quarta-feira, 19 de abril de 2017

Brasil. “MP 759 agrava problemas da regularização de terras no Brasil”, alerta PFDC em nota técnica ao Congresso.


“MP 759 agrava problemas da regularização de terras no Brasil”, alerta PFDC em nota técnica ao Congresso

Documento aponta inconstitucio-nalidades da medida provisória e busca subsidiar análise parlamentar da proposta.
A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), do Ministério Público Federal (MPF), enviou ao Congresso Nacional nesta quarta-feira (19) nota técnica para subsidiar a análise parlamentar da Medida Provisória (MP) 759, editada em dezembro de 2016 pelo Governo Federal e que modifica diretrizes legais sobre a regularização de terras urbanas e rurais no país.
Para a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, as propostas apresentadas pela MP – que impactam em direitos fundamentais como moradia, função social da propriedade e meio ambiente – acabam por intensificar o grave problema da regularização de terras no Brasil. Isso porque a MP está em franco descompasso com o que determina a Constituição Federal acerca das políticas para a propriedade e uso de terras, e também no que se refere à proteção ambiental. A medida também revoga mais de dez leis essenciais à regularização fundiária e as substitui por normas que ainda serão definidas pelo poder Executivo.
“A revogação de legislação essencial à área, e sua substituição por normas que não são autoaplicáveis, faz com que a MP 759, na verdade, venha agravar os problemas que, segundo enuncia, seriam de urgente resolução”, destaca a procuradora federal dos Direitos do Cidadão, Deborah Duprat. A procuradora assina a nota técnica em conjunto com o Grupo de Trabalho Reforma Agrária, da PFDC.
O documento elenca mais de uma dezena de legislações que são alteradas pela medida provisória. Entre elas, a que trata da regulamentação dos dispositivos constitucionais relativos à reforma agrária, o Programa Minha Casa Minha Vida, a lei que dispõe sobre a preservação da vegetação nativa e a que trata da regularização de terras fruto de ocupações na chamada Amazônia Legal.
“Causa enorme espanto a adoção, pelo presidente da República, de medida legislativa extraordinária que modifica mais de uma dezena de leis ordinárias aprovadas pelo Congresso Nacional, algumas das quais fruto de processos legislativos que envolveram grande participação popular, o que representa grave distorção do sistema democrático”, alerta o órgão do Ministério Público Federal.
Para a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, além de não apresentar os requisitos constitucionais de urgência e relevância necessários à publicação de qualquer medida provisória, a MP 759 também peca nas propostas apresentadas em seus três temas centrais: regularização fundiária rural, regularização fundiária urbana e desmatamento.
Regularização fundiária rural – A Constituição Federal, em seu art. 188, determina que a destinação de terras públicas e devolutas “será compatibilizada com a política agrícola e com o plano nacional de reforma agrária”. A análise encaminhada pela PFDC ao Congresso Nacional aponta que a MP 759 não apresenta, em nenhuma de suas diretrizes, o alinhamento da destinação das terras a essas políticas.
O texto destaca que a norma inscrita no art. 188 da Constituição tem o propósito de assegurar três objetivos específicos: primeiro, que a destinação de terras públicas e devolutas não se faça em prejuízo da população do campo que aguarda a implementação do direito à moradia; segundo, que haja democratização do acesso à terra, desconcentrando a estrutura fundiária brasileira; e, terceiro, que a produção agrícola se diversifique, como garantia de alimentação adequada a todos os brasileiros e brasileiras. “A MP 759 está absolutamente dissociada de quaisquer dessas metas”, informa o documento.
Regularização fundiária urbana – No que se refere à regularização de terras na cidade, a PFDC aponta que a MP 759 é marcada pela falta de participação popular no planejamento municipal, pela ausência de diálogo com planos diretores da cidade e com o próprio licenciamento ambiental e urbanístico – indo na contramão de diretrizes legais que versam sobre o tema, tais como os artigos 29 e182 da Constituição Federal, o Estatuto da Cidade (Lei 10.257/2001) e o tratado sobre cidades, vilas e povoados sustentáveis, elaborado durante a ECO-92.
“Não bastou à Constituição Federal assegurar que todos e cada integrante da sociedade brasileira fosse sujeito de direito. Era também preciso garantir que essas pessoas, até então excluídas dos espaços públicos, tivessem ali voz e vez. Daí por que a Constituição instituiu a necessidade de uma política de desenvolvimento urbano, cujo objetivo é ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes. As propostas contidas na MP 759 ignoram essa concepção de cidade inaugurada pela Constituição de 88”, diz o documento do MPF.
O texto ressalta ainda que, ao desconsiderar as determinações do Estatuto da Cidade, a MP 759 incide em outro grave vício: o em retroceder em matéria de direitos fundamentais, o que é vedado pelo dever de progressividade assumido pelo Brasil no Protocolo de San Salvador e no Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais.
Proteção ambiental – Sobre o desmatamento, a nota técnica aponta que além de não conter instrumentos eficazes para deter o problema a MP 759 torna mais frágil a proteção ambiental. “Ao passar para o domínio privado uma quantidade enorme de terras públicas e devolutas, a MP dificulta em demasia a criação de áreas de proteção ambiental. Isso se dá em função do diminuto estoque de terras públicas e devolutas que resta para tal fim e pelo custo implicado na aquisição de áreas privadas, especialmente em tempos em que os gastos públicos estão reduzidos”, diz o texto.
A nota alerta ainda para o risco de que a Medida Provisória venha a potencializar os danos ambientais com a ampliação, para todo o país, do programa Terra Legal – antes restrito à Amazônia Legal. O texto ressalta que não há evidências empíricas de que o Terra Legal, instituído pela Lei 11.952/2009, tenha resultado em diminuição do desmatamento e destaca fragilidades ambientais trazidas pelo programa.
Acesse aqui a íntegra da Nota Técnica PFDC.
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São Luís. Vereador Chaguinhas apresenta relatório de visitas a 36 escolas e denuncia falta de merenda escolar.

