sábado, 9 de julho de 2016

Robert Fisk: Li o relatório Chilcot essa semana, viajando pela Síria – Vi ao vivo o resultado das ações de Blair.

Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu

“Voices”
“Qual a diferença entre as Armas de Destruição em Massa (ADMs) iraquianas que não existem; ‘alertas’ de 45 minutos, todos falsos; 70 mil “moderados” sírios inexistentes e a extinção (inventada) do Serviço Nacional de Saúde da Grã-Bretanha [National Health Service (NHS)] se o país deixar a UE?”
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Acho que um julgamento em Nuremberg seria melhor local para analisar as minúcias dos crimes Blair-Bush que todos os britânicos cometemos para ir à guerra no Oriente Médio. Causamos a morte de mais de meio milhão de pessoas, a maioria das quais muçulmanos, tão completamente inocentes quanto Blair foi culpado. Uma corte semelhante à de Nuremberg poder-se-ia concentrar mais detidamente no caso das massas árabes vítimas de nossa odiosa expedição criminosa, que na culpa hedionda e na “profunda lástima” – palavras dele, claro – de Lord Blair de Kut al-Amara.

Claro, Blair mentiu quanto à inteligência sobre armas de destruição em massa antes de ir à guerra; mentiu depois novamente quanto aos alertas do Foreign Office sobre o caos que tomaria contra do Iraque; e hoje Blair novamente mente, insistindo que o Relatório Chilcot o teria inocentado, quando, isso sim, o relatório faz exatamente o contrário.

Mas estudo prolongado do relatório, em vez do resumo edulcorado que querem nos meter goela abaixo nas últimas horas, pode produzir linhas do relatório que são muito mais perturbadoras que as conclusões da versão simplificada, mais curta e fácil de regurgitar, que foi passada aos veículos da mídia-empresa. Além disso, nossa concentração sobre o iníquo Blair e suas mentiras, embora seja resposta compreensível a Chilcot, oferece preocupante versão da mendacidade que ainda hoje acomete todos os políticos, nossos primeiros-ministros e líderes de partido, e a atitude insultante que todos eles assumem na relação com os que eles dizem representar.

Ouvir as primeiras notícias sobre o épico trabalho de literatura de Sir John Chilcot justamente quando viajava pela Síria, foi para mim uma experiência perturbadora. Não só porque a praga da crueldade terrorista a avançar para fora a partir de Raqqa foi (e não importa que tipo de nonsense Blair diga e repita) resultado direto do inferno iraquiano; mas também porque, em dezembro passado, nosso próprio atual, embora desacreditado, primeiro-ministro usou mais mentiras e falsidades Blairistas para persuadir os deputados do Parlamento a bombardear alvos do ISIS na Síria.

Lembram as sandices sobre os 70 mil rebeldes “moderados” que precisavam de nossa ajuda, apesar de nem existirem e de terem sido fabulados pela mesma Comissão Conjunta de Inteligência [ing. Joint Intelligence Committee] na qual Blair confiou integralmente para sua aventura criminosa?

E quando os membros do Parlamento questionaram essa conversa oca, foram desmoralizados pelo general Gordon Messenger, vice-chefe do gabinete da Defesa, que disse que, por razões de segurança as tais unidades rebeldes não podiam ter seus nomes divulgados – por mais que todos conheçamos a identidade dessa ralé de crias da CIA e da incapacidade delas para lutar contra seja o que for. O muito apropriadamente chamado Messenger [ing. “mensageiro”] manteve a fantasia de David Cameron e foi devidamente promovido; como John Scarlett, diretor da Comissão Conjunta de Inteligência [ing. Joint Intelligence Committee (JIC)] que forneceu a Tony Blair toda aquela “inteligência” vagabunda, foi adiante condecorado.

E assim os britânicos fomos à guerra contra o ISIS na Síria – exceto, claro, quando o ISIS atacasse o governo de Assad, caso em que não fazíamos coisa alguma, apesar de todos os ultrajados discursos de Hilary Benn sobre fascismo pré-guerra. Condenaremos Blair, o desgraçado, mas não pense que alguma coisa mudou nos seis anos que Sir John levou para escrever seu tomo de proporções bíblicas.

E aí está o problema. Quando Blair pode dizer, como disse no momento em que o Relatório Chilcot foi publicado, que [o relatório] “deveria ter evitado acusações [sic] de má fé, mentiras e calúnias” – sem que o povo se levante nas ruas contra a má fé, as mentiras e calúnias do próprio Blair – nesse caso pode-se ter certeza que seus sucessores continuarão a burlar o povo mais e mais vezes, sem parar. Afinal, qual a diferença entre as Armas de Destruição em Massa (ADMs) iraquianas que não existem; os ‘alertas’ de 45 minutos, todos falsos; 70 mil “moderados” sírios inexistentes e o fim (inventado) do Serviço Nacional de Saúde da Grã-Bretanha [National Health Service (NHS)] se o país deixasse a UE?

