quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Veja o vídeo que descreve a verdade sobre a criação do ISIS (Estado Islâmico).

Este documentário explica detalhadamente como os Estados Unidos criaram o ISIS (estado Islâmico).






Acesse o site Guerra na Síria: http://bit.ly/1tUr8z5


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terça-feira, 24 de novembro de 2015

IBGE - PNAD Contínua: desocupação vai a 8,9% no terceiro trimestre de 2015.



Indicador / Período
Julho-agosto-set 15
abril-maio-junho 15
julho-agosto-set 14
Taxa de desocupação
8,9%
8,3%
6,8%
Rendimento real habitual
R$ 1.889
R$ 1.913
R$ 1.890
Variação do rendimento real habitual em relação a:
-1,2%
0,0% (estável)
No 3º trimestre de 2015, a taxa de desocupação para o Brasil (8,9%) apresentou alta tanto em relação ao 2º trimestre de 2015 (8,3%) quanto frente ao 3º trimestre de 2014 (6,8%). Foi a maior taxa da série iniciada em 2012. Em relação ao mesmo trimestre de 2014, a taxa subiu em todas as Regiões: Norte (de 6,9% para 8,8%), Nordeste (de 8,6% para 10,8%), Sudeste (de 6,9% para 9,0%), Sul (de 4,2% para 6,0%) e Centro-Oeste (de 5,4% para 7,5%).

A Bahia mostrou a maior taxa de desocupação (12,8%) e Santa Catarina (4,4%), a menor. Entre os 27municípios das capitais, Salvador tinha a maior taxa (16,1%) e Rio de Janeiro (5,1%) a menor. Entre as 21regiões metropolitanas investigadas, Salvador (17,0%) tinha a maior taxa de desocupação e Curitiba (5,7%) a menor.

A população desocupada no Brasil chegava a 9,0 milhões de pessoas e aumentou em ambas as comparações: 7,5% em relação ao trimestre anterior e 33,9% em relação ao mesmo trimestre de 2015. Este foi o maior crescimento da população desocupada, na comparação com o mesmo trimestre móvel do ano anterior, na série da PNAD Contínua.

A população ocupada (92,1 milhões de pessoas) do país ficou estatisticamente estável em ambas as comparações.

Cerca de 35,4 milhões de pessoas tinham carteira de trabalho assinada no setor privado, no Brasil. Esse contingente recuou no trimestre (-1,4%) e no ano (-3,4%).

O rendimento médio real habitual dos trabalhadores (R$ 1.889) caiu (-1,2%) em relação ao segundo trimestre de 2015 (R$ 1.913) e ficou estável (0,0%) em relação ao mesmo trimestre de 2014 (R$ 1.890). Entre as grandes regiões, o Sudeste (R$ 2.189) mostrou o maior rendimento médio e o Nordeste (R$ 1.284), o menor. 

Entre as UFs, o Distrito Federal (R$ 3.512) tinha o maior rendimento médio e o Maranhão (R$ 993), o menor. Nascapitais, Vitória (R$ 3.782) tem o maior rendimento e São Luís (R$ 1.519), o menor. Entre as regiões metropolitanas, São Paulo (R$ 2.920) lidera e a Grande São Luís (R$ 1.388) mostrou o menor rendimento médio.

A massa de rendimento real habitual (R$ 168,6 bilhões) recuou (-1,2%) em relação ao trimestre anterior (R$ 170,7 milhões) e manteve-se estatisticamente estável (-0,1%) em relação ao mesmo trimestre de 2014 (R$ 168,8 milhões).

A publicação completa da PNAD Contínua pode ser acessada aqui.

Os indicadores da Pnad Contínua são calculados para trimestres móveis, com informações dos últimos três meses consecutivos da pesquisa. A taxa do trimestre móvel terminado em setembro de 2015 foi calculada a partir de informações coletadas em julho/2015, agosto/2015 e setembro/2015. Nas informações utilizadas no cálculo dos indicadores para os trimestres móveis encerrados em agosto e setembro, por exemplo, existe um percentual de repetição de dados em torno de 66%. Essa repetição só deixa de existir após um intervalo de dois trimestres móveis. Mais informações sobre a metodologia da pesquisa estão aqui.

