quarta-feira, 13 de agosto de 2014

A Segunda feira de Estágio e Emprego do Maranhão será realizada no Multicenter Sebrae, no período de 19 a 21 de agosto.

II Feira de Estágio e Emprego do Maranhão
A Segunda feira de Estágio e Emprego do Maranhão será realizada no Multicenter Sebrae, no período de 19 a 21 de agosto.
Em todos os setores da economia percebe-se uma busca contínua por profissionais. Mas, muitas vezes as demandas das empresas não são atendidas satisfatoriamente, pois muitos candidatos às vagas de emprego não estão aptos para os cargos e funções.
A primeira edição da Feira de Estágio e Emprego do Maranhão aconteceu num contexto de grandes investimentos no país e no estado, momento oportuno para promover o encontro e o diálogo entre empresas, instituições, profissionais e estudantes.
A proposta desta segunda edição é criar oportunidades para que alunos do ensino médio, de cursos técnicos, universitários e recém-formados se aproximem de maneira qualificada do mercado de trabalho e alcancem suas metas profissionais.

Alberto Cantalice: Militância nas ruas, militância nas redes.


Avalista dos 12 anos dos governos Lula e Dilma, a militância do Partido dos Trabalhadores não se acovarda frente ao cerco conservador e midiático. Diuturnamente, são os militantes petistas que respondem, nas redes sociais e nas ruas, com empenho e dedicação ao sem número de mentiras e manipulações veiculadas na imprensa.

Ao PT – e às esquerdas – cabe resistir e ir para as ruas e para as redes sociais fazer o contraponto, esclarecer o povo e derrotar o retrocesso”
A forma insidiosa e persistente dos ataques sistemáticos ao partido, às suas lideranças e ao governo federal tem como objetivo debilitar o ânimo de militantes, simpatizantes e eleitores, Uma tentativa covarde de colocar o PT na vala comum da velha política. Trata-se, ainda, de uma estratégia deliberada para desconsiderar quase 35 anos de lutas pelos reais interesses do povo brasileiro.

O fato é que sempre foi assim.

Processo semelhante sofreu o presidente Getúlio Vargas, fustigado por setores da mídia conservadora de tal forma que, em 1954, acabou levado ao suicídio.

O mesmo foi feito com o presidente João Goulart, vítima de uma ampla conspiração de direita cujo resultado foram as trevas decorrentes do golpe civil-militar de 1964.

Outro que não teve sossego foi o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, perseguido e achincalhado na quase totalidade dos oito anos de seus dois mandatos no Palácio do Planalto.

Agora, a mesma cantilena monocórdica se volta contra a presidenta Dilma Rousseff.

A mesmíssima e velha toada do reacionarismo tupiniquim, cuja ação histriônica contaminou setores da classe média e da elite nacional.

Assim, esbravejam diuturnamente, na velha mídia e nas redes sociais, contra os avanços populares. Para tal, disseminam toda sorte de invencionices e calúnias contra as forças democráticas e progressistas.

Esse desalento é resultado da participação cada vez maior no panorama nacional dos movimentos populares, o que tem provocado uma reação movida à base de histeria e ódio disseminados por setores reacionários da sociedade brasileira.

O fruto direto desse desalento é o afastamento de parcelas da juventude da ação política, além da escandalização irresponsável e leviana do processo político nacional.

Por isso, urge a aprovação do Projeto de Lei do Direito de Resposta, no Congresso Nacional, para se coibir esse tipo de leviandade levada a cabo por escribas mais partidarizados.

Tanto esforço da turma das trevas, no entanto, tem sido em vão.

Entra pesquisa, sai pesquisa, contra tudo e contra todos, a presidenta Dilma segue liderando a corrida eleitoral de 2014. Esse fato tem levado ao desespero certos articulistas da mídia conservadora, há muito despidos do papel de comentaristas, transmudados em torcedores dos candidatos da oposição.

Ao PT – e às esquerdas – cabe resistir e ir para as ruas e para as redes sociais fazer o contraponto, esclarecer o povo e derrotar o retrocesso.

Alberto Cantalice é vice-presidente do PT e coordenador de mídias digitais do partido.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Justiça Federal suspende decisão que determina retirada de invasores em Terra Indígena Krikati no Maranhão - Notícias de Ontem.

Inserido por: Administrador em 31/07/2014. Fonte da notícia: Assessoria de Comunicação-Cimi Por Luana Luizy, de Brasília.