Há muitas versões – e citações erradas – do que disse aquele mais cínico dos propagandistas nazistas, Joseph (“quanto maior a mentira, melhor”) Goebbels, mas é impossível não se sentir tocado por algumas das observações dele. “O segredo essencial da liderança britânica não depende de qualquer inteligência especial” – escreveu Goebbels em 1941. “Depende, isso sim, de notável, impenetrável estupidez. Os britânicos seguem o princípio de que suas mentiras têm de ser sempre mentira gigantesca; e a mentira vale para sempre, ninguém jamais se desmente. Os britânicos mantêm as mentiras deles, mesmo ao risco de se mostrarem ridículos.”

O mais assustador dessas palavras não é aquele tempo de guerra passada de que falava Goebbels, nem a evidência de que Churchill (alvo real do comentário do alemão) realmente mentiu. Dada a luta contra o nazismo – e apesar do que disse Churchill, que a verdade, em tempo de guerra, tem de ser protegida por uma escolta de mentiras –, os britânicos mantiveram uma habilidade virtuosa no conflito 1939-45 de dizer a verdade, até quando uma pitada de enganação Blairista teria bastado para encobrir as derrotas britânicas. Não. O mais assustador é que as palavras de Goebbels aplicam-se muito dolorosamente aos políticos britânicos de hoje.

Quem dos nossos conhecidos, depois do relatório, insiste em manter as próprias grandes mentiras, ao risco de se mostrar ridículo? Temo horrivelmente que homens pequenos que se metem a andar em sapatos grandes – que realmente acham que seriam Churchill e levam o país à guerra – estão mentindo as mesmas mentiras das quais seus ancestrais políticos foram, em grande parte, inocentes. Talvez a chave para compreender tudo isso esteja no argumento de Sir John, para quem Blair confiou demais nas próprias “crenças” – seja lá o que se oculte nessa palavra perigosa – e na opinião de outros.

Blair assume a responsabilidade - Por isso pode nos dizer – e disse-me, a mim, enquanto eu chegava pelo deserto sírio à cidade de Palmyra e até onde chegaram as práticas vis dos autores do desastre iraquiano que Blair ajudou a criar – que “não creio [que a remoção de Saddam Hussein] seja a causa do terrorismo que vemos hoje seja no Oriente Médio ou noutros pontos do mundo”. Toda essa duplicidade, é claro, é para ser parte do “debate total” que Blair agora ameaça, como resultado do relatório Chilcot.

Blair diz que dará – Deus nos livre e guarde! – “todas as lições que creio que futuro líderes devem aprender de minha experiência”. Mas Blair não precisa nos entediar outra vez com suas mentiras. Elas já foram incorporadas por Dave “70 mil moderados” Cameron e os caras do Brexit que agora se autodestroem cercados das próprias mentiras que contam – e que podem afinal conseguir precisamente tudo que Goebbels sempre quis para esse país: o fim do Reino Unido.

Nesse contexto, o relatório Chilcot nem é tanto um massivo trabalho de investigação dos pecados que nos levaram para a guerra em 2003, mas apenas outro capítulo na história da inabilidade dos britânicos para controlar um mundo no qual relações públicas de políticos britânicos ameaçam o próprio povo, com desprezo; matam seus próprios soldados; e massacram centenas de milhares de estrangeiros, sem qualquer remorso real.

Robert Fisk é um premiado jornalista inglês, correspondente no Oriente Médio do jornal britânico The Independent. Fisk vive em Beirute há mais de 25 anos. Filho de um ex-soldado britânico da Primeira Guerra Mundial, Robert Fisk estudou jornalismo na Inglaterra e Irlanda. Trabahou como correspondente internacional na Irlanda – cobrindo os acontecimentos no Ulster – e Portugal. 

Em 1976, foi convidado por seu editor no The Times para substituir o correspondente do jornal no Oriente Médio. Fisk trabalhou para The Times até 1988, quando se mudou para The Independent – após uma discussão com seus editores sobre modificações feitas em seus artigos, sem seu consentimento.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Cassado o mandato do Deputado Wladimir Costa (SD/PA) que fez pirotecnia no impeachement de Dilma, o TRE do Pará o condenou por Crime de Caixa 2..

Foto - Deputado Federal Wladimir Costa (Solidariedade); cassado pelo TRE do Pará.

Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) cassou nessa sexta-feira, 8, por unanimidade, o mandato do deputado federal Wladimir Costa (Solidariedade); segundo a TVRBA, entre as irregularidades que causaram a decisão estão o recebimento de recursos financeiros para campanha, oriundos de fontes não declaradas bem como a omissão na declaração de montante que chega a R$410.800; Wladimir ficou conhecido nacionalmente nos últimos meses após a pirotecnia durante a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara.

