quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Polícia Federal abrirá inquérito contra Ricardo Teixeira por lavagem de dinheiro

 

Caberá à Delegacia de Combate a Crimes Financeiro (Delefin) da Polícia Federal o inquérito para investigar o cartola da CBF, Ricardo Teixeira, por denúncias de lavagem de dinheiro.

A Polícia Federal cumpre requerimento feito pelo procurador da República Marcelo Freire.


As denúncias contra o cartola são:


- recebimento de US$ 9,5 milhões (R$ 16,7 milhões) em propina, nos anos 90, da empresa de marketing ISL para conseguir os direitos de transmissão da Copa;


- remessa ilegal do dinheiro para o Brasil através de empresas de Teixeira – uma delas, a Sanud, sediada no paraíso fiscal de Liechtenstein.


O Ministério Público Federal exige também que o irmão e procurador do cartola, Guilherme Teixeira,  também seja interrogado.


CNJ apurará torneio de juízes federais bancado pela CBF


A corregedoria do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), conduzida por Eliana Calmon, determinou uma apuração na conduta de juízes federais que estão recebendo cortesias da CBF, através da cessão do centro de treinamento da Seleção Brasileira para torneio de juízes. 

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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Caravana do PT visita os companheiros de Miranda do Norte.

Pré-candidata Benilma (vermelho) e a Presidente do PT local

No ultimo sábado, dia 07 de outubro do corrente ano, a Caravana do PT, com sua força máxima, sendo composta pelos companheiros, Raimundo Monteiro Pres. do Diretório Regional do PT; Washington Luiz, nosso Vice-Governador do Estado do Maranhão; Kleber Gomes, Secretário Adjunto de Desenvolvimento Social, Fernando Silva, Secretário Adjunto de Educação; José Inácio Superintendente do INCRA no Maranhão; Ney Jefferson Delegado do MDA no Maranhão, Companheira Juscelina que compõe a Executiva do Diretório Estadual do PT, o Chefe de Gabinete da Vice-governadoria Wellington, o Assessor Especial do Vice-governador Abenaias, assessoria de comunicação, etc...  
Ainda presente ao referido evento o Dr. Almir Coelho sub-secretário de Educação do Estado, o Eng. Agrônomo Martins que é Gerente de Produção Agrícola do Grupo B. B. Mendes em Vitória do Mearim; o Sr. Orias que é Pré-candidato a Prefeito do Município de Bela Vista, sendo o primeiro colocado em todas as pesquisas realizadas até agora; a Sra. Didima pré-candidata a Prefeita de Vitória do Mearim; o Vereador Jonni Rocha, e o companheiro do PT Ademar, ambos integrantes da frente de oposição de Matões do Norte.
Na residência da Companheira BENILMA Monteiro foi realizado o evento denominado “Café de lançamento da pré-candidatura a Prefeita” da companheira em Miranda do Norte, o referido evento político teve repercussão instantânea de grande envergadura no município, pois inovou-se transmitindo o mesmo pela rádio local ao vivo, todas as lideranças e autoridades presentes fizeram uso da palavra no referido evento, por sinal também muito concorrido pela classe política progressista local.
 
 O Partido dos Trabalhadores em Mirando do Norte é Presidido pela companheira Geraldina Vieira. E coube a Geraldina em suas palavras frisar que “A intenção é formarmos pra 2012 uma frente multi-partidária, incluindo o PC do B, PSB, PT  e outras agremiações para transformamos a realidade social de Miranda do Norte”. Dra. Betânia, advogada e militante do PC do B, é uma das entusiastas da aliança em Miranda do Norte tendo mandado confeccionar duzentas camisas com o slogan “ Sim nós podemos”. 
Mais uma vez o Sindicato dos Professores local atua firme como elo agregador e transformador das idéias, cobrando transparência e renovação nos quadros políticos locais, tendo na pessoa do Professor Miguel de Jesus a personificação deste desejo de mudanças.





A Sociedade Civil também atua irmanada neste desejo de renovação na forma de se fazer política em Miranda do Norte, citamos como exemplo as atividades que a CUFA vem desenvolvendo na prática de atividades sócio-desportivas em prol da classe de jovens menos favorecidas.





segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Ministro Padilha destina mais meio bilhão para cirurgias eletivas no SUS. Serra só queria mutirão.

