domingo, 23 de abril de 2017

Dia 23 de abril, dia de homenagearmos São Jorge.

Foto - O Imparcial
Neste Domingo comemora-se o dia de São Jorge. Em todo o Brasil estão sendo celebradas centenas de missas e cantos em terreiros unidos numa só fé, homenageando este guerreiro da Capadócia, defensor da fé cristã e no Brasil, tornou-se defensor do sincretismo religioso afro-brasileiro, como Ogum.


Aqui em São Luís, os fuzileiro da fuzarca comemoram a data cantando e dançando musicas em agradecimento a proteção e graças alcançadas concedidas pela interseção do Santo guerreiro e protetor, salve jorge, meu santo protetor.


 ORAÇÃO DE SÃO JORGE PARA PROTEÇÃO E PARA ABRIR CAMINHOS.

“Ó meu São Jorge, meu Santo Guerreiro e protetor, invencível na fé em Deus, que por ele sacrificou-se, traga em vosso rosto a esperança e abre os meus caminhos. Com sua couraça, sua espada e seu escudo, que representam a fé, a esperança e a caridade.
Eu andarei vestido, para que meus inimigos tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me enxerguem e nem pensamentos possam ter, para me fazerem mal. Armas de fogo ao meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrarão sem ao meu corpo chegar. Cordas e correntes se arrebentarão sem o meu corpo tocar.
Ó Glorioso nobre cavaleiro da cruz vermelha, vós que com a sua lança em punho derrotaste o dragão do mal, derrote também todos os problemas que por ora estou passando 
Ó Glorioso São Jorge, em nome de Deus e de Nosso Senhor Jesus Cristo, estendei-me seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a vossa força e grandeza dos meus inimigos carnais e espirituais.
Ó Glorioso São Jorge, ajudai-me a superar todo o desânimo e a alcançar a graça que agora vos peço
Oração de São Jorge
(Faça seu pedido)
Ó Glorioso São Jorge, neste momento tão difícil da minha vida, eu te suplico para que o meu pedido seja atendido e que com a sua espada, a sua força e o seu poder de defesa eu possa cortar todo o mal que se encontra em meu caminho.
Ó Glorioso São Jorge, dai-me coragem e esperança, fortalecei minha fé, meu ânimo de vida e auxiliai-me em meu pedido.
Ó Glorioso São Jorge, traga a paz, amor e a harmonia ao meu coração, ao meu lar e a todos que estão em minha volta.
Ó Glorioso São Jorge, pela fé que em vós deposito, guiai-me, defendei-me e protegei-me de todo o mal. Amém.”

ORAÇÃO DE SÃO JORGE – VELA PARA SÃO JORGE

Glorioso São Jorge, pelos vossos merecimentos, pelas vossas virtudes, pela grandiosa fé em nosso Senhor Jesus Cristo, por Deus, fostes constituído, em protetor de todos que a Ti recorrem. Necessitando de vossa proteção, vinde em meu auxilio e levai à presença de Deus o apelo que agora vos faço (Faça o pedido) São Jorge, ofereço esta vela e vos peço, protegei-me, guardai-me e guiai-me por todos os meus caminhos, com felicidade, paz e salvamento, para que eu consiga rapidamente, através de vossa proteção, a graça que estou suplicando e vos serei fiel e eternamente reconhecido e grato. Amém!”
* Para fortalecer o pedido, deixo a sugestão para que você faça essa oração na forma de uma novena. Acenda uma vela antes de iniciar a oração de São Jorge e, ao seu término, apague-a. Faça esta oração não como mera repetição. Sinta o que está pedindo. Entre no seu coração e deixe fluir toda sua energia. São Jorge não o abandonará!  

Prefeitura de Bequimão convida para consulta pública sobre a criação da Reserva Extrativista do Itapetininga.