Jornal GGN - O deputado federal Wladimir Costa (SD), que ganhou os holofotes da mídia após fazer pirotecnia na Câmara, comemorando o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), teve decisão desfavorável no Tribunal Regional Eleitoral, em função de irregularidades na prestação de contas da eleição de 2014. Segundo informações da TVRBA, o Diário Oficial do Tribunal deve publicar a sentença contra Costa na segunda (11). Ele pode recorrer da decisão.
Da TVRBA
Na manhã desta sexta-feira (08), em decisão unânime, a Corte Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PA) cassou o mandato do deputado federal Wladimir Costa (Solidariedade).
De acordo com uma fonte do TRE ouvida com exclusividade pelo DOL, a decisão será divulgada somente na tarde desta sexta, mas já está confirmada.
Entre as irregularidades que causaram a decisão estão o recebimento de recursos financeiros para campanha, oriundos de fontes não declaradas bem como a omissão na declaração de montante que chega a R$410.800. A relatora da representação foi a Juíza Federal Lucyana Daibes Pereira.

O processo foi aberto após o Ministério Público Eleitoral entrar com representação referente aos gastos da campanha eleitoral de 2014. A expectativa é que a decisão seja publicada na segunda-feira (11) no Diário de Justiça Eleitoral. Ainda cabe recurso contra a cassação.
Wlad ficou conhecido nacionalmente nos últimos meses após a pirotecnia durante a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Outras acusações
Desde 2010, o Supremo Tribunal federal (STF) investiga a contratação de funcionários fantasmas para o gabinete parlamentar do deputado Wladimir Costa.
Durante dois anos (de fevereiro de 2003 a março de 2005) a Câmara dos Deputados depositou altos valores em salários, vales refeição, férias, entre outros ganhos, nas contas da Caixa Econômica Federal para 3 funcionários. Esses “laranjas” eram obrigados a ir ao caixa do banco sacar o dinheiro e entregar toda a quantia nas mãos do irmão de Wladimir, Wlaudecir, que então depositava o dinheiro na conta do deputado. O valor total desviado por Wladimir e seu irmão pode ser superior a R$ 210 mil, em 2 anos.
Bens bloqueados
Em janeiro, o juiz Deomar Alexandre de Pinho Barroso, da 1ª Vara Cível e Empresarial de Barcarena, determinou o bloqueio de bens do deputado. Ele também ordenou a quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico do assessor direto do deputado, Ildefonso Augusto Lima Paes, e do servidor da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel), Emersom Gleyber Leal de Souza, entre outras pessoas.
Eles são acusados de participar de um esquema de desvio de recursos públicos a partir de um convênio fechado entre uma ONG do deputado e a Seel. A secretaria é controlada politicamente por Wladimir, que integra a base de apoio parlamentar ao governador Simão Jatene (PSDB). Na mesma liminar, o magistrado determinou o bloqueio e indisponibilidade dos bens dos envolvidos. Emerson e Ildefonso também foram afastados de suas funções públicas, para não prejudicar as investigações.

Quem é Michael J. Eddy, diretor da USAID no Brasil?

Michael J. Eddy sempre trabalhou em países envolvidos em conflitos políticos
Michael J. Eddy sempre trabalhou em países envolvidos em conflitos políticos
https://www.usaid.gov
Desde antes da queda da presidenta Dilma Rousseff, acusações vêm sendo feitas contra o governo dos Estados Unidos por seu suposto papel no recente golpe de Estado no Brasil.
O que pode ser um indício do envolvimento de Washington é a presença da USAID no País.
A United States Agency for International Development (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional) é uma agência vinculada ao Departamento de Estado dos EUA. Em seu site, a organização afirma que trabalha para “acabar com a pobreza extrema global e possibilitar que sociedades democráticas realizem o seu potencial”.
Na realidade, ela atua em diversos países ao redor do mundo, junto a governos e instituições públicas e privadas, financiando projetos e Organizações Não-Governamentais (ONGs). Como pertence ao Departamento de Estado, ela recebe verba do governo dos EUA.
A USAID também desempenhou papel fundamental na tentativa de desestabilização de vários governos nos últimos anos, como os de Venezuela e Cuba. Ela atua publicamente em países que passam por conflitos políticos, como Síria, Ucrânia, Líbia, Paquistão e Colômbia.
No Leste Europeu, por exemplo, a organização destina atualmente U$ 698,1 milhões para “conter a agressão russa”. Entre seus objetivos está o fortalecimento de economias de mercado, oportunidades comerciais, meios de comunicação, instituições democráticas e esforços anticorrupção. “Esses esforços vão ajudar Ucrânia, Geórgia, Moldávia e seus vizinhos contra o aumento da pressão da Rússia”, afirma a USAID na descrição dos destinos de seu orçamento.
No Brasil, a agência trabalha há mais de 50 anos. Seu primeiro e mais famoso acordo com o governo brasileiro foi a parceria MEC/USAID, implementada no início da ditadura militar, que submeteu o ensino brasileiro aos critérios dos EUA.
O atual diretor dessa agência no Brasil é Michael J. Eddy, que ocupa o cargo desde agosto de 2015. Ele lidera a transição da USAID no Brasil, de “Missão” para Escritório de Representação no País.
michael eddy
Michael J. Eddy
Por meio de Eddy, a entidade atua em parceria com o governo brasileiro, a sociedade civil e o setor privado na coordenação do programa de conservação da biodiversidade da Amazônia brasileira, orçado em U$ 50 milhões. A agência estadunidense considera o Brasil um país de máxima prioridade para a preservação da biodiversidade.

