sábado, 10 de maio de 2014

Petrobras tem lucro líquido de R$ 5,39 bilhões no primeiro trimestre.

Vladimir Platonow – Repórter da Agência Brasil Edição: Wellton Máximo
Consorcio invertirá US$500 millones en el Campo de Libra
Segundo estatal, plano de demissões voluntárias foi principal fator para queda de 30% no lucroDivulgação/Petrobras
A Petrobras divulgou hoje (9) os resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre deste ano. A companhia registrou lucro líquido de R$ 5,393 bilhões no período. O número foi 14% inferior ao trimestre anterior, “especialmente devido à ausência do benefício fiscal relativo ao provisionamento de juros sobre capital próprio, ocorrido no quarto trimestre de 2013”, especificou a empresa, em resumo divulgado à imprensa pela internet.
Em comparação ao primeiro trimestre de 2013, o lucro líquido caiu 30%. Segundo a estatal, a retração foi reflexo do plano de incentivo ao desligamento voluntário (PIDV), anunciado recentemente. “Na comparação com o primeiro trimestre de 2013, o lucro líquido foi 30% inferior, refletindo a redução no lucro operacional, devido ao provisionamento de R$ 2,4 bilhões com o PIDV e o menor resultado financeiro. Com a implementação do PIDV, totalizando 8.298 empregados inscritos (12,4% do efetivo total), há previsão de redução de custos de R$ 13 bilhões no horizonte 2014–2018”, explicou a empresa.
O lucro operacional somou R$ 7,6 bilhões, 8% superior ao do último trimestre de 2013, “principalmente devido aos maiores preços de derivados e da menor participação de derivados importados nas vendas”.
A produção total de petróleo e gás natural atingiu 2,531 milhões de barris por dia na média do trimestre, ficando estável em relação ao quarto trimestre de 2013. “Em março de 2014, batemos novo recorde de produção mensal no pré-sal, atingindo 395 mil barris de petróleo por dia, e em 18 de abril, registramos recorde diário de 444 mil barris por dia”, especificou a empresa.
Os dados serão detalhados na próxima segunda-feira (12) a investidores e analistas, pela presidenta da Petrobras, Maria das Graças Foster, e os diretores da companhia Almir Barbassa (Financeiro e de Relações com Investidores), José Alcides Santoro (Gás e Energia), José Carlos Cosenza (Abastecimento) e José Formigli (Exploração e Produção).
A reunião pela internet com investidores e analistas será realizada às 10h. A imprensa poderá acompanhar a transmissão da conferência, em tempo real, no auditório da sede da empresa ou pelo site da estatal. Logo depois, haverá coletiva à imprensa na sede da companhia, no centro do Rio.

Tocantins - DURANTE VISITA DE PELÉ, SENADORA KÁTIA ABREU CHAMA CORONEL DA PM DE "SOLDADINHO DE MERDA"

Foto - Brasil 247.

Recordar lições importantes da Guerra Fria.

8/5/2014, The SakerThe Vineyard of the Saker Remembering the important lessons of the Cold War” Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu.  

Segundo, Obama, Merkel & Co. estão tentando aplicar a Putin uma jogada temerária,[1] na esperança de que Putin esteja blefando e que a Rússia aceite um Banderastão governado por neonazistas, que será histericamente russofóbico, membro da OTAN e, sem dúvida possível, será convertido em estado fantoche anglo-sionista, feito Polônia ou Letônia. Mas isso, meus amigos, nunca acontecerá.


The Saker
Se as últimas 24 horas provaram alguma coisa, foi, mais uma vez, que EUA e OTAN opõem-se a todas e quaisquer modalidades de negociações, de medidas para construir confiança ou qualquer outro tipo de negociação com o Donbass e com a Rússia. 

Por mais que Putin tenha realmente se esforçado para falar em tom de acomodação e mostrar-se aberto a uma solução negociado, a política de EUA/OTAN é visivelmente política de provocação e confrontação contra a Rússia e seus aliados, em todos os pontos e modos imagináveis.

O mesmo vale, é claro, para dos doidos da junta golpista, cujas forças agiram com brutalidade crescente nas operações repressivas na cidade de Mariupol. Quanto ao Império Anglo-sionista está organizando o diabo em matéria de manobras militares na Polônia, nos Estados Bálticos e em outros pontos.

Bem logicamente, muitos de vocês estão chegando à conclusão de que possibilidade real de guerra existe, e muito real; assim sendo, quero repetir aqui, mais uma vez, algumas coisas.

Regiões federalistas na Ucrânia
Primeiro, não há opção militar para os anglo-sionistas na Ucrânia, pelo menos não contra a Rússia. Isso, basicamente efeito de três fatos: geografia, a excessiva distensão, superforçada, dos EUA no espaço; e a política dos EUA. Geografia: é muito mais fácil para a Rússia mover forças em solo para a Ucrânia, do que para os EUA/OTAN, especialmente no que se trate de unidades pesadas (mecanizadas, armadas, blindados, tanques).

Segundo, há número gigantesco de forças norte-americanas já comprometidas em guerras em vários pontos do mundo, para que os EUA possam manter grande guerra contra a Rússia no leste da Europa.

Terceiro, por hora, a opinião pública ocidental ainda está sendo engambelada pelo servicinho da imprensa-empresa ocidental, que continua a inflar a ficção de que os russos não passariam de “tigre de papel”. Mas no instante em que houver combates reais, europeus e norte-americanos rapidamente começarão a pensar melhor, sobre se vale a pena morrerem tantos dos seus, pela Ucrânia. Porque, se começar guerra real entre EUA e Rússia, todos nós estaremos na linha de tiro (mais sobre isso, adiante).

