sexta-feira, 17 de junho de 2016

MPF denuncia 12 pessoas por crimes contra indígenas em Mato Grosso do Sul.






Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou hoje (17) 12 pessoas por envolvimento em crimes contra os grupos indígenas Guarani-Kaiowá e Ñandeva em Mato Grosso do Sul. As acusações são de formação de milícia privada, constrangimento ilegal, incêndio, sequestro e disparo de arma de fogo. A denúncia do MPF ocorre dias após a morte do Guarani Kaiowá Cloudione Rodrigues Souza, 26 anos, em um ataque a tiros na última terça-feira (14).

As investigações do MPF, no entanto, ocorrem há oito meses, conduzidas pela força-tarefa Avá Guarani. “O ajuizamento das denúncias é a primeira de uma série de medidas para combater o conflito armado na região”, segundo o órgão. 
De acordo com a denúncia, jagunços teriam sido contratados por fazendeiros para ameaçar e violentar as comunidades indígenas.
“Só nos últimos dez anos, pelo menos um índio foi morto por ano em decorrência do conflito fundiário em Mato Grosso do Sul”, afirma o MPF. O assassinato de Cloudione foi incluído na investigação. 

No dia da morte do indígena, a entidade deslocou representantes para a área do conflito, no município de Caarapó. Além do MPF, a Polícia Federal e a Força Nacional atuam na região.

Demarcação
Os Guarani-Kaiowá ocupavam desde o último domingo (12) o território chamado de Toropaso, dentro da Fazenda Yvu. Esse território, reivindicado pelos indígenas, foi identificado pela Funai em maio como terra indígena, mas ainda não teve sua demarcação confirmada. Após a divulgação do ataque, a Funai criticou o ocorrido e disse que atuará para o esclarecimento do caso.
Já o Sindicato Rural de Caarapó afirmou “desconhecer” o assassinato. O sindicato, representante dos fazendeiros da região, afirma que não foi comunicado sobre disparos de arma de fogo e que tomou conhecimento apenas do uso de fogos e bombas para dispersar os indígenas “com medo de retaliação ou reação” por parte destes.
Os indígenas, no entanto, confirmam o atentado. “Esse ataque é fruto da leniência e da lentidão do Estado Nacional em resolver a demarcação das terras indígenas. 
Outras áreas de retomada como Te’yjusu e Pindo Roky também foram vítimas de violências”, disse o antropólogo Diógenes Cariaga, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em declaração divulgada pelo Instituto Socioambiental (ISA).
Edição: Luana Lourenço

Mineração - Grupo Canadense investirá R$ 120 Milhões em Mina de Ouro no Maranhão.

Foto - Maranhão 247.

