sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Governador do Espirito Santo Paulo Hartung (PMDB) quer expulsar os Policiais Militares como Desertores.

Foto: Reinaldo Carvalho/ ALES
Foto - Brasil 247.com
10 DE FEVEREIRO DE 2017.
247 - O governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, já tem em mãos pareceres para que possa expulsar membros da Polícia Militar do Estado como desertores. A primeira lista inclui até coronéis. A paralisação da Polícia Militar no Estado já causou mais de 100 mortes em menos de uma semana.
As informações são da coluna de Ancelmo Gois em O Globo.


http://novo.gazetaonline.com.br Hartung promete "rigor da lei" e "reestruturação" da PM no Estado.

Governador mostra que não cederá aos grevistas e que movimento será tratado com o rigor da lei.

No sexto dia de policiais militares fora das ruas, o governador licenciado Paulo Hartung (PMDB) não deu sinais de que cederá às reivindicações dos grevistas. Ao contrário. Hartung afirmou que a greve será tratada com o “rigor da lei” e prometeu “reestruturar” a PM.
As declarações foram feitas em entrevista à jornalista Míriam Leitão, exibida na noite desta quinta-feira (9) no canal pago GloboNews. Durante a exibição, houve panelaço em vários bairros de Vitória e Vila Velha, como Praia do Canto, Barro Vermelho, Jardim da Penha, Itapoã e Praia da Costa.
Hartung se referiu à reestruturação três vezes ao longo da entrevista, de cerca de 30 minutos, mas não detalhou no que ela consistirá. Demonstrando otimismo, também declarou em três oportunidades que o desfecho da crise será positivo.
LEIA MAIS:
1 - Espirito Santo: Comando da Polícia Militar começa a punir 300 militares por motim. http://maranauta.blogspot.com.br/2017/02/espirito-santo-comando-da-policia.html

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Espirito Santo: Comando da Polícia Militar começa a punir 300 militares por motim.

Familiares de policiais protestam em frente ao Quartel de Maruípe
Foto - http://novo.gazetaonline.com.br - Familiares de policiais protestam em frente ao Quartel de Maruípe.

Punição pode ser a expulsão da corporação ou prisão por até 8 anos. Mais de 300 policiais militares estão sendo indiciados por motim ou revolta. 

As portarias relativas aos casos serão assinadas na tarde desta quinta-feira (9) pelo Comando da Polícia Militar. Além disso, serão abertos mais de dez Procedimentos Administrativos Disciplinares (PADs). As medidas atingem principalmente praças - mas também oficiais até o posto de capitão - que podem sofrer com penas de prisão superiores a 8 anos e até expulsão da corporação.
Esta é a primeira leva de punições aplicadas aos militares capixabas em greve desde a madrugada do último sábado (4). Nos próximos dias, novas portarias devem ser assinadas, atingindo militares que estão não só por trás da organização do movimento, mas também os que se recusam a cumprir as ordens de seus superiores de irem para as ruas e as decisões judiciais que já determinaram ser a greve ilegal.
A condução dos Inquéritos Policiais Militares (IPM) ficará a cargo da Corregedoria da PM. Quando concluídos, serão encaminhados para o Juízo de Direito da Vara da Auditoria Militar, que vai encaminhar o processo para análise da Promotoria de Justiça junto à Vara da Auditoria Militar. Segundo o Ministério Público Estadual, caberá a um promotor avaliar cada inquérito e decidir se denuncia os militares e propõe uma ação penal ou se arquiva os casos. 
Leia Mais:
2Brasil: MPF/ES quer identificar responsáveis por paralisação da PM e ressarcir gastos da União com envio de tropas ao estado. http://maranauta.blogspot.com.br/2017/02/brasil-mpfes-quer-identificar.html


5 - Brasil. Policiais de todo o país protestam na Esplanada dos Ministérios. lhttp:// maranauta.blogspot.com.br/2017/02/brasil-policiais-de-todo-o-pais.html

Rio de Janeiro. Parentes de Policiais Militares em Volta Redonda seguem exemplo capixaba e começam a bloquear acesso ao 28° Batalhão.

