sábado, 12 de setembro de 2015

Nossos ídolos já não são os mesmos. Observatório da Imprensa.

Por Francisco Fernandes Ladeira em 08/09/2015 na edição 867

Em muitos momentos da história brasileira, o engajamento de artistas das mais variadas áreas (seja através de músicas, peças teatrais, pinturas, charges ou literatura) foi importante mecanismo para levar conscientização política para a população em geral. Durante o regime militar foram notórios os exemplos de nomes como Chico Buarque, Geraldo Vandré e Gonzaguinha que, por meio de suas tácitas composições de protesto, conseguiam ludibriar a censura federal para denunciar as atrocidades cometidas pela ditadura vigente.
Entretanto, na atual onda conservadora que tomou conta de nosso país, que tem a obsessiva e paranoica empreitada pela derrubada da presidenta Dilma Rousseff como seu principal escopo, é possível constatar como a politização que marcava os artistas de outrora cedeu espaço para xingamentos de cunho pessoal, misoginia, preconceito de classe e palavras de baixo calão. Típicos exemplos de dialética erística. Ou seja, atitudes de indivíduos que, na falta de argumentos plausíveis e consistentes, preferem insultar seu adversário com o propósito de vencer uma discussão a qualquer custo. Parafraseando um trecho da clássica composição “Como Nossos Pais”, de autoria do cearense Belchior, podemos dizer que “nossos ídolos já não os mesmos”.
Entre os arquétipos desses “novos artistas engajados” estão os atores globais, que gravam e compartilham nas redes sociais vídeos com discursos vazios, que culpam Dilma e seus eleitores por todas as mazelas existentes no Brasil, os humoristas “politicamente incorretos” (termo eufêmico para designar a disseminação de preconceitos) e os músicos que lideram “coros” e palavras de ordem contra a presidenta em suas apresentações. Evidentemente, este artigo não tem o intuito de defender a gestão petista (fazer campanha contra a onda golpista não quer dizer necessariamente apoiar o governo) ou tampouco questionar o direito de uma figura pública poder manifestar seu posicionamento político (diga-se de passagem, cercear a opinião alheia é mister dos saudosistas de 1964). Todavia, conforme o mencionado anteriormente, o que se pretende aqui é questionar as formas como esses “novos artistas engajados” têm elaborado suas críticas ao governo federal.
A campanha golpista
O último caso de “novo artista engajado” a ganhar repercussão nacional foi protagonizado pelo cantor e ator Fabio Junior durante o evento conhecido como “Brazilian Day”, realizado no último domingo (6/9) em Nova York e transmitido pelo canal Multishow, da Globosat. Enrolado numa bandeira brasileira (só faltou a camisa da CBF para completar o “kit coxinha”), o até então despolitizado Fabio Junior interrompeu a sequência de músicas executadas em seu show para proferir algumas palavras clichês contra Dilma e ironizar o ex-presidente Lula. “Vocês sabem o que está acontecendo no Brasil: desordem e roubalheira. É uma quadrilha. Eu tenho vergonha de ver nossos governantes, todo mundo roubando, todo mundo metendo a mão”, afirmou o músico.
Ao mencionar quem seriam os corruptos do cenário político brasileiro, Fabio Junior citou somente políticos petistas ou da base aliada ao governo (qualquer semelhança com o discurso caricato da mídia hegemônica não é mera coincidência). Como não poderia deixar de ser, o pai de Cléo Pires também atacou o ex-presidente Lula: “Vocês sabem onde está aquele dedinho que o Lula perdeu, né? Onde é que ele enfiou? No nosso. E dói pra caramba!” (para a elite brasileira, ainda é difícil digerir o fato de um ex-metalúrgico, semi-analfabeto e nordestino ter chegado ao cargo máximo da política nacional). Por sua vez, a entusiasmada plateia do “Brazilian Day” puxou um desrespeitoso coro em que mandava a presidenta ir tomar naquele famoso orifício. Não obstante, Felipe Moura Brasil, discípulo de Olavo de Carvalho, escreveu em sua coluna virtual na revista Veja que Fabio Junior protagonizou “um grande momento”.
E assim a campanha golpista – seja através dos “especialistas” midiáticos, dos “revoltados online” ou dos “novos artistas engajados” –, apesar de seus discursos delirantes, vem ganhando cada vez mais consistência e adeptos. Diante dessa realidade, é importante que os setores progressistas de nossa sociedade fiquem atentos para denunciar e impedir qualquer tipo de retrocesso político que possa comprometer a nossa (ainda frágil) democracia.
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Francisco Fernandes Ladeira é especialista em Ciências Humanas: Brasil, Estado e Sociedade pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e professor de Geografia em Barbacena, MG