Surpreendidos com a decisão da juíza da 2° Vara de Imperatriz, Diana Maria Wanderley, que suspendeu a desintrusão de invasores em suas terras, o povo Krikati do Maranhão aguarda ansiosamente os próximos desdobramentos da retirada dos não-indígenas de seu território tradicional.
Os indígenas contestam a decisão da juíza que determina a paralisação dos atos de desocupação da Terra Indígena Krikati. Na decisão, o autor declara que a terra não é de ocupação tradicional dos indígenas, e que, portanto, resistiria “o direito da propriedade ou de posse” dos fazendeiros.
Argumento falacioso, visto que a terra foi demarcada em 1998 e homologada em 2004. O laudo antropológico estipula como ocupação tradicional 144.675 hectares de posse permanente dos indígenas.  “Com essa decisão os fazendeiros se fortalecem. Eles afirmam que tem muita terra para pouco índio, mas eles querem mesmo é cobiçar a nossa terra. Como pode a juíza só ouvir um lado? Ela quer mais briga e problema”, aponta preocupado com a decisão, a liderança indígena, Edilson Krikati.
Edilson acredita que os conflitos na região podem se intensificar e vê o mesmo filme de 1998 se repetir. Com o início da demarcação da área à época, um indígena Guajajara foi morto a mando de fazendeiros interessados na terra dos indígenas. “Com a morte de Manoel Guajajara que morava com a gente ficamos bastante apreensivos. Os fazendeiros daqui deixam recado para os indígenas não saírem das aldeias. Só quero falar que aqui no Maranhão é muita pressão dos poderes locais que são aliados de grupos políticos”, diz Edilson.
Segundo a Regional do Cimi em Maranhão são 240 famílias de não-indígenas presentes em território Krikati que justificam sua permanência na área pelo fato da indenização não ser o suficiente para sobreviver em outra região. “Isso não deve ser uma justificativa para paralisar a desintrusão. Sendo que a maioria é considerada de má fé. Portanto, segundo a lei devem sair da área que foi declarada como sendo tradicional do povo Krikati”, reitera a equipe Cimi-MA.
O território está em processo de desocupação desde 2002 e com a decisão da juíza o clima de insegurança física e cultural do povo Krikati se acentua. Os moradores de boa-fé devem ser assentados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), mas a morosidade na desintrusão contribui para “entrada de pessoas de má fé, queimadas e extração ilegal dos recursos naturais”, tal como denuncia a carta aberta do povo Krikati.
A Terra Indígena do povo Krikati fica localizada ao sudoeste do Maranhão e abrange as cidades de Montes Altos, Sítio novo, Amarante do Maranhão e Lajeado Novo, distante 750 km de São Luís, capital do estado. Conta com uma população de aproximadamente 1.030 pessoas, vivendo em cinco aldeias: São José, Raiz, Recanto dos Cocais, Nova Jerusalém e Alto Alegre.
Com a desintrusão dos invasores em território Awá-Guajá também no Maranhão, mais fazendeiros e madeireiros migraram para o território Krikati, o que tem acirrado as disputas fundiárias. “O mesmo grupo que tava nos Awá ta aqui agora. Todos ligados ao agronegócio. São madeireiros, fazendeiros e produtores de soja. A coisa ta séria. Aí a juíza publica essa decisão sendo que a área já ta homologada, isso contraria a Constituição Federal”, contesta Edilson.

Esta notícia compõe o Boletim Semanal Mundo que nos Rodeia, para recebê-lo ou enviar sugestões mande e-mail para: mundo@cimi.org.br

domingo, 10 de agosto de 2014

Washington ameaça o mundo.


Dr. Paul Craig Roberts


9 de agosto de 2014
Tradução: mberublue


Desencadear o mal no mundo. Esta é a conseqüência das intervenções irresponsáveis e imprudentes de Washington em vários países, a saber: Iraque, Líbia e Síria, entre outros. Sob o governo Saddam, Kadaffi e Assad as várias seitas existentes no Oriente Médio viviam em paz. Hoje, massacram uns aos outros, enquanto um novo grupo, o DAASH, ou EI, ou ISIL ou ISIS, está em pleno processo de criação de um novo Estado, com pedaços do Iraque e da Síria.