Os bequimãoenses estão sendo convocados para participar da Consulta Pública que vai discutir a criação da Reserva Extrativista do Itapetininga (Resex do Itapetininga), nesta terça-feira (25), às 9h, na sede da Colônia dos Pescadores e Pescadoras de Bequimão, no bairro Estiva. A Prefeitura Municipal de Bequimão e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) são os promotores da consulta, com apoio da Secretaria de Meio Ambiente e Turismo (Sematur).

A área de abrangência da Resex do Itapetininga compreende cerca de 1.052 famílias, em 14 povoados, área de influência direta da microbacia do rio Itapetininga até as proximidades com a Baía de Cumã, limite com Guimarães e a BR-308. A Resex funcionará como Unidade de Conservação, que tem como princípio o uso sustentável dos recursos naturais, envolvendo as comunidades que sobrevivem do extrativismo e que devem participar das decisões a serem tomadas sobre a Reserva.
O processo de criação da Resex iniciou ainda em 2007, com a solicitação ao ICMBio. Foram feitos abaixo-assinados, oficinas nos povoados e a realização dos estudos socioambientais e do levantamento fundiário da área, bem como de suas delimitações.
CONSULTA PÚBLICA
A Consulta Pública é um procedimento obrigatório para a implantação de unidades de conservação (UCs), exceto para as reservas biológicas e estações ecológicas. São momentos em que todos os setores da comunidade, interessados no tema, podem tirar suas dúvidas e expor sua opinião sobre o assunto. Na terça-feira, dia 25, serão apresentadas a proposta de criação da Resex do Itapetininga,  os trabalhos técnicos que subsidiam a extensão, limites e zoneamento da reserva e os propósitos da nova área protegida. Todas as dúvidas da comunidade serão esclarecidas pelos representantes do ICMBio durante o encontro.
Além da comunidade em geral, foram convidados para o evento representantes dos órgãos ambientais locais, instituições públicas federais, estaduais e municipais, organizações não governamentais  (ONG’s), proprietários de terras e representantes dos setores produtivos da região.
O QUE É UMA RESERVA EXTRATIVISTA?
As Reservas Extrativistas (Resex) são espaços territoriais protegidos, cujo objetivo é a proteção dos meios de vida e a cultura de populações tradicionais, bem como a garantia do uso sustentável dos recursos naturais da área. O sustento destas populações se baseia no extrativismo e, de modo complementar, na agricultura de subsistência e na criação de animais de pequeno porte. 
A área das RESEX pertence ao domínio do poder público, com uso concedido às populações extrativistas tradicionais. As áreas particulares incluídas em seus limites devem ser desapropriadas, de acordo com o que dispõe a lei. As atividades devem ter bases sustentáveis e em situações especiais e complementares às demais atividades desenvolvidas na reserva, conforme o disposto em regulamento e no seu Plano de Manejo.
A unidade é gerida por um Conselho Deliberativo, presidido pelo órgão responsável por sua administração e constituído por representantes de órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e das populações tradicionais residentes na área, conforme se dispuser em regulamento e no ato de criação da unidade. As Reservas Extrativistas foram introduzidas pela Lei 9.985/2.000, que criou o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), por sua vez regulado pelo Decreto nº 4.340/2002.

Texto do jornalista João Filho. 

sábado, 22 de abril de 2017

Chacina de Mato Grosso. Nota do Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) .

É com profunda indignação que recebi a notícia de um possível atentado que teria resultado na morte de cerca de dez pessoas, incluindo crianças, mulheres e idosos na comunidade Taquaruçu do Norte, na área rural do município de Colniza, no Mato Grosso, segundo informações de fontes locais.