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Grande São Luís. Mãe e Filho são assassinados em São José de Ribamar.

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Foto - blog do Silvan Alves.
O que fazer para minimizar os casos de violência  na grande ilha de São Luís do Maranhão? Nos últimos dias foram várias mortes violentas entre a Madre Deus, Areinha e Bairro de Fátima.
Nelson Alves Serra, foi vítima de tiros na comunidade da Areinha, o homicídio foi ontem à noite (09), o corpo deu entrada no Instituto Médico Legal.  Os crimes  na região metropolitana de São Luís, estão acontecendo em locais movimentados.  
Nos ultimos dias, os homicídios se espalharam em várias regiões da ilha.  Em  15 dias, mataram pessoas na feira da Cohab, no estacionamento do shopping Tropical no Renascença II, na rua da inveja no Centro e no Bairro de Fátima, onde traficantes mataram a estudante Maria Yone. 

Ontem pela manhã, mataram mais uma pessoa  na região metropolitana, foi dentro de um carro na estrada da Quinta  no município de São José de Ribamar. E morreu na noite desta quinta-feira, (10), no hospital Socorrão II, onde estava internada a mulher identificada como Rosângela Marques de Oliveira. 
Ela era mãe de Jonathan Marques de Oliveira, conhecido como “Pipoca” , executado a tiros na Estrada da Mata, quando voltava de uma audiência no fórum do município de São José de Ribamar. 
Jonathan estava dirigindo um veiculo Siena de placas OXZ-1366, quando foi surpreendido pelos criminosos que estavam em um outro veiculo. Ele foi executado como mais de dez tiros e a mãe dele que também estava no veiculo, acabou sendo atingida. 
Rosângela, foi socorrida e encaminhada para o Socorrão II, onde não resistiu e morreu. A policia não conseguiu prender os autores do duplo homicídio.

Link copiados: http://www.blogdomarcial.com/2015/09/violencia-na-ilha.html    &  http://silvanalves.blog.br/2015/09/11/execucao-mulher-baleada-em-sao-jose-de-ribamar-morre-no-socorrao/

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

São Luís registra 19 assassinatos e uma morte no trânsito durante o feriadão.


O feriado prolongado foi sangrento na região metropolitana de São Luís. Segundo as próprias estatísticas da Secretaria de Segurança Pública, 19 homicídios dolosos foram registrados na Ilha entre os dias 5 e 8, a maioria na capital. Houve ainda um homicídio culposo no trânsito, provocado por uma colisão na Cidade Operária.
Os bairros Madre Deus e Vila Embratel foram os que registraram saldo mais violento, com dois assassinatos cada. Dividindo os crimes por município, o balanço foi o seguinte: 13 mortes em São Luís, quatro em São José de Ribamar e três em Paço do Lumiar.
A carnificina registrada no feriado prolongado elevou para 30 o número de assassinatos ocorridos no mês de setembro, até agora, uma média acima de três casos por dia. Se for mantida, a taxa de homicídios superará com folga a de agosto, quando houve 80 homicídios. Detalhe: a média do mês passado já foi 78% maior do que a de julho.
O cenário, neste momento, é assustador, pois exibe uma escala crescente dos crimes contra a vida na Ilha, o que exige providências urgentes das autoridades de segurança pública e do próprio governador.