Bacharel em Relações Econômicas Internacionais e Ciência Política pela Universidade de Wisconsin, mestre em Relações Internacionais (Desenvolvimento e Estudos Comparativos e Regionais – América Latina) pela Universidade Americana e pós-graduado em Gestão de Desastres pela Universidade de Wisconsin, Eddy é um experiente profissional. 
São 26 anos de carreira com experiência em desenvolvimento internacional, incluindo 18 anos pela USAID, “especializado em governança democrática, administração pública, resposta a crises e assistência humanitária”, informa a agência em seu site.
Profissional sênior em desenvolvimento com experiência em gestão de equipes diversas e talentosas em cenários complexos de “desenvolvimento, transição, crise e resposta a desastres naturais”, é o que apresenta em um documento sobre seu perfil e experiência profissional. “Representa o governo dos EUA perante lideranças de governos estrangeiros e parcerias não governamentais, a respeito de assuntos de assistência em desenvolvimento e transição, e ligando a liderança do governo dos EUA relacionada à USAID a cenários complexos de desenvolvimento e transição.”
Antes de ser funcionário da agência, Eddy trabalhou para o Banco Mundial, para o Management Systems International (MSI, usado pela própria USAID como uma organização de fachada que implementa projetos de mudança política de forma branda, a partir de apoio a organizações da sociedade civil, treinamento de lideranças e planos de privatização) e para o National Democratic Institute (NDI), instituição ligada ao Partido Democrata dos EUA.
Michael Eddy sempre trabalhou em países envolvidos em conflitos internos: El Salvador (1992-1994), Haiti (1995-1996), Angola (1997-1998), Nicarágua (1998-00), Bolívia (2000-02), Macedônia (2003-08), Bolívia (2008-10), Sudão (2010-11), Myanmar, Tailândia e China (desde 2011) e Sri Lanka e Maldivas (fevereiro-junho, 2015).
Em agosto de 2015, mesmo mês do terceiro grande protesto antigovernamental contra Dilma Rousseff, organizado por movimentos financiados por instituições estadunidenses, ele desembarcou em Brasília para dirigir a USAID.
Grupo Mais Unidos
Assim como nos outros países em que atua, a agência financia projetos e organizações no Brasil. A principal é o Grupo Mais Unidos, seu intermediador em vários projetos. Criado há dez anos, o +Unidos é uma parceria entre a Missão Diplomática dos EUA por meio da USAID e empresas estadunidenses estabelecidas em território brasileiro, como informado em seu site.
O co-presidente do Conselho Diretivo do Grupo Mais Unidos é o empresário Gilberto Peralta. Desde janeiro de 2014, ele é presidente e CEO da General Eletric do Brasil. Peralta também faz parte do Conselho Superior Estratégico e do Conselho Superior de Inovação e Competitividade da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP). Além disso, ele é vice-presidente do Conselho de Administração e membro do Comitê de Indústria da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB) e membro do Conselho Estratégico da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ).
Experiências de Michael J. Eddy na Bolívia e no Sri Lanka
Na Bolívia, após sua primeira passagem entre 2000 e 2002, que coincidiu com o período de instabilidades causadas pela submissão de governos neoliberais ao Banco Mundial, acarretando na Guerra da Água em 2000, Eddy voltou para trabalhar no escritório de La Paz da USAID durante os primeiros anos do governo de Evo Morales.
Ele foi diretor do Escritório para Democracia e Administração Pública da agência a partir de 2008. Neste mesmo ano, o governo boliviano expulsou o embaixador dos Estados Unidos e a DEA (agência antidroga dos EUA), acusando-os de estarem na Bolívia com objetivos políticos e de desestabilização. Em 2013, a própria USAID foi expulsa do país, acusada de ingerência nos assuntos internos da Bolívia durante anos.
Antes de assumir o cargo no Brasil, Michael Eddy foi diretor da USAID no Sri Lanka entre fevereiro e junho de 2015. Ele foi enviado ao país asiático logo após as eleições presidenciais de janeiro, quando o então presidente Mahinda Rajapakse foi derrotado por Maithripala Sirisena, na eleição mais acirrada das últimas décadas no país, segundo a AFP.
O presidente eleito teve 51,28% dos votos, contra 47,58% do derrotado. “Foi uma reviravolta surpreendente, já que Rajapakse, depois de uma década no poder e dois mandatos, era o grande favorito”, noticiou a agência na época. Prontamente, o presidente dos EUA, Barack Obama, e o secretário de Estado, John Kerry, parabenizaram o resultado das eleições.
A USAID considerou esses acontecimentos no Sri Lanka “positivos e pró-democráticos”, motivo que levou à cooperação da agência por meio de Eddy, para dar assistência governamental e desenvolver o crescimento econômico do país. Ele foi um dos intermediadores da visita de John Kerry à nação asiática, a primeira de um secretário de Estado dos EUA em 40 anos àquele país.
Ao contrário das outras missões de Michael Eddy pelo mundo, sua estadia como diretor da USAID no Sri Lanka e nas Maldivas durou muito pouco tempo. Apenas quatro meses se passaram até que ele fosse retirado de sua missão para ser encaminhado ao Brasil.
Diário Liberdade entrou em contato com Eddy por e-mail, perguntando o orçamento destinado à USAID no Brasil e se ele mantém alguma relação com autoridades do governo brasileiro. Ele disse que está fora de seu escritório e não comentou o assunto. Sua assessoria respondeu que esses questionamentos devem ser realizados através do Escritório da Lei de Liberdade de Informação (FOIA, na sigla em inglês). No entanto, até o fechamento desta reportagem, oDiário Liberdade não recebeu nenhuma resposta através do FOIA.
gz.diarioliberdade.org