O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinou portaria destinando mais R$ 550 milhões (além dos recursos habituais já previstos), para aumentar o número de cirurgias eletivas (aquelas que podem ser agendadas com antecedência) e reduzir as filas no Sistema Único de Saúde (SUS).

Além do valor, a portaria adota novas regras e inova ao priorizar os municípios com populações de extrema pobreza, que necessitam de maior atenção por parte do governo.


Do total de recursos previstos para todo o país, R$ 200 milhões são para realização de cirurgia de catarata e R$ 150 milhões para tratamento de varizes, cirurgias ortopédicas e nas áreas de urologia, oftalmologia e otorrinolaringologia, incluindo retirada de amígdalas.


Outros R$ 150 milhões atenderão as demandas apresentadas pelos gestores estaduais, conforme a realidade de suas regiões. Os R$ 50 milhões restantes são para ampliar o acesso a cirurgias de cataratas nos municípios com população em situação de extrema pobreza. 
 
A ação beneficia 2.555 cidades.

A portaria foi construída em conjunto com os estados e municípios, de acordo com as necessidades identificadas de cada local.


O ministério acompanhará a correta aplicação das verbas. Os estados e municípios que cumprirem as metas, reduzindo as filas, receberão novas verbas. Aqueles que não cumprirem, terão acompanhamento do ministério para cumprir. Verbas não usadas, serão remanejadas.


Na época de José Serra, usuário do SUS tinha que engrossar a fila esperando por mutirão


Na época dos governos tucanos, em vez do governo destinar verbas de acordo com a necessidade anual (previsível), José Serra (PSDB/SP) esperava a fila crescer algum tempo, e fazia um mutirão de cirurgias.


Mutirão não é política pública de estado decente que se ofereça ao cidadão, é coisa de instituições filantrópicas ou ajuda humanitária. Mesmo assim Serra voltou a ameaçar os usuários do SUS com mutirões durante as eleições de 2010.


O SUS precisa atender todo ano o número de cirurgias necessárias como rotina, e é essa meta que vem sendo perseguida desde o governo Lula e agora dá mais um passo para acabar com as filas.


Transparência e Controle Social

A distribuição das verbas por estado está publicada aqui.

E as verbas por munícipios com populações de extrema pobreza, aqui

materia copiada: http://www.osamigosdopresidentelula.blogspot.com/

domingo, 9 de outubro de 2011

PARTIDO ECOLOGICO NACIONAL Nota de Agradecimento e Esclarecimento.

Divulgo abaixo nota de Agradecimento e Esclarecimento emitido pelo PEN.

O Partido Ecológico Nacional no Maranhão (PEN MA), respeitosamente agradece aos mais 50 mil eleitores maranhenses que apóiam e que acreditam que o Brasil pode ter uma maneira diferente de fazer e pensar política.

Esclarecemos a todos, que o procedimento de Registro Nacional do Partido Ecológico Nacional Continua VIVO junto ao Tribunal Superior Eleitoral, pois com base no artigo 23 da Resolução TSE nº 23.282/2010, no último dia 06/10/2011 a Ministra Relatora do Procedimento de Registro Nacional Definitivo do PEN, converteu o julgamento em atendimento de diligências.

Portanto, como o PEN acredita no Brasil, e acreditamos ainda mais no Povo Maranhense e do Nordeste,  que juntos captamos mais de 150.000 manifestos de assinaturas para o nosso tão sonhado partido. 

Estamos confiantes no Deferimento do Registro Definitivo do Partido Ecológico Nacional; pois somos um partido tão jovem quanto o Brasil, mas igualmente Forte !!

Saudações Ecológicas

Mário Felipe

Presidente do PEN Maranhão

Presidente do PEN Nordeste

Alerta na rede: Como o Google nos domina

Como o Google Nos Domina *


Alain de Botton, filósofo, escritor e agora aforista online, escreve no Twitter:

“A conclusão lógica de nossa relação com computadores: buscar ‘qual é o sentido da minha vida’ no Google, esperando por uma resposta.”