Foto - Gabriel Menezes. Repórter da  e do 

Seguindo o modelo do protesto no Espírito Santo, esposas de policiais militares começaram agora há pouco a ocupar a frente do 28º Batalhão da PM em Volta Redonda, no sul fluminense.

Segurando cartazes, elas cobram o pagamento de adicional noturno e de periculosidade, plano de saúde, auxílio invalidez entre outros benefícios. Os familiares que chegam ao local estão instalando cadeiras de praia na frente da unidade. Até uma barraca foi montada no local.
O método de protesto acontece porque os policiais são proibidos pelo Código Penal Militar de entrar em greve. Assim, quem fica dentro da corporação e não sai às ruas alega que esta com o acesso bloqueado e não consegue trabalhar ao invés de declarar greve oficialmente.
Pelo Twitter, imagens da manifestação começam a circular. Um internauta fotografou os cartazes das manifestantes.
Policiais que passam em frente ao Batalhão ligam as sirenes como forma de apoio ao protesto. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra como os oficiais têm reagido na cidade.
A corporação confirma o protesto, mas em nota enviada à imprensa, disse que ele não está afetando o policiamento da cidade. Mais cedo, o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, anunciou reajuste de 10,22% aos funcionários da segurança pública.
Ele também garantiu o pagamento dos salários até a próxima terça (14) e declarou "não estar trabalhando com a hipótese de greve da PM". Pezão disse ainda que serviços de inteligência da PMRJ e do Exército estava monitorando grupos de familiares dos policiais na internet.
Link original: https://br.sputniknews.com/brasil/201702097638355-parentes-policiais-rj-greve/

Atualização: Nesta sexta-feira (10), Policiamento segue normal nas ruas do Rio de Janeiro. Após boatos em redes sociais, movimentações seguia normal nas ruas  da cidade maravilhosa, leia mais: http://novo.gazetaonline.com.br/noticias/ brasil /2017/02/policiamento-segue-normal-nas-ruas-do-rj-no-inicio-desta-sexta-feira-1014023011. html.

LEIA MAIS: Policiamento transcorre sem problemas hoje no Rio de Janeiro.  http:// maranauta.blogspot.com.br/2017/02/policiamento-transcorre-sem-problemas.html

Brasil: MPF/ES quer identificar responsáveis por paralisação da PM e ressarcir gastos da União com envio de tropas ao estado.

A paralisação dos policiais militares já foi declarada ilegal pela Justiça Estadual. O Ministério Público Federal no Espírito Santo (MPF/ES) instaurou, nesta quinta-feira, 9 de fevereiro, procedimento para apurar a responsabilização financeira sobre os gastos que a União está tendo ao enviar tropas para o estado, uma vez que a paralisação dos policiais militares já foi declarada ilegal pela Justiça Estadual, por decisão do Tribunal de Justiça.
Entre as medidas adotadas com a instauração do procedimento estão os envios de ofícios aos Ministérios da Justiça e da Defesa para que informem o efetivo empregado e a estimativa inicial dos custos com envio de tropas federais ao Espírito Santo; e à Secretaria de Segurança Pública e à Promotoria de Justiça Militar, para que prestem informações sobre as pessoas e/ou lideranças responsáveis pelo movimento paredista, bem como a ocupação da frente dos quartéis. O prazo para o envio da documentação é de 10 dias.
De acordo com a portaria de instauração do Procedimento Preparatório, em virtude da paralisação da Polícia Militar, o Governo do estado solicitou e obteve do Governo Federal auxílio, com o envio de tropas das Forças Armadas e Força Nacional para garantia da lei e da ordem, nos termos do artigo 15 da Lei Complementar n.º 97/99. Com isso, houve dispêndio de significativo montante de recursos federais.
Segundo o Código Civil, a União pode ser ressarcida caso se apure prejuízo causado ilicitamente. Por conta disso, o MPF entende que, identificadas as lideranças e/ou entidades que deram causa a esse gasto, é devida à recomposição aos cofres públicos.
Anny Giacomin e Rhuana Ribeiro
Assessoria de Comunicação Social - Ministério Público Federal no Espírito Santo 
E-mail: pres-ascom@mpf.mp.br - Telefone: (27) 3211-6444 / 3211-6489


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3 - Brasil. Policiais de todo o país protestam na Esplanada dos Ministérios. lhttp:// maranauta.blogspot.com.br/2017/02/brasil-policiais-de-todo-o-pais.html

São Paulo. Quatro 4 'justiceiros' que mataram Fabiane de Jesus são condenados a até 40 anos de prisão

Fabiane de Jesus justiceiros condenados
Fabiane de Jesus foi vítima de uma das mortes mais bárbaras e injustas de que se tem notícia.