Lembram-se como a mesma imprensa-empresa garantia que os infelizes militares russos, mal equipados, mal treinados, mal comandados, mal motivados jamais conseguiriam romper a “carapaça” dos militares georgianos treinados pela OTAN?

Em segundo lugar, temos de lembrar que nunca se podem opor forças sobre uma folha de papel e “declarar” que “A” é mais forte que “B”. Não faz sentido. Afeganistão e Iraque são exemplos perfeitos do tipo de conclusão errada a que pode ser arrastado um líder político autoiludido, se começar a acreditar, ele também, nas próprias mentiras.

Assim sendo, sem cometer o crime dos crimes no campo político e sugerir que os militares norte-americanos seriam invencíveis – e absolutamente não são –, permitam-me sugerir o seguinte:

– se se criar situação em que as forças convencionais russas estejam sob risco de serem derrotadas, toooooooooooooooooooodos podem ter total, absoluta, certeza de que a Rússia mobilizará suas capacidades táticas nucleares, ponto no qual a situação escalará para um bem conhecido impasse de Guerra Fria.

A Teoria da Contensão sugere que você responde no mesmo nível, mas não em nível superior, contra o primeiro movimento do seu adversário. Assim sendo, um ataque nuclear tático russo contra, digamos, a Polônia, ou mesmo contra a Ucrânia, teria de ser respondido por ataque similar norte-americano. Mas... onde? Onde está o equivalente russo da Polônia, para os EUA? Bielorrússia? Mais provável um ataque russo ao Canadá, realmente pertinho dos EUA. Atacariam onde? No Cazaquistão? Seria ridículo, é longe demais. Armênia? Obviamente não. Quero dizer: os EUA retaliariam ONDE?

Ucrânia - região do Donbass
Contra forças russas no Donbass, mas é logo ali, do outro lado da fronteira. Talvez, contra território da própria Rússia? Mas, nesse caso, o que faria a Rússia? Atacaria a Polônia? A Alemanha? Resposta “equivalente” seria ataque no território dos EUA, é claro, mas seria como convocar retaliação em escala total, pelos EUA, depois do qual, inevitavelmente, viria ataque russo, também em escala total. E, dado que um lado jamais conseguirá desarmar o outro, estamos falando de guerra atômica à moda do Dr. Fantástico [orig. à la Dr. Strangelove], com inverno nuclear e tudo.

Há de haver quem considere ridículo esse raciocínio, mas qualquer pessoa que tenha participado da Guerra Fria pode testemunhar que os melhores cérebros dos EUA e da URSS operavam, em tempo integral, em torno dessas questões. E sabem o que concluíram? Que não é possível vencer guerra atômica. Mas, também, que nenhuma guerra entre EUA e Rússia poderá jamais ser vencida nem por um lado nem pelo outro, porque qualquer guerra entre EUA e Rússiainevitavelmente se converterá em guerra atômica, antes que o lado mais fraco renda-se.

Permitam-me oferecer formulação tola, mas bem verdadeira: a sobrevivência dos EUA depende de a Rússia não perder guerra alguma. É. É isso mesmo. E a inversa também é verdade: a sobrevivência da Rússia depende também de os EUA não serem derrotados.

Sergey Lavrov
Por isso o Ministro de Relações Exteriores da Rússia, Serguey Lavrov vive a repetir e repetir que nenhum dos lados pode sentir-se seguro à custa da segurança do outro lado; e que segurança tem de ser coletiva e, mesmo, mútua. Mas quem lhe dá ouvidos, do outro lado do Atlântico?

Claro que por hora e considerado o futuro perscrutável, essa verdade só valerá para guerra que oponha diretamente forças militares russas e dos EUA. Guerras em distância (guerras por procuração), tudo bem; tudo bem também com guerras clandestinas e guerras contra terceiros. Mas por enquanto, só Rússia e EUA têm as capacidades nucleares de pleno espectro necessárias para destruir completamente o outro lado, “não importa o que aconteça”. Explico melhor.

Diz-se com frequência que as forças nucleares russas e dos EUA têm de estar em alerta máximo e que, para evitar ser destruídas num contra-primeiro-ataque militar, o contra-ataque tem de ser ordenado enquanto os mísseis do outro lado estão viajando e antes de que atinjam os alvos. Fato é que os dois países praticam o que se conhece como “lançado sob ataque”, que significa ser lançado ao mesmo tempo em que alguns mísseis inimigos já acertaram alvos. Mas a verdade é que os dois países, EUA e Rússia, podem também fazer o que se chama “atacar acima do ataque” completamente, e, mesmo assim, ainda ter armas nucleares estratégicas em quantidade suficiente para destruir toda a população dos centros chaves do lado oposto. É consequência das forças nucleares estratégicas de alta redundância. Assim sendo, se, digamos, os EUA conseguirem destruir, digamos, todos os bombardeiros russos e todos os silos nucleares russos, e todos os submarinos e respectivos mísseis nucleares estratégicos que transportem, inclusive os que estejam no porto (e que podem ser lançados de lá mesmo, se necessário), a Rússia ainda assim teria número suficiente de road-mobile ICBMspara varrer do mapa do mundo os EUA como país.

