sábado, 25 de maio de 2013

O jornalismo está sobre uma mina de ouro e não percebe.

Por Carlos Castilho em 23/05/2013. 

Não sabe ou não quer saber. Esta é a dúvida, porque informação não é o que deveria estar faltando na mesa de um repórter ou editor. A internet é um dos assuntos onipresentes na agenda de uma redação, mas por incrível que pareça uma das mais rentáveis áreas do jornalismo está sendo explorada, com muito sucesso, por não jornalistas.
 
A matéria-prima do jornalismo são os dados, fatos, eventos e processos que depois de contextualizados e publicados se transformam em informação, um bem que está sendo disputada a tapa por algumas das mais poderosas empresas do mundo financeiro, industrial, agrícola e comercial. 

E é justamente essa matéria-prima informativa que jaz inerte nos arquivos digitais ou físicos de empresas jornalísticas cuja sobrevivência está ameaçada por conta da crise no seu modelo de negócios.

O imenso volume de informações acumuladas pelas empresas jornalísticas é tratado como arquivo morto e não como insumo para sistemas de processamento baseados na teoria dos Grandes Dados (tradução literal do jargão Big Data), um dos mais revolucionários subprodutos da inovação tecnológica contemporânea. 

Grandes Dados é um conceito genérico para conjuntos de dados em volumes tão grandes que os números já não são mais capazes de representá-los de forma significativa. Trata-se de uma realidade nova criada pela avalanche informativa e que inexistia até o surgimento da internet e da digitalização. Uma realidade que está mudando nossos conceitos tradicionais de medição e avaliação.

Foi movido pela ideia dos Grandes Dados que um jovem empreendedor norte-americano, Bradford Cross, e o PhD linguagem computacional Aria Haghighi criaram o projeto Prismatic para garimpar informações jornalísticas, que já está no terceiro ano de funcionamento. 

Os dois chegaram ao Prismatic, acredite quem quiser, a partir do sucesso de um programa gratuito que prevê atrasos de voos comerciais nos Estados Unidos e que foi vendido, em 2011, por várias dezenas de milhões de dólares. Todo o desenvolvimento do programa custou 800 mil dólares.

Cross e Haghighi simplesmente pegaram dados públicos de vários milhões de voos domésticos e internacionais de companhias aéreas americanas durante os últimos 40 anos, e misturaram com outros milhões de informações meteorológicas e registros de centenas de aeroportos para criar uma megabase de dados de onde saíram previsões que deixaram boquiabertas as autoridades aeronáuticas, companhias de aviação, agentes de turismo e, principalmente, os passageiros. Foi um sucesso instantâneo de acessos pelo público.

Essa intuição ou faro por oportunidades alimentadas pelos Grandes Dados normalmente é aproveitada por quem não é do ramo, como afirmam os autores do livro Big Data, Revolution that Wil Transform How We Live, Work and Think, o professor Viktor Mayer-Schonberger e o jornalista Kenneth Cukier.  

Trata-se de uma questão cultural, porque os donos de grandes arquivos geralmente os acumularam com outros objetivos, aos quais se agarraram sem perceber que o entorno de seus negócios mudou.

É o caso, por exemplo, das empresas de cartões de crédito, que acumularam durante anos dados valiosíssimos sobre os hábitos de consumo de seus usuários mas estavam apenas preocupadas em administrar rápida e eficientemente o pagamento das contas. 

Há dois anos elas se deram conta da mina de ouro que haviam acumulado e hoje ganham tanto dinheiro comercializando as informações que já poderiam deixar de cobrar anuidades dos usuários, sem que seus orçamentos sofressem o mínimo baque.

As empresas jornalísticas possuem um registro de fatos, dados, eventos e processos nos mais variados campos da atividade social, econômica, política, cultural e esportiva em nível internacional, nacional, regional e local. Algo que ninguém tem e cujo valor é incomensurável. 

Só para citar um exemplo: caso um investidor desejasse iniciar um mega empreendimento no entorno de uma grande cidade ele poderia comprar de um jornal um informe com dados processados sobre a região escolhida num lapso de tempo de várias décadas, com um grau de certeza infinitamente maior do que um levantamento pontual. 