Taxa de desocupação

A taxa de desocupação, no Brasil, no 3º trimestre de 2015, foi estimada em 8,9%, com elevação de 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (8,3%) e de 2,1 ponto percentual comparada com o 3º trimestre de 2014 (6,8%).

O Nordeste apresentou a maior taxa (10,8%) e o Sul, a menor, 6,0%. No Nordeste, do 3º trimestre de 2014 para o 3º trimestre de 2015, houve alta de 2,2 pontos percentuais na taxa de desocupação e na Região Sul, de 1,8 ponto percentual.

A taxa de desocupação dos jovens de 18 a 24 anos de idade (19,7%) apresentou patamar elevado em relação à taxa média total (8,9%). Este comportamento foi verificado, tanto para o Brasil, quanto para as cinco Grandes Regiões.

População desocupada
No 3º trimestre de 2015 as mulheres representavam 51,2% da população desocupada. O percentual de mulheres na população desocupada foi superior ao de homens em quase todas as regiões. A exceção foi o Nordeste, onde elas representavam 48,9% dos desocupados.

O grupo de 14 a 17 anos de idade representava 8,4% das pessoas desocupadas. Os jovens de 18 a 24 anos eram cerca de 33,1% das pessoas desocupadas e os adultos de 25 a 39 anos de idade representavam 37,0%. Esta configuração não se alterou ao longo da série histórica.

No 3º trimestre de 2015, 51,2% das pessoas desocupadas tinham concluído pelo menos o ensino médio. Cerca de 25,9% não tinham concluído o ensino fundamental. Aquelas com nível superior completo representavam 8,8%. Importante destacar que estes resultados não se alteraram significativamente ao longo da série histórica disponível.

População ocupada
Embora as mulheres sejam maioria na população em idade de trabalhar, entre as pessoas ocupadas predominam os homens (56,9%). Isto se dá em todas as regiões, sobretudo na Norte, onde os homens representavam 61,1% dos trabalhadores no 3º trimestre de 2015. Ao longo da série histórica da pesquisa este quadro não se alterou significativamente.

No 3º trimestre de 2015, entre os ocupados, 13,2% eram jovens de 18 a 24 anos, enquanto as faixas de 25 a 39 anos e de 40 a 59 anos de idade, somadas, representavam 77,5%.

Posição na ocupação e categoria do emprego
No 3º trimestre de 2015, a população ocupada era composta por 68,6% de empregados, 4,4% de empregadores, 24,1% de pessoas que trabalharam por conta própria e 2,9% de trabalhadores familiares auxiliares. Parte expressiva dos empregados estava alocada no setor privado (72,2%), 18,3% no setor público e os demais no serviço doméstico (9,5%).

Nas Regiões Norte (31,4%) e Nordeste (30,3%) o percentual de pessoas que trabalharam por conta própriaera superior ao das demais regiões.

Cerca de 77,7% dos empregados no setor privado tinham carteira de trabalho assinada. Na comparação anual, houve aumento de 1,5 pp, enquanto de 2013 para 2012, houve aumento de 1,2 pp. Entre os trabalhadores domésticos, a pesquisa mostrou que 31,4% tinham carteira de trabalho assinada no 3º trimestre de 2015, contra 32,0% no mesmo trimestre do ano passado. Os militares e servidores estatutários correspondiam a 68,7% dos empregados do setor público.

O percentual de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado mostrou cenários distintos: Norte (63,4%) e Nordeste (63,5%) apresentaram-se em patamares inferiores aos das demais regiões. No entanto, na comparação anual, este indicador cresceu no Centro-Oeste, onde passou de 77,7% para 79,0%.