O governo do Maranhão assinará, nos próximos dias,  um termo de compromisso com a empresa Luna Gold, proprietária da mineradora Aurizona; a celebração do acordo visa investimentos do grupo canadense no Estado na ordem de R$ 120 milhões; o valor será destinado à retomada da produção no município de Godofredo Viana; a empresa, que anteriormente havia anunciado a suspensão das operações, atualmente está realizando estudos de engenharia na região e garante que pretende iniciar as obras na mina, ainda este ano; a previsão, segundo o presidente da Luna Gold, Marc Leduc, é que as operações comecem em 2018; com a retomada das atividades no Maranhão, serão gerados aproximadamente 500 empregos diretos
15 DE JUNHO DE 2016.
Maranhão 247 - O governo do Maranhão assinará, nos próximos dias, um termo de compromisso com a empresa Luna Gold, proprietária da mineradora Aurizona. A celebração do acordo visa investimentos do grupo canadense no Estado na ordem de R$ 120 milhões. O valor será destinado à retomada da produção no município de Godofredo Viana. 
A empresa, que anteriormente havia anunciado a suspensão das operações, atualmente está realizando estudos de engenharia na região e garante que pretende iniciar as obras na mina, ainda este ano. A previsão, segundo o presidente da Luna Gold, Marc Leduc, é que as operações comecem em 2018. 
Com a retomada das atividades no Maranhão, serão gerados aproximadamente 500 empregos diretos e 1.500 indiretos. A empresa vai se comprometer a comprar R$ 2,4 bilhões no Estado.
Durante reunião com gestores da Secretaria de Estado de Indústria e Comércio (Seinc), que estiveram dialogando com representantes da empresa, o grupo ainda anunciou um investimento de U$ 14 milhões por meio de uma Joint Venture (fusão entre duas empresas). O valor prevê pesquisas na área de mineração em sete municípios da região de Godofredo Viana.
“Nos últimos seis meses nós completamos 20 mil metros de programa de exploração. Isso nos ajudou a ter um entendimento melhor do corpo de minério que existe na região e com isso nós podemos pegar essa informação e completar os estudos de engenharia, para que possamos demostrar que podemos reiniciar a operação”, disse.
De acordo com o secretário da Indústria e Comércio, Simplício Araújo, “a retomada das atividades e o anúncio de investimentos da Luna Gold sinaliza mais uma vez que estamos no caminho certo, criando uma ambiência favorável aos negócios e dialogando com as empresas, visando a geração de emprego, renda e buscando crescimento para o Maranhão”.
Demais prerrogativas
Na elaboração do documento, ainda está previsto a inclusão da empresa no programa “Escola Digna”, que tem o intuito de substituir escolas improvisadas de taipa, palha, galpões ou outros estabelecimentos considerados inadequados, por estruturas de alvenaria. O grupo empresarial também deve realizar a construção e manutenção de estrada de acesso ao povoado Aurizona, onde a empresa desenvolve suas atividades.

São Luís - Batalhão de Choque entra em confronto com grevistas em Pedinhas.

Foto - Whats app.

Segundo informações repassadas ao blog, parentes de presos, servidores e a população que reside nas imediações da Penitenciária de Pedrinhas, passaram por momentos de tensão no inicio desta manhã, quando o Batalhão de Choque da Polícia Militar, cumprindo determinação superior, se deslocou a Penitenciária para fazer a escolta de detentos que deveriam ser conduzidos ao Tribunal de Justiça para prestarem depoimentos nos seus respectivos processos criminais.

Foto - Whats app.


Ocorre que vários Agentes Penitenciários em greve, fizeram uma barricada em frente a Penitenciária para impedir o acesso do Batalhão de Choque da Polícia Militar, que ali se encontrava para cumprir a determinação recebida. Após diversas tentativas de negociação entre a Polícia Militar e os grevistas, ocorreu o enfrentamento, sendo o Batalhão de Choque obrigado a usar balas de borracha e bombas de  gás, obrigando os grevistas a recuarem.

Foto - Whats app.
O confronto deixou como saldo dois agentes penitenciários feridos superficialmente, e um grevista desmaiado que foi conduzido para o Socorrão 2, a situação segue tensa no local. Dentro de mais alguns instantes traremos novas informações.

Texto de Francisco Barros.


quinta-feira, 16 de junho de 2016

Tropas britânicas entram na Síria e na Líbia para garantir que a guerra sobreviva ao Daesh.

© Radu Sigheti

Traduzido por Vila Vudu.
Ao longo das últimas três semanas, soube-se que forças especiais da Grã-Bretanha estão engajadas atualmente em combate direto na Líbia e na Síria. Ostensivamente, lá estariam para combater contra o Daesh [também chamado “Estado Islâmico”, ISIS, ISIL]. Na verdade, o objetivo da ‘ação’ é impedir que os exércitos sírio e líbio derrotem, eles mesmos, os terroristas do Daesh.

Com os desembarques na Normandia, há 72 anos completados semana passada, EUA e Grã-Bretanha afinal abriram um segundo front contra os nazistas na Europa, depois de anos de procrastinação. 

Apesar de a União Soviética ter assinado um acordo de ‘ajuda mútua’ com a Grã-Bretanha em 1941, e da aliança anglo-soviética em 1942, EUA e Grã-Bretanha, na verdade, fizeram praticamente nada, em termos de combate real, na luta contra a ameaça nazista. 