Milhões de mortes já acontecidas e mortes incalculáveis no futuro são o que fizeram o regime de Bush e Obama pela turbulência causada no Oriente Médio. Neste exato momento em que escrevo, 40.000 iraquianos estão presos no topo de uma montanha, sem água, a esperar a morte nas mãos do EI, que vem a ser uma criação da intromissão dos EUA.

A realidade atual no Oriente Médio está em enorme contradição com o pronunciamento de George W. Bush no Porta Aviões Abraham Lincoln, dos EUA, quando declarou: “Missão Cumprida”, em maio de 2003. A verdadeira missão realizada por Washington foi destruir o Oriente Médio e a vida de milhões de pessoas, destruindo também no processo a reputação dos Estados Unidos. É graças ao regime demoníaco e neoconservador de Bush que os Estados Unidos são hoje considerados universalmente como a maior ameaça à paz mundial.  

O padrão foi fornecido pelo regime Clinton, com o ataque à Sérvia. Bush apenas incrementou a barbárie com a agressão nua de Washington contra o Afeganistão, travestindo-a, em linguagem Orwelliana, de “Operação Liberdade Duradoura”.


Para o Afeganistão, Washington não trouxe a liberdade, mas a ruína. Depois de treze anos explodindo o país, os EUA estão em retirada. O “superpoder” foi derrotado por alguns milhares de talebãs levemente armados, porém Washington larga para trás um deserto para o qual não quer assumir qualquer responsabilidade.

Outra interminável fonte de sofrimento no Oriente Médio é Israel, cujo roubo da Palestina foi permitido e apoiado pelos Estados Unidos. No transcorrer dos últimos ataques de Israel a civis em Gaza, o Congresso dos Estados Unidos aprovou uma resolução em apoio aos crimes de guerra de Israel e votaram pelo fornecimento de mais centenas de milhões de dólares para pagar as munições gastas por Israel. Estamos neste momento testemunhando a Moral Americana, que apóia 100% a indefensáveis e inegáveis crimes de guerra, cometidos essencialmente contra civis desarmados e impossibilitados de se defender.

Quando Israel assassina mulheres e crianças, os Estados Unidos denominam isso como “o direito que Israel tem de defender o próprio país”. O mesmo país ao qual Israel roubou dos palestinos. Mas se os palestinos retaliam, Washington os chama de “terroristas”. Apoiando Israel, os EUA declaram seu apoio a um Estado Terrorista. Porque ainda existem alguns governos morais, Israel foi acusado de crimes de guerra pelo Secretário Geral da ONU, e os Estados Unidos violam suas próprias leis ao apoiar esse Estado Terrorista.

Mas não há surpresa nisso, tendo em vista que os EUA são os líderes entre todos os Estados Terroristas e, portanto, sob a Lei dos Estados Unidos, Washington está exercendo ilegalmente o poder. Mas é sabido que Washington não aceita nem leis nacionais nem internacionais, nem qualquer restrição às suas ações. Washington é “excepcional, indispensável”. Ninguém mais será levado em conta. Nem lei, nem Constituição, nenhuma consideração humana tem autoridade para contrariar Washington em suas vontades. Washington chega a superar o Terceiro Reich com suas afirmações.

Por mais temerária e horrível que seja a imprudência de Washington em relação ao Oriente Médio, a que ostenta atualmente em relação à Rússia está vários pontos acima. Os EUA acabaram por convencer a Rússia de que Washington está a planejar um primeiro ataque nuclear. Em resposta, a Rússia está reforçando suas forças nucleares e ao mesmo tempo, testa as forças nucleares americanas, assim como as reações de seu sistema de defesa: http://freebeacon.com/national-security/russian-strategic-bombers-conduct-more-than-16-incursions-of-u-s-air-defense-zones/

É muito difícil imaginar ato mais irresponsável que levar a Rússia a acreditar que Washington pretende lançar contra os russos um primeiro ataque nuclear preventivo. Um dos conselheiros de Putin explicou à mídia russa as intenções de Washington de um primeiro ataque preventivo e um membro da Duma (Parlamento) russa fez uma explanação documentada do que seria esse primeiro ataque preventivo de Washington:http://financearmageddon.blogspot.co.uk/2014/07/official-warning-u-s-to-hit-russia-with.html 


Pela acumulação de provas, eu tenho salientado em minha coluna que, para a Rússia, é impossível deixar de chegar a essa conclusão.

