sábado, 29 de abril de 2017

Meliantes tentam assaltar Sargento da PM, houve confronto, um bandido morreu e policial foi baleado.

Foto - Whats app.
Circula no whats app, fotos dos acusados e informe que hoje no inicio da manhã, por volta das 6hrs, "A GUARNIÇÃO FOI INFORMADA VIA CIOPS QUE NA AVENIDA O2 DA CIDADE OLÍMPICA HAVIA OCORRIDO VÁRIOS DISPAROS DE ARMA DE FOGO.


A GUARNIÇÃO DESLOCOU-SE ATÉ O LOCAL E  ENCONTROU UM ELEMENTO BALEADO AO SOLO. DE IMEDIATO FEZ-SE O PROCEDIMENTO DE CONDUÇÃO AO HOSPITAL, NO ENTANTO ESTE ELEMENTO VEIO A ÓBITO.

NESSE ÍNTERIM, TOMOU-SE CONHECIMENTO QUE ESTE ELEMENTO QUE FOI SOCORRIDO, EM COMPANHIA DE MAIS OUTRO, TENTARAM ROUBAR UM POLICIAL APOSENTADO QUE TRANSITAVA PELA CIDADE OLÍMPICA. ESTE REAGIU,  TEVE TROCA DE TIROS, ONDE O POLICIAL FOI ATINGIDO NA REGIÃO DO ABDÔMEN E OS DOIS SUSPEITOS FORAM BALEADOS. 

O SEGUNDO SUSPEITO, MESMO BALEADO, HAVIA EVADIDO-SE. O POLICIAL FOI CONDUZIDO AO HOSPITAL. EM SEQUÊNCIA VÁRIAS VIATURAS PASSARAM A REALIZAR BUSCAS NA REGIÃO COM O FITO DE ENCONTRAR O ELEMENTO BALEADO.

O PROCURADO FOI LOCALIZADO EM SUA RESIDÊNCIA, EM POSSE DO REVÓLVER CALIBRE 38 UTILIZADO NO CRIME.  O MESMO HAVIA SIDO BALEADO NO BRAÇO. FOI CONDUZIDO AO SOCORRAO 2 PARA PROCEDIMENTOS EMERGÊNCIAIS E EM SEGUIDA APRESENTADO NO PLANTAO DECOP ONDE FOI AUTUADO EM FLAGRANTE POR ROUBO MAJORADO PELO EMPREGO DE ARMA, NA FORMA TENTADA."

Foto - CLAUDIO FILHO ALVES DE SOUSA.
*APOS TENTATIVA DE ROUBO COM TROCA DE TIROS E VÍTIMA BALEADA,  POLICIAIS DO 6° BPM PRENDEM AUTOR DO CRIME COM REVÓLVER CALIBRE 38mm NA CIDADE OLÍMPICA.*

VTR CIDADE OLÍMPICA

VTR SÃO BERNARDO.

*VTR: 16-073*

GUARNIÇÃO:  SG:SAMPAIO; CB:RUBEM; SD:ARLISSON

*VTR:16-005*

GUARNIÇÃO: CB:CESAR; SD:GEOVANE


*DATA:* 29/04/2017 

*HORA:* 06:00h

*SIGO:* 3442 - 2017

*OCORRENCIA:* M4179817
*LOCAL:* AV: 02 CIDADE OLÍMPICA. PRÓXIMO FIBROCARNES.


*VÍTIMAS:*
B DA C M M.(SGT POLICIA MILITAR).


*CONDUZIDOS*:
*1*° AUTOR (DESCONHECIDO).
Em óbito.


*2*° CLAUDIO FILHO ALVES DE SOUSA

DATA NASCIMENTO:03/10/1991

RUA 09 QD 103 CASA 08 - CIDADE OLÍMPICA.


*MATERIAL APREENDIDO:*

- 01 (UM) REVÓLVER CALIBRE 38mm DE NUMERAÇÃO
SUPRIMIDA).


- 06 (SEIS) ESTOJOS DE MUNICAO, SENDO 04 DEFLAGRADAS E 2 INTACTAS.