Câmara aprova proibição de cobrança por serviço não prestado.

Proposta terá de ser analisada novamente no Senado
A Comissão Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (8), em caráter conclusivo, proposta que proíbe a cobrança de tarifa relativa a serviços públicos que não tenham sido utilizados no período especificado na fatura ou abranjam períodos de suspensão do fornecimento.
Exceto se houver recurso para que seja examinado antes pelo Plenário da Câmara, o texto, que começou a tramitar no Senado e foi alterado pelos deputados, voltará agora para análise dos senadores.
A proposta aprovada hoje autoriza, por outro lado, a cobrança de tarifa referente ao custo de disponibilização dos serviços de energia elétrica, gás canalizado, água e coleta de esgoto, desde que haja contrato celebrado entre as redes de distribuição e o usuário. Os deputados optaram por essa solução, porque há custos ao universalizar um serviço público, e a concessionária realizará investimentos em infraestrutura, independentemente de o usuário utilizar ou não o serviço em questão.
Já a tarifa relativa a esgotamento sanitário, conforme o texto, será cobrada a partir do momento em que haja a coleta de esgoto.
Substitutivo
As medidas estão previstas no substitutivo da Comissão de Minas e Energia ao Projeto de Lei 1110/03, do Senado, e a outras seis propostas (PLs 3366/08, 2515/03, 3807/04, 4269/04, 5521/05 e 6724/06) que tramitam em conjunto. Originalmente, o projeto vedava apenas a cobrança de tarifa relativa a serviço não prestado efetivamente.

O relator da matéria na CCJ, deputado Antonio Bulhões (PRB-SP), fez apenas correções no substitutivo para adequá-lo à legislação brasileira.
Reportagem - Marcello Larcher
Edição - Marcelo Oliveira

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terça-feira, 8 de setembro de 2015

Na America Latina há bases militares e bases midiáticas.

Via Rebelión
Entrevista com Fernando Buen Abad, filósofo mexicano
Héctor Bernardo
Tradução do espanhol: Renzo Bassanetti
Diario Contexto
Fernando Buen Abad é doutor em filosofia, semiólogo, escritor e especialista em meios de comunicação. Tem sido fonte de consulta de vários presidentes, entre eles Hugo Chávez e Manuel Zelaya. Numa longa conversa – que fará parte de um livro sobre os pensadores da Nossa América -, o intelectual  de origem mexicana analisa o papel dos meio, afirma que a comunicação é um problema de segurança regional  e assegura que “os meios de comunicação são realmente armas de guerra ideológicas”.
-Porquê você afirma que na atualidade a comunicação é um problema de segurança regional?
-Desde a entrada no século XXI, temos já cinco golpes de estado na América Latina, onde o aríete tem sido as estruturas monopólicas midiáticas. Isso é um alerta ao qual estamos chegando tarde.
-Qual tem sido o papel  da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) nesses acontecimentos?
-No caso da SIP, trato de não exagerar o seu papel, apesar de tratar-se de uma aliança de empresários dos meios de comunicação. O problema não é que os empresários se organizem, o problema é que eles tem uma característica e um currículo parecido a uma antologia de terror. Cada um deles é um compêndio de horrores pavorosos, não somente individualmente, mas também pelos meios que representam e pelos projetos que eles têm em mente. Não obstante, creio que continuam sendo uma instância bastante menor em relação ao outro problema, que é o mega-projeto  global de dominação midiática, esse sim um projeto de dominação imperial.  Nesse contexto, a SIP é apenas um peão que faz coisas horrorosas, mas que é só uma parte   desse mega-projeto.
Digo isso para identificação do tamanho do que a SIP representa, mas, na sua escala, os que a integram são autores de preconceitos enormes. Eles tem sido o aríete do projeto que temos denominado O Plando Condor Comunicacional
-O que significa o Plano Condor Comunicacional?
Nos anos recentes, houve uma “metástase” das bases militares na América Latina, e sobre isso foram feitas análises muito precisas por Atílio Boron e Ana Esther Ceceña, detalhando o mapa das bases militares na região. Os Estados Unidos sempre pensaram que o México era parte de seu anel de segurança, mas agora querem que seja todo o continente, que ademais é um território de segurança com  500 milhões de pessoas cativas para ampliar seu projeto de mercado.  
Uma forma de controlar qualquer tipo de resistência é através da capacidade de desembarque rápido  de forças militares na região. Já vimos a fórmula no Iraque, já a vimos na Líbia, na Síria, na Ucrânia. O aríete, a ponta de lança de tudo isso são os meios. Trata-se de começar a acusar de ditadores a todos os que estão ali, convencer o mundo de que “alguém tem que fazer alguma coisa”, e no dia em que isso acontecer,  o mundo aplaudirá e dirá: “Finalmente retiraram esse ditador”. Já vimos essa fórmula antes. É a que está apontando Nicolás Maduro e que apontou para Hugo Chávez. É a fórmula que aponta Evo Morales, Daniel Ortega, Rafael Correal, Raúl Castro, Dilma Roussef e Cristinaq Fernández. Nesse cenário, está claro quem, para eles, são os inimigos.
   