 A China está consciente de que enfrenta a mesma ameaça da parte de Washington. http://yalejournal.org/2013/06/12/who-authorized-preparations-for-war-with-china/ A resposta da China aos planos de guerra de Washington foi a demonstração de como as forças nucleares chinesas seriam usadas no contra ataque, causando a destruição dos Estados Unidos. A China tornou tudo isso público, na esperança de criar uma oposição nos Estados Unidos aos planos de Washington contra a China: http://www.dailymail.co.uk/news/article-2484334/China-boasts-new-submarine-fleet-capable-launching-nuclear-warheads-cities-United-States.html Assim como a Rússia, a China é um país em ascensão e a última coisa de que precisa para ter sucesso é uma guerra.

O único país que necessita urgentemente de uma guerra é Washington, e isso acontece porque o objetivo de Washington é o exercício de uma hegemonia neoconservadora estadunidense sobre o mundo.

Antes dos regimes de Bush e Obama, todos os presidentes anteriores dos Estados Unidos envidaram seus melhores esforços em prevenir uma ameaça de guerra nuclear. A doutrina de guerra nuclear americana sempre se limitou a uma retaliação caso os Estados Unidos fossem alvo de um ataque nuclear. O objetivo das forças nucleares sempre foi evitar o uso dessas armas. O regime imprudente de George W. Bush destruiu essa política de contenção elevando as armas nucleares a um patamar de primeiro ataque preventivo. O objetivo primordial da administração Reagan foi o fim da guerra fria e por consequência,  o fim da ameaça de guerra nuclear. Os regimes de George W. Bush, juntamente com o regime de Obama, promovendo a demonização da Rússia, já derrubaram o feito único e brilhante do presidente Reagan, e acabaram por tornar novamente possível a guerra nuclear.


Quando o governo incompetente de Obama decidiu derrubar o governante democraticamente eleito da Ucrânia, trocando-o por um governo fantoche escolhido por Washington, o Departamento de Estado de Obama, que por sua vez é fantoche de ideólogos neoconservadores, acabou por se esquecer que o leste e o sul da Ucrânia são compostos por antigas províncias russas que foram alocadas à República Soviética Socialista da Ucrânia por líderes do Partido Comunista quando a Ucrânia e a Rússia eram parte de um mesmo país, a União Soviética. A seguir, quando os idiotas russófobos que Washington instalou em Kiev demonstraram não apenas por palavras, mas também por atos sua hostilidade agressiva em relação à população russa, as antigas províncias russas declararam seu desejo de tornar a fazer parte da mãe Rússia. Não há surpresa nisso, nem pode ser atribuída qualquer culpa à Rússia por esse fato.

A Criméia teve sucesso em retornar à Rússia, da qual fazia parte desde 1700, mas Putin, talvez na esperança de desarmar a propaganda de guerra manipulada que Washington disparava contra ele, não aceitou a solicitação das outras antigas províncias russas. Em consequência, os fantoches de Washington em Kiev se sentiram livres para atacar as pessoas que protestavam nas províncias, copiando a política de Israel de atacar a população, as residências e a infraestrutra civil.
A mídia prostituta do ocidente deixou os fatos de lado e prontamente acusou a Rússia de anexar partes da Ucrânia. Mentira absurda, só comparável com as mentiras ditas pelo Secretário de Estado Colin Powell na ONU, quando falou sobre as supostas armas de destruição em massa do Iraque, tudo para favorecer o regime criminoso de Bush. Mais tarde, Powell pediu desculpas pela mentira, mas isso de nada adiantou ao Iraque e às centenas de milhares de vítimas, destruídas por suas mentiras.

Quando o avião da Malásia foi abatido, antes de se conhecer quaisquer fatos, a Rússia foi responsabilizada. A mídia britânica foi especialmente virulenta em culpar a Rússia quase no mesmo instante em que se soube que o avião fora derrubado. As deturpações grosseiras e mentiras deslavadas  da BBC e da American National Public Radio só foram superadas como propaganda manipulada pelo Daily Mail. Tudo leva a crer que a “notícia” e sua propagação foi adrede orquestrada o que sugere, é claro, que Washington estava por trás de tudo.

As mortes provocadas pela queda do avião se tornaram armas propagandísticas importantes para Washington. Claro que se trata de uma infelicidade a morte de 290 vítimas, mas eles são apenas uma fração do número de palestinos mortos, no mesmo instante sem provocar qualquer rumor ou protesto nem de governos, nem dos povos ocidentais nas ruas, e os poucos que protestaram contra Israel foram convenientemente reprimidos pelas forças de segurança ocidentais.

