sábado, 27 de outubro de 2012

São Paulo - A Polícia Militar de Luto: 85 homens mortos em 2012.

:


Ao todo, foram assassinados 67 policiais da ativa e 18 aposentados; número é maior do que o de todo o ano passado, quando houve 56 mortes na corporação; confrontos com o Primeiro Comando da Capital, o PCC, estão por trás da onda de insegurança em São Paulo.

27 de Outubro de 2012 às 15:09
Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil.

São Paulo – Desde o começo deste ano até a última quinta-feira (26), 85 policiais foram mortos em todo o Estado de São Paulo. O dado oficial, confirmado pela Polícia Militar, ainda não contabiliza a morte de um policial em folga, ocorrida na noite da última quinta-feira (25) na capital paulista. 

Segundo a Polícia Militar, 67 destes policiais mortos eram da ativa e 18 aposentados. O número já é bem superior ao que foi registrado em todo o ano passado. Em 2011, de acordo com a PM, 56 policiais foram assassinados, tanto da ativa quanto os aposentados. Em 2010 foram 71 policiais militares, informou o órgão, que não comenta o balanço.

Na última quinta-feira (25), o governador de São Paulo Geraldo Alckmin informou que 117 pessoas foram presas nos últimos dois meses sob suspeita de participação nos ataques contra os policiais militares. 

Segundo o governador, outros 28 suspeitos estão sendo procurados e 19 morreram em confrontos com a polícia. “O governo não retroage. Não vai voltar um milímetro. O que ganha um criminoso quando ataca a polícia? Ele (criminoso) está querendo criar intimidação”, disse o governador, defendendo a ação policial no enfrentamento contra o crime no estado.

Balanço divulgado na última quinta-feira (25) pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que entre janeiro e setembro deste ano 13 policiais militares e dois policiais civis foram mortos em serviço. No mesmo período do ano passado, 13 policias militares e oito civis foram mortos em serviço. Mas o balanço não contabiliza o número de policiais mortos enquanto estavam de folga.

Também entre janeiro e setembro deste ano, 28 pessoas morreram em confrontos com policiais civis e 369 por policiais militares, totalizando 397 pessoas mortas em confrontos com policiais no período. Isso significou aumento de 8,5% em comparação ao ano passado. Nos mesmo período de 2011, 30 pessoas morreram em confronto com policiais civis e 333 por policiais militares, totalizando 363 pessoas mortas em confrontos.

Os números da secretaria também revelaram aumento de 96% no número de homicídios na cidade de São Paulo no mês de setembro em comparação com o mesmo período do ano passado. Em setembro, a capital registrou 135 casos de homicídios, enquanto no mesmo mês de 2011 foram registrados 69 casos.

No acumulado entre janeiro e setembro, a alta foi de 22% na capital, com 920 casos de homicídios e 982 vítimas (o número de vítimas é maior porque pode haver mais mortes em um mesmo boletim de ocorrência). Em todo o estado, no mesmo período, o aumento foi de 8%.

Em entrevista concedida na manhã de sexta-feira (26), o secretário de Segurança Pública Antonio Ferreira Pinto disse não acreditar que a morte de policiais decorra de uma retaliação de organizações criminosas. “O que está incomodando é o combate efetivo ao tráfico de drogas. Há essa reação deles (criminosos), mas sem aspecto de retaliação”, disse. “A estratégia é exatamente essa: com policiamento mais efetivo. O combate é efetivo e temos certeza de que vamos reverter esse quadro adverso no momento”, disse ele.

:  
Durante a entrevista, o secretário disse que a estratégia de combate à violência em São Paulo está correta. “Não há estratégia dando errada. A estratégia tem dado certo”, disse Ferreira Pinto.

Ele também descartou a necessidade de as Forças Armadas auxiliarem as ações policiais neste momento no estado. “São Paulo é auto-suficiente. A polícia de São Paulo é preparada, tanto a civil quanto a militar”, falou.

Segundo o secretário, a maior parte dos autores dos homicídios contra os policiais já foi presa. “Temos apenas 10 (criminosos) computados que reagiram e acabaram morrendo”, disse.

Em entrevista à Agência Brasil, o coronel reformado da PM paulista José Vicente da Silva Filho, consultor de segurança e professor do Centro de Altos Estudos de Segurança da Polícia Militar de São Paulo, também analisa como correta a estratégia utilizada pela polícia no estado. “Neste ano, a polícia vem fazendo uma repressão muito severa ao tráfico e distribuição de drogas nas ruas da cidade o que tem suscitado uma ação mais intensa dos criminosos incomodados com isso”, falou.