Você pode fazer isso, é claro. Escrever “o que é” e mais rápido do que você consiga digitar “um” ou “uma”, o Google está oferecendo uma série de escolhas para você: o que é uma nuvem? o que é um significado? o que é um sonho americano? O que é um illuminati? O Google está tentando ler sua mente. Só que não é sua mente. É o Cérebro do Mundo. E seja lá o que ele for, sabemos que uma empresa de doze anos de idade, com sede em Mountain View, Califórnia, está conectada a ele como ninguém.

O Google é o lugar aonde vamos para encontrar respostas. Antes, as pessoas buscavam por elas de outra maneira ou, mais provavelmente, conformavam-se em não saber. Hoje em dia, você não pode ter uma discussão na mesa de jantar sobre “que atriz ganhou o Oscar interpretando uma atriz que não ganhava o Oscar no filme do Neil Simon”, porque a qualquer momento alguém vai puxar um dispositivo de bolso e fazer uma busca no Google (1).

Se você precisasse saber o significado da palavra “pitoresco” para a História da Arte, você poderia encontrá-lo em O Livro de Respostas, compilado há duas décadas pelo setor de referências da New York Public Library [Biblioteca Pública de Nova York] – mas você não vai. Parte da missão do Google é tornar os “livros de respostas” inúteis (e os bibliotecários de referência, também). “Hamadríade é uma ninfa, uma cobra venenosa na Índia, ou um babuíno do Norte da África”, diz o narrador do romance The Infinities, de John Banville, de 2009, “É preciso um deus para saber uma coisa dessas.” Não mais.

A busca por fatos tem sido um importante elemento na engrenagem do conhecimento humano, e essa tecnologia acaba de saltar de uma liga elástica para um reator nuclear. Não é de se admirar que exista alguma confusão sobre o papel exato do Google nisso – juntamente com o medo crescente de seu poder e suas intenções.

Para dizer a verdade, na maioria das vezes, o Google não tem as respostas. Quando as pessoas dizem: “Eu dei uma olhada no Google”, elas estão cometendo um solecismo. Quando elas tentam apagar as suas histórias pessoais embaraçosas “no Google”, estão batendo na porta errada. Raramente é correto dizer que algo está certo “segundo o Google”. O Google é o oráculo do redirecionamento. Vá até lá buscar por “hamadríade”, e ele vai te apontar a Wikipédia, ou o Dicionário Online Grátis, ou o site oficial do Hamadryad (é uma banda de rock, também, veja só!).

O Google define sua missão como “organizar a informação do mundo”, e não possuí-la ou acumulá-la. Por outro lado, uma parcela substancial dos livros impressos do mundo já foram copiados para os servidores da empresa, onde dividem espaço com milhões de horas de vídeo e imagens do mundo inteiro, em diferentes níveis de detalhamento, obtidas a partir de satélites e de esquadrões móveis de câmeras de rua. Para não mencionar o grande e crescente tesouro de informações que o Google possui sobre os interesses e comportamento de, aproximadamente, todo mundo.

Quando eu digo que o Google “possui” todas essas informações, não quero dizer que ele seja dono delas. O significado de “ser dono de informação” é algo muito volátil.

Em mais ou menos uma década, o Google tornou-se uma marca global maior do que a Coca-Cola ou a General Electric; ele gerou riqueza mais rapidamente do que qualquer outra empresa na história; ele domina a economia da informação. Como isso aconteceu? Aconteceu mais ou menos à vista de todos.

O Google tem muitos segredos, mas os principais ingredientes do seu sucesso não são um segredo de maneira alguma, e a história desse negócio já forneceu munição para dezenas de livros. O novo livro de Steven Levy, “In the Plex”, é a obra de maior autoridade – e por vezes também a mais interessante – sobre o assunto até a data.

Por quase trinta anos, Levy tem escrito sobre computadores pessoais para a Newsweek e a Wired, publicou seis livros sobre o tema, e tem visitado a sede do Google periodicamente desde 1999, conversando com seus fundadores, Larry Page e Sergey Brin, e observando a empresa a partir do seu interior – tanto quanto foi possível para um jornalista. Ele foi capaz de registrar algumas conversas bastante provocativas, se ao menos ligeiramente conscientes, como esta, em 2004, sobre as expectativas dos fundadores do Google em relação a sua criação:

“Ele será colocado no cérebro das pessoas”, disse Page. “Quando você pensar em algo e realmente não souber muito sobre isso, você irá receber informações automaticamente.”