Foto - Vereador Chaguinhas (PP).
Durante a sessão da terça-feira, 18, o vereador Francisco Chaguinhas (PP)  utilizou a tribuna da Câmara Municipal de São Luís, para apresentar aos demais vereadores o relatório feito  sobre a vistoria que fez  nos prédios das escolas da rede pública municipal da capital. 

Ao todo, foram 36 escolas visitadas pelo parlamentar nesta primeira etapa. "Visitamos cerca de 36 escolas e pude ver o quanto as mesmas estão em situações críticas, tanto na parte de infraestrutura quanto na parte da segurança dos alunos. É preciso olhar mais para a educação de nossa capital. O gestor, hoje, tem por obrigação fazer as garantias de direitos de toda a comunidade escolar. É triste vermos essa situação, chegamos ao absurdo dos absurdos", disse.

Segundo o parlamentar progressista, a educação nunca foi prioridade na gestão do atual prefeito, que, mais uma vez, mostrou que não governa para o povo.

"Lamentável ver que nessa gestão, a educação nunca foi prioridade. O gestor investe em outras pastas, mas a educação fica à mercê do Poder Executivo,  e quem paga com tudo isso é o povo que fica penalizado, mediante a tanta irresponsabilidade do gestor municipal", disse.

Merenda Escolar 

Na oportunidade, Chaguinhas cobrou uma resposta do secretário de Educação, Moacir Feitosa, e do prefeito o porquê da falta da merenda escolar nas escolas da rede municipal de ensino. Segundo o Sindicato dos Professores, isso prejudica o calendário escolar, pois os alunos estão sendo liberados antes do previsto. Chaguinhas ainda cobrou uma resolução imediata do Executivo Municipal.

"A prefeitura de São Luís, hoje, deixa as crianças sem o lanche da escola. Com isso, a direção é orientada a liberar mais cedo os alunos. Ora, isso prejudica o calendário escolar e prejudica o aprendizado das nossas crianças. Peço a sensibilidade do Executivo Municipal para que venha resolver o mais rápido possível essa problemática”, finaliza

Texto: Davi Max.