- MOTO HONDA VERMELHA FAN. PLACA(KEE 2561).

- PORTA CÉDULAS COM DOCUMENTOS.

Noite violenta em São Luís, perseguição a assaltantes resulta em quatro mortes.


Fotos Whats app.
Segundo matéria publicada no blog do Eduardo Ericeira, constando inclusive o link do vídeo (https://www.youtube.com/watch?v=b9NkhNpAd5E), ontem a noite, sexta-feira 28/04, três elementos suspeitos de praticarem assaltos em São Luís envolveram-se em um grave acidente, não ficando claro se o taxista, era cúmplice ou vítima dos demais quadrilheiros. 

Fotos Whats app.
Segundo relatos de terceiros, os assaltantes teriam iniciado sua noite de crimes no Bairro de Fátima, onde os acusados assaltaram várias pessoas, tomando celulares, e "tomaram de assalto o táxi" para fugir.

Fotos Whats app.
Logo após serem informados dos crimes, alguns homens, que seriam policiais à paisana, que estavam numa caminhonete hilux prata, iniciaram uma perseguição ao táxi ocupado pelos assaltantes e o taxista.

Fotos Whats app.
Na Estrada da Vitória, foram disparados vários tiros. Moradores relatam que o tiroteio foi intenso. 
 
Fotos Whats app.
Um dos disparos teria atingido a pessoa que dirigia o táxi, o motorista perdeu o controle da direção, o veículo então capotou, e só parou quando se chocou contra um muro. 

Fotos Whats app.

Três ocupantes do carro teriam morrido na hora, mas as informações dão conta que ninguém resistiu aos ferimentos. Entre eles, os três bandidos e o taxista.

Fotos Whats app.
Populares dizem que  o taxista, teria sido colocado no porta-malas do carro, porém, estranhamente os números da placa do táxi estavam cobertos por fita adesiva. 

Fotos Whats app.
Veja mais algumas fotos divulgadas no whats app desta noite trágica em nossa São Luís.

Fotos Whats app.
Fotos Whats app.
Atualização: Os mortos foram identificados como: Kevin Sousa Cutrim, 26 anos; Gabriel dos Santos, 16 anos; e Flávio Mesquita, 17 anos. Apenas um dos corpos ainda não foi identificado.

A Polícia Civil esteve no local e encontrou apenas um simulacro de arma de fogo com os ocupantes do veículo capotado. Os corpos foram levados para o Instituto Medico Legal (IML), que confirmou que todos morreram vítimas de projéteis de arma de fogo.

Em nota, a SSP informou que “durante a perseguição policial, o carro dos assaltantes capotou, na Estrada da Vitória, no João Paulo, e as quatro pessoas que estavam no veículo vieram a óbito, incluindo o condutor do veículo, que era taxista e conforme apuração da polícia fazia parte da quadrilha”.


A Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP) informa que durante a noite de sexta-feira (28) foi realizada uma perseguição policial, iniciada no Bairro de Fátima, a uma quadrilha que assaltou quatro pessoas nessa região. 

As vítimas chamaram a polícia e um policial que mora na região atendeu à diligência imediatamente. Durante a perseguição policial, o carro dos assaltantes capotou, na Estrada da Vitória, no João Paulo, e as quatro pessoas que estavam no veículo vieram a óbito, incluindo o condutor do veículo, que era taxista e conforme apuração da polícia fazia parte da quadrilha. 

Com o taxista foram encontrados documentos, dinheiro, e o número do chassi do veículo estava adulterado com fita adesiva. As vítimas do assalto já prestaram depoimento sobre o caso, e o policial que conduziu a perseguição irá depor nos próximos dias.

Uma greve geral e um 1º de maio precedidos por outra chacina de camponeses (por Jacques Távora Alfonsin).