“É verdade”, disse Brin. “Em última análise, vejo o Google como uma maneira de aumentar o seu cérebro com o conhecimento do mundo. Agora você vai para o seu computador e digita uma frase, mas você pode supor que isso será mais fácil no futuro. Você só precisa ter um dispositivo de voz, ou computadores que prestam atenção ao que está acontecendo ao seu redor…”

… Page disse: “Eventualmente, você vai ter o implante, e se você pensar sobre um fato, ele vai prontamente lhe dizer a resposta”

Em 2004, o Google ainda era uma empresa privada, com cinco anos de idade, que já valia 25 bilhões de dólares e concentrava cerca de 85 por cento das buscas na internet. Sua única e grande inovação foi o algoritmo chamado PageRank, desenvolvido por Page e Brin quando eram estudantes de pós-graduação de Stanford, e realizavam seu projeto de pesquisa a partir do computador de um quarto de dormitório. O problema era que, até então, a maioria das pesquisas na internet produziam listas inúteis de resultados de baixa qualidade. A solução foi uma idéia simples: colher o conhecimento implícito já incorporado na arquitetura da World Wide Web, organicamente em evolução.

A essência da Web é estabelecer links entre as “páginas” individuais de sites. Cada link representa uma recomendação, um voto de interesse, ou mesmo de qualidade. Assim, o algoritmo atribui uma classificação [rank] para cada página, dependendo de quantas outras páginas oferecem um link para ela. Além disso, os links não são todos avaliados da mesma maneira. A recomendação vale mais quando se trata de uma página que tem uma alta classificação, ela mesma. A matemática por trás do PageRank não é simples – ele é uma distribuição de probabilidade, e o cálculo é recursivo: a classificação de cada página depende da classificação de outras páginas que depende… e assim por diante. Page e Brin patentearam PageRank e publicaram seus detalhes, mesmo antes de criar a empresa que chamaram ‘Google’.

A maioria das pessoas já se esqueceu de quão “escura e mal-sinalizada” a Internet já foi. Um usuário em 1996 – quando a Web era composta por centenas de milhares de “sites” com milhões de “páginas” – não esperava fazer uma simples busca por “Olimpíadas” e localizar automaticamente o site oficial dos jogos de Atlanta. Tratava-se de um problema muito difícil. E que resultado podia-se esperar da busca por uma palavra como “universidade”? O AltaVista (principal mecanismo de busca de então), oferecia uma lista aparentemente desordenada de instituições acadêmicas, encabeçada pelo Oregon Center for Optics.

Levy relata uma conversa entre Page e um engenheiro do AltaVista, que explicou que seu sistema de pontuação aumentava a classificação de uma página se “universidade” aparecesse várias vezes no título. O AltaVista parecia não se preocupar com o fato de que Oregon não fosse considerada uma grande universidade. A maneira convencional de classificar universidades seria consultar os peritos e avaliar as medidas de qualidade: os índices de pós-graduação, de retenção, os resultados de avaliações. A estratégia do Google foi a confiar na Web e seus inúmeros links, para melhor e para pior.

O PageRank é uma daquelas idéias que parecem óbvias depois que ficamos sabendo delas. Mas o negócio de buscas na Internet, jovem como era, tinha caído em algumas preceitos bastante ortodoxos. A principal tarefa de um mecanismo de busca parecia ser a compilação de um índice. Naturalmente, as pessoas pensavam nas tecnologias existentes usadas para organizar a informação do mundo, que podiam ser vistas nos dicionários e enciclopédias. Elas podiam ver que ordem alfabética estava prestes a tornar-se menos importante, mas demoraram a perceber o quão dinâmico e incompreensível era seu alvo, a Internet. Mesmo depois de Page e Brin acenderam a luz, a maioria das empresas continuou a usar vendas nos olhos.