O investidor pagaria algumas centenas de milhares de reais pelo estudo e ainda sairia no lucro porque estaria evitando prejuízos de milhões caso o investimento esbarrasse em questões ambientais de longo prazo, por exemplo.

O problema está na cultura empresarial predominante entre os nossos executivos de empresas jornalísticas, em sua maioria herdeiros de tradições analógicas

Na luta pela manutenção de seu negócio acabaram inteiramente absorvidos pela dinâmica financeira, perdendo oportunidades óbvias que acabam sendo detectadas, em geral, por quem não tem nada a ver com o jornalismo.

Desopilando - A versão 2013 de Eduardo e Mônica.

Lincado do Blogo do Nassif. http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-versao-2013-de-eduardo-e-monica

“DRAW MY LIFE - EDUARDO E MÔNICA VERSÃO 2013” — Veja como seria a vida de Eduardo e Mônica se eles tivessem se conhecido nos dias atuais... 


Reflexão Sociologica - Em resposta a um jornalista...

Texto de Mariana Gomes.

Com meus oito anos de Rússia, no Teatro Bolshoi, tenho orgulho de dizer que aprendi a ter dignidade.

A verdade sempre aparece, é o que diz a minha mãe. Quem fala a verdade não merece castigo – frase preferida do meu pai.

O que me intriga não é isso, é qual o tempo que nós teremos que pagar por uma mentira? Nós que falamos a verdade, somos fiéis e lutadores... Quanto tempo temos que esperar pela preciosa verdade? As pessoas que não têm condições de contar com profissionais como advogados e psicanalistas renomados contam com Deus, Justiça Divina, tempo, paciência, a esperança de que o tempo tudo mostrará.

Mariana Gomes e o Teatro Bolshoi: oito anos de trabalho e dignidade


Fiquei surpresa quando recebi uma ameaça de um jornalista de uma televisão globalmente famosa, de que, caso eu não comentasse certo tema – "a prostituição no meu teatro" –, o jornalista escreveria que eu preferi me calar, e todo o Brasil entenderia que sou “uma delas”.

A minha resposta foi simples. Primeiro, acredito que um bom jornalista deve pesquisar de onde vem o comentário. Afinal, alguém te conta uma fofoca e você deve se interessar pelo passado e os complexos dessa pessoa para saber se tem algum fundamento ou interesse, não é? 

Segundo, eu disse a essa pessoa, ou melhor, a esse profissional da mídia, que, assim como ele(a), eu poderia escrever sobre prostituição na minha profissão, eu poderia escrever sobre prostituições e ameaças a entrevistados na profissão dele, que é o que estamos lendo aqui hoje. 

Terceiro, e último ponto, a minha mãe, que mora no interior da Bahia, onde cresci e comecei a fazer balé, me conta de uma vizinha do bairro onde cresci e de onde saí para estudar profissionalmente em Joinville, com muita ajuda e esforço de muitos amigos e pessoas que são da mesma vizinhança. Pois bem, a vizinha lhe perguntou: "Na empresa da sua filha o pessoal dorme com o diretor?"

Respondo: saia da sua casa e talvez encontre um supermercado ou uma farmácia na esquina, pouco mais adiante a sua própria empresa, seu banco... Acredite em mim, em todos esses lugares, alguém dorme com o gerente ou com diretor e nem por isso eu julgo o banco, a farmácia e os funcionários desses lugares. O caminho, a educação, a direção que as pessoas tomam na vida delas – tudo é opção de cada um.

E ver que isso pode se tornar um rótulo para todo teatro, toda empresa, é triste. Mas posso resumir da seguinte forma:

Coitada da artista que precisou escrever sobre isso para reaparecer na mídia depois de demitida. Sinto muito pelo jornalista que precisa usar isso para receber seu salário no fim do mês. E tiro o chapéu para a minha mãe, que mora no interior da Bahia, escutou tudo isso, morre de orgulho de mim e, o que mais me impressionou, ela nunca me fez nenhuma pergunta sobre prostituição no Teatro Bolshoi. 

Me contou com tom irônico o comentário da vizinha, que nessa história toda sai como a mais inocente e culpada. Aquela que é influenciada pela mídia – o que hoje, nesse comentário sem importância, amanhã custe talvez a decisão de um voto, uma presidência do país... Na inocência dela, influenciada pelo que escutou.