Até que concordaram, por comunicado conjunto distribuído em 1942, com abrir um segundo front na Europa, naquele mesmo ano. Mas imediatamente EUA e Grã-Bretanha logo descumpriram o acordo e puseram-se a adiar e adiar. Assim aconteceu que os soviéticos tiveram de combater sozinhos contra a maior potência industrial da Europa Ocidental durante três anos – resistência que custaria aos soviéticos 27 milhões de vidas.

Parece que EUA e Grã-Bretanha seguiam o que John Mearsheimer, especialista em Relações Internacionais chamou de política de “fisgar e deixar sangrar” – pela qual Alemanha e União Soviética foram deixadas lá, fisgadas, para sangrarem uma a outra até a morte; enquanto EUA e Grã-Bretanha esperavam nas coxias. “Se virmos que a Alemanha está vencendo, temos de ajudar a Rússia” – declarou o senador (e adiante presidente) Harry Truman dos EUA em junho de 1941 –, “e se a Rússia estiver vencendo, temos de ajudar a Alemanha, e assim eles que se matem entre si, e quanto mais se matarem, melhor.”

O ministro britânico da Produção de Aeronaves, coronel Moore-Brabazon ecoou a mesma visão no mês seguinte, ao dizer, num almoço de altos funcionários do governo, que o melhor resultado no front oriental seria que Alemanha e Rússia se exaurissem mutuamente, para que a Grã-Bretanha pudesse chegar e dominar a Europa. Acabou por ser forçado a renunciar, ante os protestos de uma população decidida a obrigar o próprio governo a fazer mais para ajudar os soviéticos então gravemente depauperados.

Afinal, só depois que o destino dos nazistas foi decisivamente revertido, quando já estavam derrotados em Stalingrado, é que se materializou o tal ‘segundo front’, há tanto tempo prometido e anunciado. Verdade é que, naquele momento, o resultado final da guerra já estava traçado. 

O “Dia D”, portanto, foi encenado não para derrotar os nazistas, mas para garantir que a União Soviética – a quem coubera todo o sacrifício – não colhesse as honras e os frutos da vitória. “Alguns círculos, nos EUA e na Grã-Bretanha, temiam que se o Exército Vermelho derrotasse sozinho a Alemanha, a União Soviética passaria a ter enorme influência no desenvolvimento do pós-guerra e no progresso social nos países europeus. Os Aliados não poderiam permitir que acontecesse. Por isso afinal resolveram abrir um segundo front na Europa, menos como ação militar do que como medida política, para impedir que forças políticas progressistas chegassem ao poder em países europeus” – escreveu o almirante Kharlamov, comandante da Missão Militar Soviética na Grã-Bretanha, durante a Segunda Guerra Mundial.

Documentos que em 1998 caíram em domínio público, revelaram que Churchill até já ordenara que se construísse um plano para que tropas britânicas e norte-americana avançassem para além de Berlin, acompanhando um exército alemão rearmado, numa guerra nuclear contra os soviéticos.

Hoje a história se repete, dessa vez como farsa. De 2014 até setembro de 2015, o Daech parecia estar varrendo tudo que encontrava pela frente, obtendo enormes vitórias simbólicas em Mosul e Fallujah, no Iraque; em Raqqa e Palmyra na Síria; em Derna e Sirte, na Líbia. Ao mesmo tempo tutelados por turcos e sauditas, a ‘Frente Al-Nusra’, da Al-Qaeda, avançava na Síria; e a facção Ansar Sharia, na Líbia, tomou Benghazi, preparando o caminho para que o Daech se infiltrasse.

O ocidente pouco fez para ajudar. Na Síria, o Exército Árabe Sírio (EAS) foi deixado para enfrentar aqueles grupos terroristas, e não apenas sem qualquer apoio do ocidente, mas, também, contra um ocidente que só aparentava lutar contra os terroristas. 