Ainda segundo os relatos locais, há dezenas de feridos e pessoas desaparecidas. Trata-se da maior chacina no campo no estado do Mato Grosso. 
Segundo informações apuradas pela assessoria técnica da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), a região é marcada por conflitos agrários desde sua constituição, com diversos registros de mortes praticadas por pistoleiros profissionais. Os episódios são relatados há muito tempo por agricultores locais ameaçados de morte. Informes vindos da região dão conta de que fazendeiros querem eliminar as comunidades por considerarem que são empecilhos para seu negócio. Não se trata de um episódio isolado no contexto dos conflitos agrários.
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Na última segunda, a Comissão Pastoral da Terra lançou seu relatório anual de Conflitos no Campo e constatou aumento de 22% nos assassinatos de populações do campo em função de conflitos agrários em 2016 na comparação com o ano anterior, totalizando 61 mortes.
No relatório, fica latente a omissão do atual governo brasileiro, ao indicar a retirada de recursos e o fim de programas estratégicos para a melhoria da vida do trabalhador do campo, além de cortar recursos de fiscalização dos órgãos competentes para observar o cumprimento de demarcações determinadas pela Justiça, além de projetos de lei e medidas provisórias que tramitam neste Congresso que retiram direitos dos trabalhadores do campo e povos tradicionais, como as MPs 215 e 759.
Na condição de presidente da CDHM, informo que estou acompanhando o caso com absoluta prioridade e determinei à assessoria técnica da Comissão que abra um procedimento de apuração dos fatos, oficiando as autoridades competentes sobre a investigação dos crimes e requerendo informações acerca das denúncias que recebemos. Acionei o Ministério da Justiça solicitando ao órgão que determine à Polícia Federal que se dirija ao local com a maior rapidez possível.
Por fim, realizei contato com a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, na figura da subprocuradora Deborah Duprat, com o intuito de somar esforços conosco na obtenção de respostas.
Deputado Paulão

Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM).


Ucrânia, Coreia, Irã, Síria… Tio Sam faz guerras falsificando a história.