Segundo ele, também é preciso analisar os números referentes às mortes de policiais, que indicam que a maior parte não ocorreu em consequência a confrontos com organizações criminosas. “O que a polícia tem percebido – e conversei sobre isso recentemente com o secretário e com o comandante-geral da PM (Roberval Ferreira França) – é que há uma variedade muito grande. Não se pode colocar tudo numa única cesta de casos e atribuir uma causa comum a isso.

Temos aí uma quantidade expressiva de policiais que reagiram a um assalto e morreram, que somam mais de 20 casos, e casos de policiais que estavam executando algum trabalho no seu horário de folga (como vigilantes particulares, por exemplo) e acabaram morrendo. E temos também os casos com características de execução, que é um outro grupo”, disse.

Para o coronel, o aumento no número de mortes de policiais neste ano se deve a dois principais fatores: “Um é a intensificação muito grande da polícia ao tráfico de entorpecentes. Outro aspecto é que a polícia vem mantendo o ritmo pesado de prisão de criminosos”, disse. Segundo ele, o que pode estar ocorrendo também é que alguns criminosos têm aproveitado a onda de violência para “fazer ações contra seus principais desafetos”.

“Historicamente, o que se percebe é que o grande instrumento que existe para a polícia reduzir crimes é a reação competente dela ao criminoso. O bandido tem de ter medo da polícia. Medo de ser apanhado, de ser preso”, defendeu o coronel.

Já a socióloga e pesquisadora-associada do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP), Camila Dias, acredita que os números de mortes de policiais no estado revela “um contexto de desequilíbrio das relações entre criminosos, sobretudo do PCC (Primeiro Comando da Capital), e a polícia”.

Segundo ela, os números de mortes de policiais e civis são altos porque decorrem “de uma guerra entre a polícia militar e o PCC”. Para ela,  “Isto produziu um perverso círculo vicioso cuja expressão é a elevação das taxas de pessoas mortas, sobretudo com características de execução sumária”.

Para Camila, há erros na política de segurança pública estadual. “Há um 'mais do mesmo' que envolve o aumento do encarceramento e investimentos na Polícia Militar, com compra de equipamentos e armas e não se busca uma solução que vá além disto. Isto, aliás, não se limita a São Paulo”, disse ela.

Camila defende que uma das soluções para evitar esses conflitos é fazer uso da inteligência policial e de técnicas de investigação para identificar os responsáveis pelas mortes. “Mas não basta identificar e prender os acusados pelas mortes dos policiais. É evidente que isso é importante. 

Mas é fundamental, também, identificar os responsáveis pelas mortes de civis que aumentam exponencialmente quando ocorre execução de policiais e, muitas vezes, esse aumento se dá horas depois, no mesmo bairro. É preciso, assim, investigar seriamente esses crimes, principalmente se eles tiverem o envolvimento de policiais como muito deles parecem ter”.

Edição: José Romildo

Alinhamento planetário com as Pirâmides do Egito em 3 de dezembro de 2012.



Tradução: Caminho Alternativo.


As pirâmides do Egito se encontram exatamente da mesma forma em que três dos planetas de nossa galáxia estarão alinhados para 2012.

Ao se observar as pirâmides por cima, casualmente veremos como ficam alinhadas exatamente da mesma forma em que estarão Saturno, Vênus e Mercúrio em 2012 (calculado com softwares especializados como o Stellarium).



Isto acontecerá em 3/12/12, 18 dias antes do famoso e popular 21/12/12. O alinhamento planetário em 3 de dezembro de 2012 com as pirâmides de Gizé, ocorre somente a cada 2.737 anos.


Visto em: Despierta al Futuro

Fonte:http://caminhoalternativo.wordpress.com/2012/08/20/alinhamento-planetario-com-as-piramides-do-egito-em-3-de-dezembro/

Violência. Vídeo mostra policiais agredindo advogado na zona Leste de Teresina.

advogado Milton Lustosa Nogueira de Araújo Filho


Por Anselmo Moura
Foi disponibilizado nesta sexta-feira (26) no Youtube vídeo gravado na última terça-feira (23), onde mostra agentes dos 12º Distrito Policial fazendo a detenção do advogado Milton Lustosa Nogueira de Araújo Filho. 

Nas imagens, gravadas por uma pessoa que passava pelo local, mostra o momento em que um dos policiais desfere um soco no rosto de Milton Filho.

