terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Siria: a guerra radical do Oleogasodutostão. por Pepe Escobar.

7/12/2015, Pepe ESCOBARStrategic Culture Foundation.

Tradução Vila Vudu.

Síria é guerra por energia. Com o coração do assunto já exposto, mostrando feroz competição geopolítica entre dois gasodutos propostos, estamos diante da mais radical [no sentido de que a guerra se trava nas raízes (NTs)] guerra no Oleogasodutostão – a expressão que criei há muito tempo para designar os campos de combate do Império no século 21.


Tudo começou em 2009, quando o Qatar propôs a Damasco construírem um gasoduto do Campo Norte qatari – contíguo ao Campo Pars Sul, que pertence ao Irã – e que atravessaria Arábia Saudita, Jordânia e Síria diretamente até a Turquia, para abastecer a União Europeia.

Mas Damasco, em 2010, optou por outro projeto concorrente, o gasoduto Irã-Iraque-Síria, de $10 bilhões, também conhecido como “gasoduto islamista”. O negócio foi formalmente anunciado em julho de 2011, quando a tragédia síria já estava em andamento. Em 2012, foi assinado com o Irã um Memorando de Entendimento [ing. Memorandum of Understanding (MoU).

Map indicating CCASG members.

Até então, a Síria fora descartada, em termos geoestratégicos, porque não tinha nem petróleo nem gás em quantidades comparáveis às do CCG, o Clube do Petrodólar. Mas muita gente já sabia da importância da Síria como corredor regional de energia. E adiante essa posição foi reforçada, quando se descobriram reservas submarinas potencialmente muito consideráveis de petróleo e gás.

O Irã, por sua vez, é poderosa e conhecida usina de criação de petróleo e gás. Rumores persistentes em Bruxelas – ainda incapaz, depois de mais de dez anos, de produzir uma política unificada para a energia europeia – davam conta de excitação mal disfarçada em torno do gasoduto islamista: seria a estratégia perfeita para dividir (“diversificar”) os mercados ocupados pela Gazprom russa. Mas o Irã estava sob sanções relacionadas à questão nuclear, impostas por EUA e UE. Aquela questão acabou por se tornar motivo estratégico chave, pelo menos para os europeus, para produzir solução diplomática para o dossiê nuclear iraniano; um Irã “reabilitado” (para negociar com o ‘ocidente’) pode vir a ser fonte chave de energia para a UE.

Porém, do ponto de vista de Washington persistia uma dificuldade geoestratégica: como quebrar a aliança Teerã-Damasco? De fato, afinal, como quebrar a aliança Teerã-Moscou?

A obsessão de Washington com “Assad tem de sair” é hidra de muitas cabeças. Inclui quebrar a aliança Rússia-Irã-Iraque-Síria (hoje ativada como aliança desses 4 ‘mais um’, já incluindo também o Hezbollah que combate contra todos os ramos do jihadismo salafista na Síria). Mas também inclui interromper qualquer coordenação de energia que haja entre aqueles países, para beneficiar os clientes/vassalos do petrodólar do Golfo, todos esses associados às majors norte-americanas de energia.

Por tudo isso, até agora a estratégia de Washington consistiu em injetar na Síria a maior quantidade possível da proverbial lógica do Império do Caos: alimentar quaisquer chamas de caos interno, operação pré-planejada por CIA, Arábia Saudita e Qatar, com culminação prevista sob a forma de mudança de regime em Damasco.

Para Washington, qualquer óleogasoduto Irã-Iraque-Síria é inaceitável, não só porque tira negócios e fregueses dos EUA, mas sobretudo porque, na guerra das moedas, esses negócios atropelarão o petrodólar: o gás iraniano do campo Pars Sul pode ser negociado numa cesta alternativa, de outras moedas.

Acrescente a isso tudo a noção distorcida, mas fundamente implantada em Washington, de que esses oleogasodutos significariam controle ainda mais amplo, pelos russos, do fluxo de gás que parte do Irã, do Cáspio e da Ásia Central. Perfeito nonsense. A Gazprom já disse que até se interessaria em alguns detalhes do projeto, mas que o projeto propriamente dito é essencialmente dos iranianos. De fato, esse gasoduto será uma alternativa à Gazprom.