E o mesmo se pode dizer de um primeiro-ataque russo contra os EUA, o qual, ainda que venha a ser irrealisticamente bem-sucedido, mesmo assim exporá a Rússia a uma retaliação massiva, a partir dos submarinos armados com bombas atômicas da Marinha dos EUA. E, no mundo real, nenhum primeiro ataque é 100% bem sucedido. 95% de sucesso é péssimo resultado, se os 5% restantes são armas atômicas viradas para o seu lado.

Bombas nucleares da OTAN armazenadas na Turquia
Civis costumam reclamar que Rússia e EUA têm armas atômicas em quantidade suficiente para destruir várias vezes o planeta, como se fosse sinal de loucura. É exatamente o contrário: é porque Rússia e EUA têm capacidade, em tempo de paz, para destruir várias vezes o planeta, que, em tempo de guerra, nem um lado nem o outro pode sequer delirar com obter algum primeiro ataque e evitar retaliação massiva. Sim, sim, no mundo da bomba atômica, mais é melhor, pelo menos no que tenha a ver com o que se conhece como “estabilidade de primeiro ataque”.

Eis o que realmente destaca Rússia e EUA, dentre todas as nações da Terra: nenhuma outra potência nuclear tem força nuclear com capacidade para sobreviver ao primeiro ataque que se compare à de Rússia e EUA, no atual momento e em futuro próximo; todas as demais potências podem ser desarmadas logo ao primeiro ataque.

Deixem-me dar mais um exemplo de como a guerra nuclear é contraintuitiva, em vários sentidos da palavra. Ouve-se falar muito de níveis de alerta (osDEFCONs, nos EUA), e assume-se que melhor seria sempre estar num nível abaixo de alerta. Nada disso. De fato, quanto mais alto o nível de alerta, melhor, do ponto de vista da estabilidade de primeiro ataque. Eis por quê:

Em tempos de paz, (DEFCON 5), a maior parte dos bombardeiros estão pousados nos aeroportos e pistas, a maioria das tripulações está ocupada em treinamento, a maioria dos submarinos estão atracados nos portos e a maioria do pessoal crítico está ocupado com as respectivas tarefas diárias. É quanto essas forças são mais vulneráveis a um primeiro ataque que as desarme. Em níveis mais altos de alerta, as tripulações são convocadas para as bases; em níveis ainda mais altos, já estarão acomodadas dentro dos aviões, com motores acionados; e no nível máximo, os bombardeiros estarão com motores ligados em máxima rotação; os submarinos estarão já no mar; todo o pessoal estará nos respectivos postos e, nos EUA, o presidente já estará recolhido, com os auxiliares-chaves, ou no ar, no Air Force 1, ou num bunker subterrâneo. Em outras palavras: quanto mais alto o nível de alerta, muito menor a vulnerabilidade a um primeiro ataque, o que, por sua vez, significa mais tempo para negociar, descobrir o que realmente esteja acontecendo e mais tempo para evitar uma guerra.

O que estou tentando ilustrar aqui é que os dois lados, Rússia e os EUA, desenvolveram um sistema muito sofisticado para tornar impossível que o outro lado “vença” alguma guerra. Esse sistema ainda está implantado até hoje; de fato, Putin acaba de convidar outros chefes de Estado da Organização do Tratado de Segurança Coletiva, OTSC, para assistirem ao teste em grande escala das forças estratégicas russas de contenção (nada tem a ver com a Ucrânia: esse exercício já estava agendado há mais de um ano).

Em outras palavras, significa que EUA/OTAN sabem que não podem “vencer” guerra contra a Rússia, nem guerra convencional, nem guerra nuclear. Os que insistam em repetir coisa diferente não sabem o que dizem.

O que deixa duas explicações possíveis para o atual comportamento do ocidente, e nenhuma delas é muito estimulante.

Angela Merkel e Barack Obama
Primeiro, Obama, Merkel & Co. são doidos varridos, obcecados com iniciar a IIIª Guerra Mundial. Bem sinceramente, essa hipótese não me convence.

Segundo, Obama, Merkel & Co. estão tentando aplicar a Putin uma jogada temerária, [1] na esperança de que Putin esteja blefando e que a Rússia aceite um Banderastão governado por neonazistas, que será histericamente russofóbico, membro da OTAN e, sem dúvida possível, será convertido em estado fantoche anglo-sionista, feito Polônia ou Letônia.

Isso, meus amigos, não acontecerá. E por isso escrevi em março desse ano, um postado em que alertava que a Rússia está pronta para ir à guerra. E nada tem a ver com Putin, com imperialismo russo ou qualquer dessas tolices que a imprensa-empresa ocidental vive a disseminar; só tem a ver com o fato de que os EUA querem converter a Ucrânia em ameaça existencial contra a Rússia, ao mesmo tempo em que vão mantendo artificialmente vivo um país de ficção, inventado pelas mentes ensandecidas de papas e jesuítas, sem vida real; e país que, se deixado entregue a ele mesmo, não sobreviveria sequer por 24 horas.

O que me faz crer que estejamos numa crise potencialmente muito mais perigosa que a Crise dos Mísseis de Cuba é que, daquela vez, ambos, EUA e a URSS compreendiam plena e completamente o quanto a situação era grave; e entendiam também que o mundo tinha de ser resgatado da posição à que chegara, à beira de uma guerra nuclear.