Divulgação: Secretaria de Cultura do MT.
Os assassinatos praticados contra agricultoras/es sem terra, acampadas/os ou assentadas/os no Brasil, mesmo repetidos com tanta violência e aumento progressivo do número das suas vítimas, não provocam nos Poderes Públicos responsáveis pela segurança das pessoas, nem na maior parte da mídia, a repercussão que toda violação do direito à vida poderia e deveria suscitar.
Faz prova disso mais uma chacina praticada contra agricultoras/es no noroeste do Estado de Mato Grosso. Como resumiu El Pais em sua edição de 25 deste abril, tanto as vítimas, os mandantes, os executores e a motivação deste crime parece não serem muito diferentes tudo quanto a Comissão Pastoral da Terra denuncia, há mais de 30 anos, em suas publicações relativas aos permanentes conflitos fundiários acontecidos no Brasil, sem que providências efetivas sejam tomadas pelos Poderes Públicos:
Na última quarta-feira, nove homens foram mortos com sinais de tortura no vilarejo de Taquaruçu do Norte, uma área rural de difícil acesso, distante 250 km por uma estrada de terra do centro do município de Colniza, a maior cidade da região. Segundo a Polícia Civil, testemunhas afirmam que eles foram alvejados enquanto trabalhavam na terra por homens encapuzados. 
A área era ocupada por cerca de 100 famílias desde os anos 2000, segundo a CPT. Elas já plantavam arroz, feijão, criavam galinha e porco e havia uma pequena vila, com uma mercearia. Segundo a Pastoral da Terra, no domingo os moradores do local sofreram novas ameaças e começaram a abandonar a terra.   {…} 
Segundo o relatório da CPT, que há 32 anos documenta os conflitos e violências no campo, no ano passado 61 pessoas foram assassinadas no país em áreas rurais neste contexto de disputa de terra, 11 a mais do que no ano anterior. 
Também houve um aumento de 86% nas ameaças de morte e de 68% nas tentativas de assassinato. Entre 1985 e 2016 1.834 pessoas perderam a vida em conflitos no campo, mas apenas 31 mandantes desses assassinatos foram condenados. A maior parte dos conflitos, de acordo com a instituição, acontecem na Amazônia legal.
A nota de repúdio ao crime, contudo, assinada pela Prelazia de São Felix do Araguaia, preocupou-se em não deixar dúvidas sobre o contexto político responsável pela indiferença e pela apatia com que barbaridades como essas seguem ocorrendo no país a revelia de enfrentamento condizente. Por sua extraordinária avaliação do contexto passado e atual dessa responsabilidade, entendemos conveniente transcrevê-la na íntegra:
“A Prelazia de São Félix do Araguaia, em reunião com suas/seus agentes de pastoral, seu bispo dom Adriano Ciocca Vasino e o bispo emérito dom Pedro Casaldáliga, na cidade de São Félix do Araguaia – MT, manifesta sua dor, indignação e solidariedade com as famílias assassinadas na Gleba Taquaruçu, município de Colniza – MT, no dia 20 de abril. 
Este massacre acontece num momento histórico de usurpação do poder político através de um golpe institucional, com avanços tão graves na perda de direitos fundamentais para o povo brasileiro que coloca o governo do atual presidente Temer numa posição de guerra contra os pobres, isso refletido de forma concreta nos projetos, como as Medidas Provisórias 215 e 759, que violam direitos dos povos do campo e comunidades tradicionais, como também no acirramento do cenário de violações contra as/os defensores de direitos humanos. Diversos políticos expõem abertamente seus discursos de ódio e incitação à violência contra as comunidades que lutam pelos seus direitos. Vivemos um clima de “Terra sem lei”, uma verdadeira guerra civil em nosso país.
Como consequência, o ano de 2016 foi o mais violento dos últimos 13 anos, apontando para uma perspectiva desoladora no campo. E esta situação de Colniza, onde assassinaram inclusive crianças, nos expõe diante dos objetivos de ruralistas que não temem nada para conseguir as terras que buscam.