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Russia envia seu porta-aviões "Almirante Kuznetsov" para combater o "Estado Islâmico" na Síria.

A Rússia está enviando seu único porta-aviões para a Síria a fim de combater o "Estado Islâmico" naquele país. 
Chamado de "Almirante Kuznetsov", o navio carregará pelo menos 15 caças e dez helicópteros de ataque. 
O porta-aviões deve ficar estacionado no leste do mar Mediterrâneo pelo menos até fevereiro de 2017.

Informou a agencia Iran Press TV em matéria do ultimo dia 02 de julho do corrente ano, que a Marinha da Russia enviará sua nau capitânia, o porta-aviões Almirante Kuznetsov, para se juntar as forças navais em batalha contra o grupo terrorista Daesh na Síria.

Relatou também a agência de notícias TASS, que a referida belonave vai sair para o mar Mediterrâneo em outubro e servirá como uma plataforma para a realização de ataques aéreos contra os terroristas, pelo menos até fevereiro 2017.

Classificado por Moscou como um cruzador pesado de míssil e transporte de aeronaves (TAVKR), ela vai transportar 15 Sukhoi Su-33 aviões de combate (visto no vídeo abaixo) e combatentes Mikoyan MiG-29K / KUB, e cerca de 10 Kamov Ka-52K, Ka -27, e Ka-31 helicópteros.

"O Estado-Maior Conjunto desenvolveu um programa para pilotos aero-transportados participarem de ataques aéreos contra grupos terroristas na Síria. Isso implica a realização de voos operacionais da força aero-embarcada contra alvos terrestres," disse uma fonte.




MPF e sociedade debatem a criminalização dos movimentos sociais em Porto Alegre.

Fotos: Ascom PRR4
Cerca de 170 pessoas participaram da reunião pública promovida pela PFDC, pelo NAOP/4 e pela PRDC/RS.