O advogado, juntamente com representantes da OAB-PI (Ordem dos Advogados do Brasil Secção Piauí), esteve reunido na quarta-feira (26) com o secretário de Segurança Pública, Robert Rios Magalhães, para denunciar a agressão. O gestor determinou o imediato afastamento dos quatros agentes envolvidos no incidente.


O presidente da OAB, Sigifroi Moreno, afirma que irá entregar as imagens à Corregedoria da Polícia Civil e que a Ordem irá denunciar o fato ao Ministério Público Estadual e à Delegacia Geral.

A confusão aconteceu na porta de um restaurante na Zona Leste de Teresina. O tumulto teve inicio por conta do advogado ter estacionado seu veiculo em frente a uma loja, fato que provocou a insatisfação dos proprietários do estabelecimento comercial, que solicitaram a retirada do automóvel.

Entenda o caso: O fato ocorreu na terça-feira (23) quando o advogado Milton Lustosa estava almoçando em um restaurante, na zona leste da cidade. Segundo Milton, seu carro estava estacionado em frente a uma loja quando um dos donos pediu para que o veículo fosse retirado da frente do estabelecimento. "Eu falei para esse homem que iria tirar o carro em apenas alguns minutos, pois ainda estava almoçando. Pouco tempo depois voltaram dois homens já com tom alterado e ameaçador e falando para estacionar meu carro em outro lugar”, afirma.

Milton disse, ainda, que, aconselhado pelos seguranças do restaurante, retirou o seu carro e retornou para continuar o almoço. “Após estacionar o carro em outro lugar, uma mulher, também dona da loja, começou a me ofender com palavras de baixo calão e disse que ia quebrar meu carro”, disse.

Quando o advogado atravessava a Avenida Nossa Senhora de Fátima em direção ao restaurante, quatro policiais, que não se identificaram, foram em sua direção e começaram a agredi-lo. 

Milton protegeu-se e chegou a revidar alguns golpes. “Os policias bateram nas minhas costas e testículos. Tiraram meu cinto e prenderam minhas mãos. Estou com queimaduras de segundo grau porque eles pressionaram meu corpo contra o asfalto quente e um deles ainda me asfixiou”, declara.

Veja o vídeo:






Fonte:http://www.portalaz.com.br/noticia/policia/254024_video_mostra_policiais_agredindo_advogado_na_zona_leste_de_teresina.html

São Jorge – O santo guerreiro, salve.



                         23 de abril, dia de São Jorge – O santo guerreiro.



História - Em torno do século III D.C., quando Diocleciano era imperador de Roma, havia nos domínios do seu vasto Império um jovem soldado chamado Jorge. Filho de pais cristãos, Jorge aprendeu desde a sua infância a temer a Deus e a crer em Jesus como seu salvador pessoal.

Nascido na antiga Capadócia, região que atualmente pertence à Turquia, Jorge mudou-se para a Palestina com sua mãe após a morte de seu pai. Lá foi promovido a capitão do exército romano devido a sua dedicação e habilidade – qualidades que levaram o imperador a lhe conferir o título de conde. 

Com a idade de 23 anos passou a residir na corte imperial em Roma, exercendo altas funções.

Por essa época, o imperador Diocleciano tinha planos de matar todos os cristãos. No dia marcado para o senado confirmar o decreto imperial, Jorge levantou-se no meio da reunião declarando-se espantado com aquela decisão, e afirmou que os os ídolos adorados nos templos pagãos eram falsos deuses.

Todos ficaram atônitos ao ouvirem estas palavras de um membro da suprema corte romana, defendendo com grande ousadia a fé em Jesus Cristo como Senhor e salvador dos homens. 

Indagado por um cônsul sobre a origem desta ousadia, Jorge prontamente respondeu-lhe que era por causa da VERDADE. O tal cônsul, não satisfeito, quis saber: “O QUE É A VERDADE ?”. Jorge respondeu: “A verdade é meu Senhor Jesus Cristo, a quem vós perseguis, e eu sou servo de meu redentor Jesus Cristo, e nele confiado me pus no meio de vós para dar testemunho da verdade.” 