As famílias de agricultores da Gleba Taquaruçu vêm sofrendo violência desde o ano de 2004. Neste período, em decisão judicial, a Cooperativa Agrícola Mista de Produção Roosevelt ganha reintegração de posse concedida pelo juiz de Direito da Comarca de Colniza, como anunciada na Nota da Comissão Pastoral da Terra, de 20 de abril deste ano. 
Em 2007, ao menos 10 trabalhadores foram vítimas de tortura e cárcere privado e, neste mesmo ano, três agricultores foram assassinados.Como estão, neste momento, as famílias que vivem em Colniza? O município já foi considerado o mais violento do país. Sabemos que na região existem outros conflitos de extrema gravidade, como o da fazenda Magali, desde o ano 2000, e o conflito na Gleba Terra Roxa, desde o ano de 2004. A população teme que outros massacres possam acontecer.
Clamamos justiça e que os autores desses crimes sejam processados e punidos. A conseqüente impunidade no campo, fruto da omissão dos órgãos públicos, perpetua a violência. Na semana em que lamentamos o massacre de Eldorado dos Carajás, ocorrido em 17 de abril de 1997, que vitimou 19 lutadoras e lutadores do povo, somos surpreendidos por outro massacre no campo, que quer amedrontar, calar as vozes e submeter a dignidade do povo brasileiro. Temos a certeza que o massacre ocorrido jamais roubará os sonhos e as esperanças do povo.  E jamais calará a voz das comunidades que lutam. O sangue dos mártires será sempre semente de JUSTIÇA e VIDA!
Pouco importa que a nota tenha identificado a PEC 215 (projeto de emenda constitucional) como se ela se constituísse medida provisória. O efeito que mais interessa extrair-se dessa oportuna e conveniente manifestação é a adequação e a coragem ali expressas para dizer o que, de fato, precisa ser dito: a chacina se insere em ambiente no qual está “havendo usurpação do poder político através de um golpe institucional”, refletido concretamente na perda de direitos fundamentais do povo, colocando o governo do presidente Temer “numa posição de guerra contra os pobres”, abrindo chance aos discursos de ódio contra “comunidades que lutam pelos seus direitos.” Por que o Ministério da Justiça e, ou, o dos Direitos Humanos não têm nada a dizer sobre isso?
A pauta de reivindicações inspiradora da greve geral de sexta-feira que vem, e das comemorações de 1º de maio deste, tem de inscrever mais esse ponto de lamentável lembrança: são indispensáveis e urgentes as medidas a serem tomadas pelo Estado e a  sociedade civil  para se barrar o crescimento progressivo, no Brasil,  dos crimes de ameaça e de violações dos direitos humanos fundamentais do povo trabalhador e pobre, que estão retirando da Constituição e das leis –  de todos os seus efeitos,  consequentemente –  conquistas históricas deste mesmo povo.
Contra os poderes políticos e econômicos hoje voltados contra elas, ainda não são suficientes mobilizações massivas como as planejadas para o dia 28 deste mês e 1º de maio. Com a ressalva de melhor juízo sobre nossa realidade atual, urge um esforço diuturno de conscientização e ação da população vítima desses poderes, organizando e reunindo força ético-política bastante para barrar-lhes a macabra modalidade da sua ação a serviço da morte, até aqui impune, como costumeiramente acontece no Brasil. 
Que o custo do sangue e de vidas como as dos agricultores assassinados em Colniza, não nos amedronte, não nos cale, nem submeta a nossa dignidade, como diz muito bem a nota da Prelazia de São Felix do Araguaia.
.oOo.
Jacques Távora Alfonsin é Procurador do Estado aposentado, Mestre em Direito pela Unisinos, advogado e assessor jurídico de movimentos populares.