O Ministério Público Federal e diversas organizações e entidades da sociedade civil debateram em Porto Alegre a criminalização dos movimentos sociais. O evento, que reuniu cerca de 170 pessoas, foi realizado na sede da Procuradoria Regional da República da 4ª Região e contou com a participação da procuradora federal dos Direitos do Cidadão, Deborah Duprat; do procurador regional da República Domingos Sávio Dresch da Silveira, coordenador do Núcleo de Apoio à PFDC na 4ª Região; do procurador da República Fabiano de Moraes, procurador regional dos Direitos do Cidadão no Rio Grande do Sul; e da promotora de Justiça Ivana Battaglin, titular da Promotoria de Direitos Humanos do Ministério Público do Rio Grande do Sul.
Ao longo de pouco mais de três horas, os membros do MPF e do MPRS ouviram as 26 pessoas inscritas e compartilharam análises sobre o andamento da conjuntura política e social e informações sobre o andamento de processos e leis que tratam dos direitos do cidadão e da criminalização dos movimentos. Manifestaram-se ativistas pelos direitos humanos e representantes dos movimentos indígena, quilombola, negro, LGBTI, feminista, secundarista, sindical e de ocupações urbanas, além da OAB-RS, da Associação de Juízes pela Democracia e do Movimento de Mães e Pais pela Educação. Ao final, relatórios e denúncias foram entregues à PRDC, à PFDC e à Promotoria de Direitos Humanos. O encontro foi transmitido ao vivo para 1.483 pessoas via Periscope e o vídeo, que no dia seguinte já alcança a marca de 1.897 espectadores, pode ser acessado pelo endereço https://www.periscope.tv/w/1nAKEqdbVpbKL.
Índios e quilombolas - A presença de Deborah Duprat – reconhecida por sua longa e intensa atuação à frente da 6ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF, que trata das populações indígenas e comunidades tradicionais – atraiu grande número de militantes do movimento indígena e quilombola. Manifestaram-se Kaingangs, Guaranis, Xoklengs e Charruas, bem como representantes da Organização pela Libertação do Povo Negro, da Frente Quilombola e do Quilombo Família Fidélix. Foram abordados temas como a CPI da Funai e do Incra; o racismo e a violência discursiva e física contra indígenas e negros; a morosidade das demarcações e a construção de rodovias e barragens nas terras ocupadas. "Estamos bem preocupados com o momento atual, mas a luta dos indígenas não é de agora", disse o Guarani Maurício da Silva Gonçalves.
Reconhecendo o histórico dessa luta inclusive nos tribunais, Duprat defendeu que a luta contra ameaças de retrocessos das políticas de direitos humanos e o aumento da violência no campo é de todos. "Essa luta é por todos os que foram vencedores no processo da Constituinte. É uma luta de todos e todas nós contra o sujeito hegemônico até 88", afirmou a procuradora federal dos Direitos do Cidadão, que viaja pelo Brasil para discutir temas relativos à atuação da PFDC e definir, com os NAOPs, as prioridades da área. A subprocuradora também defendeu uma Justiça de Transição para indígenas e quilombolas, a exemplo do movimento criado para evitar que episódios da ditadura militar se repitam no futuro, e destacou a reativação do Fórum por Direitos e de Combate à Violência no Campo.
Luta em comum - "Somos todos quilombolas, indígenas, vítimas das barragens", defendeu Dinara Fraga Del Rio, diretora do Sindicato dos Trabalhadores Federais da Saúde, Trabalho e Previdência (Sindisprev-RS), acrescentando que "deveríamos estar construindo uma frente para evitar a perda de direitos dos povos urbanos e das matas"."A juventude se levantou em 2013 e aglutinou a classe trabalhadora. Isso não foi em vão. Vamos colocar nas nossas agendas todas as mobilizações", conclamou. A luta em comum também foi destacada pelo ativista Queops Damasceno, do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) e da Ocupação Lanceiros Negros, que fez questão de reconhecer os militantes de outros movimentos ali presentes e criticou a conivência da Justiça com a criminalização da pobreza e dos movimentos.
Outro tema abordado foi o do racismo nas universidades. "A UFGRS não está levando a sério o problema do racismo. Os estudantes (que espancaram um estudante indígena em abril) deveriam ser expulsos. Gostaria de que o MPF cobrasse isso da universidade", pediu João Maurício Farias, do Movimento de Mães e Pais pela Educação. Ele também se referiu ao movimento de estudantes secundaristas de Porto Alegre, que recentemente promoveu ocupações em diversas escolas públicas para denunciar e abrir canais de negociação com o governo estadual para obter melhorias na Educação. "Foi fundamental esse movimento, que botou a educação na pauta da sociedade. O Estado não se move se não houver luta", concluiu.
“É a primeira vez que a gente não precisa fazer nada radical para poder falar", brincou a estudante secundarista Brisa Davi. Membro do Comitê de Escolas Independentes (CEI), ela e o também estudante Daniel Oliveira solicitaram ao MPF uma carta de recomendação para que a ocupação da Secretaria de Fazenda seja reconhecida como ação do movimento de ocupação das escolas. "Isso vai ajudar no processo dos ativistas acusados de corrupção de menores", explicou.
As ocupações também foram objeto da fala da advogada Elisa Torelly, que denunciou a fragilização das prerrogativas dos advogados populares, citando como exemplos a reintegração de posse na ocupação Lanceiros Negros e na ocupação de secundaristas na Secretaria de Fazenda, quando os advogados foram impedidos de acessar seus clientes, apesar das denúncias feitas à OAB. "Uma das formas de combater o movimento social é fragilizar a atuação de seus advogados", afirmou.
MPF e Justiça - A atuação da Justiça e do próprio MPF também foi criticada. "A lei antiterrorismo surgiu num contexto de contenção das manifestações de sua população. Por que o MPF não agiu contra essa lei da mesma forma que lutou contra a PEC 37? Ano passado o governo criminalizou por medida provisória o movimento dos caminhoneiros: onde estava o MPF nesse momento? Menos burocracia, menos indisponibilidade; isso dá espaço para o poder continuar. Tornem-se mais disponíveis para coibir abusos”, disse o bancário e militante do PSOL Leandro Gonçalves.