Mas hoje... é só ouvir o que dizem imbecis do quilate de Obama, Kerry, Psaki & Co.. Estou aterrado, boquiaberto, com o quanto essa gente pode ser estúpida e continuarem estupidificados, o quanto se podem estar autoiludindo. E estão jogando não só com a nossa vida, mas também com a vida deles mesmos; e continuam a agir como se Putin fosse alguma espécie de senhor-da-guerra somaliano, que deva a ser mantido em estado de pânico e medo, para ser subjugado. Mas se a tática deles já não funciona nem com senhores-da-guerra somalianos... por que eles ainda supõem que funcionará com Putin?

Quero me obrigar a crer que por trás de todos esses doidos, lunáticos, imbecis, há militares, soldados, comandantes, que foram formados e treinados durante a Guerra Fria e que com certeza não se esqueceram das muitas, muitas horas em frente aos computadores, rodando modelos e modelos e mais modelos, e todos os modelos, todos, todos, sempre e sempre, levando ao mesmo resultado: a vitória é impossível. A guerra, portanto, simplesmente não era opção.

Também é possível que o Império deseje escalar a situação na Ucrânia o suficiente até forçar uma intervenção dos russos, mas não o bastante para que se entre em confronto real de guerra. Se é esse o caso, então, é estratégica alucinadamente arriscada. Pode-se dizer criminosamente temerária. Uma coisa é pôr-se a dar xiliques “muito machos” e ameaçar explodir e desexplodir a República Popular Democrática da Coreia [Coreia do Norte]; outra, muito diferente, é tentar o mesmo truque com uma superpotência nuclear.

O que há de mais assustador é que esses amaldiçoados Democratas têm longa tradição de temeridade criminosa, muito, muito ativa.

Estreito de Taiwan
Lembram-se de 1995, quando Clinton mandou dois porta-aviões dos EUA para o Estreito de Taiwan, em show de exibicionismo de cowboy-machão? Daquela vez, os chineses resolveram, sabiamente, não responder ação estúpida com reação igualmente estúpida. Mas... e se dessa vez Obama decidir que ele é suuuuuuuuuuuuuper macho-durão, durão-mesmo? E se Putin sentir-se encurralado, sem espaço para recolher-se?

É muito, muito assustador, é apavorante, pensar que o fato de que russos e chineses estejam agindo hoje de modo sempre responsável pode ir, aos poucos, “libertando” os EUA para que ajam de modo cada vez mais temerário, mais alucinado, mais irresponsável. Mas, não, não parece ser esse o caso, sobretudo dessa vez, com um Democrata na Casa Branca.

Quando, que vocês recordem, foi a última vez que alguém aí viu/ouviu algum presidente dos EUA assumir a responsabilidade por apresentar proposta construtiva para evitar ação militar? Quando? Quando? Pessoalmente, não sei dizer. Acho que nunca aconteceu. Nunca, nem uma vez.

Para concluir, só posso repetir o que já disse tantas vezes: não há opção militar para EUA/OTAN contra a Rússia. Quanto a determinar se a plutocracia anglo-sionista do 1% que nos governa enlouqueceu completamente, é possível que sim, mas o palpite de vocês vale tanto quanto o meu.

The Saker



Nota dos tradutores
[1] Orig. “Chicken game” [jogo da galinha ou “frango” (no sentido de covarde, assustadiço, medroso)]. Sobre o jogo, nos termos da Teoria dos Jogos ver: Jogo da Galinha


sexta-feira, 9 de maio de 2014

Proposta de desmilitarização da polícia mobiliza internautas nas redes sociais.

Moisés de Oliveira Nazário

Jornalista agredido por PM durante a Marcha da Maconha, em São Paulo
A polícia deve ser desmilitarizada? Esse debate está mobilizando milhares de internautas nas redes sociais graças à enquete promovida pelo site do Senado a respeito da proposta de emenda à Constituição 51/2013, do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que reorganiza as forças policiais extinguindo o seu caráter militar e determinando que atuem tanto no policiamento ostensivo quanto nas investigações dos crimes.
O post divulgado pela página Notícias do Senado no Facebook na quarta-feira (7) já teve mais de 4 mil compartilhamentos e mais de 500 comentários de internautas manifestando sua opinião sobre o tema. A internauta Renata Luder manifestou apoio à mudança por considerar a Polícia Militar um resquício da ditadura, mas também cobrou reestruturação da carreira, com salários dignos, melhor treinamento e apoio psicológico aos policiais. Já o leitor André Luís Patrício lembrou que as polícias militares existem desde o Império, não podendo ser associados ao regime de 64. O internauta Márcio Cordeiro questionou os efeitos da medida no combate ao vandalismo se não houver investimento em educação.
A reformulação do aparato de segurança pública dos estados voltou a ser defendida por setores da sociedade depois dos casos de violência policial ocorridos durante as manifestações de junho de 2013 e outros como o da morte de Cláudia Ferreira, que foi arrastada depois de cair da viatura que supostamente a levava para um hospital no Rio de Janeiro.
A PEC 51/2013 estabelece que cada estado poderá organizar suas forças policiais da forma mais adequada, usando critérios territoriais, de tipos de crimes a seres combatidos ou combinando as duas formas, desde que tenham sempre caráter civil e atuem no ciclo completo da atividade policial, isto é, na prevenção e na investigação de crimes. O autor, Lindbergh Farias, afirma na justificação da proposta que a desmilitarização dará maior autonomia aos agentes, ao mesmo tempo em que permitirá maior controle social da instituição.
A enquete já recebeu mais de 25 mil votos. A sistemática de votação foi alterada recentemente para evitar a interferência de robôs, programas que simulam pessoas e alteram o resultado da pesquisa. Para se manifestar, agora é necessário validar o voto clicando em um link enviado ao e-mail do internauta. A enquete permanecerá ativa até o dia 15 de maio. Clique aqui para votar.
Agência Senado - (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado).

