sábado, 4 de março de 2017

Maranhão.Indústrias de ferro-gusa desativam seus fornos em Açailândia e demitem 820 trabalhadores.

Foto - Aquiles Emir.
AQUILES EMIR
Duas indústrias de ferro-gusa – Guarani e Pindaré – encerraram suas atividades em Açailândia, na última semana de fevereiro, e com isto mais 820 trabalhadores vão engrossar as estatísticas negativas do Cadastro Geral de Empregados e Demitidos (Caged) nos próximos meses no Maranhão. Com o fechamento dessas empresas, das sete que operavam no estado, sobraram apenas duas, Viena e Nordeste, que destinam boa parte de sua produção à Aciaria  Aço Verde Brasil, no próprio município.
O presidente do Sindicato da Indústria de Ferro-Gusa do Maranhão (Sifema), Cláudio Azevedo, não acredita que o setor possa se recuperar a curto prazo. “Com esta alta carga tributária, altíssimos encargos trabalhistas e queda do dólar não há como as empresas exportadoras brasileiras competirem com o gusa fabricado na Rússia e na Ucrânia, onde os custos de produção são bem menores”, diz ele.
O presidente do Sifema destaca ainda que as indústrias do Leste Europeu utilizam carvão mineral, altamente poluentes, para beneficiamento do minério de ferro, enquanto no Brasil as empresas são obrigadas a utilizar apenas carvão vegetal certificado, o que lhes obriga a ter plantios próprios de eucalipto para alimentar os fornos, já que muitas ainda enfrentam problemas na Justiça por terem adquirido carvão produzido com madeira de origem duvidosa e utilização de mão de obra que não atendia às exigências do Ministério do Trabalho, ou seja, trabalho escravo.
“Não vejo como viabilizar essa atividade no Maranhão, a não ser produzir gusa para fornecer à aciaria de Açailândia, pois não temos como competir com preços atraentes no mercado internacional diante dos altos custos existentes no Brasil”, acrescenta Cláudio Azevedo.
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Cláudio Azevedo não vê como o setor possa se recuperar a curto prazo
Empregos – O empresário lembra que nos anos 1980 as guserias empregavam cerca de 3 mil trabalhadores no Maranhão, mas foi entre 2005 e 2006 que se deu a melhor fase do setor, quando chegaram a empregar, diretamente, 7,5 mil pessoas e hoje esse número está reduzido a cerca de 900, ou seja, 6,6 mil empregos a menos.
Das sete empresas que existiam no estado, estão paralisadas: Margusa, em Bacabeira; Cosima, em Pindaré-Mirim; Fergumar, Guarani (ex-Simasa) e Pindaré, em Açailândia.
A crise no setor de ferro-gusa tem sido motivo de preocupação de políticos e lideranças empresariais de Açailândia devido ao alto índice de desemprego, já que, além dos contratos diretos, também foram desativados postos de trabalho de fornecedores de carvão, transportadoras, empresas de segurança e limpeza e diversas.
Num ato de desespero, a Câmara Municipal aprovou semana passada um projeto de lei que obriga as demais empresas que operam no município a sustentaram em seus quadros de pessoal pelo menos 70% de naturais de Açailândia ou que comprovem estar residindo há mais de dois anos na cidade. 
Trata-se de uma lei inconstitucional, mas demonstra o clima de insegurança que se criou com o desmoronamento de um dos setores que mais contribuíam com desenvolvimento econômico do estado.

Jordânia executa (assassina) 15 prisioneiros por enforcamento.


Marca de bala em um prédio que foi palco de confrontos entre policiais e terroristas em Karak, Jordânia, em 21 de dezembro de 2016

As autoridades da Jordânia executaram 15 pessoas neste sábado, sendo dez terroristas e cinco condenados por outros crimes. Essa foi a maior execução em massa no país nos últimos anos.
Os prisioneiros, todos jordanianos, foram enforcados na prisão de Suaga, perto da capital, Amã. Segundo o porta-voz do governo Mohammad al-Momani, todos aqueles que não estavam envolvidos com terrorismo teriam cometido estupro ou outros tipos de agressões sexuais. 
Os terroristas haviam sido presos por participação em cinco eventos diferentes, incluindo ataques contra a embaixada do país no Iraque, em 2003, e contra um grupo de turistas em um teatro de Amã três anos depois.
Suspensa em 2006, a pena de morte foi restaurada no país em 2014. 

Breno Altman: “paguei por crime jamais cometido”.