sexta-feira, 28 de abril de 2017

Em defesa dos direitos dos trabalhadores, greve geral paralisa a Rodovia BR-135 na entrada de São Luís.

Foto - Francisco Barros.
A mobilização popular iniciou “com o raia do dia”, sendo este ato de protesto construído com a aglutinação de dezenas de sindicalistas, trabalhadores de diversas categorias, educadores e servidores do IFMA/Maracanã, estudantes, populares e religiosos.

Foto - Francisco Barros.
Não podemos ignorar que o sucesso desta greve geral foi construído com  união de todas as Centrais Sindicais e por todos os Sindicatos Trabalhistas de São Luís, e contou com a participação imprescindível do Sindicato dos Rodoviários que teve uma paralisação de cem por cento dos seus associados, motoristas e cobradores, etc. Paralisando o transporte publico na Capital.

Foto - Francisco Barros.
Usando o carro de som, todos os presentes tinham livre acesso a palavra, e permanentemente a população era informado do motivo do protesto, explicando que o mesmo se dava, em defesa dos direitos da classe trabalhadora e na manutenção ao direito à aposentadoria, algo que fica quase impossível se for alterado as regras atuais da previdência.

Foto - Francisco Barros.
O movimento grevista trabalhou em sintonia com as Polícias Militar e Rodoviária Federal. Ficando acordado que as lideranças do movimento a frente do bloqueio, liberariam a cada vinte minutos, a passagem de veículos de passeios, ambulâncias, sendo que as  viaturas policiais tinham transito livre.

Foto - Francisco Barros.
Vale ressaltar que apesar da espera na fila, inúmeros motoristas ao passarem pelo cordão de bloqueio saudavam o movimento com gestos de apoio a greve geral.  

Foto - Francisco Barros.
SINASEFE/Maracanã - Inúmeras lideranças sociais participaram da realização do ato na Rodovia BR-135, destacamos a participação do Professor Jean Magno, Coordenador do SINASEFE/Maracanã. Segundo o Professor Jean, 20 (Vinte) Campi do IFMA na Capital e no continente aderiram à greve geral deste dia 28 de abril.

Foto - Francisco Barros.
Ainda segundo o professor Jean, os Campi do IFMA/Maracanã operam conjuntamente nos eventos sociais da Comunidade, alunos e professores, interagem com a comunidade em diversos eventos, a exemplo deste, cito este protesto contra a retirada de direitos da classe trabalhadora, a terceirização dos serviços públicos e a malfadada reforma da previdência.

Foto - Francisco Barros.
Jean Magno informou ainda que o Sindicato irá participar da 13ª Romaria do Trabalhador, no próximo dia 1º de maio, que está sendo organizada pela Paróquia da Vila Itamar.

Foto - Representantes do Sinasefe/Maracanã.
CUT/MA – Entrevista aos dirigentes da CUT/MA. Valter Cezar (Diretor Sindsep), que nos relatou que as informações iniciais que chegam a coordenação é que a greve está ocorrendo em várias cidades do Maranhão, assim como em todas as Capitais Brasileiras, “o Brasil está parado”. 

Foto - Diretores da CUT/MA Nivaldo e Valter Cezar.
Já Nivaldo atual secretário da CUT/MA, afirma que, “como prevíamos a greve é um sucesso, e já ocorre simultaneamente em vários municípios do Estado”. E continua, “agradecemos a compreensão das pessoas presas no transito neste momento, mas, fazemos isto pela garantia dos nossos direitos trabalhistas e por nossas conquistas previdenciárias”. Digo mais: “Se o Temer não recuar a greve vai continuar.”

Foto - Tainnan com a Bandeira preta e demais integrantes do Levante Popular da Juventude.
LEVANTE POPULAR DA JUVENTUDE – Dando continuidade as entrevistas. Converso com o Tainnan, integrante do Levante Popular da Juventude no Maranhão, segundo Tainnan, o grupo de militantes sociais está hoje se desdobrando em quatro eventos simultâneos, que ocorrem em São Luís, estando presente nos atos da Cidade Operária, Rodovia BR-135/Maracanã, UFMA/Barragem do Bacanga e na Praça Deodoro. Apesar de ter distribuído seus integrantes a disposição de luta é a mesma.

Foto - Ao fundo Integrantes do Levante Popular da Juventude com seus instrumentos em ação.
Segundo Tainnan, “o levante é totalmente contra a reforma da previdência, a retirada dos direitos dos trabalhadores e a terceirização do trabalho. Agredindo a qualidade de vida dos trabalhadores e suas famílias, sendo motivo de sobra pra sermos contra o ilegítimo governo de Temer”.