Já o procurador do Estado Carlos César D'Elia, militante do Raiz Movimento Cidadanista, ao afirmar que "a democracia está sendo avassalada por um processo de golpe e o que existe de mais legítimo são as ocupações de escolas e moradias, a resistência histórica dos índios e quilombolas, etc.", enfatizou que esse é um desafio para os movimentos e para o próprio MPF, que considera uma instituição política, com seus vieses, destacando o fato de estar ali "com o MPF que tem compromisso com os movimentos sociais."
A promotora de Justiça Ivana Bataglin apresentou a Promotoria de Direitos Humanos do MPRS e citou alguns inquéritos em curso para apurar casos de ameaça a direitos. “Sou militante das causas sociais; por um lado, fico feliz de ver essa audiência cheia e, por outro, triste por ouvir os relatos sobre o genocídio silencioso”, afirmou, colocando-se à disposição para receber denúncias dos movimentos.
Também esteve presente a juíza federal e membro da Associação de Juízes pela Democracia Ana Inés Algorta Latorre, que manifestou a solidariedade da associação com os movimentos: "Somos minoria dentro das nossas instituições, alguns da Justiça Estadual, alguns da Federal, alguns da Trabalhista, mas estamos abertos para auxiliar no que for possível e ajudar a seguir essa luta."
Deborah Duprat lamentou a morosidade do Judiciário, especialmente no caso das ações de demarcação, – "Isso tende a aumentar e, com isso, os conflitos e a criminalização" – e reconheceu as contradições do Ministério Público, um "recorte da sociedade, como qualquer instituição". "Além disso, o MP brasileiro tem uma conformação constitucional que torna essas contradições mais agudas, já que é o único no mundo que combina a persecução penal com a defesa dos direitos humanos. E isso não é ruim", afirmou, acrescentando que uma observadora da ONU chegou a considerar esse aspecto dual como uma boa prática. Para ela, no contexto de declínio dos direitos sociais, o MP é e pode tornar-se ainda mais um espaço de escuta e articulação de fóruns que integrem instituições públicas e movimentos urbanos e rurais.
O procurador regional dos Direitos do Cidadão no RS, Fabiano de Moraes, lembrou que, após a audiência pública para debater formas de enfrentar a intolerância e o discurso de ódio, realizada em maio, uma reunião em junho formalizou a criação do Fórum Permanente de Combate à Intolerância e ao Discurso de Ódio, cuja metodologia de trabalho ainda está por ser definida. "Vamos manter os canais abertos para que a festa que tivemos aqui hoje não termine aqui", disse o coordenador do NAOP, Domingos Silveira. "Se algo serviu aqui hoje é que vocês percebam que o MPF não é inimigo do povo, mas um aliado para ser incorporado na luta", afirmou.
Outras manifestações
Onir de Araújo – Frente Quilombola e Organização pela Libertação do Povo Negro. “A inoperância e a conivência do Estado produz 93 negros vítimas de homicídio por dia. Sem contar as mulheres negras que morrem dentro do SUS. Essa República é partida, excluindo parcelas amplas da população.” 
Eli Fidélis – Comunidade Kaingang do Lami “Quando um deputado sugere que no Rio Grande do Sul se tratem os índios como no Mato Grosso do Sul, ele está mandando matar."
Marcos Vesalosquzki – Kaingang, estudante de direito na UFRGS “Na UFRGS há um caso de racismo contra um estudante indígena, abafado pela academia. A própria instituição diz que foi caso de violência comum. Não aconteceu nada com os sete alunos da Engenharia e o estudante indígena parou de estudar.”
Maurício da Silva Gonçalves - Tribo Guarani “Para nós esse espaço é muito importante. A Deborah na 6ª CCR tem acompanhado a luta dos indígenas e tentado fazer valer a lei aprovada em 88. Estamos bem preocupados com o momento agora, mas a luta dos indígenas não é de agora. Deputados defendem publicamente políticas contra os índios, enquanto índios, quilombolas e outros povos tradicionais são criminalizados por falar. A cada dia morre uma liderança indígena no Brasil por lutar por um direito garantido por lei.”
Cunllung Téie - Cacique Xokleng "Vim aqui pra conhecer os problemas de vocês e vocês conhecerem os meus. Nós, Xokleng, vivemos corridos pela barragem de Ibirama. Temos quatro aldeias condenadas pela Defesa Civil. Nós não pedimos barragem pra nossa terra, foi o governo. As famílias foram tiradas das terras e não receberam indenizações, está todo mundo debaixo da lona. Nós sofremos. Pra onde eu vou com meus filhos, com meus netos? Queremos terra pra viver, morar, ter saúde, educação, nossa cultura. Os Xokleng existem sim, e têm raízes no Rio Grande do Sul. Estou esperando o governo dar uma terra pra gente morar. Vamos continuar aqui no Rio Grande do Sul. Vcs falam muito de cidadania, mas não vejo mudança, não. Estamos cada vez mais sofrendo, falando novamente sobre nosso sofrimento."
Veitchá Téie – Cacique Xokleng “Que se reconheça que a gente precisa de terras, é nosso direito. Não quero um lugar onde o diabo perdeu as botas. Quero um lugar melhor, onde estão os ossos do meu pai. Meu desejo é entrar e ficar lá. Quero ouvir vocês. Eu sou índio, mas guardo tudo o que me traz palavras de ensinamento”.
Roberto Antônio Liebgott – Conselho Indigenista Missionário “Há comunidades inteiras criminalizadas historicamente. Vivem nas margens das rodovias. Isso doi na gente. Aí a gente luta por demarcação e o STF usa o marco temporal para justificar a perda do direito à terra. Criminaliza-se a Carta Magna. E agora a CPI da Funai e do Incra veio para criminalizar o que já foi feito. É um escárnio contra a sociedade, contra os que mais precisam da lei. E agora querem um general na presidência da Funai. Só resta a luta. E agora, há uma lei que criminaliza a luta. É um escárnio, mas contra isso a gente luta e temos vocês que estão do nosso lado.”
Henrique Mann, Sindicato dos Músicos “Me solidarizo com os estudantes, os índios, os negros e demais movimentos aqui presentes. Mas quero denunciar o uso das redes sociais por grupos organizados que pregam a volta da ditadura militar, o preconceito contra religião, a apologia ao torturador Ustra. Essas pessoas não estão sendo admoestadas, estão agindo livremente nas redes sociais. São criminosos que pressionam diurtunamente pelas redes sociais.”
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quarta-feira, 6 de julho de 2016