A Internet havia entrado em sua primeira fase explosiva, expandiu e depois retraiu-se para dar novos e ambiciosos passos. Uma coisa que todos sabiam era que a maneira de fazer dinheiro era atrair e reter os usuários. A palavra-chave era “portal” – o ponto de partida do usuário, como Excite, Go.com e Yahoo – e os portais não conseguiriam ganhar dinheiro incentivando seus clientes a navegar pelo resto da Internet. “Retenção”, como diz Levy, “foi a qualidade mais desejada em sites na época.” Portais não queriam que suas funções de pesquisa fossem boas demais. Isso pode soar estúpido, mas como é que o Google pretendia ganhar dinheiro sem cobrar nada dos usuários? Sua interface de usuário no início era simples, minimalista, e enfatizava não ter qualquer publicidade – não havia nada senão uma caixa para que o usuário digitasse uma consulta, seguida por dois botões, um para produzir uma lista de resultados, e outro com a famosa e audaciosa frase “eu estou com sorte”.

Os fundadores do Google, Larry e Sergey, fizeram tudo do seu próprio jeito. Mesmo na cultura informal do Vale do Silício, eles se destacaram desde o início como algo original, como “crianças de Montessori” (segundo Levy), despreocupadas com as normas e propriedades, que preferiam grandes bolas de ginástica vermelhas em lugar de cadeiras de escritório, desprezando organogramas e títulos formais, indo de patins para reuniões de negócio. Fica claro em todos esses livros [aqui examinados] que eles acreditavam em sua excentricidade; eles acreditavam com fervor moral na primazia e poder da informação. (Sergey e Larry não inventaram o famoso lema da empresa, “não seja malvado”, mas eles o abraçaram, e agora eles podem muito bem ser donos dele.).

copiado de: http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/alerta-na-rede-como-o-google-nos-domina.html

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

TSE adia prazo para julgar registro definitivo do Partido Ecológico Nacional (PEN) (Partido está fora das Eleições de 2012).


BRASÍLIA - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deu novo prazo, mais dez dias, para os dirigentes do Partido Ecológico Nacional (PEN) coletaram cerca de 118 mil assinaturas que faltam para completar os 491.641 apoiamentos mínimos para concessão de registro definitivo da legenda. 

Os advogados do PEN argumentaram que juntaram 521.849 assinaturas, quase 30 mil a mais que o necessário. Mas o procurador-geral eleitoral, Roberto Gurgel, e também a ministra e relatora do caso, Nancy Andrighi, entenderam que 207.248 desse total não eram autênticas e as indefiriram. 

 
Assim, o PEN contava, oficialmente, apenas com 373.159 apoios. O partido terá esse prazo de dez dias para alcançar o número exigido e tentar novamente o registro. Mas o prazo para qualquer legenda estar na legalidade e concorrer às eleições de 2012 vence nesta sexta-feira. Portanto, não haverá mais tempo hábil para o PEN concorrer ao pleito. O partido solicitou ao TSE o número 51 como o da representação da legenda. O advogado do PEN, Paulo Fernando Melo, lamentou a decisão do TSE. 

- Apresentamos toda documentação necessária. Infelizmente, usaram dois pesos e duas medidas - disse o advogado, referindo-se à aprovação pelo tribunal, anteriormente, há duas semanas, do PSD, de Gilberto Kassab, e do Partido da Pátria Livre (PPL).
 
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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Precisamos de muita coragem

Apesar deste texto estar disponivel na web desde o ultimo dia 24 de setembro somente agora pude disponibiliza-lo, a quem interessar boa leitura.

Precisamos de muita coragem


Na reunião da Carta da Terra em Haia em 29 de junho de 2010, onde atuava ativamente sempre junto com Mercedes Sosa enquanto esta ainda vivia, perguntei à Pauline Tangiora, anciã da tribo Maori da Nova Zelândia qual era para ela a virtude mais importante. Para minha surpresa ela disse: ”é a coragem”.



Em 14 de setembro último, celebrou 90 anos de idade uma das figuras religiosas brasileiras mais importantes do século XX: o Cardeal Paulo Evaristo Arns.

Voltando da Sorbonne, foi meu professor quando ainda andava de calça curta em Agudos-SP e depois, em Petrópolis-RJ, já frade, como professor de Liturgia e da teologia dos Padres da Igreja antiga. Obrigava-nos a lê-los nas linguas originais em grego e latim, o que me infundiu um amor entranhado pelos clássicos do pensamento cristão. Depois foi eleito bispo auxiliar de São Paulo. Para protegê-lo porque defendia os direitos humanos e denunciava, sob risco de vida, as torturas a prisioneiros políticos nas masmorras dos órgãos de repressão, o Papa Paulo VI o fez Cardeal.