Grupamentos de Atividade
O grupamento de atividade do Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas possuía a maior proporção de trabalhadores (19,1%) no 3º trimestre de 2015, seguido dos grupamentos da Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (16,8%) e da Indústria geral(14,0%). Os grupamentos com as menores participações, 4,6% em média, foram: Transporte, armazenagem e correio; Alojamento e alimentação; e Outros serviços.

Norte (18,4%) e Nordeste (16,2%) apresentaram elevada participação do grupamento da Agricultura, pecuária, produção de florestas, pesca e aquicultura, enquanto no Sudeste, essa participação foi de apenas 5,5%. Na Sul, 19,1% das pessoas ocupadas estavam na Indústria e no Nordeste, 9,5%. No grupamento da Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, a menor proporção de ocupados estava no Norte (6,0%) e a maior, no Sudeste (14,4%).

Nível da ocupação
O nível da ocupação no Brasil, no 3º trimestre de 2015, foi estimado em 56,0%. Este indicador recuou tanto em relação ao trimestre anterior (-0,2 ponto percentual) quanto ao mesmo trimestre do ano anterior (-0,8 ponto percentual). As Regiões Sul (60,0%) e Centro-Oeste (59,8%) apresentaram os maiores percentuais e a Nordeste, o menor nível da ocupação (51,3%).

População fora da força de trabalho
No Brasil, 38,6% das pessoas em idade de trabalhar foram classificadas como fora da força de trabalho, ou seja, aquelas que não estavam ocupadas nem desocupadas na semana de referência da pesquisa. O Nordeste apresentou a maior parcela de pessoas fora da força de trabalho (42,5%) enquanto Sul (36,2%) e Centro-Oeste (35,3%) tiveram os menores percentuais. Esta configuração não se alterou significativamente ao longo da série histórica.

Rendimento médio real habitual em todos os trabalhos
No 3º trimestre de 2015, o rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, com rendimento de trabalho, foi estimado em R$ 1.889, ficando estatisticamente estável (0,0%) em relação ao mesmo trimestre de 2014 (R$ 1.890) e mostrando recuo de 1,2% em relação ao segundo trimestre de 2015 (R$ 1.913).

Massa de rendimento real habitual
No 3º trimestre de 2015, a massa de rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, com rendimento de trabalho, foi estimada em R$ 168.577 milhões de reais, registrando retração (-1,2%) em relação ao trimestre anterior (R$ 170.663). Na comparação com o mesmo trimestre de 2014 (168.810), esta estimativa ficou estável (-0,1%).


Comunicação Social - 24 de novembro de 2015
Link: http://saladeimprensa.ibge.gov.br/index.php?option=com_saladeimprensa&view=noticias&id= 1&paginar=1&quantidade=10&pagina=1&busca=1&Itemid=1719&data-inicio=&data-fim=&alvo=

Guerra da Síria. Ministro da Defesa Russo diz que avião militar modelo SU 24 foi abatido na fronteira Síria pela Turquia.

Da Agência Lusa
Um avião russo Su-24 caiu hoje (24) na Síria, possivelmente depois de ter sido abatido, informou o Ministério da Defesa da Rússia.

A informação é divulgada pouco depois de as autoridades turcas terem revelado que abateram um avião militar na fronteira com a Síria, por ele ter violado o seu espaço aéreo.

Os pilotos do avião conseguiram ejetar-se, segundo a Defesa russa, mas seu paradeiro é desconhecido.

Em uma primeira informação de órgãos de comunicação turcos, havia a hipótese de ser um avião militar F16, mas já foi admitido pelas autoridades russas ser um Su-24.

Atualização:
A Turquia abateu hoje (24) um avião militar não identificado que teria violado o seu espaço aéreo, perto da fronteira com a Síria, informaram as emissoras de televisão NTV e CNN Turk, citando fontes militares turcas.

As duas emissoras divulgaram imagens da queda de uma aeronave militar em chamas, em montanhas próximas da fronteira.