Com meus oito anos de Rússia, no Teatro Bolshoi, tenho orgulho de dizer que aprendi a ter a minha personalidade, carrego nas costas minha dignidade e a certeza de que as noites que passo em claro, sem dormir, são muitas, mas não são por motivos dos quais a minha mãe se envergonharia. 

Pelo contrário, passo noites em claro escrevendo textos como este, noites em claro por excesso de dor no corpo e muito trabalho, preocupação e ensaios, resultados do meu esforço e das minhas escolhas. Porque eu desde os 14 anos escolho o caminho mais difícil da vida, e isso me dá segurança, independência e um aprendizado que com certeza nem a vizinha nem o jornalista tenham.

Desejo às “vizinhas" , influenciadas pelo que escutam, e aos jornalistas, responsáveis pelo que foi publicado: uma Páscoa tão boa e com muita paz quanto a minha Páscoa e da minha mãe, de coração tranquilo e com o orgulho das pessoas que somos e nos tornamos.

Muitas bailarinas dignas hoje pagam o preço pela ambição de algum jornalista e a inocência de algum leitor.

Algum suspeito pode estar pagando na cadeia pela ambição de algum advogado e a inocência de alguém que o recriminou.

Você, que pode ser uma pessoa comum, pode estar pagando pela ambição de alguém que o influenciou e pela inocência daquele que apenas acreditou numa história.

Assim como no teatro de bonecas. Bonecas de madeira que estão em cima do palco, onde a marionete é a estrela influenciada pela mão do diretor. A boneca exposta no palco recebe aplausos ou vaias, da plateia que naquela história acreditou.

Matéria Lincada de: http://www.diariodarussia.com.br/mariana-gomes/noticias/2013/04/01/em-resposta-a-um-jornalista/

São Luís. Moradores da Avenida Santos Dumont no Bairro São Cristovão, ficam 16 (dezesseis) horas sem energia elétrica.

Moradores da Avenida Santos Dumont e adjacências ficaram dezesseis horas sem energia elétrica. 

A interrupção iniciou-se por volta das 23:00 horas do dia 24 de maio, sexta-feira,  sendo restabelecida somente às 15:00 horas do dia 25 de maio, ou seja na tarde de sábado. 

Segundo conversa entre os afetados, o problema foi ocasionado pela queda de um raio que veio a derrubar uma árvore, ocasionando a queda de postes e o rompimento da rede de eletricidade.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Lei Maria da Penha coloca 140 mulheres na cadeia. As mulheres enquadradas na Lei Maria da Penha.


Dados da Justiça foram acumulados entre 2008 e 2012. Especialistas afirmam que na estatística estão agressoras de homens e de outras mulheres.

Fernanda Aranda , iG São Paulo;

A Lei Maria da Penha nasceu em 2006 para proteger mulheres contra a violência doméstica. Mas dados inéditos do Ministério da Justiça (MJ) revelam: elas também vão para a cadeia enquadradas na legislação.

Levantamento feito pelo iG no banco virtual do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), órgão do MJ, mostra que cerca de dois mil homens são presos anualmente por agredirem suas parceiras. Em meio ao comportamento violento masculino, 140 mulheres foram detidas nos últimos cinco anos por - nos dizeres da lei - “causarem morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial” contra pessoas que convivem no mesmo ambiente familiar.

Os registros de prisões são referentes a dezembro de 2008 (primeiro semestre de análise que discrimina os crimes cometidos) e dezembro de 2012. As estatísticas são atualizadas todo semestre e as mais atuais foram disponibilizadas há um mês.
Os dados não traçam o perfil das vítimas, o que impossibilita saber quantos são homens e quantos são mulheres entre os agredidos pelas 140 detidas.

O número detecta simplesmente o uso de violência por parte das mulheres. Na outra ponta da agressão, segundo especialistas, estão namorados, noivos e maridos, mas também violentadas em relações homoafetivas, além de filhas, mães e irmãs vitimadas por agressoras.