Goiás - Para dar um basta nos constantes atrasos de pagamento das bolsas. Estudantes Ocupam Reitoria da UFG.

ESTUDANTES OCUPAM A REITORIA DA UFG POR TEMPO INDETERMINADO!
Em seguida da segunda manifestação dos estudantes pelo pagamento das bolsas e diante da falta de resposta imediata da reitoria, os manifestantes optaram por OCUPAR reitoria da UFG por tempo INDETERMINADO até que surjam soluções imediatas e permanentes para seus problemas.
SOLICITAMOS O APOIO DE TODOS OS ESTUDANTES DA UFG E DE OUTROS ESPAÇOS AOS OCUPANTES!
Segue o comunicado da manifestação que culminou em uma ocupação:
Mais uma vez a reitoria zomba da situação d@s estudantes bolsistas e não deposita oque nos é de direito. 
Mesmo com a manifestação de terça-feira, com a dura repressão, a prisão de uma estudante e as promessas feitas pelo senhor Orlando Afonso Valle à imprensa goianiense nossa situação de penúria se mantém.
Todas as alternativas de diálogo, bem como nossa paciência se esgotaram, assim como nossos recursos financeiros. 
Então amanhã vamos tod@s à reitoria exigir nossas bolsas!
Concentração às 10:30 da manhã no pátio da FACOMB e FCHF! Convidem tod@s @s amig@s e contatos para somar forças!!!
  • Pagamento imediato das bolsas alimentação e permanência que estão atrasadas; 
  • Criação de mecanismos que resguardem a data de pagamento das bolsas mensalmente, independente de greves de funcionários, mudanças de humores de gestores ou outro fator conjuntural; 
  • Esclarecimentos oficiais e públicos de como e onde estão sendo gastos os recursos destinados à assistência estudantil, para identificarmos os motivos dos rotineiros atrasos;
  • Garantia da participação estudantil, através de coletivo de bolsistas e morador@s das Casas do Estudante Universitário/CEUs, nas instâncias que debatem e decidem os rumos e investimentos nas políticas assistenciais da UFG.

ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL NÃO É UM FAVOR! É UM DIREITO FUNDAMENTAL!

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Correios apresenta sua nova marca.

De acordo com a empresa, o novo desenho da marca “é uma evolução da atual: mantém as características já reconhecidas pela população brasileira e destaca atributos da relação da estatal com seus clientes".


Nova marca mantém características da anterior.


Foi apresentada nesta terça-feira (6) a nova marca dos Correios, em cerimônia com a presença da diretoria-executiva da estatal, do medalhista olímpico da natação Gustavo Borges, do campeão de tênis Gustavo Kuerten (ambos, garotos-propaganda da empresa), autoridades, clientes, parceiros e jornalistas, em Brasília (DF).
O evento foi transmitido ao vivo para as 28 diretorias regionais da empresa nos estados e contou com o lançamento de selo e carimbo comemorativos, além da apresentação da nova marca nos uniformes das confederações esportivas patrocinadas pelos Correios, com os atletas Thiago Pereira (natação), Poliana Okimoto (maratonas aquáticas), Paula Gonçalves e Bruno Sant’Ana (tênis) e Gil Pires e Jaqueline Anastácio (handebol).
De acordo com a empresa, o novo desenho da marca “é uma evolução da atual: mantém as características já reconhecidas pela população brasileira e destaca atributos da relação da estatal com seus clientes como proximidade, inovação, flexibilidade, dinamismo e comprometimento”.
“Os Correios estão mudando porque o mundo mudou e as pessoas mudaram. A revitalização de nossa identidade visual é uma consequência natural das transformações que estamos vivendo”, afirma o presidente da empresa, Wagner Pinheiro de Oliveira.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Guerra nos bastidores da Ciência: o que há por trás da previsão de fracasso do esqueleto-robô da Copa.


O ex-presidente Lula em visita recente ao laboratório do projeto Andar de Novo montado na Associação à Criança com Deficiência (AACD), em São Paulo. 
Fotos: Roberto Stuckert/Instituto Lula e Facebook de Nicolelis

Se você pensa que jogo bruto, rasteiras e tentativas de assassinato de reputação são coisas da política, prepara-se para conhecer os bastidores de uma guerra na ciência de ponta. Vai se surpreender como nós.

Divergências são comuns no mundo acadêmico. Fazem parte da evolução do conhecimento científico. Certas disputas, porém, viram carnificina.

Em 12 de junho, na abertura da Copa do Mundo, no Itaquerão, em São Paulo, o mundo assistirá ao vivo a demonstração de um salto da ciência: um jovem paraplégico, “vestindo” uma  “roupa robótica” (exoesqueleto), dará o chute inaugural na cerimônia.

É apenas a primeira etapa do projeto Andar de Novo, liderado pelo o neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis  e do participam 156 pesquisadores do Brasil, EUA, Inglaterra, França, Suíça, Alemanha, Portugal, Chile, entre outros países.

O objetivo dessa pesquisa, no futuro, é permitir que paraplégicos possam andar novamente.

Porém, Nicolelis e o projeto Andar de Novo estão sendo alvejados por alguns pesquisadores que tentam transformar esse momento histórico da ciência brasileira em algo ruim.