-Que papel corresponde aos meios de comunicação nesse contexto?
-Os meios de comunicação são realmente armas de guerra ideológicas e tem estado se reposicionando no continente. Na América Latina, há bases militares e bases midiáticas.  As bases midiáticas tem várias vantagens em relação às outras. Elas tem maior capacidade de articulação, de forma mais rápida onipresente. Lançam um comentário difamador na Venezuela, e nessa mesma manhã a repetem numa rádio de bairro de Buenos Aires, fazendo operar dessa maneira a agenda na região, ao mesmo tempo em que o Grupo Prisa reproduz a mesma nota em Madri, a CNN nos Estados Unidos, no México ela é reproduzida por Televisa e Clarín faz o mesmo na Argentina. Ou seja, há velocidade e sincronia, e isso é estratégia militar. Há uma luta territorial, ao mesmo tempo em que há uma luta semântica.  Isso é o que eu denomino de Plano Condor Comunicacional, por que agora as forças de repressão comunicacional tem uma capacidade de virulência e coordenação muito rápida.   
Acabo de retornar de uma cidade chamada Azul, e enquanto tomava café no hotel, a senhora que me atendia estava muito preocupada  por que ela via que “os russos se tornaram demônios”, e que “Putin é um Satanás que ameaça o mundo inteiro”. Essa senhora, que atendia nesse humilde hotel, já tinha a carga ideológica em sincronia com o que está sendo dito em grande parte do planeta. Esse é o Plano Condor Comunicacional, que já fez a tarefa de posicionar-se no terreno do imaginário coletivo.    
-Como se estruturam?


-Tenho certeza de que se tivéssemos dinheiro e instituições fortes para fazer essas tarefas de investigação, identificaríamos estruturas semânticas e sintáticas idênticas. Uma em que tenho trabalhado é a seguinte: quando ganhou as eleições no México, Peña Nieto disse: “Temos plantado uma semente, da qual crescerá uma árvore, da qual teremos os frutos”. Essa é a mesma frase que Henrique Capriles disse na Venezuela, quando perdeu  as eleições para Hugo Chávez, e também na Argentina, em Tigre, Sérgio Massa, disse a mesma coisa em um de seus discursos. 

Se tivéssemos a possibilidade de fazer uma “tomografia computadorizada” do discurso que está correndo na América Latina nessas base midiáticas continentais, veríamos que há matrizes que tem uma orientação e que passam pelo Grupo Random da Colômbia, pela CNN nos Estados Unidos e que vem do Grupo Prisa, onde estão os laboratórios de guerra ideológica mais poderosos do planeta. 