Ukraine, Korea, Syria, Iran… Falsifying History is Uncle Sam’s Way to War

Texto de Finian Cunningham, tradução de btpsilveira
No discurso pronunciado pelo presidente Vladimir Putin no Fórum Internacional do Ártico, ele ressaltou os perigos reais e presentes apresentados pela falsificação da história. Afirmou que esta distorção deliberada da história corrói a lei e a ordem internacional, criando caos e levando a conflitos futuros.
O líder russo lamentou o uso da história como uma “arma ideológica” para demonizar terceiros, e disse que sem uma compreensão apropriada da história somos levados a repetir erros do passado. Também recordou uma das máximas de Karl Marx que certa vez afirmou: “a história se repete primeiro como tragédia, depois como farsa”.
Como que para exemplificar, enquanto Putin enumerava os perigos de falsificação da história, o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko era recebido em Londres pela Primeira Ministra inglesa Theresa May durante uma visita de dois dias.
O regime sediado em Kiev e liderado por Poroshenko teve origem em um golpe ilegal e violento em 2014 contra um governo eleito democraticamente, contando com apoio encoberto de Washington e da União Europeia. Desde então, o governo militar ucraniano está enfronhado em uma guerra contra a região leste do país, na qual até agora já houve mais de 10.000 mortos, e cerca de um milhão de pessoas foram deslocadas. Tudo porque a população de etnia russa da região do Donbass se recusou a reconhecer a legitimidade do governo de Kiev, por causa da forma ilegal pela qual assumiu o poder há três anos.
No entanto, a se acreditar na maneira pela qual Poroshenko e o regime de Kiev descrevem os acontecimentos, a Ucrânia estaria lutando contra uma invasão pela Rússia. A falsificação da história pelo presidente ucraniano foi legitimada pela sua hospedeira britânica que acenou respeitosamente enquanto Poroshenko afirmava que seu país era um baluarte da defesa europeia contra a invasão russa.
“Este não é um conflito ucraniano, é europeu. As sanções e a resistência do exército ucraniano são a única razão pela qual os tanques russos ainda não estão na Europa”, disse Poroshenko. Essa versão asinina da história recente recebeu aprovação tácita da Inglaterra.
Mesmo sem querer, Poroshenko parecia estar confirmando os perigos da distorção histórica, exatamente como alertava Putin.
A falsificação dos fatos recentes e contemporâneos na Ucrânia podem ser um expediente útil para reforçar o apoio financeiro e militar para o cambaleante e corrupto regime em Kiev; essa propaganda escandalosamente falsa da História também pode ser usada para expandir o poder militar da OTAN, liderada pelos EUA, com todos os seus contratos lucrativos de vendas de armas para os governos ocidentais, como consequência dessa atitude. Mas essa deturpação dos acontecimentos serve, em última instância, para alimentar um conflito desnecessário, assevera Putin. Essa distorção flagrante também pode ser classificada como um ato criminoso para desfechar uma guerra.
Mas a Ucrânia é apenas um exemplo. Os perigos da distorção histórica, supressão ou falsificação dos fatos são abundantes em desenvolvimentos internacionais recentes.
Esta semana, o vice presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, estava mais uma vez ameaçando e Coreia do Norte com “aniquilação” e guerra, dizendo que a espada (norte)americana “estava desembainhada” para “proteger a liberdade” dos japoneses e seus aliados da Coreia do Sul, apresentando o quadro de um conflito entre os “mocinhos” apoiados pelos EUA e os “bandidos” apoiados pelos comunistas.
Se Washington reconhecesse o legado horrível dos crimes de guerra que foram cometidos durante a Guerra da Coreia e que resultaram na morte de mais de três milhões de pessoas, aniquiladas pelo bombardeio em tapete promovido pelos EUA, talvez houvesse a oportunidade de um diálogo criativo que resolvesse de vez o conflito em andamento na Península coreana. Mas da maneira que está, com os (norte)americanos mais uma vez apresentando uma retórica fantasiosa sobre a história coreana, o que se esta promovendo é o aumento das tensões e de um conflito mais além. Dessa forma, a tendência é que a verdadeira intenção de Washington com mais essa falsificação da história mostre a sua cara feia.
Outrossim, Washington continua afirmando que seu ataque com mísseis contra a Síria no início do mês são um “legítima” demonstração de poderio militar, que pode ser usado contra qualquer nação que julgue estar violando a Lei Internacional, citando os incidentes com armas químicas na Síria em 04 de abril. Os Estados Unidos e seus aliados alegam, sem a menor evidência, que o incidente foi levado a efeito pelas forças do governo da Síria.
Trata-se de mais uma falsificação flagrante da história, construída pelos governos dos EUA, Inglaterra e França, em conjunto com a Organização para a Proibição de Armas Químicas, afilada da ONU. Todas estas acusações foram efetuadas com uma pressa indevida e sem uma investigação imparcial dos alegados incidentes com armas químicas em Khan Shaikhun, na província de Idlib. No entanto, as acusações sem fundamento foram invocadas como “justa causa” para ataques com mísseis contra a Síria pela administração Trump apenas três dias depois, quando na realidade esse bombardeio deveria ter sido denunciado e condenado como uma agressão ilegal e um crime de guerra contra um país soberano.
Uma falsificação da história bem pior e ainda mais perturbadora e assustadora se revela quando informações fidedignas mostram que os assim chamados “capacetes brancos” (White Helmets), um “grupo de resgate” formado por militantes armados e ilegais intimamente ligados com a mídia, trabalhando como seus agentes, são todos financiados pela inteligência dos (norte)americanos, britânicos e franceses. É por isso que a Rússia, Síria e Irã estão exigindo uma investigação completa e imparcial sobre o último incidente com armas químicas. Há fortes suspeitas de que o incidente não passou de uma armação propagandística, efetuada pelos militantes apoiados pelas potências ocidentais, justamente para criar um pretexto para os ataques dos Estados Unidos contra a Síria que se seguiram.
Este cenário em particular mostra com clareza que a narrativa mais ampla de toda a Guerra da Síria, que começou em março de 2011, não passa, desde o início, de uma operação ocidental encoberta, destinada a mudar o regime no país. O objetivo da mudança de regime era derrubar o presidente Bashar Al Assad, aliado estratégico da Rússia, Irã e Hezbollah, e ferrenho oponente das intrigas do ocidente imperialista na região do Oriente, Médio, rico em petróleo. Documentos (norte)americanos arquivados e deliberadamente omitidos do conhecimento público pela mídia e pelas autoridades governamentais mostram que uma derrubada do regime apoiada pelas potências ocidentais está na pauta da CIA e do MI6 britânico já há várias décadas.
A falsificação da história no curto e longo prazo é uma maneira crucial para as potências ocidentais continuar a desenvolver suas pautas ilegais de conflitos e mudanças de regime – uma pauta que depende totalmente do apoio das potências ocidentais a grupos terroristas que fazem o trabalho sujo por procuração. São as mesmas potências que já fizeram isso no Afeganistão, Iraque, Líbia e muitos outros países pelo mundo todo, sempre usando similares dos esquadrões da morte que atuaram na América Central e do Sul.
Como referido pelo presidente Putin em seu discurso desta semana, a falsificação da história explica porque a guerra na Síria continua em andamento e parece não ter um final à vista. Não só na Síria, como na Coreia do Norte e na Ucrânia, entre outras zonas de conflito.
Falando em outras zonas de conflito, nesta semana o Secretário da Defesa dos Estados Unidos, General James Mattis, acusou provocativamente o Irã – mais uma vez – de ser o “líder mundial de apoio ao terrorismo”. Mattis estava falando estas palavras de pura “sabedoria” (norte)americana quando estava na Arábia Saudita! Só uma pessoa com uma noção profundamente irreal do papel da CIA no terrorismo contra o Irã (o golpe de 1953 e ‘otras cositas más’) bem como o entendimento deliberadamente errôneo do despotismo saudita apoiado pelos EUA pode fazer uma declaração tão escancaradamente absurda como a que Mattis fez, alimentando ainda mais as tensões conflituosas em uma região tão sensível.
Se o público ocidental fosse totalmente informado da maneira pela qual as crises na Ucrânia, Coreia, Síria e Irã têm sido largamente promovidas pelas maquinações do ocidente, então estes conflitos provavelmente terminariam. Porque as causas dos conflitos deveriam ser exaustivamente divulgadas, mostrando a culpabilidade dos governos ocidentais, em particular dos Estados Unidos.
Então, se a justiça vencer, aqueles políticos ocidentais e seus veículos de imprensa, responsáveis por ocultar, distorcer e dessa forma alimentar aqueles conflitos seriam finalmente responsabilizados por seus atos.