Foto - Esmael Morais.
O jornalista Breno Altman, editor do prestigiadíssimo site Opera Mundi, foi absolvido pelo juiz Sérgio Moro depois de colocado um ano no limbo da Lava Jato. “Mesmo declarado inocente, paguei uma pena severa e irreparável por crime jamais cometido”, denuncia Breno ao relatar o espetáculo do magistrado paranaense visando destruir o PT.
A perseguição a Breno Altman foi uma tentativa em vão de Moro intimidar toda a imprensa alternativa e livre deste país.
Leia a íntegra do texto de Breno Altman:
Minha absolvição
O juiz Sérgio Moro, nessa última quinta-feira, finalmente exarou a sentença relativa ao processo no qual eu era réu, oriundo do 27º episódio da Operação Lava Jato, denominado “Operação Carbono 14”.
Diz a decisão, a meu respeito:
“Breno Altman é apontado por três pessoas como envolvido no crime, Marcos Valério de Souza, Alberto Youssef e Ronan Maria Pinto. Mas são todos depoimentos problemáticos, provenientes de pessoas envolvidas em crimes. Diferentemente dos demais, não há nos documentos qualquer elemento que o relacione às operações, nem os valores passaram por sua empresa, nem há uma vinculação necessária entre ele e a gestão financeira do Partido dos Trabalhadores. Por falta suficiente de prova, deve ser absolvido.”
Após quase um ano sob investigação e processo, o magistrado responsável pela 13a Vara Federal do Paraná reconhece minha inocência.
No mar de irregularidades e abusos que inunda a vida político-judiciária do país, minha absolvição é uma pequena e modesta vitória daqueles que têm compromisso com a Constituição, a democracia e o Estado de Direito.
Mas esse momento de alegria não anula a gravidade dos fatos que o antecederam e a preservação do ambiente de perseguição política que dita a conduta de muitos atores do sistema judicial.
Lembremos que esse processo foi iniciado com o Ministério Público Federal anunciando que o objetivo central das investigações era comprovar o vínculo entre atos de corrupção e o assassinato do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel.
Durante dias, promotores e veículos de informação expuseram os réus à execração pública, vinculando-os a uma sórdida hipótese que mesclava sangue e lama.
Com a decretação de prisões preventivas e conduções coercitivas, alimentou-se um espetáculo midiático cujo único propósito era celebrar mais uma bala de prata contra o Partido dos Trabalhadores.
Após um ano, a denúncia do MPF simplesmente desapareceu com qualquer referência ao homicídio do ex-prefeito e à extorsão que estaria sendo praticada contra dirigentes petistas para esconder sua alegada relação com o delito de morte.
A peça acusatória final se resumiu a 36 páginas, das quais apenas seis linhas dedicadas a mim, pedindo a condenação dos réus por lavagem de dinheiro, sem qualquer preocupação em apresentar provas de dolo ou ir além de testemunhas com duvidosa credibilidade, como reconhece o próprio juiz.
Caso não prevalecesse o aparelhamento da Justiça como trincheira ideológica, caberia honradamente ao próprio MPF tomar as devidas cautelas antes de lançar cidadãos ao Coliseu da opinião pública, agindo com menos açodamento e mais zelo pelos direitos constitucionais.
Mesmo declarado inocente, paguei uma pena severa e irreparável por crime jamais cometido. O espetáculo processual atingiu frontalmente minha imagem e levou à ruptura dos contratos publicitários do site que dirijo, eliminando postos de trabalho e golpeando um dos veículos de maior prestigio da imprensa independente.
Como jornalista, tampouco posso ficar indiferente às injustiças que se mantêm, como a condenação sem provas contra Delúbio Soares, reforçando suspeitas de quem acusa a Operação Lava Jato por ser centralmente orientada para abalar e destruir o principal partido da esquerda brasileira.
Por fim, agradeço o incrível trabalho de meus advogados, bem como a solidariedade inquebrantável de meus familiares, amigos e companheiros.
Espero que minha absolvição sirva, de alguma maneira, como motivo de ânimo aos que lutam, nas ruas e nas instituições, contra a escalada antidemocrática que machuca nosso país.
Breno Altman é diretor editorial do site Opera Mundi.

Maranhão. Morreu o Prefeito de Central do Maranhão, vítima de ataque fulminante do coração.