Em 29 de março, reportagem publicada pela Folha de S. Paulo traz críticas ao seu trabalho.  Diz a matéria:

Edward Tehovnik, pesquisador do Instituto do Cérebro da UFRN, chegou a trabalhar com Nicolelis, mas rompeu com o cientista, que o demitiu. Ele questiona quanto da demonstração de junho será controlada pelo exoesqueleto e quanto será controlada pelo cérebro da criança.

“Minha análise, baseada nos dados publicados, sugere que menos de 1% do sinal virá do cérebro da criança. Os outros 99% virão do robô”. E ele pergunta: “Será mesmo a criança paralisada que vai chutar a bola?”.

Sergio Neuenschwander, professor titular da UFRN, diz que a opção pelo EEG é uma mudança muito profunda no projeto original. Ele diz que é possível usar sinais de EEG para dar comandos ao robô, mas isso é diferente de obter o que seria o código neural de andar, sentar, chutar etc.

“O fato de ele ter optado por uma mudança de técnica mostra o tamanho do desafio pela frente.”

Engana-se quem acha que por trás desses ataques estejam razões puramente científicas.

Há guerra de egos, inveja do sucesso alheio, brigas pelo poder, disputas por verbas e até motivos ideológicos. Nicolelis vota abertamente em Lula, Dilma e no PT. E os seus pares (a esmagadora maioria) e a mídia não perdoam o seu posicionamento político. Já um dos seus críticos é antipetista, como perceberão mais adiante.

Mergulhamos então na internet. Ouvimos várias pessoas, entre os quais pesquisadores e alunos, para conhecer melhor os pesquisadores entrevistados pela Folha  e tentar entender o que está acontecendo.

Miguel Nicolelis é pesquisador e professor da Universidade  Duke, nos EUA,  e coordenador do Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra (IINN-ELS), no Brasil.

Em junho de 2011, o IINN-ELS, criado por ele em 2005, passou por uma cisão.

O professor Sidarta Ribeiro deixou a instituição. Foi dirigir o Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Neuenschwander faz parte do grupo que acompanhou Ribeiro.

Tehovnik, que em fevereiro já havia detonado Nicolelis na mesma Folha, foi para o Instituto do Cérebro em 2012, após ser demitido do IINN-ELS por falta de produção científica.

Com base nessa e em outras informações levantadas, o Viomundo pediu a Tehovnik e Neuenschwander, via e-mail, que esclarecessem as críticas e outras questões surgidas na apuração desta matéria. Reafirmamos a solicitação outras vezes. Nenhum respondeu.

FONTES DA FOLHA NUNCA TRABALHARAM COM INTERAÇÃO CÉREBRO-MÁQUINA

É de 1985 o primeiro artigo cogitando a possibilidade de interação do cérebro com computador  — a chamada interface  cérebro-máquina.

Em 1999, Nicolelis e seu colega John Chapin, da Universidade Duke (EUA), comprovaram isso num estudo pioneiro com ratos. Em 2000, demonstraram em macacos. Em 2004, em seres humanos.

A interface cérebro-máquina é uma das áreas da ciência onde avanços estão ocorrendo. Tanto que, em 2011, a Fundação Nobel (a mesma dos prêmios) realizou, em Estocolmo, Suécia, um simpósio chamado 3 M: Mente, Máquinas e Moléculas.

Fizemos uma busca no Pubmed, considerada uma das maiores base de dados  de publicações científicas e de pesquisas biomédicas. Até 24 de abril, 1.789 artigos sobre a interface cérebro-máquina tinham sido publicados no mundo.

Em 2000, foram 19. Em 2005, 60.  Em 2010, 170. Em 2013, 309. Este ano já somam 97.

Na semana passada, Miguel Nicolelis, postou na sua página no Facebook:

Precisamente às 12:21 do dia 29/04/2014, o BRA-Santos Dumont 1 deu os seus primeiros passos e chute controlados pela atividade cerebral de um paciente do projeto Andar de Novo que também experimentou a sensação tátil desses movimentos do exoesqueleto.

BRA-Santos Dumont 1 é o nome que recebeu  o primeiro exoesqueletoOs testes estão demonstrando que o conceito de controlar os movimentos do exoesqueleto pelo cérebro – a chamada interface cérebro-máquina — funciona e é viável.

Tehovnik, no entanto, contesta a validade científica da interface cérebro-máquina assim como do projeto Andar de Novo.

Curiosamente, ele Neuenschwander não têm experiência com interface cérebro-máquina para reabilitação motora. Eles nunca trabalharam nem participaram de projeto de pesquisa na área. Também não têm publicação original na área.

O mais próximo que Tehovnik chegou foi o artigo de revisão “Transfer of information by BMI”, feito com mais dois autores e publicado na Neuroscience, em 2013.

Aí, sem experimento nenhum, apenas com base em alguns cálculos em computador, ele conclui que “mais pesquisas sobre a compreensão de como o cérebro gera movimento são necessárias antes de ICM poder se tornar uma opção razoável para pacientes paraplégicos”.

Para quem não sabe, a conclusão que “mais pesquisas são necessárias para compreensão de fenômeno X” é um lugar comum na literatura científica, geralmente utilizada quando o pesquisador não tem nada a concluir.

POUCOS TRABALHOS CIENTÍFICOS PUBLICADOS NOS ÚLTIMOS ANOS

Sergio Neuenschwander é brasileiro e sua área de pesquisa, a visão. Atualmente é professor titular do Instituto do Cérebro da UFRN.