Como São Jorge mantinha-se fiel a Jesus, o Imperador tentou fazê-lo desistir da fé torturando-o de vários modos. E, após cada tortura, era levado perante o imperador, que lhe perguntava se renegaria a Jesus para adorar os ídolos. Jorge sempre respondia: “Não, imperador ! Eu sou servo de um Deus vivo ! Somente a Ele eu temerei e adorarei”

E Deus, verdadeiramente, honrou a fé de seu servo Jorge, de modo que muitas pessoas passaram a crer e confiar em Jesus por intermédio da pregação daquele jovem soldado romano. Finalmente, Diocleciano, não tendo êxito em seu plano macabro, mandou degolar o jovem e fiel servo de Jesus no dia 23 de abril de 303. 

Sua sepultura está na Lídia, Cidade de São Jorge, perto de Jerusalém, na Palestina.

A devoção a São Jorge rapidamente tornou-se popular. Seu culto se espalhou pelo Oriente e, por ocasião das Cruzadas, teve grande penetração no Ocidente.

Verdadeiro guerreiro da fé, São Jorge venceu contra Satanás terríveis batalhas, por isso sua imagem mais conhecida é dele montado num cavalo branco, vencendo um grande dragão. Com seu testemunho, este grande santo nos convida a seguirmos Jesus sem renunciar o bom combate.

Lendas: um horrível dragão saía de vez em quando das profundezas de um lago e se atirava contra os muros da cidade trazendo-lhe a morte com seu mortífero hálito. Para ter afastado tamanho flagelo, as populações do lugar lhe ofereciam jovens vítimas, pegas por sorteio. um dia coube a filha do Rei ser oferecida em comida ao monstro. 

O Monarca, que nada pôde fazer para evitar esse horrível destino da tenra filhinha, acompanhou-a com lágrimas até às margens do lago. A princesa parecia irremediavelmente destinada a um fim atroz, quando de repente apareceu um corajoso cavaleiro vindo da Capadócia. Era São Jorge.

O valente Guerreiro desembainhou a espada e, em pouco tempo reduziu o terrível dragão num manso cordeirinho, que a jovem levou preso numa corrente, até dentro dos muros da cidade, entre a admiração de todos os habitantes que se fechavam em casa, cheios de pavor. 

O misterioso cavaleiro lhes assegurou, gritando-lhes que tinha vindo, em nome de Cristo, para vencer o dragão. Eles deviam converter-se e ser batizados.

Datas Marcantes No século XII, a arte, literatura e religiosa popular representam São Jorge, como soldado das cruzadas com manto e armadura com cruz vermelha, nobre um cavalo branco, com lança em punho, vencendo um dragão. 

São Jorge é o cavaleiro da cruz que derrota o dragão do mal, da dominação e exclusão.

Desde o século VI, havia peregrinações ao túmulo de São Jorge em Lídia. Esse santuário foi destruído e reconstruído várias vezes durante a história.

Santo Estevão, rei da Hungria, reconstruiu esse santuário no século XI. Foram dedicadas numerosas igrejas a São Jorge na Grécia e na Síria.

A devoção a São Jorge chegou à Sicília na Itália no século VI. 

No séc. VII o siciliano Papa Leão II construiu em Roma uma igreja para S. Sebastião e S. Jorge. 

No séc. VIII, o Papa Zacarias transferiu para essa igreja de Roma a cabeça de S. Jorge.

A devoção a São Jorge chegou a Inglaterra no século VIII. No ano de 1101, o exército inglês acampou na Lídia antes de atacar Jerusalém. A Inglaterra tornou-se o país que mais se distinguiu no culto ao mártir São Jorge…

Em 1340, o rei inglês Eduardo III instituiu a Ordem dos cavaleiros de São Jorge.

Foi o Papa Bento XIV (1740-1758) que fez São Jorge, padroeiro da Inglaterra até hoje.

Em 1420, o rei húngaro, Frederico III (1534) evoca-o para lutar contra os turcos.

As Cruzadas Medievais tornaram popular no ocidente a devoção a São Jorge, como guerreiro, padroeiro dos cavaleiros da cruz e das ordens de cavalaria, para libertar todo país dominado e para converter o povo no cristianismo.

Seu dia foi colocado no Calendário particular da Igreja, isto é, celebrados nos lugares de sua devoção.

O Sr. Cardeal D. Eugenio Sales, assim se pronunciou: “A devoção de São Jorge nos deve levar a Jesus Cristo”. Pela palavra do Cardeal Sales sentimos a autenticidade do Culto a São Jorge.

A quem ajuda: é a força de Deus na luta dos excluídos e marginalizados da sociedade.

Boas energias e com o carinho de sempre…



Esta matéria foi publicada originalmente em:   

 SUGERIMOS A LEITURA DESTAS MATÉRIAS RELACIONADAS.