Mesmo assim, a posição do governo Obama sempre foi “apoiar” o gasoduto do Qatar “como forma de equilibrar o Irã” e ao mesmo tempo “diversificar as fontes europeias de suprimento de gás, afastando uma da outra Europa e Rússia.” Nesses termos, ambos, Irã e Rússia, foram configurados como “o inimigo”.

Turquia na encruzilhada
O projeto do Qatar, liderado pela Qatar Petroleum, conseguiu seduzir europeus variados, como se deveria esperar que conseguisse, se se considera a vasta pressão que os poderosos lobbies pró-EUA e Qatar aplicaram nas principais capitais europeias. Os dutos recobririam parte de uma conhecida ópera do oleogasodutostão, o já defunto projeto Nabucco, que tivera sua base de operações em Viena.

Assim, implicitamente, desde o início, a UE sempre realmente apoiou o serviço de derrubar o governo de Damasco – serviço que, até agora já pode ter custado a Arábia Saudita e Qatar pelo menos $4 bilhões (e aumentando). Foi esquema muito semelhante à jihadafegã nos anos 1980s: árabes financiando e armando uma gangue multinacional de jihadistas & mercenários ajudados por um intermediário estratégico (o Paquistão no caso do Afeganistão, a Turquia no caso da Síria). Diferente, só, que a luta agora seria travada contra uma república árabe secular.

Foi luta muito mais dura, é claro, com EUA, Reino Unido, França e Israel superturbinando cada vez mais todas as variantes de agentes clandestinos que privilegiam rebeldes ‘moderados’ e também os demais, sempre com vistas a derrubar o governo de Assad (‘mudança de regime’).

Agora o jogo expandiu-se ainda mais, com a recente descoberta de muito gás em reservas marítimas por todo o Mediterrâneo Oriental – em águas territoriais de Israel, Palestina, Chipre, Turquia, Egito, Síria e Líbano. Toda essa área pode guardar coisa como 1,7 bilhão de barris de petróleo e talvez 122 trilhões de pés cúbicos de gás natural. Seria simplesmente um terço de toda a reserva ainda não revelada de combustível fóssil que se calcula que haja em todo o Levante.

As forças de coalizão lideradas pelos Estados Unidos realizam um ataque em grande escala sobre campo de petróleo Omar, da Síria.

Do ponto de vista de Washington, o jogo é claro: tentar isolar o mais completamente possível: de um lado Rússia, Irã e uma Síria ‘sem mudança de regime'; e de outro a nova bonanza de energia que brota do Mediterrâneo Oriental.

É o que nos traz à Turquia – agora já na linha de fogo de Moscou, depois da derrubada do SU-24 russo.

A ambição de Ancara, na verdade, uma obsessão, é posicionar a Turquia como principal ponto de entroncamento das principais rotas de energia para toda a UE. 

(1) Como entroncamento na rota do gás que vem do Irã e da Ásia Central e, até o momento também da Rússia (o gasoduto chamado Ramo Turco está suspenso, ainda não foi cancelado). 

(2) Como entroncamento para as grandes descobertas de gás no Mediterrâneo Oriental. 

(3) Como entroncamento para o gás importado do Governo Regional do Curdistão (GRC) no norte do Iraque.

A Turquia desempenha o papel de encruzilhada chave para a energia, no projeto do oleogasoduto do Qatar. Mas é sempre importante não esquecer que esse oleogasoduto do Qatar não precisa cruzar Síria e Turquia. Pode facilmente cruzar Arábia Saudita, o Mar Vermelho, o Egito, e chegar ao Mediterrâneo Oriental.

Assim sendo, no Grande Quadro, do ponto de vista de Washington, o que mais importa, vale repetir, é “isolar” o Irã, da Europa. O jogo de Washington é privilegiar o Qatar como fonte, não o Irã; e a Turquia como entroncamento, para que a UE afaste-se (‘diversifique’) da Gazprom.