Durante mais de 10 anos, atuou num dos mais sofisticados institutos de neurociência da Europa, o Instituto Max Planck, na Alemanha. Aí, fez pós-doutorado e trabalhou no laboratório do conceituado neurofisiologista Wolf Singer.

A ideia inicial era Neuenschwander trabalhar no IINN-ELS, mas,  devido à cisão, nem chegou a atuar na instituição.

seu nome aparece, junto com o de vários outros cientistas, como um dos responsáveis pela concepção do projeto de repatriação de capital humano, que está na origem tanto do IINN-ELS quanto do Instituto do Cérebro/UFRN.

Acontece que ele só voltou ao Brasil em 2011. Pedimos uma cópia de documentos oficiais que demonstrassem essa participação. Não enviou.

Segundo o Pubmed, Neuenschwander não publicou nenhum trabalho de relevância internacional desde a sua ida para o Instituto do Cérebro/UFRN. As suas 14 publicações listadas nessa base de dados são da época no Max Planck.

Já Tehovnik é canadense. Fez boa parte da carreira no laboratório de Peter Schiller, professor de fisiologia médica, sistema visual e sistema oculomotor do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos EUA.

Em 2009, veio ao Brasil pela primeira vez. Foi para assumir a vaga de professor adjunto na UFRN. Poucos meses depois pediu demissão.

No final de 2010, retornou. Foi trabalhar no IINN-ELS, onde recebeu uma bolsa DTI (desenvolvimento tecnológico industrial), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Ficou até  janeiro de 2012, quando foi demitido.

Ainda em 2012, prestou concurso para professor de Neuroengenharia no Instituto do Cérebro/UFRN. Foi reprovado.

Atualmente, com bolsa do CNPq, é pesquisador sênior visitante no laboratório de Sergio Neuenschwander. De acordo com o Pubmed, nos últimos cinco anos, publicou quatro trabalhos científicos originais, sendo três de revisão. Apenas um envolveu experimentos feitos nos tempos de MIT.

ALÉM DE NICOLELIS, PESQUISADOR ATIRA CONTRA BRASIL, BRASILEIROS E O PT

O Research Gate é uma rede social para cientistas de todas as áreas. É como um Facebook para pesquisadores. Aí, compartilham seus artigos, comentam, fazem discussão científica.
Tehovnik tem uma conta aí. Parece metralhadora giratória.

Alguns exemplos.


 

Nele, o dr. Tehovnik diz:

Vamos comparar dois estilos de vida no Brasil. Primeiro, Paulinha, de Natal, Brasil, que é uma trabalhadora doméstica com nove filhos. Todo mês ela recebe R$ 500 do governo brasileiro, através do programa Bolsa Família. Também a cada mês Paulinha recebe um cheque de R$ 500 para a limpeza de casas durante cinco dias por semana, 8 horas por dia. Sua renda mensal total é de R$ 1 mil.


Contudo, para os R$ 500 Reais (do governo ), Paulinha vota para o partido político que lhe proporciona o apoio financeiro, ou seja, do partido PT de Lula (já que eles estão atualmente no poder) .

Em segundo lugar, temos Edward que é um cientista em Natal, Brasil. Todos os meses, ele e sua família recebem R$ 10 mil reais de um investimento no banco HSBC mais R$ 5 mil do governo federal brasileiro por bolsa científica do CNPq.

… Embora Edward não possa votar (pois ele é um estrangeiro) sua esposa, uma brasileira, vota contra do PT de Lula. Ao contrário de Paulinha, sua esposa sabe que o PT é corrupto (infelizmente  muito parecido com todos os outros partidos) .


O governo brasileiro tem investido milhões de dólares nas ideias de Miguel Nicolelis. Quais serão as consequências para a Ciência brasileira de um jovem paraplégico dar um chute numa bola, na abertura da Copa do Mundo?

A fraude na pesquisa de clonagem na Coreia do Sul quebrou a autoestima da ciência daquele país.

Será que o mesmo aconteceria com a ciência brasileira?


Em cima desses dois textos, perguntamos a Tehovnik nas mensagens que lhe enviamos:

* Qual sua opinião sobre o atual governo brasileiro?

* E sobre a situação atual do Brasil?

Imediatamente após dizer que a fraude na pesquisa de clonagem na Coreia do Sul quebrou a autoestima da ciência daquele país, o senhor pergunta: “Será que o mesmo aconteceria com a ciência brasileira?” O que exatamente o senhor quer dizer ao tentar comparar a fraude na Coreia do Sul com o projeto do professor Miguel Nicolelis?

Tehovnik não respondeu.

A propósito, no texto Perdido na tradução (Lost in translation), ele afirma:

… em Brasília, no gabinete do ministro Fernando Haddad, em agosto de 2011, nos foi assegurado pela tradução do professor Nicolelis que o reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte acabara de ser demitido.


“Mentira!”, segundo outro participante. “Nem Nicolelis nem qualquer outra pessoa presente à reunião nunca disseram que o reitor da UFRN tinha sido demitido”, salienta.

SOBROU ATÉ PARA O VIOMUNDO: NOS CHAMA DE PAPAGAIOS NICOLELIANOS

Antes que perguntem, a repórter antecipa: Neuenschwander e Tehovnik receberam as perguntas do Viomundo.