Foto - Padre Nairton de camisa vermelha e comunitários da igreja de São José - Vila Itamar.
Participação da comunidade da Igreja São José dos Migrantes da Vila Itamar .

Novas lideranças surgiram neste evento, destacando-se o padre Nairton, da congregação Redentorista, ligado à Basílica de Aparecida em São Paulo. Com 35 anos de idade, e pároco da paroquia da Vila Itamar que se estende até o Maracanã, há 1 ano e 4 meses.

Foto - Bloqueio de veículos na Rodovia BR 135.
Segundo padre Nairton, “a igreja está pregando e aplicando a palavra de Deus, procurando compreender e aplicar os ensinamentos de Jesus de acordo com nossa realidade.”

Padre Nairton, relata que em sua paróquia estão estabelecidos 4 missionários redentorista, responsáveis pela evangelização de todos os bairros que compreendem à área de atuação de sua prelazia.

Foto - Helicóptero da Secretaria de Segurança observa o protesto.
O Pároco em suas palavras fez questão de ressaltar o nome dos Deputados Federais do Maranhão que votaram contra os trabalhadores aprovando a aprovação do PL N° 6787/2016, retirando os direitos da classe trabalhadora garantidos na CLT. Abaixo a relação nominal destes 12 deputados.

Alberto Filho
PMDB

Sim
Aluisio Mendes
PTN
PpPtnPTdoB
Sim
André Fufuca
PP
PpPtnPTdoB
Sim
Cleber Verde
PRB

Sim
Hildo Rocha
PMDB

Sim
João Marcelo Souza
PMDB

Sim
José Reinaldo
PSB

Sim
Junior Marreca
PEN

Sim
Juscelino Filho
DEM

Sim
Pedro Fernandes
PTB
PtbProsPsl
Sim
Victor Mendes
PSD

Sim
Waldir Maranhão
PP
PpPtnPTdoB
Sim

Romaria do Trabalhador. Aproveitando a oportunidade o Pároco convida a população em geral a participar no dia 1° de maio (segunda-feira) da 13ª Romaria do Trabalhador, realizada pela Forania São Cristóvão.   

A romaria terá como referência de concentração o Amarelinho na Rodovia BR-135, iniciando a concentração às 13:00hs, e o trajeto será em direção a igreja de São José dos Migrantes na Vila Itamar. Participam deste evento religioso todas as igrejas que compõem a Forania de São Cristóvão. 

Texto de Francisco Barros.

quinta-feira, 27 de abril de 2017

São João dos Patos, aprova à Lei N° 526/2016 que proíbe operações de fracking no município.Campanha contra o fracking inicia nova ofensiva no Maranhão.

São João dos Patos foi a primeira cidade do Maranhão a aprovar legislação que proíbe operações de fracking.
Estado já tem a cidade de São João dos Patos protegida da contaminação causada pela exploração do gás de xisto
O coordenador no Estado do Maranhão da COESUS – Coalizão Não Fracking Brasil pelo Clima, Água e vida, Jardel Miranda Silva (conhecido como Tio Jardel), iniciou nesta semana os trabalhos de articulação junto aos municípios do sertão contra o fraturamento hidráulico, o FRACKING, tecnologia altamente poluente usada para a exploração do gás de xisto.
A nova etapa da campanha começou por São Francisco do Maranhão, onde Tio Jardel falou sobre o anteprojeto de Lei idealizado pela COESUS e 350.org Brasil para proibir a extração do gás de xisto mais conhecido como gás da morte.

Em seguida, o anteprojeto de Lei para proibir o fracking foi entregue a gestores públicos e parlamentares das cidades de Sucupira do Norte e Paraibano. Outras 12 cidades do Maranhão estão na rota do fracking e também devem começar a debater a proposição. “Vamos levar aos novos prefeitos e vereadores a sugestão de legislação que protege o meio ambiente, as reservas de água e o povo do sertão da contaminação desse gás”, enfatiza Tio Jardel.