Segundo informou inicialmente o diárioHürriyet, o avião abatido era um caça-bombardeio F-16, mas notícias mais recentes adiantaram que é um avião militar russo.

Fonte oficial turca afirmou à agência France Presse que as autoridades tentam identificar a nacionalidade do avião.

Sem dar mais detalhes, a Turquia afirmou que vai levar a questão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e às Nações Unidas.

“Serão tomadas as iniciativas necessárias na Otan, na Organização das Nações Unidas (ONU) e nos países envolvidos, por parte do Ministério dos Negócios Estrangeiros, diz comunicado do gabinete do primeiro-ministro Ahmet Davutoglu.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Brasilia. Corte Especial do STJ condena desembargador Evandro Stábile de Mato Grosso a prisão em regime fechado.

Foto - TJ/MT desembargador Evandro Stábile

A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) condenou nesta quarta-feira (18) o desembargador Evandro Stábile a seis anos de reclusão em regime inicial fechado. Ex-presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), Stábile foi condenado por aceitar e cobrar propina em troca de decisão judicial.
O crime de corrupção passiva foi descoberto no curso das investigações da operação Asafe, na qual a Polícia Federal apurou um esquema de venda de sentenças. 
A relatora da ação penal, ministra Nancy Andrighi, apontou que o desembargador aceitou e cobrou propina para manter a prefeita de Alto Paraguai no cargo. Ela perdeu as eleições, mas o vencedor teve o mandato cassado por suposto abuso de poder econômico.
Seguindo o voto da relatora, a Corte Especial condenou o desembargador de forma unânime. Houve divergência apenas quanto à fixação da pena e o regime inicial de cumprimento da prisão.
A condenação também impôs a perda do cargo. Como o desembargador respondeu a todo o processo em liberdade, a Corte Especial estabeleceu que a prisão deverá ser cumprida após o trânsito em julgado da decisão, mantendo o afastamento do cargo.

São Luís. Garoto de 15 anos é morto, após ser assaltado e baleado duas vezes, no caminho da escola.

Foto do Estudante Marcos Vinícius Pereira.
Blog do Luis Cardoso. A violência desenfreada faz mais uma vítima na capital do Maranhão. 
estudante Marcos Vinícius Pereira, 15 anos,  se deslocava depois do almoço para uma escola na Cidade Operária e levava consigo um violão e um aparelho de celular. 
No seu trajeto apareceu dois bandidos, que lhe assaltaram de armas em punho, tomaram-lhe o violão, seu aparelho celular e por fim, não satisfeitos, dispararam dois tiros e lhe ceifam a vida. Um jovem com toda uma trajetória existencial interrompida pelos dois tiros que lhe acertaram o peito, vindo Marcos Vinícius Pereira, de apenas 15 anos, a falecer no local do crime.
Enquanto o corpo permanece na pedra do Socorrão II, a mãe grita desesperada e clama por Justiça. Não é mais possível viver numa cidade banhada pelo sangue de inocentes. A bandidagem tomou conta da ilha e os assassinos assumiram o controle de tudo. Uma lástima!

Segundo o IPEA a desigualdade social elevada dificilmente será revertida até 2023 no Brasil.

Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou hoje (23) um estudo que apresenta possíveis cenários para o Brasil até 2023, e propõe ações de prevenção social e de segurança pública para o país.
Mesmo nos cenários mais positivos, a publicação mostra que certas tendências dificilmente poderão ser revertidas até 2023, como a desigualdade social elevada, o fácil acesso às armas de fogo, o crescimento da criminalidade no interior do país, o alto número de mortes pela polícia, o endurecimento penal, os problemas de governança na segurança pública e a alta sensação de insegurança.
“Mudar essas tendências depende de uma atuação coordenada de todos os principais atores, que precisa ser construída e liderada pelo Ministério da Justiça”, afirmou o diretor de Pesquisa, Análise de Informação e Ensino da Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça, Rogério Carneiro.
O objetivo do estudo “Violência e Segurança Pública em 2023: cenários exploratórios e planejamento prospectivo” é contribuir com o planejamento do governo federal para a área de segurança pública, por meio da construção e da análise dos possíveis cenários.
Um dos autores da publicação, o coordenador de Estudos e Políticas de Estado e Instituições do Ipea, Helder Ferreira, disse que é importante avançar no planejamento e discutir com a sociedade um plano nacional de segurança pública que contemple, não só homicídios, mas outros temas ligados à segurança.
“A integração das próprias polícias já está sendo debatida no Congresso Nacional. Na prevenção social, é preciso trabalhar com jovens em situação de vulnerabilidade social e com os egressos do sistema prisional, incluindo os que cumpriram medidas socioeducativas, tentando tirá-los da trajetória de crime”, disse o coordenador do Ipea.
Entre as soluções para a melhoria da segurança pública, o coordenador defende a revisão do Estatuto do Desarmamento. “Todos os estudos apontam que mais armas trazem menos segurança”, afirmou.
O diretor de pesquisa e análise de informação do Ministério da Justiça, Rogério Carneiro, disse que é preciso avaliar as ações por sua efetividade no curto, médio e longo prazo e dividir em prevenção social as mais qualificadas. “Por isso, o Ministério da Justiça está buscando parcerias com outros ministérios da área social, a fim de definir as ações de prevenção. Elas têm resultados a médio e longo prazos, são mais eficientes, duradouras e mais estruturantes. Como o trabalho coloca, talvez não se consiga atingir todas até 2023, como, por exemplo, acabar com a desigualdade social”, ressaltou.
Tendências e cenários para segurança pública
O estudo reforça a urgência de se avançar na política de segurança pública. “Isso, tendo em vista os riscos da situação se agravar, seja para um estado de violência endêmica, seja para um estado policial”, Rogério Carneiro. Segundo ele, a análise das tendências, das incertezas e dos principais atores de segurança pública e suas estratégias levaram a quatro cenários fictícios: de prevenção social, de violência endêmica, de repressão autoritária e de repressão qualificada.
O estudo mostra que certas decisões podem contribuir para um futuro indesejável. "A opção por uma política mais repressiva, punitiva e encarceradora pode reduzir a nossa liberdade e aumentar a exclusão, sem reduzir as taxas de criminalidade. A repressão direcionada para as camadas populacionais mais vulneráveis socioeconomicamente cria um sentimento generalizado de injustiça, que acaba por esgarçar os vínculos sociais e apartar a polícia das comunidades."
Segundo a publicação, a melhoria da governança passa pela política de segurança pública, que precisa coordenar e integrar melhor as medidas de prevenção e repressão. Também passa pelo estabelecimento de pactos entre os órgão dos três poderes na coordenação de ações – hoje realizadas isoladamente no sistema de justiça criminal – e pela estruturação dos órgãos de segurança pública e envolvimento da sociedade.
O livro está disponível apenas em formato digital no site do Ipea. Os ministérios da Justiça e do Planejamento, Orçamento e Gestão foram parceiros na realização do projeto.


Edição: Maria Claudia

São Paulo - 'Podemos, com desobediência civil, participar das decisões', diz Chico César sobre escolas públicas.