Assim também o Exército Nacional Líbio – representante do Parlamento líbio eleito – foi paralisado por um embargo de armas escrupulosamente observado no que tivesse a ver com armas para os líbios, mas regularmente violado pelos aliados do ocidente no Golfo, no que tivesse a ver com milícias sectárias do ‘Despertar Líbio’ [ing. ‘Libya Dawn’] contra as quais os soldados líbios combatiam. E até os supostos mais próximos aliados dos EUA no exército do Iraque, a divisão de elite ‘Divisão Dourada’ [ing.‘Golden Division’], enfrentou graves dificuldades para conseguir apoio efetivo dos EUA, quando precisou dele.

Apesar disso, a partir da intervenção dos russos nas Síria, em setembro passado, a maré começou a virar contra o Daech e a Al-Qaeda, pavimentando o caminho para uma sequência de vitórias, especialmente do Exército Árabe Sírio e do Exército Nacional Líbio, e apontando, potencialmente, na direção da plena restauração da autoridade governamental nos dois países.

Na Líbia, o momento chave foi em fevereiro de 2016, quando o Exército Nacional Líbio finalmente reconquistou – depois de 18 meses de combates intensos – o controle em Benghazi, até ali ocupada pelo Daech e pela milícia Ansar Sharia. 

Os dois eventos, a presença do Daech em Benghazi e a libertação da cidade foram, como se poderia prever que seriam, praticamente apagados do noticiário ocidental, apesar de o destino da cidade ter sido aparentemente tão importante para líderes britânicos e norte-americanos, nos idos de 2011. Dia 3 de maio, o Exército Nacional Líbio começou sua marcha para o oeste, de Benghazi rumo à última fortaleza do Daech na Líbia, em Sirte.

Em fevereiro, também, uma ofensiva massiva pelo Exército Árabe Sírio contra Aleppo começou a realmente obter avanços significativos, recapturando território da Al-Qaeda, do Daech e de Ahrar Al-Sham. 

Dia 3 de fevereiro, a rota de suprimentos para Aleppo foi fechada, o que interrompeu o sítio que os rebeldes faziam contra duas cidades controladas pelo governo sírio ao sul de Azaz. Na sequência, começaram as rendições em massa, ao Exército Árabe Sírio. 

Depois, exatamente um mês adiante, a cidade histórica  milenar, de Palmyra, foi libertada do Daech, por forças do governo sírio e apoio aéreo de forças russas. No que foi, parece, uma tentativa para fazerem-se de importantes e necessários, os EUA também lançaram alguns ataques aéreos contra a cidade, para ‘mostrar’ que os EUA “querem muito destruir o Daech – mas não é, assim, tanto-tanto” – disse o jornalista Robert Fisk.

Hoje, a fortaleza original do Daesh e dita ‘capital’ de seu autodeclarado ‘califato’ está sob ataque. Times noticiou no início da semana em curso, que um Exército Árabe Sírio novamente com a moral em alta, está “avançando rapidamente na direção da fortaleza do Daesh de Raqqa” e que “a unidade Falcões do Deserto, unidade de elite do governo sírio, apoiados pelos aviões da Força Aérea Russa, cruzaram a fronteira sul da província de Raqqa no fim-de-semana – primeira vez que as forças do presidente Assad põem os pés ali, desde que a cidade foi tomada pelo Daesh há quase dois anos.” E estão avançando rapidamente.

Ao longo de 2016, portanto, as forças armadas nacionais legais dos dois estado, Líbia e Síria, representantes de governos eleitos nos dois casos, nunca pararam de avançar, e os dias do Daech e de seus sectários parceiros e apoiadores podem, sim, estar já contados. É pois sumamente interessante que precisamente agora, nesse momento – nunca antes, quando o Daech estava conseguindo avanços, mas agora, quando estão pressionados e perdendo terreno –, tropas britânicas tenham-se dado o trabalho de, sim, pular na frigideira.

A mesma edição do Times que noticiou que o Exército Árabe Sírio “avança rapidamente (…) rumo a Raqqa” também noticiava, como matéria de primeira página, que “forças especiais britânicas estão na linha de frente na Síria defendendo uma unidade rebelde“, observando que “a operação marca a primeira evidência de envolvimento direto de soldados britânicos nos combates naquele país destroçado pela guerra, já não exclusivamente para dar treinamento a rebeldes na Jordânia.”