Brasil. Conflitos no campo aumentam 26% e batem recorde, diz Comissão Pastoral da Terra.

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Foto - ciberia.com.br
Os conflitos no campo registrados no Brasil aumentaram de 1.217, em 2015, para 1.536, em 2016, o que representa um aumento de 26%, segundo relatório anual apresentado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) nesta segunda-feira (17), em Brasília. Desse total, 1.079 resultaram em violência.
De acordo com a entidade, é a estatística mais elevada desde quando a pesquisa começou a ser feita, em 1985.
Do total de conflitos, 1.295 estão relacionados à luta pela terra, incluindo desde situações de despejo e ameaça até os casos de morte. Outros 172 são disputas por água – maior número desde quando a CPT começou a catalogar esses casos específicos, em 2002.
Além disso, houve 69 conflitos referentes a questões trabalhistas, sendo 68 deles somente ocorrências de trabalho escravo.
O número de assassinatos no campo foi outro destaque, tendo saltado de 50 para 61 no mesmo período, o que configura um aumento de 22%.
No documento da CPT, com 230 páginas, também se sobressai a evolução do número de pessoas encarceradas por conflitos no campo, que passou de 80 para 228, o que representa um aumento de 185%. Além disso, as ameaças de prisão saltaram de 49 para 265 – uma diferença de 441%.
Para o secretário da coordenação nacional da CPT, Antônio Canuto, os dados traduzem a questão conjuntural do país, evidenciando o contexto de avanço conservador, que teria empoderado os diferentes agentes de violência. “Nós tivemos um golpe contra a democracia, e isso se reproduz em diversos golpes contra as populações do campo”, afirmou o secretário.
Para o geógrafo e militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) Valdir Misneroviz, que participou da coletiva de lançamento do relatório representando o MST, o cenário atual exige atenção porque aponta para o risco de agravamento dos conflitos.
“Os dados são alarmantes e demonstram por si só a gravidade do momento que estamos vivendo. Ao mesmo tempo em que há ausência de ações do Estado na perspectiva de encontrar solução para os conflitos, há a tendência de isso caminhar para um universo de mais violência”, afirmou o militante, que ficou mais de cinco meses preso no ano passado acusado de pertencer a uma organização criminosa.

Assassinatos e impunidade

Antônio Canuto destacou ainda que, na série histórica de 1985 a 2016, houve 1.387 assassinatos no campo, com um total de 1.834 vítimas. “Isso porque há casos que atingem mais de uma pessoa, como ocorreu no massacre de Eldorado dos Carajás, que teve 21 trabalhadores assassinados”, explicou.
Mais alarmantes ainda são os números que tratam da judicialização dos referidos casos de assassinato: ao longo dos 32 anos de catalogação, apenas 112 foram julgados, com 31 mandantes condenados e 14 absolvidos. No caso dos executores, 92 obtiveram condenação e 204 foram absolvidos pela Justiça.
“Se a gente for atrás dos 31 mandantes condenados, por exemplo, não vamos achá-los em nenhuma cadeia porque todos eles estão soltos. O que temos aí é a evolução da impunidade”, apontou o secretário.

Legislativo

Para o geógrafo Marco Antônio Mitidiero Júnior, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), o aumento da violência no campo se comunica diretamente com a configuração do Parlamento brasileiro. Ele aponta que as eleições de 2014 levaram ao Congresso Nacional a bancada mais conservadora desde 1964.
O pesquisador destaca a forte presença dos ruralistas, hoje com mais de 200 deputados federais, diante do baixo número de deputados ligados a frentes sindicais e movimentos populares, que reduziu de 83 para 46 no último pleito.
Os dados integram o último levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP). Para Júnior, tal correlação de forças resulta em um processo de “violência legislativa”.
“Isso nos leva a uma série de projetos de lei que ferem uma constelação de pessoas. Se a legislação trabalhista, por exemplo, vem sendo atacada, isso desprotege também o trabalhador rural, que tem especificidades laborais que precisam ser levadas em conta”, disse o pesquisador.
“Não estamos falando de um conceito científico, mas sim de uma noção de violência política institucionalizada, e a maior parte dessas iniciativas vem da Câmara dos Deputados”, acrescentou.
Ele salientou ainda que, entre as matérias que estão atualmente em debate no Legislativo nacional, pelo menos 40 colocam em xeque direitos das populações do campo.
“Isso ainda é um número mínimo porque, se levarmos em conta que há Projetos de Lei (PLs) com até 18 outros PLs apensados, que são aqueles que tramitam em conjunto porque tratam do mesmo tema, temos muito mais ameaças”, finalizou.