23 DE NOVEMBRO DE 2015. Após fazer show gratuito a alunos da escola Fernão Dias Paes, músico disse que os cidadãos podem mudar o rumo das coisas em manifestações organizadas. Domingo foi de muitas atividades nas ocupações.
Chico César atendeu ao pedido de uma amiga professora e tocou de graça para alunos da escola Fernão Dias Paes, em Pinheiros, zona oeste
São Paulo – O dia de [ontem] (22) foi de muitas atividades nas escolas ocupadas por estudantes paulistas contra a proposta de reorganização escolar do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que prevê o fechamento de quase uma centena de escolas e a reestruturação de outras que vai afetar a vida de milhares de alunos.
Na Escola Estadual Fernão Dias Paes, em Pinheiros, na zona oeste da capital, ocupada desde o último dia 10, os alunos receberam a visita do músico Chico César neste domingo. Ele foi convidado por uma amiga professora a cantar e, aproveitando uma brecha na agenda de shows, esteve lá, onde também gravou um vídeo no qual faz uma reflexão sobre o movimento e conclama outros a colaborar.
"Acho importante os artistas, as pessoas, os professores que puderem vir aqui doar aulas, dar uma oficina, um curso, alguma coisa. Posso contribuir desse jeito, vir tocar. Doei uma coisa que sai da minha alma, que é minha música, do meu coração. O público nos dá tanto, que sempre que a gente puder ir trocar graciosamente, sem a presença da grana... Sabe, nem tudo é grana nessa vida. Aliás, as coisas mais importantes não podem ser compradas, podem ser compartilhadas, dadas assim."
Questionado sobre qual lição os estudantes deixam para a sociedade com as ocupações que já se aproximam de 100 escolas no estado, Chico César disse: "Eu acho que os estudantes dizem para todos nós: 'olha gente, é possível, nem tudo depende dos governos', o governo é quem decide, o Judiciário é quem decide, não, quem decide somos nós'."
Para o músico, o cidadão tem um "poder incrível" e poder mudar o rumo das coisas. "Acho que essa é a lição, mostrar que todos nós temos poder, que nós podemos participar, mudar o rumo das coisas. Muitas coisas chegam pra nós como se já estivesse tudo certo e pronto e que você só deve cumprir. Não é assim, nós podemos através da desobediência civil, das manifestações organizadas, participar das decisões. Isso vai influenciar o futuro de muita gente."
Na Caetano de Campos, na Consolação, região central da capital, os alunos que ocupam a escola desde quarta-feira (18), marcaram almoço comunitário neste domingo para explicar o projeto de Alckmin.
Na Gavião Peixoto, em Perus, zona norte da capital, ocupada desde a última quinta-feira (19), os alunos realizaram uma assembleia com a comunidade também para explicar a motivação do movimento.
Na Pequeno Cotolengo de Dom Orione, em Cotia, na Grande São Paulo, ocupada há dois dias, os alunos receberam a professora de História Anna Figueiredo, que se voluntariou a dar aulas na ocupação.
Já na Comendador Miguel Maluhy, na Vila Nair, zona sul da capital, ocupada desde o dia 13, foi realizada uma reunião das escolas mobilizadas da região, com o intuito de organizar o movimento na periferia.
Além de outros apoios já recebidos de várias regiões do país, os secundaristas de Joinville deliberaram em congresso neste domingo total apoio à luta dos estudantes paulistas.
Ontem, os alunos que ocupam desde o dia 17 a Stela Machado, na cidade de Bauru, no interior paulista, fizeram aulas de condicionamento físico com o mantra do movimento: "Não tem arrego!".
"Aqui em Agudos, na escola estadual Padre João Batista de Aquino, a população está nos ajudando muito nessa luta. Queria agradecer por todas as doações de alimentos e produtos de limpeza e higiene", postaram ontem na página Não Fechem Minha Escola, no Facebook, os estudantes, que ocupam desde quinta-feira a escola de Santo Antonio-Agudos, na região de Bauru.

Expectativa. 

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo vai retomar amanhã (23) a audiência de conciliação entre representantes dos alunos e do governo do estado. Na quinta-feira não houve acordo, pois os estudantes querem que Alckmin cancele a reorganização e que o projeto seja discutido nas escolas durante todo o ano de 2016. O secretário da Educação, Herman Voorwald, rejeitou a proposta. A sessão foi suspensa para que as partes revissem suas posições.
Os alunos deixaram o Tribunal avisando que as ocupações não acabarão até que Alckmin ceda. A Justiça suspendeu qualquer ordem de reintegração de posse e com isso as ocupações seguem aumentando. O balanço divulgado ontem pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial (Apeoesp) registrava 87 ocupações no estado. Cinco delas já haviam sido desocupadas.