São Jorge – O santo guerreiro, salve. http://maranauta.blogspot.com.br/2012/10/sao-jorge-o-santo-guerreiro-salve.html 

21 de Janeiro: dia contra a intolerância religiosa. http://maranauta.blogspot.com.br/2013/01/21-de-janeiro-dia-contra-intolerancia.html

São Luís - Ladrão é linchado e morto com facada na garganta.

Daniel da Paixão Silva, de 24 anos

Daniel da Paixão Silva, de 24 anos, foi assassinado na manhã desta sexta-feira (26) com um golpe de faca na garganta no bairro Pirapora.

O homem, que era conhecido como um dos maiores assaltantes da região, estava tentando roubar uma residência e acabou sendo perseguido e linchado por populares.    

Um dos indivíduos presentes na agressão aplicou uma facada na garganta de Daniel. A vítima ainda pulou um muro de uma casa próxima, mas acabou morrendo devido à gravidade do ferimento.

Daniel da Paixão Silva, de 24 anos.
O homem também era usuário de drogas. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML).

Justiça condena seis homens por estupro coletivo no interior da Paraíba.

Estado de Minas -  Publicação: 26/10/2012 16:55 Atualização:

Foram condenados seis homens envolvidos no estupro coletivo ocorrido na Paraíba, em fevereiro deste ano. 

A sentença do crime tem 107 páginas e condena os réus por estupro, formação de quadrilha e cárcere privado. 

Ainda há outas três pessoas envolvidas na barbárie: o mentor Eduardo dos Santos - que ainda será julgado pelos mesmos crimes e ainda dois homicídios - e dois menores, que já foram julgados.

O crime ocorreu em Queimadas durante uma festa de aniversário. Eduardo e o irmão Luciano dos Santos combinaram o crime com mais nove comparsas. Eles atraíram as vítimas para a festa e, em determinado momento, simularam um assalto à casa e cometeram os estupros. Segundo a sentença, os mentores ainda tiveram o cuidado de pedir aos outros que não tocassem em suas mulheres que também estavam na festa.

Luciano dos Santos foi condenado a 44 anos de prisão por estupro de cinco mulheres. Fernando e França Silva Júnior, vulgo 'Papadinha', e Jacó Sousa estupraram três vítimas e foram sentenciados a 30 anos. José Jardel foi condenado a 27 anos por estupro de uma mulher e colaboração nos demais.

Luan Barbosa recebeu sentença de 27 anos e oito meses de prisão por participar do estupro de quatro vítimas. Diego Rêgo Domingues também participou dos estupros e foi condenado a 26 anos e seis meses. A diferença de penas deve-se à participação individual de cada um nos estupros e também aos antecedentes criminais.

Leia mais notícias de Brasil


Assassinatos

De acordo com o Tribunal de Justiça da Paraíba, Eduardo dos Santos, considerado o mentor do crime, será julgado em júri popular em data ainda não definida. Além dos estupros, ele é condenado pelo assassinato de duas mulheres que o reconheceram durante os estupros.

Segundo a sentença, a vítima identificada como Izabella percebeu que o agressor se tratava de Eduardo e chegou a implorar pela vida. Em seguida, outra mulher, Michelle, também reconheceu o estuprador. As duas foram amarradas e levadas em um carro. 


Durante o percurso, Michelle pulou do veículo em movimento, mas Eduardo parou o carro e atirou contra ela. De acordo com a sentença, Izabella também foi assassinada a tiros dentro do carro. 

São Paulo. Violência: Dilma quis ajudar. Alckmin disse não.


Edição/247

Governo federal enviou emissários para tratar da escalada de violência na capital paulista com o secretário estadual de Segurança, Antonio Ferreira Pinto; proposta de colaboração foi recusada; só ontem, 11 mortes em São Paulo e 20 na região metropolitana (o triplo da média diária); secretário de Geraldo Alckmin vê apenas uma “onda” passageira, onde muitos já enxergam tsunami.

27 de Outubro de 2012 às 07:03
247 – São Paulo viveu ontem uma de suas noites mais sangrentas, com 11 mortes e uma chacina em Carapicuíba, cidade que faz parte da região metropolitana. Na Grande São Paulo, o número de homicídios em 24 horas, vinte ao todo, foi três vezes maior do que a média diária. Em Osasco, também na Grande São Paulo, bandidos impuseram toque de recolher ao comércio.