Foto - Epitácio Azevedo Flor.
Reproduzimos matéria publicada no Blog do Gilberto Leda, informando que o prefeito de Central do Maranhão, Epitácio Azevedo Flor (PSB), que morreu na madrugada de hoje (4), de março, após um infarto fulminante.
O mandatário municipal, tinha apenas 37 anos e estava em seu primeiro mandato, após ser eleito em outubro do ano passado.
Era graduado em História e professor efetivo da rede municipal de ensino de Central, ele se elegeu com 3.094 votos (59,22%).
O corpo está sendo velado em Mirinzal, onde o prefeito nasceu.
Foto - Vice Prefeito
O Município de Central do Maranhão, passa a ser comandado pelo vice-prefeito, Ismael Monteiro (PSDB), que é administrador, tem 46 anos de idade.

sexta-feira, 3 de março de 2017

Corredor de aplausos: Vídeo em homenagem a professor em SP emociona e viraliza.

O Professor Luiz Antônio Jarcovis em seu último dia de aula
Foto - Sputniknews. Professor de Ciências, Luiz Antônio Jarcovis.

Era para ser um dia difícil para o professor de Ciências, Luiz Antônio Jarcovis, de 64 anos, que estava em seu último dia de aula antes de se aposentar, mas uma homenagem feita por cerca de 350 anos da Colégio Estadual Almirante Custódio José de Mello, em São Paulo, através de um corredor de aplausos fez toda a diferença para o mestre.

A diretora da escola Mônica Della Matta não esperava tanta repercussão no vídeo, a ideia era mesmo homenagear um grande profissional
A diretora da escola Mônica Della Matta não esperava tanta repercussão no vídeo, a ideia era mesmo homenagear um grande profissional.

A diretora da escola Mônica Della Matta filmou a surpresa e após publicar a homenagem dos alunos em uma rede social, o vídeo onde é possível ver o professor Luiz Antônio deixando a sala de aula, segurando livros e uma caixa de giz, sendo aplaudido viralizou na internet e já tem mais de 1,2 milhão de visualizações. A emoção foi grande e o professor, que tem mais de 31 anos de magistério em escolas estaduais, não segurou as lágrimas.


Em entrevista exclusiva para a Sputnik Brasil, Luiz Antônio Jarcovis  falou sobre a emoção  que sentiu ao receber a homenagem. Segundo o mestre, o gesto de carinho realizado pelos alunos e a equipe da escola significou como se ele tivesse ganhado um grande prêmio pelos serviços prestados.

"Foi muito espetacular. Acho que foi o maior prêmio que eu poderia estar recebendo no magistério foi essa homenagem. A emoção foi plena. Eu estava sentindo um vazio grande por ser o último dia e deixaria a escola, mas ao mesmo tempo tudo parece que se transformou em alegria, só que a emoção me fez chorar muito. Atravessando o corredor, parecia que não terminava mais, foi uma energia muito grande, muito gostosa."


A homenagem ao professor Luiz Antônio, se assemelha a que foi feita ao professor de educação física Alain Donnat, na França, onde cerca de 700 alunos fizeram um corredor de honra para aplaudi-lo durante sua despedida, pois também ia se aposentar depois de 38 anos de magistério. O vídeo dessa homenagem também viralizou na internet.

Jacorvis achava os alunos simpatizam com ele e suas aulas, mas não sabia que era tão querido. Por ser brincalhão, atencioso e amigo, muitos estudantes o chamam de Luiz "Feliz". "Eu desconfiava que eles gostavam de mim, mas era só desconfiança, muito assim eu não sabia. Em algumas salas dava para ter esse contato assim maior com os alunos. É lógico que tem alunos que dão mais trabalho, temos sempre que estar mudando a didática em cada sala, porque tem mudanças também do aluno. Nós vamos adaptando, na medida em que vamos sendo aceito e proveitoso. Eu também muito essa questão de ser amigo. Eles para mim são como filhos."

A homenagem para o professor se torna significativa, especialmente no momento de crise na educação pela qual passa o país, onde se sabe que os professores não têm a sua importância devidamente reconhecida no Brasil. 

"Sabemos que a desvalorização é total, a nível de salário, de condições de trabalho, o número grande de alunos por sala, que dificulta o trabalho individual, mas quando a gente gosta do que faz, acabamos permanecendo na profissão e tentando resolver os problemas na medida do possível, mas sabemos que professor no Brasil não tem reconhecimento nenhum", ressaltou Luiz Antônio.

A equipe da Escola Estadual Almirante Custódio José de Mello se reuniu para se despedir do professor (de blusa listrada)
A equipe da Escola Estadual Almirante Custódio José de Mello se reuniu para se despedir do professor (de blusa listrada)

Jarcovis espera que a repercussão de sua homenagem sirva para incentivar nessa retomada da valorização do trabalho do professor no país.