São Paulo. Denúncia do MP-SP sobre triplex atribuído a Lula é rejeitada por ser vaga demais.

Uma acusação de 102 páginas contra representantes da empreiteira OAS e da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop) acaba de ser rejeitada pela Justiça de São Paulo com a absolvição sumária (antes do julgamento do mérito) de todos os réus — incluindo o executivo José Aldemário Pinheiro, sócio da OAS, e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.
denúncia do Ministério Público de São Paulo, que inicialmente incluía o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e familiares, deve ser arquivada por “alegações vagas” e uma série de erros – um dos executivos da OAS, por exemplo, foi acusado de ter praticado crimes em 2009 como representante da empresa, mas só virou funcionário quatro anos depois.
Os promotores Cássio Conserino, José Carlos Blat e Fernando Henrique de Moraes Araújo anunciaram, em março do ano passado, que várias pessoas à espera da casa própria foram lesadas quando a Bancoop, em crise financeira e presidida na época por Vaccari Neto, transferiu imóveis para a OAS. A empresa foi acusada de diminuir o tamanho da área firmada em contrato e cobrar valores mais altos do que os negociados.
Os autores relacionaram esses problemas com um triplex no Guarujá (litoral paulista) atribuído a Lula. Chegaram até a pedir a prisão preventiva do ex-presidente, mas todo esse trecho acabou sendo retirado e encaminhado ao juiz federal Sergio Fernando Moro, por conexão com a operação “lava jato”.
A juíza Maria Priscilla Veiga Oliveira, da 4ª Vara Criminal de São Paulo, aceitou a denúncia contra 12 acusados em outubro. Nesta terça-feira (18/4), porém, concordou com as defesas e não viu motivo para manter a ação penal em andamento.
Superficialidade
Para a juíza, a denúncia não individualiza as condutas de cada acusado: “apenas afirma, de forma superficial, aquilo que entende como fato gerador dos crimes”, sem “a minúcia necessária, tão somente alegações vagas”.

Leia denuncia do MP/SP sobre o Triplex aqui - http://s.conjur.com.br /dl/denuncia-triplex.pdf

leia a sentença da Juíza sobre o arquivamento do caso Triplex aqui - http://s.conjur.com.br/dl/denuncia-bancoop-rejeitada-alegacoes.pdf


terça-feira, 18 de abril de 2017

Brasília. O governo não conseguiu aprovar o requerimento de urgência da Reforma Trabalhista na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (18). Veja como votaram os deputados maranhenses.


Pedido de urgência da análise da Reforma Trabalhista precisava de 257 votos para ser aprovado, conseguindo apenas 230 votos favoráveis. 
De acordo com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, a aprovação do pedido de urgência anteciparia a votação do projeto na comissão especial para a próxima terça (25) e seria votada em plenário na quarta-feira (26). 
Com a rejeição do requerimento, está mantido o prazo para emendas ao projeto da Reforma Trabalhista, que termina na semana que vem.  
Em um dos momentos marcantes da sessão, Rodrigo Maia se levantou da cadeira de presidente da Câmara, que foi ocupada por alguns instantes pela deputada do PSOL, Luiza Erundina, contrária à Reforma Trabalhista. Ela aproveitou o lugar ao microfone e deu prosseguimento à sessão: "Com a palavra, o deputado Rogério Marinho, relator dessa desgraça de projeto".
Com base na listagem publicada pelo site congresso em foco mostramos abaixo como votaram os Deputados do Maranhão.
  