E o mesmo jornal noticiara na semana anterior que forças especiais da Grã-Bretanha haviam cumprido sua primeira missão de combate na Líbia, dia 12 de maio, em apoio ao grupo ‘Libya Dawn’ da guerra civil na Líbia. 

Libya Dawn é um grupo guarda-chuva composto principalmente de milícias que têm base em Misrata e que surgiram depois das eleições de junho de 2014, com patrocínio do Qatar, para combater contra o Parlamento secular recém eleito e as forças armadas líbias legais, o Exército Nacional Líbio.

Times tacitamente reconhece que, até agora, o Exército Nacional Líbio lutava sozinho contra o Daech: “Misrata em grande medida ignorou a metástase do Daech em Sirte, a cerca de 270 km de distância, desde que as primeiras células terroristas se implantaram ali em 2013″. Mas agora, os “coturnos em solo” que Cameron jurou que jamais pisariam terra líbia veem-se repentinamente como “a força de escol“, selecionada para a missão de libertar o país.

Como em 1945, depois de esperar sem se levantar da cadeira enquanto um grupo genocida matava milhares sobre milhares de soldados obrigados a lutar sozinhos contra eles, o regime Cameron quer negar aos exércitos realmente vitoriosos, os frutos de seu sacrifício. Cameron prefere ver Raqqa e Sirte ocupadas por milicianos e terroristas sem unidade e sem outro projeto que não seja o próprio sectarismo, do que ver restaurada ali a autoridade de governos eleitos.

Agora, com soldados britânicos lutando ao lado de terroristas na Síria, aumentam as possibilidades de confronto direto com forças russas. Exatamente como Churchill em 1945, Cameron também parece interessado em expor os ingleses a esse tipo de risco insano. Daquela vez, prevaleceram as cabeças mais sãs. A questão é: e hoje? Onde estão as cabeças mais sãs?

Henrique Eduardo Alves é o terceiro ministro de Temer a pedir demissão.

Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, é alvo da Operação Catilinárias. A PF cumpre mandados no Distrito Federal e em sete estados (José Cruz/Agência Brasil)
Depois de um mês no cargo, o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, pede demissão. Ele foi citado nos depoimentos de Sérgio Machado, dados em acordo de delação premiada à força-tarefa da Lava JatoJosé Cruz/Agência Brasil















Após ser citado na delação premiada do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, pediu hoje (16) demissão do cargo. A informação foi confirmada pela Assessoria de Imprensa da Presidência da República.
O ex-presidente da Câmara Henrique Alves teria recebido, segundo Machado, R$ 1,55 milhão em doações eleitorais com recursos ilícitos.
Ele é o terceiro ministro, após pouco mais de um mês do governo interino de Michel Temer, depois de denúncias relacionadas à Operação Lava Jato. Romero Jucá, que foi ministro do Planejamento, e Fabiano Silveira, da Transparência, Fiscalização e Controle, saíram dos cargos após divulgação de trechos da delação de Machado, em áudio, em que eles criticavam a operação.
Alves enviou uma carta com o pedido de demissão a Temer, mas o teor não foi divulgado. Na noite de ontem (15), o ministro esteve no Palácio do Planalto reunido com o presidente interino.
O sigilo dos depoimentos de Sérgio Machado à força-tarefa da Operação Lava Jato foi retirado pelo ministro do Supremo Tribunal Federall (STF) Teori Zavascki, relator dos inquéritos da operação na Corte. 
Machado citou o presidente interino Michel Temer e mais de 20 políticos, entre eles o presidente do Senado, Renan Calheiros, os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Romero Jucá (PMDB-RR), além do ex-deputado Cândido Vaccarezza (PT) e do ex-presidente José Sarney (PDMB-AP). 
Os políticos negaram as acusações.

