No dique seco do Estaleiro Rio Grande, foram juntados este ano o casco e o deque da plataforma P-55.
Petrobras - Concepção Artistica da Plataforma P-55. |
09. set. 2012 - Jornal estadao.com.br. O maior feito de engenharia da indústria naval brasileira foi concluído
em 7 de julho passado. No dique seco do Estaleiro Rio Grande, após 13
dias de trabalho ininterrupto, foram juntados o casco e o deque da
plataforma P-55. Guindastes gigantes ergueram uma estrutura de 17 mil
toneladas a 42 metros, por meio de cabos laterais. Foi um içamento
inédito mundialmente, em relação a peso e altura.
Com
um ano e meio de atraso, o casco da P-55 (plataforma do tipo
semissubmersível), fabricado no Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em
Pernambuco, chegou a Rio Grande em 16 de janeiro deste ano. Até a junção
- deck mating, na nomenclatura empregada na indústria naval-, o casco
passou por ajustes.
O
deck mating consiste no acoplamento entre o deque, a parte superior da
plataforma, com a parte inferior, o casco. Com 17 mil toneladas, o deque
foi erguido por um sistema complexo formado por 12 torres ligadas a 24
macacos hidráulicos, cada um deles com capacidade de erguer até 900
toneladas. Foram empregados 24 conjuntos de 54 cabos de aço. Cada cabo,
com 18 milímetros de diâmetro e 60 metros de comprimento.
Petrobras - Concepção da Plataforma P-55. |
A
estrutura subiu a até 47,2 metros em relação ao fundo do dique seco do
estaleiro. A empresa de içamento Mammoet, da Holanda, foi contratada
pela Petrobrás especialmente para apoiar a operação. Um guindaste foi
concebido e fabricado para a realização do deck mating.
A
presidente da Petrobrás, Graça Foster, assistiu ao acoplamento. Ela
disse, segundo comunicado da petroleira, que "essa operação é motivo de
orgulho para o povo gaúcho e para todos os brasileiros". "Qualquer um
ficaria encantado com a magnitude dessa obra, a primeira plataforma do
Polo Naval do Rio Grande e a maior semissubmersível construída no País",
disse ela.
Prazo.
Funcionário da Petrobrás há 34 anos, o engenheiro naval Edmilson de
Medeiros, gerente de implementação de Empreendimentos para a P-55, disse
que as dimensões da operação exigiram meses de projeções e
planejamentos detalhados.
"Para
fazer o deck mating de modo adequado, duas coisas tiveram de funcionar:
a junção do deque e do casco exigia folgas não mais que milimétricas e,
na descida, o encaixe com quatro pinos e o apoio teria de ser perfeito.
Fora isso, seria um desastre."
Unidas
as partes superior e inferior, a plataforma passa por acabamentos. Em
outubro, deixa o dique seco. A data fixada para sair do estaleiro e
seguir para o campo de Roncador, na Bacia de Campos (RJ) é 17 de maio de
2013. A operação deve começar em setembro. A P-55 terá capacidade de
produzir até 180 mil barris de petróleo por dia.
Fonte: http://www.exercito.gov.br/web/imprensa/resenha
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