Embora profético mas manso como um São Francisco, sempre manteve a dimensão de esperança mesmo no meio da noite de chumbo da ditadura militar. Todos os que o encontravam podiam, infalivelmente, ouvir como eu ouvi, esta palavra forte e firme: “coragem, em frente, de esperança em esperança”.


Coragem, eis uma virtude urgente para os dias de hoje. Gosto de buscar na sabedoria dos povos originários o sentido mais profundo dos valores humanos. Assim que na reunião da Carta da Terra em Haia em 29 de junho de 2010, onde atuava ativamente sempre junto com Mercedes Sosa enquanto esta ainda vivia, perguntei à Pauline Tangiora, anciã da tribo Maori da Nova Zelândia qual era para ela a virtude mais importante. Para minha surpresa ela disse:”é a coragem”. Eu lhe perguntei: “por que, exatamente, a coragem?” Respondeu:


”Nós precisamos de coragem para nos levantar em favor do direito, onde reina a injustiça. Sem a coragem você não pode galgar nenhuma montanha; sem coragem nunca poderá chegar ao fundo de sua alma. Para enfrentar o sofrimento você precisa de coragem; só com coragem você pode estender a mão ao caído e levantá-lo. Precisamos de coragem para gerar filhos e filhas para este mundo. Para encontrar a coragem necessária precisamos nos ligar ao Criador. É Ele que suscita em nós coragem em favor da justiça”.
 
Pois é essa coragem que o Cardeal Arns sempre infundiu em todos os que, bravamente, se opunham aos que nos seqüestraram a democracia, prendiam, torturavam e assassinavam em nome do Estado de Segurança Nacional (na verdade, da segurança do Capital).

Eu acrescentaria: hoje precisamos de coragem para denunciar as ilusões do sistema neoliberal, cujas teses foram rigorosamente refutadas pelos fatos; coragem para reconhecer que não vamos ao encontro do aquecimento global mas que já estamos dentro dele; coragem para mostrar os nexos causais entre os inegáveis eventos extremos, conseqüências deste aquecimento; coragem para revelar que Gaia está buscando o equilíbrio perdido que pode implicar a eliminação de milhares de espécies e, se não cuidarmos, de nossa própria; coragem para acusar a irresponsabilidade dos tomadores de decisões que continuam ainda com o sonho vão e perigoso de continuar a crescer e a crescer, extraindo da Terra, bens e serviços que ela já não pode mais repor e por isso se debilita dia a dia; coragem para reconhecer que a recusa de mudar de paradigma de relação para com a Terra e de modo de produção pode nos levar, irrefreavelmente, a um caminho sem retorno e destarte comprometer perigosamente nossa civilização; coragem para fazer a opção pelos pobres contra sua pobreza e em favor da vida e da justiça, como o fazem a Igreja da libertação e Dom Paulo Evaristo Arns.


Precisamos de coragem para sustentar que a civilização ocidental está em declínio fatal, sem capacidade de oferecer uma alternativa para o processo de mundialização; coragem para reconhecer a ilusão das estratégias do Vaticano para resgatar a visibilidade perdida da Igreja e as falácias das igrejas mediáticas que rebaixam a mensagem de Jesus a um sedativo barato para alienar as consciências da realidade dos pobres, num processo vergonhoso de infantilização dos fiéis; coragem para anunciar que uma humanidade que chegou a perceber Deus no universo, portadora de consciência e de responsabilidade, pode ainda resgatar a vitalidade da Mãe Terra e salvar o nosso ensaio civilizatório; coragem para afirmar que, tirando e somando tudo, a vida tem mais futuro que a morte e que um pequeno raio de luz é mais potente que todos as trevas de uma noite escura.


Para anunciar e denunciar tudo isso, como fazia o Cardeal Arns e a indígena maori Pauline Tangiori, precisamos de coragem e de muita coragem.



Leonardo Boff é teólogo e escritor.

http://www.cartamaior.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=5218