A queda do avião, provavelmente provocada por Washington, foi usada como mais uma desculpa para nova rodada de “sanções e pressão” dos Estados Unidos, às quais se juntaram mais sanções de seus fantoches europeus.

Como Washington depende de acusações e insinuações, se recusa a liberar as provas a partir de fotos de satélite, porque tais fotos desmentiriam a versão dada pelos EUA. Fato. Não se permite qualquer tipo de interferência contra a demonização que Washington promove contra a Rússia, da mesma forma que não se permitiu que qualquer fato interferisse contra a demonização promovida por Washington contra o Iraque, a Líbia, a Síria, o Irã.

Vinte e dois senadores dos Estados Unidos, irresponsáveis e imprudentes, deram forma ao “Ato Preventivo 2014 sobre a Agressão Russa”. O projeto de Lei/2277 do Senado dos Estados Unidos patrocinado pelo Senador Bob Corcker, representa bem a ignorância e estupidez que assola a maioria da população dos Estados Unidos ou da maioria dos eleitores do Estado do Tennessee. O Projeto de Lei de Corcker é uma peça dementada de legislação destinada a promover uma guerra que muito provavelmente não deixará sobreviventes. Aparentemente os eleitores imbecis dos Estados Unidos elegerão qualquer idiota para o poder.

A convicção de que a Rússia é responsável pela queda do avião da Malásia tornou-se verdade incontestável nas capitais do ocidente, mesmo sem qualquer farrapo de evidência de que tal afirmação é verdade. Convenhamos, mesmo que a acusação fosse verdadeira, a queda de um avião é motivo para deflagrar uma Guerra Mundial?

O Comitê de Defesa do Reino Unido concluiu que o reino quebrado e seu exército impotente devem “concentrar-se na defesa da Europa contra a Rússia.” Batendo os tambores da despesas militares, se não os da própria guerra, o Reino Unido quer levar todo o ocidente em sua companhia. Uma Bretanha impotente quer defender a Europa de uma ameaça que não existe, mesmo estridulamente proclamada, de ataque do urso russo.

Alertas são emitidos por dignitários militares da OTAN e dos Estados Unidos, assim como do chefe do Pentágono, tudo baseado na alegada mas não existente presença de tropas russas na fronteira com a Ucrânia. De acordo com o Ministério de Propaganda Manipulada do ocidente, caso a Rússia defenda a população na Ucrânia dos ataques militares desfechados pelos fantoches de Washington em Kiev, isso se constitui em prova de que a Rússia é o vilão.

A campanha de propaganda mentirosa de Washington teve sucesso em transformar a Rússia em uma ameaça. Pesquisas demonstram que 69% dos estadunidenses hoje vêem a Rússia como uma ameaça, e que a confiança dos russos nos líderes americanos desapareceu. Os russos e seu governo percebem uma demonização idêntica contra o seu país e seu líder, como observaram em relação ao Iraque e Saddam Hussein, contra a Líbia e Muammar Kadaffi, contra a Síria e Assad, e contra o Afeganistão e o Taleban, imediatamente antes de serem seus países tomados de assalto pelo ocidente. Para um russo, a conclusão óbvia, a evidência gritante é que Washington pretende fazer a guerra contra a Rússia.

A irresponsabilidade e a imprudência do regime de Obama não tem precedentes, na minha opinião. Nunca antes houve nos Estados Unidos ou em qualquer outra potência nuclear, um governo que fosse tão longe em seus esforços para convencer outra potência nuclear de que seu poder estava sendo preparado para um ataque. Imaginar ato tão provocativo e mais perigoso para a vida no planeta Terra é muito difícil. Indubitavelmente, o louco da Casa Branca duplicou esse perigo, convencendo ao mesmo tempo a Rússia e a China de que os Estados Unidos preparam um primeiro ataque nuclear preventivo contra ambos.

Os republicanos querem processar ou impichar (conforme Dicionário Aulete - NT) Obama por assuntos relativamente desimportantes como o ObamaCare. Por que os republicanos não impicham Obama por causa de um assunto tão crucial como submeter o mundo ao risco de um armagedom?