Cigarro apagado no peito
Todos os ouvidos pela reportagem, incluindo o empresário C.B, 35 anos, que recorreu à proteção da Lei Maria da Penha após ser ameaçado de morte e conviver com a cicatriz de um cigarro apagado no peito pela a ex-mulher, fizeram questão de ressaltar que a violência perpetrada por uma mulher ainda é minoria.

As estatísticas endossam a prevalência de homens, já que as encarceradas com base na legislação representam 0,88% da quantidade de homens penitenciados no período analisado (15.889 no total). Veja no gráfico abaixo: “É lamentável que, em pleno século 21, os homens ainda ataquem suas mulheres. E isso acontece muito”, lamenta o empresário, que prefere o anonimato.

Ele ganhou a proteção da Lei Maria da Penha contra a ex-mulher em 2008 e ainda convive com as sequelas da violência. “Mas assim como as mulheres, em um dado momento, sentiram necessidade de criar meios, leis e entidades para se defender da agressão dos homens, o gênero masculino vive hoje um momento parecido”, diz. “Um momento em que se faz necessária a criação de entidades às quais se possa recorrer para receber orientação, receber apoio”. Leia a entrevista completa com ele, que foi caluniado e perseguido pela ex-mulher, aqui.

Divulgação

Juristas e estudiosos divergem quanto ao uso da lei para enquadrar agressoras.
 
Divergências
Entre estudiosos e juristas, a utilização da Lei Maria da Penha para proteger vítimas masculinas não é consenso. “Achamos inadmissível usá-la em favor dos homens”, avalia Ana Teresa Iamarino, do departamento de enfrentamento da violência contra a mulher, da Secretaria Especial de Políticas Para Mulheres, ligada ao governo federal.

“A lei foi criada justamente para beneficiar mulheres, aquelas que vivem uma relação desigual de poder, de força e de opressão. Nosso acompanhamento mostra que quando a lei é usada em favor deles, as decisões acabam revogadas. Estes casos que resultam em prisões de mulheres, em geral, são para beneficiar outras mulheres, principalmente as vítimas de violência em relações homoafetivas”, analisa Ana Teresa.

Já o advogado Zoroastro Teixeira, que atua no Mato Grosso e é especializado em direito de família, contesta a restrição. Em 2008, ele conseguiu que o cliente fosse protegido pela Lei Maria da Penha, após provar as agressões e ameaças por parte da ex-companheira. Alegou que todos são iguais perante as leis, invocando o chamado princípio de isonomia.

Desde então orienta outros colegas “de Brasília, Rio Grande do Sul e Ceará” com demandas parecidas. “Quando o homem é vítima de violência doméstica, não tem as garantias processuais e a força da Lei Maria da Penha. É a via mais rápida para afastar a agressora da vítima”, acredita. “Na minha avaliação, por excluir o homem desta proteção, a lei fere o princípio de isonomia e é inconstitucional. Mas eu a usei para proteger um homem violentado e humilhado”.

A legislação trata de maneira desigual porque as mulheres não são iguais do ponto de vista de vitimização doméstica”, diz Maria Berenice.

Violências diferentes
Ex-desembargadora e fundadora do Instituto Brasileiro de Defesa da Família (IBDFAM), Maria Berenice Dias discorda de Teixeira e reitera que a lei, quando é protetiva, serve para defender o “mais vulnerável”.

“A legislação trata de maneira desigual porque as mulheres não são iguais do ponto de vista de vitimização doméstica”, diz Maria Berenice, afirmando que o mesmo princípio do vulnerável é usado no Estatuto do Idoso, na lei de cotas raciais e no Código de Defesa do Consumidor.

Segundo ela, o fato de não existir uma lei voltada às vítimas masculinas não dá às mulheres liberdade para agredir o companheiro. “Ela pode ser enquadrada em todas as outras legislações criminais. Não há salvo-conduto”, diz.

Da mesma opinião partilha a promotora do Ministério Público (MP) de São Paulo, Silvia Chakian. “A violência praticada pela mulher, via de regra, é completamente diferente da exercida pelo homem. A dela é pontual, um ataque de fúria isolado. A do homem é crônica: a vítima sofre anos calada e só encontra formas de romper com as agressões pela lei protetiva. É para estes casos existe a Lei Maria da Penha”, diz Silvia, fundadora do Núcleo Central Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica do MP.