Em meio à escalada da violência, uma informação assombrosa: o governo federal ofereceu uma proposta de colaboração ao governo estadual, que foi rechaçada. 

A informação está publicada no topo da coluna Painel de Vera Magalhães, na Folha:

Canal interrompido
Diante da escalada na criminalidade em São Paulo, Dilma Rousseff enviou emissários para conversas com o secretário de Segurança do Estado, Antonio Ferreira Pinto, há cerca de 40 dias. Segundo interlocutores do Planalto, foi oferecida ajuda na capital, além de informações de inteligência, mas o diálogo não prosperou. Representantes de Geraldo Alckmin acusam o governo federal de omissão no combate ao narcotráfico e contrabando de armas nas fronteiras, suas prerrogativas.

Segundo o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto, não há nada de anormal na escalada de violência paulistana, que ocorre em meio a confrontos entre policiais militares e integrantes do Primeiro Comando da Capital, o PCC. "O índice de crimes varia como uma onda. A estratégia do governo não está errada, ela está corretíssima. Vários autores de homicídios foram presos e vão nos dizer qual a motivação do crime. O combate feito pelos policiais é efetivo e temos certeza de que vamos reverter esse quadro."

Muitos, no entanto, já veem bem mais do que uma onda: quase uma tsunami. Só neste ano 70 policiais militares já foram assassinados em São Paulo. E ainda que as autoridades não queiram alarmar a população, as explicações soam “fantasiosas”, ampliando a sensação se insegurança, segundo editorial da própria Folha. Leia abaixo:

Violência em alta. Estatísticas de homicídios disparam em São Paulo, no mês de setembro, e precisam ser mais bem explicadas pelas autoridades do Estado.

Setembro não trouxe notícias alvissareiras para São Paulo em matéria de estatísticas de segurança pública. Dados oficiais relativos ao mês passado indicaram uma elevação de 27% nos registros de homicídios dolosos no Estado, em relação ao mesmo mês de 2011.

Na capital, que tem um quarto da população paulista, o quadro é mais crítico. O aumento dos homicídios verificado em setembro foi de 96%, na comparação com esse mês do ano passado.

Nem tudo, porém, piorou. Apurou-se, por exemplo, significativa queda nos roubos de carga (23%). E caiu também a incidência de "outros roubos" (11%), quesito que exclui cargas e veículos.

Tais progressos, no entanto, não alteram a tendência de recrudescimento da violência em 2012. Se no Estado a piora tende a ser mais discreta, o mesmo não se aplica à capital. 

Com efeito, nos primeiros nove meses do ano, as ocorrências de homicídio cresceram 8% em âmbito estadual; já na cidade de São Paulo, constatou-se um salto de 22%. Bem menos que a cifra isolada de setembro (96%), mas ainda assim inquietante.

Os números demandam atenção. A drástica queda dos assassinatos na última década colocou São Paulo numa posição de destaque em plano nacional. A taxa de homicídios por grupo de 100 mil habitantes, que era de 35,27, em 1999, despencou para 10,8 em 2008.

Nos últimos quatro anos as ocorrências vêm se mantendo, com pequenas variações, no mesmo patamar. Por um lado, trata-se de uma conquista. As estatísticas indicam uma consolidação da queda dos assassinatos num patamar que, se ainda é alto para padrões de nações desenvolvidas, representa menos da metade da média nacional.

Pode-se, porém, observar com apreensão as dificuldades do governo do Estado em obter novas reduções, sinal de que os esforços na área precisam ser revigorados.

Tal impressão é acentuada pelo fato de os números da capital revelarem-se piores que os do Estado, num quadro de aparente acirramento do confronto, nela, entre a Polícia Militar e membros da principal facção criminosa, que atua no Estado todo.

Esse conflito, que já matou 70 policiais militares da ativa neste ano, tem sido minimizado pelas autoridades, que alertam para as "lendas" que se estariam criando em torno do crime organizado.

Entende-se que o governador Geraldo Alckmin e o secretário de Segurança, Antonio Ferreira Pinto, não queiram alarmar a população. Contudo, quando suas explicações soam fantasiosas, ou admitem interpretação como tolerância com abusos policiais, só fazem aumentar a sensação de insegurança.

http://www.brasil247.com/pt/247/sp247/84026/Viol%C3%AAncia-Dilma-quis-ajudar-Alckmin-disse-n%C3%A3o-Onda-crimes-p%C3%B5e-xeque-%C3%A1rea-seguran%C3%A7a.htm