Uma das provas: mensagem de Tehvonik a Larry C. Woods, com cópia para várias pessoas, entre as quais, Neuenschwander e Sidarta Ribeiro. Um dos copiados reenviou esse e-mail para a repórter, assim como a resposta de Larry C.Woods para Tehvonik.

Assunto: Os papagaios nicolelianos estão de volta! 

Os papagaios somos nós, do Viomundo. No corpo do e-mail, a mensagem que esta repórter havia mandado naquele dia, 10 de abril, um pouco mais cedo, dizendo que era o último prazo para ele responder nossas perguntas.


LARRY SUGERE QUE TEHOVNIK MANDE NICOLELIS “SE FODER’ E VIRA UM MISTÉRIO

Larry C. Woods  baixa ainda mais o nível dos ataques a Nicolelis, revelando o submundo da Ciência e um enigma.

Larry responde para Tehovnik:

Saudações Ed:

Lembre-se sempre de que este arrogante papagaio [aí, ele refere a Nicolelis] “não é teu chefe”!

Eu posso dizer pelo jeito e tom que ele geralmente intimida todas as pessoas.

Mande ele “se foder”!

Será que a informação vem do Researchgate?

Talvez ele tenha tido acesso a alguns dos seus e-mails.

Romulo Fuentes (o sapo) e Antonio Pereira (a toupeira) são meus suspeitos.

Cumprimentos,

Larry

 

Um cientista note-americano a quem mostrei esse e-mail ficou pasmo. Segundo ele, nos EUA, cientista não usa palavrão em e-mail para várias pessoas.

Larry tem inglês abrasileirado e entende português. Foi capaz de compreender as perguntas do Viomundo. Também conhece bem a pequena comunidade que trabalha com neurociência, em Natal. Tanto que cita Nicolelis, Rômulo Fuentes, diretor do IINN-ELS, e Antônio Pereira, do Instituto do Cérebro/UFRN.

Larry C. Woods é LC Woods, o segundo autor do artigo de revisão “Transfer of information by BMI”, publicado por Tehovnik, em 2013 na Neuroscience.

A sua “gentileza” nos motivou saber mais dele, para entrevistá-lo.

Só que – acreditem! — Larry C Woods virou um grande mistério.

Na internet, não encontramos  nenhum currículo em nome do L C Woods, Lawrence ou Larry C. Woods.

Na base de busca de dados científicos, não há  nenhuma informação sobre qualquer Larry C. Woods com experiência no campo da neurociência.

Também não aparece na base de dados unificada brasileira online para os pesquisadores, onde qualquer pesquisador com afiliação primária a uma instituição acadêmica brasileira está listado.

Na internet, ele só aparece no perfil que tem no Research Gate. Aí, ligado a Tehovnik (devido ao artigo de revisão) e ao Instituto do Cérebro da UFRN. É como também se apresenta no trabalho publicado na Neuroscience.



Tentamos localizá-lo no Instituto do Cérebro da UFRN.

Perguntamos para alguns alunos, nada.

Além de e-mail para o próprio, escrevemos para Tehovnik, Neunschwander, Sidarta Ribeiro e Martim Cammarota (respectivamente diretor e diretor-administrativo da instituição). Até para a reitora. Estranhamente, nenhuma resposta.

Uma única pessoa do setor administrativo disse: ”Sim, o pesquisador Larry está conosco. Repassarei a sua mensagem para ele”. Ele, porém, não nos contatou.

Pedimos ajuda à a secretária-executiva do Instituto do Cérebro. Tanto por telefone quanto por e-mail ela  foi peremptória: Larry C. Woods não faz parte do Instituto do Cérebro.


Diante da busca infrutífera, só me restou pedir ajuda ao editor-chefe da Neuroscience, Stephen Lisberger, para esclarecer o mistério. Afinal, Larry C. Woods é coautor de artigo que saiu na publicação que ele dirige.

O dr. Lisberger diz que “LC Woods existe”,  mas não deu nenhuma prova da existência, apesar da nossa insistência.

E o mistério Larry C. Woods continua.

Seria um estudante começando a carreira?

Ou alguém da área técnica?

Teria sido do Instituto do Cérebro e foi para outra universidade?

Por que não tem rastros dele na internet, exceto o perfil no Research Gate, que o liga a Tehovnik?

Seria um pseudônimo para esconder a sua verdadeira identidade? Se sim, por quê? Qual a sua verdadeira identidade?

Se for um nome fake, seria correto usá-lo numa publicação científica do gabarito da Neuroscience?

Diante disso tudo, deixo duas perguntas para vocês:

1.Os pesquisadores  usados pela Folha (um deles associado ao ainda misterioso Larry) têm condições científicas para tentar assassinar a reputação de Nicolelis?

2. A bolsa do CNPq a Tehovnik não seria melhor utilizada se fosse destinada a um jovem cientista brasileiro que estivesse a fim de produzir?

Em tempo 1. Acabo de descobrir que o professor Neuenschwander tem um biotério com macacos no Instituto do Cérebro/UFRN. Um deles se chamaria de “Larry”.


Seria o Larry que estamos procurando?! Larry, mostra o currículo, com foto, CPF e RG!

Em tempo 2. Para Nicolelis (aqui e aqui), as declarações contra o seu trabalho são “mais uma tentativa de ataque pessoal. Nós, de nossa parte, continuamos a fazer aquilo que sabemos fazer bem: trabalhar pelo avanço da ciência brasileira”.

Conceição Lemes
No Viomundo


Link: http://www.contextolivre.com.br/2014/05/guerra-nos-bastidores-da-ciencia-o-que.html