Edição: Lana Cristina

Bahia - Assassinato de professores gays leva moradores da cidade de Santa Luz às ruas contra a homofobia.


Os professores da rede estadual de ensino da Bahia, Edivaldo Silva de Oliveira e Jeovan Bandeira, eram muito queridos na cidade de Santa Luz, a 260 quilômetros de Salvador.

Na última sexta-feira (10), eles foram mortos às margens da rodovia BA-120. Os corpos foram encontrados carbonizados no porta-malas do carro de Edivaldo e só foram reconhecidos pela arcada dentária.

O crime aconteceu no mesmo fim de semana do massacre em uma boate gay de Orlando (EUA) que deixou 49 mortos e 53 feridos. Edivaldo e Jeovan eram assumidamente homossexuais.

De acordo com o delegado que apura o caso do assassinato dos professores baianos, uma das hipóteses é que o crime tenha sido motivado por homofobia. “Eles eram muito amigos e muito queridos na cidade. Também não teriam inimigos. Já ouvimos várias pessoas e por enquanto não descartamos nenhuma hipótese”, disse o delegado em entrevista à BBC Brasil.

Amigos das vítimas relatam que eles eram extremamente ligados. “Quando Nino comprou o carro, o que foi usado no crime, Jeovan quem o ensinou a dirigir”, contou uma amiga dos professores.

professores gays bahia

Edivaldo tinha 31 anos e era conhecido como Nino. Formado pela Universidade do Estado da Bahia, ele era diretor da Escola Municipal Pedro Juvelino, em Limeira, zona rural de Santa Luz. Ele ensinava Química e Biologia no Colégio Estadual José Leitão, também em Santa Luz.

Jeovan, que também era formado pela Uneb, era professor de Física no Colégio Ação e vice- diretor no Colégio Estadual José Leitão, o mesmo em que Nino lecionava.

Ninguém foi preso até o momento. Dois adolescentes chegaram a ser ouvidos pela polícia, mas foram liberados.

Na última segunda-feira (13), milhares de moradores da pequena cidade foram às ruas lamentar o crime bárbaro, pedir agilidade nas investigações e exigir mais segurança.

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“Longe dos parques temáticos, do turismo cosmopolita e sem gozar do mesmo prestígio internacional de Orlando, Santa Luz encurtou a distância geográfica da metrópole americana”, escreveu o jornalista baiano André Uzêda, do portal Aratu Online, em texto sobre o episódio.

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(Imagem: Edivaldo Silva de Oliveira e Jeovan Bandeira)
com informações de BBC Brasil e mídia local.

Abin monitora grupo em português criado pelo Estado Islâmico no Telegram.

Foto - http://noticias.uol.com.br
Márcio Neves. Do UOL, em São Paulo.
A Abin (Agência Brasileira de Inteligência) está monitorando um grupo no aplicativo Telegram que troca informações, em português, sobre o Estado Islâmico. 
A instituição confirmou a existência do grupo, chamado Nashir Português, que é uma referência à agência de notícias utilizada pelo Estado Islâmico para publicar seus manifestos, a Nashir News Agency. 
A movimentação preocupou a agência brasileira, que tenta evitar possíveis recrutamentos de cidadãos do país dois meses antes da Olimpíada no Rio de Janeiro, evento que atrai delegações de todo o mundo.
"Essa nova frente de difusão de informações voltadas à doutrinação extremista, direcionada ao público de língua portuguesa, amplia a complexidade do trabalho de enfrentamento ao terrorismo e representa facilidade adicional à radicalização de cidadãos brasileiros", informou a Abin por meio de nota.
Segundo a Abin, "as organizações terroristas têm empregado ferramentas modernas de comunicação para ampliar o alcance de suas mensagens de radicalização direcionada, em especial, ao público jovem".
As primeiras mensagens publicadas neste grupo recém-criado incluem um discurso com mais de 14 páginas, já traduzido para o português, de Abu Muhammad al-Adnani, porta-voz do Estado Islâmico. O conteúdo contém basicamente propaganda jihadista, já difundido em outras línguas.