DEPUTADOS DA BANCADA MARANHENSE QUE VOTARAM  FAVORÁVEIS  A URGENCIA.

1 – DEM – Juscelino Filho – Sim;
2 – PMDB – Alberto Filho – Sim;
3 – PMDB – Hildo Rocha – Sim;
4 – PMDB – João Marcelo Sousa – Sim;
5 – PP – André Fufuca – Sim;
6 – PRB – Cleber Verde – Sim;
7 – PSB - José Reinaldo – Sim;
8 – PSB – Luana Costa – Sim;
9 – PTB – Pedro Fernandes – Sim;
10 – PTN – Aluísio Mendes – Sim.

DEPUTADOS DA BANCADA MARANHENSE QUE VOTARAM  CONTRÁRIOS À URGÊNCIA.

1 – PDT – Julião Amin – Não;
2 – PP – Waldir Maranhão – Não;
3 – PSD – Victor Mendes – Não.

DEPUTADOS AUSENTES.
1 – PT – Zé Carlos;
2 – PC do B – Rubens Pereira Junior;
3 – PTN – Junior Marreca;
4 – PPS – Eliziane Gama;
5 – PDT – Weverton Rocha.

Reforma da Previdência. Policiais Civis tentam adentrar ao Congresso Nacional e são recebidos a pancadas de cacetetes e spray de pimenta em Brasilia.

@GeorgMarques - 

Repórter . Bastidores da política direto do Congresso Nacional. RP, social media. PGP: C782 08F7 2B49 3469 918A E443 417C 2844 F5B6 C61A
Cerca de 3 mil Policiais Civis dos estados de Sergipe, Pernambuco, Minas Gerais, Goiás, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Roraima e Distrito Federal participaram de um ato da UPB - União dos Policiais do Brasil, hoje em Brasília. Eles decidiram ocupar o Congresso Nacional em repúdio à Reforma da Trabalhista.

A Polícia Federal, de forma covarde, atacou os trabalhadores com spray de pimenta e bombas de gás lacrimogêneo.

A grande mídia está tratando os manifestantes como "sindicalistas" apenas, com o intuito de esconder que policiais, que também são trabalhadores, estão contra a Reforma Trabalhista.

Link - The Intercept Br

Quatro mil índios se reúnem para a Semana dos Povos Indígenas no Pará.

75% da população de pouco mais de 120 mil habitantes do município de São Félix do Xingu é indígena - Créditos: Thiago Gomes/Agência Pará
Cerca de 4 mil índios participam da Semana dos Povos Indígenas em São Félix do Xingu, no Pará. O evento começou no sábado (15) e vai até quarta (19), data em que é celebrado o Dia do Índio.
“O objetivo da semana é resgatar a identidade dos povos indígenas da Amazônia, discutindo políticas públicas e o desenvolvimento dessas sociedades que resistem e lutam pelo fortalecimento e continuidade de seus costumes”, informou o governo do Pará, realizador das atividades.
Ao todo, indígenas de 10 etnias – Caiapó, Tembé, Gavião, Waiwai, Kuxuyana, Xikrin, Guajajara, Parakanã, Surui e Munduruku – participam de atividades culturais, sociais e esportivas. As competições esportivas englobam arco e flecha, provas de atletismo e futsal, entre outras.
O governo do Pará está promovendo ações de saúde e cidadania durante o evento, com serviços de emissão de carteiras de identidade, Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), assim como primeira e segunda vias de Certidão de Nascimento. No domingo (16), mais de 400 atendimentos foram realizados.
Estão previstos também o lançamento do programa de formação de professores indígenas para o ensino médio regular, palestras e oficinas de audiovisual e fotografia.
Segundo o governo do Pará, a presença dos povos tradicionais nestas terras é datada de mais de 9,5 mil anos. Hoje, 75% da população de pouco mais de 120 mil habitantes do município de São Félix do Xingu é indígena.