A serviço de quem o governo está?




Nossa reivindicação, como dirigentes sindicais e trabalhadores, permanece firme e forte. Nossa presença está cada vez mais acentuada em reuniões, mesas de debate, atos de rua, audiências públicas, entre outras iniciativas que fortalecem a defesa dos trabalhadores duramente atacados por aqueles que deveriam, conforme prevê a Constituição Cidadã de 88, defendê-los.
Carlos Alberto Schmitt de Azevedo*
O descaso do governo com as questões sociais faz novas vítimas todos os dias. As manobras ditadas pelo presidente Temer (PMDB) constroem um país falido, onde o poder econômico determina as diretrizes de uma nação inteira, em detrimento dos direitos trabalhistas e previdenciários. E, a cada nova tomada de decisão, o governo reafirma sua postura descomprometida e sem diálogo com a população. Diante desse cenário onde o capitalismo impera, cabe a nós, trabalhadores, questionar: a serviço de quem o governo está?


Nesta semana, a população sofreu novos bombardeios. É lamentável que diante da maior investigação de corrupção e lavagem de dinheiro na história do Brasil, que inclui inquéritos de 24 senadores, a posição do governo Temer seja de simplesmente pedir para parlamentares da base aliada ‘resistirem’ à Operação Lava Jato. Está claro que esse governo não está dando a devida importância para aos fatos que estão surgindo no país.