"Tudo o que é bom em quantidade pode virar exemplo. Eu gostaria que melhorasse a educação, é isso que nós queremos para todos. Essa homenagem serve para todos os meus colegas professores, eu acho que todo mundo merece."

Apesar do coração ainda apertado por deixar as salas de aula, o professor de ciências também sabe que chegou o momento de investir em outras paixões e entre elas estão a fotografia, cuidar de pássaros e se engajar em trabalhos voluntários. 

"Chega um momento em que nós temos que fazer uma outra coisa. Há vários projetos que eu gostaria de fazer, a fotografia seria um dos caminhos, também trabalhar como voluntário com crianças ou a terceira idade e com aves que eu também gosto muito."

Sputniknews informa que "Manifesto em defesa da candidatura de Lula pode passar de um milhão de assinaturas."



Chico Buarque de Holanda e Lula na sessão do impeachment no senado
Foto - Sputniknews.

Artistas, intelectuais e representantes de diversos movimentos sociais assinaram um manifesto defendendo a candidatura do ex-presidente Lula ao Palácio do Planalto. Na próxima segunda-feira, 6, esse manifesto será lançado em uma plataforma digital na internet para colher assinaturas ao documento.

Intitulada "Carta das (os) brasileiras (os)" pede que o ex-presidente assuma logo a disposição para assumir a candidatura nas próximas eleições. “Um compromisso com o Estado Democrático de Direito, com a defesa da soberania brasileira e de todos os direitos já conquistados pelo povo desse País… como forma de garantir ao povo brasileiro a dignidade, o orgulho e a autonomia que perderam”, sublinha o documento.

Eugênio Aragão, ex-ministro da Justiça no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, e um dos nomes que assinaram o manifesto, diz que a expectativa é conseguir um número expressivo de adesões, se possível até mais de um milhão.

"Essa carta ao presidente Lula é uma exortação de cunho suprapartidário. Foi uma iniciativa de pessoas que estão vendo com extrema preocupação o momento político que o Brasil está vivendo. Não sabemos sequer se o senhor Michel Temer, que se assenhorou do poder com um golpe contra a presidente Dilma, se ele conseguirá sobreviver politicamente este ano", diz Aragão, afirmando que o Brasil chegou ao fundo do poço. "Para nós, a única esperança que temos, mirando os últimos dez anos deste país, é Luiz Inácio Lula da Silva, porque ele, por não ser uma pessoa que que queima galeões e sim por ser uma pessoa que constrói pontes, é capaz de unificar e recolocar o Brasil nos trilhos."

Aragão diz que as elites, "que pagaram meio bilhão de reais para dar esse golpe", não estão de brincadeira e vão resistir. Ainda assim, ele acredita  que o Lula tem todas as condições de superar esses obstáculos. O ex-ministro lembra que as investigações fuçaram a vida do Lula em todos os seus aspectos, mas não encontraram nada que pudesse manchar a sua reputação.

Aragão admite, contudo, que os que depuseram a presidente Dilma vão tentar de tudo para inviabilizar a candidatura de Lula.

"Temos algumas figurinhas bem carimbadas tanto no Legislativo quanto no Judiciário para fazerem esse serviço porco. Acredito, porém, que com o apoio popular e o peso que significa o nome Lula na história do Brasil e na política contemporânea eles também vão ter que ultrapassar barreiras muito pesadas para fazer o que eles intentam fazer", finaliza.

Ministro da Defesa russo comunica a completa libertação de Palmira pelo Exército Sírio com ajuda da Força Aeroespacial Rússa.

palmira a
Exército sírio expulsa Daesh dos bairros ocidentais de Palmira (VÍDEO)
Na ultima quinta-feira (02) o porta-voz do presidente russo Dmitry Peskov anunciou que as Forças Armadas da Síria, com apoio da Força Aeroespacial russa, terminaram a operação de retomada da cidade de Palmira na Síria. 

O Ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, comunicou ao presidente russo Vladimir Putin sobre o término da operação. Em 1 de março, as tropas sírias, com apoio de milícias aliadas, conseguiram tomar sob seu controle a cidadela de Palmira.

Mais cedo, as tropas sírias, com apoio de milícias aliadas, submeteram a seu controle sob fogo de artilharia do bairro hoteleiro da cidade de Palmira.

A cidade histórica de Palmira foi capturada pelos combatentes do Daesh em maio de 2015, tendo sido libertada pelos militares sírios e russos em março do ano passado. 

Em dezembro, os membros da organização extremista voltaram a entrar na cidade. Os terroristas destruíram grande número de locais históricos da cidade reconhecidos como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.