Fabiane de Jesus, mãe de duas meninas, foi espancada até a morte por 'justiceiros' após boato na internet. Dezenas participaram do linchamento público. Quatro agressores identificados nas imagens foram condenados esta semana a até 40 anos de reclusão
Quatro ‘justiceiros’ que lincharam publicamente a dona de casa Fabiane Maria de Jesus até a morte foram condenados na última semana. Três receberam pena de 40 anos e outro pegou 26 anos de reclusão.
Fabiane foi linchada no dia 3 de maio de 2014 e morreu dois dias depois. O caso ocorreu no bairro Morrinhos III, em Guarujá (SP).
O juiz Edmundo Lellis Filho condenou Abel Vieira Batalha Júnior, de 21 anos, Carlos Alex Oliveira de Jesus, de 27, e Jair Batista dos Santos, de 38, a 40 anos de prisão em regime fechado. Valmir Dias Barbosa, de 51, foi condenado a 26 anos de detenção. Sua pena foi menor porque ele confessou participação no linchamento.
Em outubro de 2016, um outro ‘justiceiro’ havia sido condenado. Lucas Rogério Fabrício Lopes, de 21 anos, pegou 30 anos de cadeia por participação no crime.

Entenda o caso

O crime contra Fabiane aconteceu após uma foto ter sido divulgada, junto com um boato nas redes sociais, de que uma mulher que seria parecida com ela sequestrava crianças e as utilizava em rituais de magia negra.
Fabiane saiu de casa de bicicleta e foi até a igreja buscar uma bíblia que tinha esquecido no local. Depois, segundo a família, ela iria para a casa de uma prima, em Morrinhos III.
De acordo com a polícia, ela foi abordada no caminho por um grupo de pessoas. Elas agarraram Fabiane, amarraram as mãos dela e a espancaram. O corpo dela foi arrastado até uma passarela.
Um vídeo divulgado na época do crime mostra Fabiane sendo carregada por diversos moradores do bairro Morrinhos III, logo após ela ter sido agredida.
Convencidos de que ela seria a sequestradora de crianças cuja foto circulava por uma página do Facebook, alguns dos agressores amarraram os pulsos da mulher, que foi agredida repetidamente até a chegada da polícia.
Fabiane Maria de Jesus tinha 33 anos, era casada e tinha duas filhas, uma de um ano e outra de 12.
SAIBA MAIS SOBRE O CASO:

Brasil: Polícia Militar usa armas de fogo (munição letal) contra manifestantes durante protesto no Rio de Janeiro.

Policial aponta arma de fogo para manifestantes em protesto no Rio de Janeiro, 9 de fevereiro de 2017
Foto - Sputniknews.com

A manifestação contra a privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) na tarde testa quinta-feira (9) foi marcada por forte truculência da Polícia Militar, que disparou bombas de gás durante horas a fio, chegando a usar armas de fogo para dispersar o protesto dos servidores.

Aos gritos de "fora Pezão, fica Cedae", manifestantes, lideranças sindicais e servidores protestaram contra a proposta de privatização da empresa, que é responsável pelo fornecimento de água e tratamento de esgoto no Rio de Janeiro. 
Por volta das 15h30 da tarde, segundo agentes da polícia, manifestantes teriam jogado um coquetel de molotov contra a PM, que levou à dispersão da manifestação. 
Foto - msn.com
O que se seguiu daí foi a instauração do caos no centro da cidade, com lançamento de bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha durante a tarde inteira, gerando correria. Vidraças de bancos foram quebradas por manifestantes, que revidou os ataques da polícia lançando pedras. 
Durante a repressão policial, foi registrado o uso de armas de fogo por parte dos agentes da Polícia Militar. O 'caveirão' também circulou pelas ruas do centro para dispersar a manifestação.
No final da tarde, depois intensos confrontos, os servidores conseguiram se reagrupar em frente à Alerj e continuar com a manifestação.
Muitos manifestantes ficaram feridos por estilhaços de bombas jogadas pela Polícia. A PM informou que 6 agentes sofreram ferimentos durante os confrontos. 