Além disso, presenciamos na noite da última quarta-feira (19), uma mudança de opinião infundada de uma bancada de 24 deputados federais “vira-casaca”. Em menos de 24 horas esse grupo de parlamentares, que votaram contra o pedido de urgência para tramitação da reforma trabalhista (PL 6.787/16), mudaram seu voto e demonstraram serem favoráveis à alteração de mais de uma centena de itens defendidos pelo relator da reforma. Essas mudanças na verdade não passam de tentativa para revogar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Definitivamente, não é possível esperar compromisso com povo de um presidente da República que não foi eleito pelo. Para quem é que serve tamanho desmonte? Com certeza todo esse ‘trabalho’ não é pelo bem-estar da população. Muito pelo contrário, o atual governo busca a falência da legislação trabalhista e força o trabalhador a se manter ativo, em condições insalubres e sem direitos, por um longo período que, para grande parte da classe trabalhadora, representa a morte.
Há cerca de 20 dias, esse Congresso Nacional, no mínimo suspeito, iniciou um articulação inverídica de que os dirigentes sindicais haviam abandonado a reinvindicação da legislação trabalhista e passaram a focar somente na defesa do financiamento das entidades sindicais. Essa situação jamais aconteceu. A luta do movimento sindical sempre foi e sempre será em defesa dos direitos dos trabalhadores.

Nossa reivindicação, como dirigentes sindicais e trabalhadores, permanece firme e forte. Nossa presença está cada vez mais acentuada em reuniões, mesas de debate, atos de rua, audiências públicas, entre outras iniciativas que fortalecem a defesa dos trabalhadores duramente atacados por aqueles que deveriam, conforme prevê a Constituição Cidadã de 88, defendê-los. Com esperança e fé, a luta continua aguerrida em todo o país. Sigamos em frente.

(*) Presidente da Confederação Nacional das Profissões Liberais (CNPL).

História. Greve de 28 de abril acontece 100 anos após primeira Greve Geral brasileira.

Marcha para o enterro de José Ineguez Martinez, operário espanhol morto pela polícia e mártir da Greve Geral de 1917 - Créditos: Autor desconhecido
Marcha para o enterro de José Ineguez Martinez, operário espanhol morto pela polícia e mártir da Greve Geral de 1917 / Autor desconhecido.

Paralisação de operários fez parte de movimento que culminou na aprovação da legislação trabalhista

Chacina em Mato Grosso. 10 pessoas incluindo idosos e crianças, são assassinados em área rural de cidade de Colniza.





Paulo Victor Chagas - Repórter da Agência Brasil











Líder do ranking de desmatamentos na Amazônia, a cidade de Colniza (MT) foi palco de mais um episódio violento nesta quinta-feira (20), quando adultos, idosos e crianças foram assassinados. De acordo com as informações, ainda preliminares, dez pessoas foram vítimas do massacre, feito por “encapuzados”, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso.
O governo do estado está mobilizando equipes especializadas da Polícia Militar e da Polícia Civil para investigar o crime, mas, devido ao mau tempo, ainda não haviam conseguido embarcar até o fechamento desta reportagem. A chacina ocorreu próximo ao distrito de Guariba, em uma área denominada Taquaruçu do Norte. O município Colniza fica a 1.065 quilômetros de Cuiabá.
Segundo a Comissão Pastoral da Terra, (CPT) conflitos fundiários são comuns na gleba onde ocorreram as mortes há mais de dez anos, com registros de assassinatos e agressões. A CPT informou que investigações policiais feitas nos últimos anos têm apontado que “os gerentes das fazendas na região comandavam rede de capangas para amedrontar e fazer os pequenos produtores desocuparem suas terras”.
O governo mato-grossense informou que policiais militares e civis lotados na cidade de Colniza estão se deslocando para a área, que fica a 250 km da sede do município. “Estima-se aproximadamente dez vítimas no caso, contudo, o número ainda não foi confirmado devido à dificuldade de acesso ao local e sinal de telefonia precário”.
 Edição: Fábio Massalli.

LEIA MAIS: Governo de Mato Grosso envia peritos para assentamento após chacina. http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-04/governo-de-mato-grosso-envia-peritos-para-assentamento-apos-chacina