Greve das Universidades. Funcionários da UFRJ decidem manter greve que já ultrapassa 100 dias.

Da Agência Brasil
Os funcionários técnico-administrativos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) decidiram, hoje (8), em assembleia, manter a greve iniciada no dia 29 de maio, que chega ao 102º dia. Cerca de 300 pessoas aprovaram contraproposta encaminhada pelo Comando Nacional de Greve da Federação de Sindicato de Trabalhadores Técnico-Administrativos (Fasubra) para análise das bases estaduais.

Os funcionários querem um índice de reajuste 9,5% em 2016, e de 5,5% em 2017, com cláusula de revisão em 2016, caso a previsão do índice instituído pelo governo em 2017 ultrapasse 5,5%. Além disso, é previsto estepe de 0,1% em 2016 e de mais 0,1% em 2017.

De acordo com o coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFRJ (Sintufrj), Francisco de Assis, a contraproposta é uma reivindicação da categoria, que não quer pagar a conta dos cortes da educação, em função do ajuste fiscal. “O Ministério da Educação tem que estar preocupado com o corte de verbas, uma vez que a greve é, também, em razão da precariedade das universidades. Não podemos ter uma pátria educadora com uma universidade falida”, afirmou.

Assis disse que a deliberação de não fazer as matrículas presenciais do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) se mantém, mas que a categoria está disposta a negociar caminhos com o reitor, que não afetem o movimento, nem tragam prejuízo maior para a instituição. “Não estamos fazendo nenhuma ação para trazer dano irreparável à universidade, essa é a centralidade do movimento. Então, nada que seja irreparável, o movimento vai querer dar procedimento, justamente para não trazer nenhum dano à instituição e para a sociedade.”

Na próxima quinta-feira (10), a Fasubra vai ser reunir com o Ministério do Planejamento, em Brasília, para discutir as demandas da categoria. Em busca de dar maior visibilidade para a greve, para pressionar o governo e defender a contraproposta nas ruas, o Sintufrj deliberou um ato para o mesmo dia, às 9h, na reitoria da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), na Urca, zona sul da capital fluminense.

Edição: Maria Claudia

Médicos fantasmas: Brasil descobre por que o SUS não funciona.

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O maior problema do SUS é a consulta médica. 
Isso todo brasileiro sabe. Mas agora o Brasil está descobrindo por que o Sistema Único de Saúde (SUS), apesar de suas qualidades, não funciona nesta área.
O SUS é ruim porque médicos desafiam a lei da física. Apesar de terem um único corpo, muitos médicos ficam em dois, três ou quatro lugares ao mesmo tempo. Eles ganham do SUS, mas trabalham em clínicas e hospitais particulares.
Enquanto isso, alguns médicos honestos quase se matam porque trabalham por dois ou três que ganham sem trabalhar. Claro que não há sistema, empresa ou país que aguente.
Em operação em Santa Catarina, na manhã da terça-feira, dia 9/6, a Polícia Federal deflagrou a operação Onipresença, que investiga o não cumprimento de horas de trabalho por médicos do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU/UFSC). Estão sendo cumpridos 52 mandados de busca e apreensão em clínicas e hospitais públicos e privados de quatro municípios do Estado: Florianópolis, Itajaí, Criciúma e Tubarão. Ao menos 27 médicos devem ser indiciados pela PF, segundo jornal Diário Catarinense.
Recentemente, inúmeras ações na Justiça e reportagens de televisão mostram, em todo Brasil, a mesma situação. O delegado da PF, Allan Dias, que investiga a operação Onipresença, de Santa Catarina, afirmou: “Não faltam médicos no HU, eles precisam apenas ir trabalhar”.
Se houvesse um trabalho da Polícia Federal e um disque denúncias exclusivo para o SUS, é possível que o sistema melhorasse bastante.