A resposta está no fato de que os republicanos são tão insanos quanto os democratas. Seus líderes, como John McCain e Lindsay Graham, estão determinados a “levantar-se contra os russos!”. Para onde quer que se olhe para os políticos estadunidenses, só se vê gente louca, psicopatas e sociopatas que não deveriam estar ocupando um cargo político.

Washington mandou a diplomacia às favas há longo tempo. Washington baseia-se na força e na intimidação. O governo dos Estados Unidos é totalmente desprovido de bom senso. Não é por outra causa que uma pesquisa efetuada no resto do mundo considera que o governo dos Estados Unidos é atualmente a maior ameaça à paz mundial. Hoje (08 de agosto de 2014) Handelsblatt, o Jornal de Wall Street da Alemanha escreveu, em um editorial assinado:

“A tendência demonstrada pelos Estados Unidos de transformar uma escalada verbal em escalada militar – o isolamento, demonização e ataque aos inimigos – mostrou-se ineficaz. O último grande sucesso militar em ação dos Estados Unidos aconteceu na invasão da Normandia (em 1944). Todos os outros – Coréia, Vietnã, Iraque e Afeganistão – acabaram em claro fracasso. Mover unidades da OTAN através da fronteira Polonesa para perto da Rússia e pensar em armar a Ucrânia não passa da continuação da política de contar com os meios militares em detrimento da diplomacia.”

Os Estados fantoches de Washington – toda a Europa, Japão, Canadá e Austrália – permitem um perigo inigualável ao mundo todo através de seu apoio à agenda de Washington: continuar a exercer sua hegemonia sobre o mundo inteiro.

Acaba de acontecer o 100º aniversário da Primeira Guerra Mundial. Hoje, repete-se a loucura que causou aquela guerra calamitosa. A Primeira Guerra Mundial destruiu o mundo ocidental civilizado, e foi causado por um punhado de conspiradores. O resultado foi Lenin, a União Soviética, Hitler, o nascimento e crescimento do Império Americano, Coréia, Vietnã, intervenções militares que acabaram na criação do EI (ISIL, DAASH) e agora está sendo recriado o conflito entre Rússia e Estados Unidos, que o presidente Reagan e Mikhail Gorbachev haviam sepultado.

Como já salientou Stephen Starr em meu site, se apenas 10% das armas nucleares do arsenal dos Estados Unidos e da Rússia forem usados, a vida na Terra acabará.

Caros leitores, perguntem a vocês mesmos, quando foi que Washington falou qualquer coisa que não fosse uma mentira? As mentiras de Washington já causaram milhões de mortes. Você quer se tornar mais uma vítima dessas mentiras?

Você acha que vale a pena o risco de acabar com a vida na Terra por causa das mentiras de Washington sobre a queda do avião da Malásia e sobre a Ucrânia? Existe alguém ingênuo o suficiente para acreditar que Washington não mente sobre a Ucrânia da mesma forma que mentiu sobre as armas de destruição em massa de Hussein, sobre as bombas iranianas e sobre o uso por Assad de armas químicas?

Você não acha que a influência noeconservadora que prevalece hoje em Washington, independentemente do partido político no poder, é muito perigosa para ser tolerada?

Paul Craig Roberts (nascido em 03 de abril de 1939) é um economista norte-americano, colunista do Creators Syndicate. Serviu como secretário-assistente do Tesouro na administração Reagan e foi destacado como um co-fundador da ReaganomicsEx-editor e colunista do Wall Street JournalBusiness Week e Scripps Howard News ServiceTestemunhou perante comissões do Congresso em 30 ocasiões em questões de política econômica. Durante o século XXI, Roberts tem frequentemente publicado em Counterpunch e no Information Clearing House, escrevendo extensamente sobre os efeitos das administrações Bush (e mais tarde Obama) relacionadas com a guerra contra o terror, que ele diz ter destruído a proteção das liberdades civis dos americanos da Constituição dos EUA, tais como habeas corpus e o devido processo legal. Tem tomado posições diferentes de ex-aliados republicanos, opondo-se à guerra contra as drogas e a guerra contra o terror, e criticando as políticas e ações de Israel contra os palestinos. Roberts é um graduado do Instituto de Tecnologia da Geórgia e tem Ph.D. da Universidade de Virginia, com pós-graduação na Universidade da Califórnia, Berkeley e na Faculdade de Merton, Oxford University.

Tradução: mberublue