É a mesma lógica que há por trás do caríssimo oleoduto Baku-Tblisi-Ceyhan (BTC), promovido no Azerbaijão por Zbigniew (“O Grande Tabuleiro de Xadrez”) Brzezinski em pessoa. [1] No pé em que estão, as perspectivas para o futuro dos dois oleogasodutos são menos que insignificantes. 

O processo de paz de Viena para a Síria jamais irá a parte alguma, enquanto Riad insiste em proteger os ‘seus’ terroristas, mantendo-os fora da lista de organizações terroristas, e Ancara mantém aberta a fronteira para o ir e vir de jihadistas, ao mesmo tempo em que se locupleta no comércio de venda de petróleo roubado da Síria.

O que é certo é que, geoeconomicamente, a Síria é problema muito mais complexo que alguma ‘guerra civil’ [que não existe (NTs)]: é feroz disputa por poder no Oleogasodutostão, sobre um tabuleiro de xadrez vertiginosamente complexo, na qual o Grande Prêmio será vitória das grandes, nas guerras por energia do século 21.

Pepe Escobar (1954) é jornalista, brasileiro, vive em São Paulo, Hong Kong e Paris, mas publica exclusivamente em inglês. Mantém coluna no Asia Times Online; é também analista de política de blogs e sites como:  Sputinik, Tom Dispatch, Information Clearing House, Red Voltaire e outros; é correspondente/ articulista das redes Russia Today e Al-Jazeera.


[1] “O oleoduto Baku-Ceyhan foi lançado pelo [empresa] BP [British Petroleum] e outros, como O Projeto do Século. Zbigniew Brzezinski foi consultor da BP nos anos Clinton, e sempre exigindo que Washington apoiasse o projeto. De fato, foi Brzezinski quem foi a Baku em 1995, extraoficialmente, em nome do presidente Clinton, para reunir-se com o presidente Haidar Aliyev, e negociar novas rotas independentes para o oleoduto Baku, uma das quais veio a ser o oleoduto Baku-Tblisi-Ceyhan (BTC).” (ENGDAHL, F William, s/d, “Color Revolutions, Geopolitics and the Baku Pipeline” [NTs].

Guerra do Iraque - Urgente - Dezenas de guerrilheiros do ISIS foram mortos no "mais severo" bombardeio já realizado a refinaria de petroleo e gás de Qayyarah no sul de Mosul.

Foto - Shafaq notícias.

Shafaq Notícias / Citando um oficial militar, não revelando seu nome, informou-se que mais de 30 terroristas do ISIS foram mortos e outros inúmeros feridos no "mais severo" bombardeio aéreo já realizado no sul de Mosul.

O funcionário disse em uma entrevista recebida por Shafaq News, que 25 ataques aéreos foram realizados ontem sobre a infraestrutura do ISIS na região localizada do sub-distrito de al - Qayyarah, que é considerado uma das áreas mas bem defendidas pelo ISIS e controlada ferozmente naquela região.

Ele disse que os ataques direcionados a  Refinaria de Qayyarah, estação de gás e petróleo,  poços isolamento, poços e tanques depósitos de óleo, um posto de saúde e outras estruturas de comando.

Segundo o oficial "De acordo com nossas fontes, mais de 30 elementos do ISIS, terroristas, foram mortos como resultado dos bombardeios, que foram realizados em coordenação com a coalizão internacional atuando no Iraque."


segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Dois Policiais Militares morreram em confronto com traficantes na favela do Jacarezinho no Rio, tropas do Bope e do Choque vão ocupar a favela.

Foto - jornal o dia
Pela primeira vez desde as ocupações das favelas do Rio por forças de segurança, soldados da PM são obrigados a deixar uma Unidade Polícia Pacificadora por causa de reações de criminosos. 
A decisão que teria sido tomada pelo comandante-geral da Polícia Militar, Pinheiro Neto.
Os ataques de traficantes foram à UPP do Jacarezinho e dois PMs, Marcus Martins e Inaldo Pereira Leão, foram mortos a tiros. Eles patrulhavam localidade conhecida como Campo do Abóbora quando se depararam com diversos criminosos armados de fuzil e pistola. Os agentes foram levados para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, mas não resistiram aos ferimentos.

domingo, 6 de dezembro de 2015

O guerrilheiro Abu Aisha foi morto em combate hoje nas imediações de Fallujah no Iraque. Ele era um dos líderes mais proeminentes do ISIS.