Pareceres jurídicos
Desde a criação, a Lei Maria da Penha gera contestações sobre sua validade. Em 2010, os recursos ganharam força por conta do entendimento de cinco tribunais de justiça regionais de que era uma legislação desigual – ano que coincide com o pico de 58 mulheres presas enquadradas na lei. Em 2011, parecer do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a Maria da Penha não fere a Constituição e, em 2012, o entendimento dos ministros do Supremo foi de que não só a vítima, mas qualquer testemunha, poderia registrar ocorrência contra o agressor.

As denúncias explodiram. Os dados do Disque-Denúncia (180) mostram que o número foi acionado 265 vezes por dia só para o registro de casos de violência doméstica contra mulheres – 47,5 mil ligações no primeiro semestre de 2012, 13% a mais que no mesmo período de 2011, informa balanço do governo federal.

“Solução e não punição”
Lírio Cipriani, diretor do Instituto Avon, que realiza e patrocina campanhas contra a violência doméstica, pontua que “a Lei Maria da Penha foi uma ferramenta importante para dar voz à vítima, encorajar a mulher”.

“Estamos prontos para um próximo passo”, acredita.

“A mulher não quer a punição do agressor doméstico. Ela quer a solução para a violência”, diz. “Solucionar significa romper o padrão violento, a cultura que diz que o forte bate e o fraco apanha”, ressalta. “Elas não podem mais apanhar caladas e sozinhas. Mas reagir não significa ser violenta também. Não é vingança que precisamos e, sim, de uma cultura de paz.

24 de Maio - Dia Nacional do Povo Cigano.

24 de Maio - Dia Nacional do Cigano










Comemorado pela primeira vez no Brasil em 2007, o Dia Nacional do Cigano foi instituído pelo presidente Lula em maio de 2006 através da assinatura de um decreto. O dia 24 de Maio foi escolhido como o Dia Nacional do Cigano por ser o dia dedicado à Santa Sara Kali, padroeira universal dos ciganos.

Originalmente chamado de Rhom, o povo cigano está presente em todas as nações do mundo, mas estudiosos afirmam que suas origens estão na Índia Antiga.

Conforme o presidente Lula, a regulamentação do dia vem reconhecer a importância da etnia cigana na formação da história e da identidade cultural brasileira.
 
Matéria Lincada de:
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 Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
 
 

Institui o Dia Nacional do Cigano.
 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso II, da Constituição, 
 
DECRETA:
 
Art. 1o  Fica instituído o Dia Nacional do Cigano, a ser comemorado no dia 24 de maio de cada ano.
 
Art. 2o  As Secretarias Especiais de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos da Presidência da República apoiarão as medidas a serem adotadas para comemoração do Dia Nacional do Cigano.
 
Art. 3o  Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
 
Brasília, 25 de maio de 2006; 185o da Independência e 118o da República.
 
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Dilma Rousseff
 
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 26.5.2006 

Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Dnn/Dnn10841.htm

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Hoje é o dia Nacional dos Ciganos - difícil não se encantar com esse povo, que mantém tão viva suas tradições, costumes e a sua eterna áurea mística. 

Falar deste povo é um prazer, porém uma tarefa difícil, não só por eu ser um gadje (não cigano), mas também devido a ausência de uma história escrita, onde pesquisadores há séculos se debatem na origem e tempo do povo chamado de ROM (plural roma). A maioria dos antropólogos culturais trabalham com a origem indiana, baseados em evidencia lingüísticas e genéticas.

Fora dos meios acadêmicos o que se têm são idéias que cristalizaram ao longo do tempo, em especial nos séculos XIV e XV e na maioria delas de forma muito preconceituosa, daqueles que vêem a história de um povo do lado de fora e não de dentro.

Baseia-se hoje que os roma, são originários do norte da Índia e imigraram para Pérsia, Grécia e atingiram a Europa enquanto outros imigraram para a Síria, Egito e Palestina. Pela falta de uma pátria precisa (pois o cigano tem sua pátria dentro de si mesmo), costumes e tradições diferentes, inventaram-se muitas lendas sobre os mesmos, e foram perseguidos, expulsos, mortos, condenados e escravizados por onde passaram, mesmo assim resistiram e continuam com sua cultura viva, dinâmica e encantadora, mantendo sempre no país em que estão a sua identidade cultural. Mesmo na atualidade, vale lembrar que duzentos a quinhentos mil ciganos europeus foram exterminados nos campos de extermínio nazistas.

