O caso das leis da Copa faz lembrar o ano de 1968, com a promulgação do AI-5 e a dura repressão que se lhe seguiu. Mais longe ainda no tempo, os projetos de leis repressivas que tramitam no Senado evocam a famigerada Lei de Segurança Nacional. Nos meados dos anos 1930, durante o governo Vargas, a política de esquerda se fortaleceu; na contramão, o Congresso se tornou cada vez mais conservador, debatendo o caso dos “subversivos” e aprovando a Lei de Segurança Nacional que dava ao governo maior poder de ação sobre as ações consideradas “subversivas”, principalmente a ação dos comunistas. 

Com o medo da “ameaça vermelha”, o poderio do Executivo foi aumentando gradativamente; em 1936, o estado de sítio declarado pelo poder Executivo foi estendido; no mesmo ano, em novembro, foi aprovado o Tribunal de Segurança Nacional, dando a Vargas um novo instrumento de perseguição e repressão a qualquer movimento que fosse contrário às ideias e práticas de seu governo. Ora, essa mesma lei,durante os “anos de chumbo” que se seguiu ao golpe de Estado de 1964, foi empregada para caçar, torturar e assassinar milhares de militantes.

Na história do Brasil, o militarismo, o autoritarismo e o abuso de poder nunca deixaram de estar na ordem do dia. A Polícia Militar aprende na mesma cartilha que formava as forças armadas da ditadura. Quando enfrenta uma manifestação, eles entendem que o povo é inimigo. Daí a demanda pela desmilitarização da polícia e da política; enquanto isso, a polícia se torna cada vez mais uma polícia política, assim como na ditadura varguista e na ditadura midiática-civil-militar a partir de 64.

Como nas duas últimas ditaduras, mais uma vez o Estado tem a conivência e o apoio das grandes mídias, eficazes no processo de criminalização dos movimentos, protestos e manifestações. Como dizem Michael Hardt e Antonio Negri, as grandes mídias buscam nos conduzir “pelos regimes de produção linguística e comunicativa: destruí-los com palavras é tão urgente quanto fazê-lo com ações.” Daí que vejo com otimismo o crescimento de mídias alternativas e a demanda pela democratização das grandes corporações midiáticas, a começar pela Rede Globo – que, como se sabe e se grita nas ruas, cresceu apoiando o governo dos militares. Como diria Maquiavel, “Governar é fazer crer”. 

O Estado, mancomunado com as grandes mídias, quer fazer crer uma série de coisas, inclusive que vivemos em uma democracia quando, de fato, vivemos em uma ditadura que cerceia e reprime não apenas os movimentos sociais organizados quanto os indivíduos, notadamente os mais pobres.

Em suma, entre as grandes questões de nosso tempo está o recrudescimento da violência do Estado contra a sociedade; ou melhor, contra determinados segmentos dela: os segmentos politicamente dominados e economicamente explorados há séculos; os movimentos que lutam pela conquista e manutenção de direitos básicos, sociais, políticos e civis.

A constituição de 1988 dispõe, em seu artigo 5º, sobre os direitos e garantias fundamentais do indivíduo, resguardando de forma taxativa os princípios cernes dos direitos civis e políticos. Os direitos de primeira geração consistem nos direitos políticos e civis. No âmbito político: direito a voto, participação política, direito a associação. No âmbito civil: integridade física, direito de ir e vir.

Desse ponto de vista, a ditadura no Brasil não acabou. Na história política recente não há verdadeira solução de continuidade entre a última ditadura e a mais recente democracia. Para além dos discursos, as práticas evidenciam a inexistência de rupturas efetivas. O militarismo, o autoritarismo, o abuso de poder é uma estrutura de longa duração, inerente a um estado histórico de coisas. 

Precisamos repensar e reescrever totalmente a história do último meio século, ao mesmo tempo em que lutamos contra todo tipo de autoritarismo no Estado como na sociedade. Penso que essa é uma herança maior da maré de movimentos que arrebenta o país desde julho de 2013.

Nas ruas somos como um enxame dispersado com violência e fumaça. Mas os enxames não são dóceis; possuem os ferrões do calor de vários corpos, inúmeras potências e vontade de ação. O Estado, as instituições e as corporações já se deram conta disso; daí a necessidade dos gritos de não violência e a insaciável busca por uma docilidade dos manifestantes. O silêncio e a inação nos fazem dóceis, domesticados; perpetuam a conivência e o acomodamento. Constituímos uma multidão; o participante político do século XXI vive em meio ao solapamento das representações. Dessa forma, nosso papel deve ser de atividade constituinte e não representativa; “a criação da história é, nesse sentido, a construção da vida da multidão”, conforme Hardt e Negri.

À violência e ao policiamento do cotidiano, sintetizados na prática do controle, há que se responder com um mesmo potencial, de uma ruptura produtora de descontinuidades e da tentativa de sinalizar o inesperado, o atual, o que ainda não existe e que só pode ser parido pela história ao mesmo tempo individual e coletiva. Essas potências são múltiplas e construídas na nervura do atual, que passam do virtual para o possível dos desejos, dos afetos, das forças e das novas formas de articular a vida de todos os dias.

Link original desta matéria: http://cienciasocialceara.blogspot.com.br/2014/03/movimentos-sociais-e-violencia-do-estado.html