Greve da PM no Estado do Espirito Santo chega ao sexto dia e número de mortos passa de 100 (cem).

Soldados das Forças Armadas patrulham as ruas de Vitória durante protestos contra a paralisação da PM
Foto - -Tania Rego/Agencia Brasil.

Na sequência da paralisação das atividades da Polícia Militar no Espírito Santo, o estado já contabiliza mais de 100 assassinatos em apenas seis dias, segundo informou o Sindicato dos Policiais Civis (Sindipol/ES).


Desde o último sábado, policiais militares permanecem dentro de seus batalhões enquanto familiares dos agentes bloqueiam as saídas dos quartéis como forma de protesto por reajuste salarial e melhores condições de trabalho para a corporação. 

Devido à falta de policiamento, uma grande quantidade de crimes vem sendo registrada em todo o estado, incluindo homicídios. Segundo o presidente do Sindipol, Jorge Emílio Leal, citado pelo Folha Vitória, os números exatos de mortes violentas pararam de ser atualizados, mas são superiores a 100. 

Com a ausência dos PMs, a segurança no Espírito Santo vem sendo mantida por Polícia Civil, Forças Armadas e Força Nacional, cujo contingente foi reforçado na última quarta-feira. 
Também ontem, policiais civis realizaram uma pequena paralisação em homenagem a um colega morto em serviço e em apoio aos policiais militares, que, de acordo com o Sindipol, passam por problemas trabalhistas semelhantes aos dos civis. O sindicato está realizando uma assembleia nesta quinta-feira para decidir o que fazer diante do caos generalizado na segurança pública. Uma paralisação também na Polícia Civil não está descartada. 
Apesar da presença de soldados das Forças Armadas pelas ruas do Espírito Santo, relatos de atos criminosos sendo cometidos por todo o estado seguem circulando pelas redes sociais e jornais, denunciando o pânico que vem sendo descrito por parte da população. 
Foto - Folha São Paulo - Jornalistas e emissoras são alvos de ataques e ameaças no Espírito Santo http://bit.ly/2k85AOR
Em meio ao caos generalizado, que já provocou a suspensão de uma série de serviços, fechamentos de lojas e outros problemas nas cidades capixabas, a circulação de ônibus foi interrompida em Vitória e na região metropolitana da capital nesta quinta-feira, após a morte do presidente do Sindicato dos Rodoviários de Guarapari, veículos incendiados e uma série de ameaças feitas por criminosos aos motoristas. 
Por conta dos problemas de deslocamento e da violência, o Ministério Público do Trabalho no Espírito Santo (MPT) emitiu uma nota recomendando que os empregadores não exijam a presença de seus funcionários em seus postos de trabalho durante a crise. Segue abaixo a íntegra do documento:
O Ministério Público do Trabalho, com fundamento nos artigos 127 e 129 da Constituição Brasileira e no artigo 6.°, XX, da Lei Complementar n.º 75, de 20 de maio de 1993, considerando a notória crise de segurança pública por que passa o Estado do Espírito Santo e a falta de transporte público eficiente nos últimos dias, em nome dos direitos à vida, à dignidade da pessoa humana e do valor social do trabalho, recomenda, por meio da presente nota, que os empregadores, públicos ou privados, se abstenham de exigir a presença de seus empregados nos estabelecimentos e demais postos de trabalho sem a garantia de que lhes seja resguardada a integridade física e o transporte seguro até suas casas.
Vitória-ES, 8 de fevereiro de 2017.
Estanislau Tallon Bozi - Procurador-chefe