Os ciganos chegaram ao Brasil no século XVII, como degredados ou enviados de Portugal para trabalhar como ferreiros e ferramenteiros. Os do grupo Kalon (Espanha e Portugal), foram os primeiros a chegar, seguidos mais tarde pelos horaranô (das terras turcas) e kalderash (Romênia e antiga Iuguslávia).

Apesar de não terem uma pátria e estarem espalhados pelo mundo, eles formam uma etnia, dividida em clãs, possuem unidade lingüística o romani ou romanês, que é a língua do povo. Possuem também uma bandeira composta de três cores, o azul que representa a liberdade (pois todo cigano é livre), o verde representa a Natureza (o chão que o cigano caminha), e ao centro uma Roda Vermelha, que representada a roda da carroça (com a qual os ciganos percorrem o mundo).

São devotos em sua grande maioria de Santa Sara Kali, a qual segundo a lenda Maria Madelena, Maria Jacobé (mãe do Tiago menor) e Maria Salomé (mãe de São João), devido as perseguições contra os cristãos foram jogadas ao mar, numa barca sem remos acompanhadas tão somente de uma das escravas de José de Arimatéia, Sara, a kali (Kali em romani, quer dizer negra). 

Desesperadas, as três Marias puseram-se a orar e a chorar e Sara retira o diklô (lenço) da cabeça, clama por Cristo e promete que se todos se salvassem ela seria escrava de Jesus, e jamais andaria com a cabeça descoberta em sinal de respeito. 

Milagrosamente, a barca sem rumo e à mercê de todas as intempéries, atravessou o oceano e aportou com todos salvos em Petit-Rhône no sul da França, onde hoje se encontra a igreja de Santas Marias Vindas do Mar, um lugar de peregrinação e de culto a Santa Sara Kali, que foi quem converteu os ciganos para o cristianismo, onde são depositados vários lenços em agradecimento as muitas graças alcançadas pelos ciganos e pelos gadje a Santa Sara Kali.

Bem, aqui está apenas um pequeno pedaço resumido da história milenar dos Rhoma, chamados também de gitanos, ciganos, zíngaros, gypsies, de acordo com o país por onde passaram. E que por onde eles passem possam nos ensinar a conviver melhor com a diversidade cultural de todos os povos e cultivar as sementes da Paz.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

A Rodovia BR 308 no trecho Maranhense terá seu projeto, incluindo a Ponte sobre o Rio Pericumã, avaliado pela Codevasf .

Codevasf avaliará projeto da ponte sobre o rio Pericumã.

Acordo entre os ministérios do Turismo e Integração Nacional permite o avanço na elaboração da obra que facilitará a interligação da capital a 10 municípios da baixada maranhense.

 http://bequimaoagora.files.wordpress.com/2011/09/ponte2.jpg

Os ministérios do Turismo e Integração Nacional avançaram no projeto de construção de uma ponte sobre o Rio Pericumã, que deve melhorar o acesso da capital maranhense a pelo menos 10 municípios do interior do Estado. 

O ministro Gastão Vieira recebeu Guilherme Almeida Gonçalves, diretor da área de Desenvolvimento Integrado e Infraestrutura da Codevasf, que estará a frente da elaboração da obra e ligará municípios de Bequimão e Cedral.

A participação da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Paranaíba) foi acertada entre Gastão Vieira e o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra. 

O diretor de desenvolvimento Guilherme Almeida reforçou nesta terça-feira o total apoio da instituição ao projeto. A companhia, agora, deve fazer uma avaliação técnica no local para dar continuidade à elaboração da obra.

“Esse é um importante projeto para o Maranhão. Além de melhorar o deslocamento dos moradores e produção local, a obra facilita o acesso a uma região que tem um enorme potencial turístico, como a Floresta dos Guarás e Baixada Maranhense”, afirmou o ministro. 

Segundo ele, serão beneficiadas cidades como Guimarães, Mirinzal, Cururupu, Cedral, Porto Rico, Serrano, Apicum-Açu e Bacuri.