Foto Shafaq News - Abu Aisha
O site Iraquiano Shafaq News, publicou neste domingo, 6 de dezembro de 2015, baseado em relatos de testemunhas, que nos arredores da cidade de Fallujah o terrorista Abu Aisha, um dos líderes mais proeminentes da ISIS foi morto em combate.

Os informantes relataram ao Shafaq News, que o terrorista Abu Aisha foi morto durante uma luta feroz entre as Unidades de mobilização popular apoiadas por forças iraquianas, contra membros de tribos locais ligados a terroristas do ISIS nas proximidades de Fallujah.

Ainda segundo esta mesma fonte relata a Shafaq News, os progressos alcançados pelas forças armadas iraquianas e seus aliados, na conquista de seus objetivos estratégicos, levará a mais mortes de líderanças do ISIS juntamente com seus combatentes, com esta realidade imposta, só aumenta  a confusão na cadeia de comando e na estrutura organizacional do ISIS.


De onde os militantes islâmicos no Iraque estão recebendo suas armas? A resposta nos surpreendeu...

Por. Christopher Woolf / WUNC site - North Carolina Public Radio.

NOTA DO EDITOR: As fontes de abastecimento de armamentos do ISIS recebem intensa reposição desde os ataques de 13 de novembro à Paris. Aqui está um relatório das raízes deste apoio, a partir de 2014.

Segundo o site Shafaq Notícias. Muitas das armas usadas pelos militantes islâmicos conhecidos como ISIS foram simplesmente capturadas de seus inimigos na Síria e no Iraque. Mas o ISIS também tem patrocinadores estrangeiros - alguns dos quais são "amigos" dos Estados Unidos da América.

"Há um grande número de fontes", diz David Machado, repórter de guerra freelance que sabe muito sobre armamentos. "O ISIS, como todos os grupos da oposição síria", diz ele, "gozam de um forte nível de apoio da Turquia, do Catar e da Arábia Saudita."

A razão, diz Machado, tem a ver com interesses comuns. "O que o ISIS almeja em certa medida se sobrepõe com o que certas pessoas poderosas em alguns desses Estados do Golfo querem, que é, por falta de uma palavra melhor, um" sunita-stan" - um estado muçulmano sunita homogêneo no que hoje é a Síria e no Iraque. "A Turquia, acrescenta, quer ver o presidente da Síria fora do poder".

Oficialmente, Turquia, Qatar e Arábia Saudita negam que seus cidadãos apoiam os guerrilheiros do ISIS de alguma forma. Qatar e Arábia Saudita até mesmo aprovaram leis que dificultam o envio de ajuda financeira ou material aos militantes do ISIS. No entanto, uma pesquisa do Brookings Institution mostra que a aplicação dessas leis e políticas é dúbia.

Dinheiro do Golfo é usado para adquirir armas no mercado negro, diz Machado. Ele diz que o New York Times informou que relatórios do ano passado analisou dados de tráfego aéreo e descobriu que aviões voam com armas a partir do Golfo para a Turquia, ou às vezes de cabeça para países terceiros, como a Croácia a pegar as armas e depois para a Turquia.

A Croácia tem uma indústria de armas pequenas prosperando, diz Machado, com o mercado negro florescendo na Turquia, as armas são movidas por terra para a Síria.

E não é o grande armamento que quer o ISIS, diz ele. "O ISIS é um grupo de milícia clássico, no sentido de que ele tem se favorecido do armamento leve, fácil de apoio, móvel e fácil de esconder armas sobre o material mais pesado que você pode encontrar em uma força do governo."

De acordo com Machado, O ISIS teve destruido grande parte do equipamento pesado que capturou, nos bombardeios recebidos na semana passada no Iraque - armas como tanques M1, transporte de pessoal M113 blindado, MRAP caminhões blindados pesados, e outros vários milhões de dólares peças de equipamento. Ele suspeita que eles estão bem conscientes de que não podem operar e suportar esses sistemas.