Tio Jardel (à esquerda) esteve com o prefeito de São Francisco do Maranhão, Adalberto Rodrigues Santos. Foto: Cleyton Luis Gonçalves Lisboa.
FRACKING é a tecnologia usada para extrair do subsolo o gás de xisto. Para quebrar a rocha são injetados em altíssima pressão 35 milhões de litros de água, misturados a toneladas de areia e um coquetel de 720 substâncias químicas, muitas tóxicas, cancerígenas e até radioativas. Parte deste fluído tóxico permanece no subsolo contaminando os aquíferos. 

Tio Jardel entrega anteprojeto para a prefeita de Sucupira do Norte, Leila Resende, que irá enviar a proposição à Câmara Municipal.
O que volta para a superfície contamina rios e córregos, polui o ar e torna o solo infértil para a agricultura e pecuária. Fracking também provoca câncer, abortamento e nascimentos prematuros, infertilidade e doenças neurais e respiratórias. 

Durante o mandato na Câmara de Vereadores de São João dos Patos, Tio Jadel apresentou e conseguiu aprovar por unanimidade o projeto que deu origem à Lei 526/2016 que proíbe operações de fracking na cidade.

Em Paraibanos, Tio Jardel (à esquerda) participou de uma reunião com Daniel Furtado Veloso, Secretário Municipal de Assuntos Jurídicos, e Claudene Campos, Secretária Municipal de Meio Ambiente e Turismo.
Entre diversas providências, a norma determina a proibição da concessão de alvará e ou licença, tráfego de veículos em vias públicas de competência municipal; outorga e uso de águas e competência municipal; e uso e queima e gases na atmosfera de competência municipal com a finalidades de exploração e ou explotação do gases e óleos não convencionais (gás de xisto, shale gas, tight oil e outros) pelo método de fraturamento hidráulica – fracking – e refraturamento hidráulico – re-fracking. 

“Seguindo orientação da coordenação nacional da campanha Não Fracking Brasil, na pessoa do Dr. Juliano Bueno de Araujo, vamos livrar o Maranhão dessa ameaça, banindo o fracking no maior número de cidades”, garantiu Tio Jardel.
 Todos contra o fracking
A COESUS congrega mais de 400 organizações dentre elas a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Cáritas, centenas de sindicatos rurais e patronais, cooperativas, associações de energias renováveis, além de aproximadamente 200 Câmaras Municipais de Vereadores, universidades, institutos de pesquisa e ciência, ONG ambientais e ONGS climáticas.
Vereador Raimundo Nonato Lopes da Silva (Mundim) (à esquerda), líder do governo na Câmara Municipal, Tio Jardel e Ely Almeida, procurador geral do município. Foto: Cleyton Luis Gonçalves Lisboa
Desde 2013, a campanha Não Fracking Brasil está informando e mobilizando a sociedade para os riscos e perigos do fracking, bem como os impactos ambientais, econômicos e sociais que esta atividade minerária provoca. Mais de 300 cidades brasileiras já aprovaram a legislação proibindo definitivamente a tecnologia, mostrando ao Governo Federal que os milhões de brasileiros não querem a exploração do gás de xisto.

O Estado do Paraná foi o primeiro a aprovar uma legislação estadual (Lei 18.947/2016) que suspende por dez anos o licenciamento para operações de fracking, inclusive os testes para aquisição sísmica com os caminhões vibradores.
“A campanha defende uma matriz energética baseada nas energias renováveis, limpas e seguras, exigindo dos governantes o desinvestimento em projetos fósseis como gás, petróleo e carvão”, afirma Juliano Bueno de Araujo, coordenador de Campanhas Climáticas da 350.org e coordenador nacional da COESUS. 
O Brasil tem grande potencial para gerar energia a partir de tecnologias como a solar, eólica e de biomassa. Para saber mais detalhes sobre a campanha contra o fraturamento hidráulico e como participar, acesse www.nao frackingbrasil.com.br
Por Silvia Calciolari
Fotos: COESUS/350Brasil.