São Luís. onde a violência impera... Ontem 2 assaltantes morreram em tiroteio, hoje cedo um linchamento, a tarde assalto a ônibus da linha integrada Campus/UFMA.


linchamento

Na tarde de ontem, quatro assaltantes em duas motos tentaram assaltar a loja da TIM no Marcus Center ao lado do Quartel da Polícia Militar, um policial militar, trabalhando como segurança reagiu ao assalto houve troca de tiros e dois bandidos morreram e o policial ficou ferido. 

Hoje pela manhã registrou-se mais um linchamento em São Luís. LEIA MAIS - Homem é linchado no Barreto http:// gilbertoleda.com.br/arquivos/homem -e-linchado -no-barreto).
Agora a tarde um assalto a um ônibus da Taguatur que faz linha  integrada Campus/UFMA por pouco não termina em tragédia no início da tarde desta quarta-feira (6) nas proximidades da Barragem do Bacanga em São Luís. (leia maishttp://gilbertoleda.com.br/arquivos/primeiro-semestre-de-2016-supera-2015-em-assaltos-a-onibus).

Era por volta das 13h quado um trio de bandidos deu voz de assalto dentro do coletivo que estava lotado de estudantes. Um dos assaltantes estava armado de facão e chegou a dar panadas no motorista do veículo que teve uma lesão grande no braço.
Passageiros ficaram desesperados com as cenas de violência e alguns chegaram a se jogar pela janela do coletivo. Depois de roubarem a renda do ônibus e pertences de quem podiam, os meliantes fugiram tomando rumo ignorado. O motorista foi socorrido e passa bem.
Hoje, o Sindicato dos Rodoviários do Maranhão apresentou números de assaltos relativos ao primeiro semestre do ano, que compreende o período de janeiro a junho. Com base em boletins de ocorrência registrados pelos trabalhadores das empresas de ônibus, 307 assaltos ocorreram nos coletivos que circulam pela grande São Luís.
No comparativo com o mesmo período em anos anteriores, as estatísticas de 2016 superam. Em 2014, por exemplo, foram 265 ações criminosas do tipo. Já no ano passado, os índices foram ainda menores, 248 assaltos.
Somente nos 30 dias de junho, 45 assaltos foram contabilizados. As áreas com mais registros do último mês foram: Avenida Daniel de La Touche (nas proximidades do Shopping da Ilha) com 10 assaltos e Avenida Getulio Vargas com 04 ações criminosas do tipo. Nessa lista ainda aparecem as Avenidas dos Franceses, João Pessoa e General Artur Carvalho, além da Rua Oswaldo Cruz (Centro), com dois assaltos em cada uma dessas localidades.
Diante das informações reveladas, é importante ressaltar que os dados não representam com exatidão a realidade, quanto a esse tipo de crime. Muitos assaltos não chegam ao conhecimento das autoridades de segurança, já que a maioria das empresas que atuam no transporte público, não divulgam as ações sofridas.