Ainda assim, Machado acha que eles podem ter apreendido um grande lote de foguetes que dispara do ombro, mísseis terra-ar. Em US jargão militar, estes são MANPADS - sistemas portáteis de defesa aérea homem. "Esta é uma grande preocupação em algumas capitais do mundo", diz ele.

"Há maneiras de derrotar este tipo de armamento", acrescenta. "Mas se um país como os Estados Unidos está considerando ataques aéreos, a presença destes MANPADS muda cálculo da América. É muito mais perigoso. Você não quer perder pilotos. A perspectiva de pilotos sendo capturado por ISIS é politicamente aterrorizante para a liderança americana. "

MANPADS também poderia ser usado para derrubar um avião na aterragem ou descolagem. "Se você está perguntando se há uma possibilidade de essas armas poderiam acabar com os terroristas internacionais, [a resposta é] sim."


sábado, 5 de dezembro de 2015

Rússia pede fim imediato dos bombardeios da Força Aérea da Arábia Saudita a população do Iêmen.

Foto - http://www.hispantv.com.

O Ministério russo dos Negócios Estrangeiros, expressou neste sábado preocupação com a deterioração da situação humanitária no Iêmen por causa da agressão perpetrada pela Arábia Saudita.

Através de um comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Russia, além de insistir em um fim imediato dos combates no Iêmen, tem enfatizado o início das conversações entre iemenitas.

Enfatizando que as regiões centrais do Iêmen, como Marib, e áreas de fronteira com a Arábia Saudita são as áreas mais problemáticas, o texto assinala que aviões de combate sauditas e vários de seus aliados estão constantemente a bombardear o território iemenita.

Em outro texto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros Russo manifestou apoio à missão do enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Iêmen, Walad Ismail Ahmad al-Sheikh, e seus esforços para encontrar uma solução pacífica para o conflito iemenita.

Arábia Saudita começou no último 26 de março uma campanha militar contra o Iêmen, sem o apoio da ONU, mas com a luz verde para os EUA, para reconduzir ao poder o presidente iemenita fugitivo Abdu Rabu Mansour Hadi um aliado da Casa Real de Al Saud.

A ofensiva Saudita já deixaram pelo menos, 32.000 vítimas, entre mortos e feridos, a maioria civis.

HNB / ANZ / MSF.

Conheça o texto da Lei Complementar N° 152 de 3.12.2015. Que Estipula a Aposentadoria Compulsória aos 75 anos.


Dispõe sobre a aposentadoria compulsória por idade, com proventos proporcionais, nos termos do inciso II do § 1º do art. 40 da Constituição Federal.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu promulgo, nos termos do parágrafo 5o do art. 66 da Constituição, a seguinte Lei Complementar: 

Art. 1o Esta Lei Complementar dispõe sobre a aposentadoria compulsória por idade, com proventos proporcionais, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos agentes públicos aos quais se aplica o inciso II do § 1º do art. 40 da Constituição Federal. 

Art. 2º Serão aposentados compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 75 (setenta e cinco) anos de idade: 

I - os servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações; 

II - os membros do Poder Judiciário; 

III - os membros do Ministério Público; 

IV - os membros das Defensorias Públicas; 

V - os membros dos Tribunais e dos Conselhos de Contas. 

Parágrafo único. Aos servidores do Serviço Exterior Brasileiro, regidos pela Lei nº 11.440, de 29 de dezembro de 2006, o disposto neste artigo será aplicado progressivamente à razão de 1 (um) ano adicional de limite para aposentadoria compulsória ao fim de cada 2 (dois) anos, a partir da vigência desta Lei Complementar, até o limite de 75 (setenta e cinco) anos previsto no caput. 


Art. 4º Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação. 

Brasília, 3 de dezembro de 2015; 194o da Independência e 127o da República. 

DILMA ROUSSEFF
Este texto não substitui o publicado no DOU de 4.12.2015
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